- É… pessoal, vamos lá - o casal conduz os dois até um quiosque abandonado, poucos metros de onde estavam, ainda no território do mini aeroporto.
- Amor, você quer que eu comesse? - Laís se coloca à disposição.
- Não, meu bem, pode deixar comigo. Bia, Ed… É o seguinte, essa ilha tem o seu próprio costume…
- Uhum - diz Bia, balançando a cabeça afirmativamente.
- E… Ninguém usa roupas aqui… Ok?
- Ãh??? - Bia sente seu radar de perigo acender dentro de si.
- Eu sei, você deve estar pensando que somos um monte de nudistas… O que não deixa de ser verdade, mas… Não é bem essa a questão.
- Ninguém usa nada, tipo… nada???
- Não, Bia.
“Maluco, que porra é essa?” - pensa Ed, imaginando a mãe pelada por alguns segundos antes de tirar a imagem da cabeça.
- A ilha é um lugar absolutamente normal, mas… as coisas são bem livres aqui, se é que me entendem - ele prosseguia
Bia fica gelada. Por dentro e por fora. Certamente estava numa ilha de pervertidos sexuais. Laís toma a palavra:
- Vocês não precisam temer. Quando eu cheguei aqui, vinte anos atrás, também quase morri de medo. Mas todos aqui são bem pacíficos. Você pode, inclusive, voltar para o continente se você quiser. A escolha é sua, não está presa aqui, isso precisa ficar claro. O jatinho ainda está aí, e como ninguém tem as coordenadas, vocês não representam nenhum problema para a continuidade dessa ilha. Você também poderá escolher ficar por uma semana aqui antes de tomar a decisão final. A gente chama o jatinho de novo pra vocês. Entendem isso? Não estamos te forçando a nada, nem estão presos aqui.
- … Eu não sei o que dizer… - diz Bia pensando mil coisas.
- Mãe, calma - diz Ed, vendo que sua mãe estava muito preocupada -, não vão fazer nada com a gente. É só… nudez, nada mais.
O casal fica em silêncio por um tempo, esperando que os dois organizem as ideias.
- Eu não quero ficar pelada… - diz Bia, ainda mastigando o pensamento..
- Você não é obrigada, flor, calma. Você e seu filho podem ficar com roupas durante essa semana inicial, para se adaptar - assegura Laís.
- Mas… se escolherem ficar com a gente, tem que ser como a gente... - completa Adriano.
- Mas por que essa regra??? Por que não usar roupas??? - pergunta Bia, indignada.
- Em dez minutos eu não posso te explicar toda a filosofia da ilha, mas aqui as pessoas na verdade te perguntariam: “Por que usar roupas? Por que essa regra?”. Entende? Aqui as pessoas são diferentes. Elas gostam da nudez, elas… gostam disso. E nós gostamos também, e achamos que depois de um período de adaptação vocês também vão gostar
- É só isso mesmo? - pergunta Ed.
- Nunca ninguém vai botar a mão em qualquer um de vocês, isso te garanto. Ninguém aqui faz isso sem autorização. Mas… aqui as pessoas são liberais - explica Adriano.
- As pessoas aqui não têm tabus, Bianca. Elas namoram, elas… gostam desse tipo de liberdade, sei que é difícil entender - completa Laís.
Bia fica pálida.
- Mãe - diz Ed, agora realmente preocupado com a mãe -, calma, mãe! Você está vendo que eles são super gentis, não estão nos forçando a nada, poxa. Por que eles mudariam a ilha inteira por causa de nós? Pensa bem! Eles estão aqui há muito mais tempo…
- Há muito tempo, muitas gerações - Adriano concorda -, e no mínimo uns noventa por cento já nasceram aqui, nós é que somos exceção.
- E eu entendo, Adriano - diz Bia, quase vencida.
Bia sabia que voltar para o continente não fazia sentido. Agora mesmo a Polícia Federal provavelmente estava arrombando a porta do seu apartamento e caçando ela como rato. A ilha era o único lugar seguro para ela.
- Eu... Eu não quero ficar pelada…
- Bia, você é tão bonita, por que essa vergonha? Você me lembra muito aquela atriz, como é o nome dela mesmo? - segue Laís, tentando acalmá-la.
- Mônica Belucci - responde Adriano.
- Essa mesmo!!! - responde Laís, sorrindo.
- Eu não quero ficar pelada…
- Mãe! Relaxa, temos uma semana para pensar nisso.
Bia fica em silêncio.
- Eu quero saber se vocês vêm com a gente ou não - pergunta Adriano, procurando não pressionar muito.
Bia olha o jatinho.
- Ok - ela encerra a questão.
Ed segura mais firme a mão da mãe. Ele nunca a tinha visto tão abalada assim.
- Então venham com a gente. Eu e a Larissa teremos que tirar essas roupas para entrar, mas vocês podem ficar de roupas, ok?
Ed não pôde deixar de pensar que veria Laís pelada na sua frente.
- Ok - diz Bianca - Ed, vamos de olhos fechados até lá, ok?
- Mãe, isso não faz sentido. Eu já vi gente pelada e você também. Eu sei que está sendo difícil, mas…
Laís é a primeira a tirar a roupa. Bianca vê involuntariamente os seios dela e imediatamente olha para o outro lado. Ela retira toda a camisa e joga na lata de lixo que tinha ali próximo, sem a menor vergonha. Ed não sabe exatamente o que fazer, morrendo de vontade de olhar, mas com medo da reação dela e do marido. Faz de tudo para agir com naturalidade.
- Pode olhar, garoto, fica tranquilo - diz Adriano sorrindo, mas sem esboçar nenhum tipo de safadeza na voz.
- Ah, claro, ok - e Ed bota os olhos em Laís, fingindo estar tudo bem. Laís sorri pra ele. A pele branca, queimada de sol, sem marquinha nenhuma de bikini. Os seios médios e suculentos. Um corpo incrível. Como alguém podia chegar nessa idade com um corpo assim? Laís retira o shorts, revelando que estava sem calcinha o tempo todo. A peça vai para a mesma lata de lixo. A buceta lisa exposta na frente dele, e Laís rindo da reação de Ed, que engolia seco, sentindo o pinto pulsar. Só não ficou bem duro porque ele estava bem envergonhado e inseguro.
Ao mesmo tempo, Adriano retira sua roupa, sabendo que a atenção quase nunca se volta para o homem. Bia se recusa até mesmo a olhar na face dele, enquanto que para Laís ela consegue, para manterem o mínimo de um diálogo. O casal vai na frente e Ed não pode deixar de olhar aquela bunda tão bem feita rebolando a cada passo e… Ele sente um puxão no braço, vindo da mãe, como uma bronca. E ele então disfarça.
Eles entram no Jipe e em cinco minutos já estavam no bairro, um bairro lindo, voltado para uma praia exuberante. E sim, todo mundo pelado, seja no mar, na areia, na calçada, na praça, dentro do mercadinho… TODO MUNDO PELADO. Ed não fala nada, para que a mãe não tivesse um ataque, mas ele mesmo não podia acreditar no que viam seus olhos: no banco da praça uma jovenzinha pagando o maior boquete para um senhor que tinha idade para ser pai dela. Enquanto isso, algumas pessoas passavam por ali e sequer olhavam para a cena, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
“PUTA QUE O PARIU! MANO… QUE LUGAR É ESSE???” - pensa Ed, agora com o pau duro como pedra e olhos arregalados.
Quando vi o titulo ilha do sexo esperei muita coisa, mas todos andarem nus por ai não foi a primeira kkkkk.
Só me pergunto como posso ir para um lugar desses.
Sensacional, Larissa!