Quem sou eu?

Olá?
Meu nome fictício é Carla ou CarlinhaP. Tenho 32 anos, casada e não tenho filhos! Sou ex prostituta, desde o final (dezembro) de 2019.
Fui adotada quando tinha 5 anos. Vim de uma família de classe média alta e posso dizer que desde criança, nunca me faltou nada, de bens materiais até carinho.
Aos 8 – 9 anos, entrei para uma agência de modelos. Até então minha vida era perfeita.
Ela (vida), mudou quando fui abusada pelo marido da CEO desta agência. Como minha mãe adotiva trabalhava na empresa do meu pai, ela tinha pouco tempo para me levar na agência, então esse homem ficou encarregado do transporte.
De fato, o abuso me mudou para sempre. Não é mentira, não é ficção, bem que eu queria que fosse, como eu gostaria, Aff...
Não vou entrar em detalhes, o que aquele canalha me fez na época. Mas, ele pagará um dia pelas coisas que fazia comigo...
Passados alguns anos, aos 16 anos. A empresa dos meus pais adotivos, quase veio a falir. O que mudou a minha rotina de (riquinha, shopping, compras, viagens para sempre.
Minha vida mudou completamente. O dinheiro que recebi deles, diminuiu pela metade. Acostumada com a boa vida, resolvi voltar a modelar numa agência aqui da cidade de São Paulo.
Realizei alguns trabalhos, fotos, mas nada se comparado quando era pequena. Foi quando conheci uma pessoa da agência que sugeriu uma forma de ganhar muito dinheiro rapidamente.
A prostituição, e sexo pago...
Nova, cabeça de vento e ainda ingênua para alguns assuntos, eu topei. Meu primeiro programa, foi com um homem mais velho. Depois vieram outros, dezenas deles.
Rapidamente, ganhei dinheiro, garota nova, gananciosa e corpo bonito. Fizeram de tudo em mim, logo conquistei a minha clientela, meus pais nunca desconfiaram, eles pensavam que o dinheiro ganho, era fruto do meu trabalho como modelo.
É, viciei nas drogas e bebida alcoólica, aos 19 anos, fui internada. Perdi dois anos da vida até conseguir me recuperar do vício. Várias recaídas e internações, isso mudou para sempre minha relação com os meus pais e família adotiva.
Em uma dessas internações, conheci um homem bom, namoramos e noivamos, não deu certo.
Dei um tempo na prostituição, conclui os estudos, trabalhei, saí da casa dos meus pais. Passei por muita dificuldade financeira, até voltar a me prostituir através de uma amiga que dividia o apartamento comigo, a Gabriela.
Dos 23 até os 30 anos, a única renda foi o dinheiro dos programas. Pais e familiares pensavam que eu trabalhava em uma multinacional.
Comprei bens materiais, investi a grana que ganhava. Posso dizer que um dia fui executiva do sexo! Falo inglês e espanhol!
Minha vida mudou no final de dezembro de 2019, quando meu pai adotivo descobriu meu segredo. Infartou e quase morreu. Tentei de tudo o perdão deles (família). É uma mágoa que carrego nos dias de hoje. Tanto que no meu casamento, apenas uma prima compareceu a cerimonia. - Vergonha e mágoa que arrego pelo resto da vida. Não tenho mais contato com eles!
Minha vida não foi nenhum (mar de rosas), não é mesmo?