Acho chegar na casa dele dou de cara com Phillgrin, seus pais estavam na sala, não vi Christine nem seu empregado, nem tampouco seu irmão e sua cunhada. Mantive ás aparências perante aos pais dele, pois sob todos os efeitos eu era filho adotivo do Felippe e não amante dele e ninguém jamais poderia desconfiar disso. Com toda finesse que me é costumeira e que aprendi desde que vim morar com Felippe, cumprimentei os pais dele muito cordialmente, e me dirigi á sua biblioteca á pedido dele, não ousaria negar naquele momento para não levantar suspeitas e manter o clima de harmonia e cordialidade. Chegando lá na biblioteca ele diz:
-"Meu amor, que bom que está aqui, de certo veio ouvir o que tenho á lhe dizer..."
-"Engana-te meu senhor se pensas que vim até esta casa por causa de ti, vim apenas buscar minhas coisas"
-"Não faça assim Daniel, eu tenho de me explicar, precisas ouvir-me, tenho sentido tanta saudade de ti, meus pais perguntam porquê quase nunca apareces aqui fique ao menos para manter as aparências"
-"Está bem, que explicação pode me dar?"
-"De certo bebi muito aquela noite, acabei por levar Christine para a cama pensando que era ti. Sou o único culpado dessa história, mas perdoa-me não fiz por mal sequer lembro de nada daquela maldita noite"
-"Não achas que tua prima possa ter armado tudo isto?"
-"Não, que interesse Christine teria nisso? ela era donzela até então, ela é muito frágil e inocente jamais faria tal coisa"
-"Faz-me rir Phillgrin, sabes perfeitamente que tua prima não é flor que se cheire, não vale nada, e sempre fora ardilosa"
-"Não digas isso meu neném, só dizes isso por estares bravo, mas tu és um anjinho para julgares assim minha família, voltas pra cá sinto tanto a tua falta, volta" - Phillgrin dizia isso manhoso e quase chorando.
-"Lamento Phillgrin, mas vós mi cê magoou-me por demais, aliás se fosse o mínimo cavalheiro já haveria separado meus pertences sem me dar o trabalho de passar tanto tempo aca, com licença"
Phillgrin senta na cadeira, põe as mãos sob o rosto e chora.
Subo as escadarias da casa e me dirijo aos corredores, ao passar frente á uma porta entreaberta que ficava antes do meu quarto ouço uma conversa entre Christine e seu lacaio...
-"Larga-me, sabes que aca não poderemos dar bandeira" - Ela dizia
-"Vos mi cê sabe que eu não resisto á sua pele branquinha" - Respondia o lacaio
-"Nosso plano está correndo as mil maravilhas, a primeira parte de colocar sonífero na bebida do imbecil já foi concluída e logo eu direi á todos que o filho que espero é de Felippe e papai o obrigará á casar-me com ele"
-"Porém não entendo porquê eu não posso assumir esse filho, se teu pai não aceita poderemos fugir e criar essa criança"
-"Estás doido?! onde já se viu uma moça como eu grávida de um servente, faz-me rir, tu serás meu amante, mas nosso filho carregará o nome de Phillgrin fui clara?!"
O escravo balançava a cabeça assustado concordando. Eu estava perplexo, então é esse o truque daquela puta, engravidou do lacaio e quer que o Phillgrin assuma o bebê. Certamente se eu contasse ao Felippe ele não acreditaria, do jeito que ele confia cegamente nessa prima...a única coisa que sabia é que não poderia sair daquela casa, teria que permanecer ali ao lado dele para protege-lo.
Precisava tomar um ar, estava em choque com tudo que acabara de ouvir, corri pelo corredor e desci as escadas de fundo da casa, passei pelo jardim correndo, tropecei e caí, na queda ralei os joelhos e os cotovelos (eu usava uma bermuda com um suspensório que interligava á parte de cima de meus ombros, camisa de mangas, boina, gravata borboleta, tênis e meia), me levantando languidamente eu ouço uma voz aveludada e doce dizer:
-"Ah pobre gatinho se machucou"
Olho para cima e vejo um rapaz alto, muito muito forte, loirinho, uma barba ralinha igualmente loirinha, um narizinho fofo, uma boca gostosinha e uma cara absurda de macho safado.
-"Permita-me ajuda-lo" - o rapaz diz com um sorriso amigável em seu rosto e se abaixa para me ajudar á levantar.
Quando se abaixou meu olhar foi de encontro ao seu, ele tinha os olhos lindos, cor-de-mel. E daí em diante eu perdi o tato, o contato com a realidade. Era como se eu estivesse hipnotizado e fascinado com aquela maravilha de homem que estava bem diante de mim, me levantei, me recompus e logo descobri que o cara que estava ali era ninguém menos que Wagner, o irmão de Felippe, que era casado e tinha uma filha pequena de no máximo quatro anos, me lembrei de quando o vi pela primeira vez chegando com sua esposa e o resto da família na festa de ano novo. Felippe tem 37 anos, Wagner no entanto é bem mais jovem, deve ter pouco mais de 30.
Ele se oferece para levar-me até a estufa onde tinha um kit de primeiros socorros, o problema era que a estufa ficava um pouco mais afastada da casa. Mas fui com ele até o local, e lá chegando notei que não havia um lugar onde eu pudesse me sentar ou me apoiar, apenas uma velha poltrona no local que ele já estava sentado, mas ele teve uma atitude inusitada: sentado na poltrona ele me botou sentado em seu colo enquanto passava o curativo no meu cotovelo.
-"Qual seu nome?" - ele pergunta.
-"Daniel"
-"Huumm, bonito nome Daniel, vos mi cê é filho adotivo do meu irmão?"
-"Bem...é como se fosse, digamos que ele cuida de mim já algum tempo, mas tenho pai e irmão" - digo sem-graça e constrangido ficando vermelho
-"Diz pra mim Daniel, quantos aninhos vos mi cê tem" (ele se surpreendeu ao saber que eu já era maior de idade e isso me deixou mais constrangido)
Pude sentir aos poucos enquanto conversávamos a sua ereção embaixo de mim, seu pau ficando inchado e encostando na minha bunda, e ele fazia questão de esfrega-lo ainda mais na minha bundinha, o meu pau também aos poucos começava á reagir e corresponder ao contato dele, tentei escapar da investida tentando me levantar, mas ele me segurou pela cintura impedindo-me, suas mãos eram enormes, eu involuntariamente mexia levemente o quadril em seu colo, e mordia os lábios, estava desesperado de tesão e não saiba mais o que fazer, se corria dali ou se ficava pra ver o que mais viria, mas tanto eu quanto ele continuávamos fingindo que nada estava acontecendo, me levantei e ele também ficou de pé, em seguida me sentei na poltrona para que ele fizesse os curativos do meu joelho, antes que ele pudesse se abaixar entretanto eu vi uma manchinha, um pequeno círculo molhado em sua calça evidenciando que o sem vergonha além de tudo havia ficado molhado ao me ter em seu colo. Ele borrifou um remédio em meu joelho que ardeu pra caralho, eu fiz uma expressão de dor e reclamei que estava ardendo, ele me olhou e sorriu, ai meu Deus, o sorriso dele me deixou nervoso. Ele tem o sorriso lindo
ele soprou meu joelho e chegou mais perto de mim para soprar o ferimento do meu cotovelo, nessa hora um arrepio percorreu todo meu corpo acredito que ele percebeu porquê ele ficou sem graça assim como eu, levantei da poltrona, me despedi dele e agradeci pelos curativos, saí sem olhar para trás mas fui educado, aprendi com o Phillgrin á nunca perder a pose e a boa educação.
ao entrar na casa novamente eu estava suando, transpirava, peguei um lencinho do meu bolso para me enxugar. Estrava tremendo, estava nervoso, morrendo de medo e ao mesmo tempo com muito tesão, uma mistura de sentimentos, mal conseguia andar e ainda estava de pau duro. Cheguei até á chorar por n]ao querer aquilo e ao mesmo tempo ter gostado tanto, eu estava confuso jamais algum homem havia me deixado assim apenas em um breve e inofensivo encontro. Me recompus e me concentrei no meu objetivo naquela casa, fui até a biblioteca do Phillgrin e disse á ele:
-"Vou ficar aqui nessa casa, cuidando de vós mi cê e mantendo as aparências fingindo que sou teu filho, mas veja bem: não vou dormir contigo, nem ter relações fui claro?" - ele abriu um sorrisão lindo, enxugou as lágrimas e agradeceu.
O duro seria permanecer naquela casa fingindo não sentir tesão agora nos dois irmãos, que cilada...
CONTINUA...