A GUERRA DE TRÓIA, 4

. Afrodite vinha com uma estonteante e espessa trança ruiva, o pescoço todo à vista, potencializado pelo fino colar de ouro. Os olhos verdes davam um toque todo especial.

. Athena estava renovada e cheia de si com seu delineador de gatinho, que lhe conferia um ar mais decidido e fatal, além de um batom vermelho-sangue nos lábios, que agora pareciam mais carnudos e molhados;

. O penteado de Hera era um magnífico coque rosquinha trançado, que além de evidenciar seu pescoço nu, a tornava mais alta que as outras duas. Nas orelhas, um par de brincos de gota-azul combinavam com seus olhos de oceano.

"Caralho… Que deusas!" - Páris trava e não consegue dizer nada

As três vão entrando sem pedir licença.

"Hum… pelo jeito o animal deu uma arrumada aqui. Bom, é o mínimo que se deve fazer quando se recebe uma deusa em casa!" - Pensa Athena

"Olha, que interessante! Hummm, tem até fragrâncias no ar… espertinho esse rapaz rsrsrs" - percebe Afrodite

"A quem ele tá querendo impressionar? Macho é tudo igual mesmo, não valem um centavo!" - pensa Hera

- Sejam bem vindas ao meu humilde lar - ele diz, curvando-se um pouco

As três deusas olham, apáticas com aquele ser deplorável

- Páris, já tem nossa resposta? - pergunta Afrodite, jogando a trança toda para trás

- Ahn… eu fiz um chá, vocês aceitam? - ele entrega uma xícara para cada uma, que nem têm tempo pra dizer não

Enquanto ele serve o chá, vai dizendo:

- Eu pensei muito mesmo, e admito que foi a tarefa mais difícil da minha vida. Se fosse por mim, eu dividiria o prêmio, mas sei que isso é impossível.

- Sem enrolação, diga logo o resultado, humano - corta Athena

- Não é enrolação, Minerv… digo, Athena, deixe-me argumentar. A partir do que vi ontem, não pude chegar a uma conclusão. De rosto, vocês são igualmente lindas. Eu… preciso ver mais do que o rosto, espero que entendam.

- O QUÊ!??? - se indigna Athena, jogando instintivamente o chá na cara de Páris e depois colocando a mão na boca, como se algo muito horrível tivesse sido proferido

Hera fica corada e enraivecida ao mesmo tempo:

- Não acredito que esteja pedindo pra ver a gente pelada! Você está louco!???

Afrodite se diverte muito:

- KKkkkkkk, que migué, hein!? Kkk Aiai, homens… Estão sempre querendo ver uma periquita! -

Páris teme a ira das deusas, mas não volta atrás:

- Eu sou só um pobre coitado perante três deusas, vocês acham que não estou morrendo de medo!? - ele procurava mostrar temor e racionalidade - Mas estou apenas sendo honesto! Se vocês querem uma decisão bosta, ok, eu fecho os olhos e faço "uni-duni-tê", ou vocês mesmo resolvem isso no par ou ímpar! Mas se querem uma decisão de verdade, vocês sabem muito bem que não tem outro caminho!

Elas olham uma para as outras, pêgas de surpresa, e permitem que ele continue a falar.

- Vejam, o Pomo Dourado não é para a deusa mais bonita de rosto, mas para a deusa mais linda no total! Vocês sabem que em qualquer concurso de Miss, os jurados não examinam só os rostos das modelos, mas o corpo todo…

- Mas elas ficam em trajes de banho, não peladas! - retruca Athena

- Sim, lógico! Eu não falei nada sobre vocês ficarem peladas! - lembra Páris

- Bem, eu não tenho problema em tirar esse vestido aqui e agora! rsrs - provoca Afrodite

- Mas… eu sou casada! - dificulta Hera

- E eu… eu sou virgem! - impede Athena

- Virgem??? Hahaha! - provoca a deusa da beleza - Para, né, Athena! Seu pai passa a rola em você direto! Se liga, Saori Kido, todo mundo sabe!

Athena não se contém:

- Ôxi, vai se foder, que história é essa!? Me respeite, sua biscate! Só por que você tem aquele seu filho punheteiro você acha que todo mundo é igual? Eu jamais faria isso com meu próprio pai! Que absurdo!

Hera até se assusta:

- Olha aqui, suas vagabundas, meu marido jamais…. - ela pensa direito - Quer dizer, jamais eu não digo, mas… ele não fez isso! Retire o que você disse, Afroputa!

Páris assume o controle:

- Parem! Vocês estão sendo avaliadas! Se comportem como deusas!

As três paralisam, sem-graças, embora contrariadas.

Páris espera o clima amenizar e retoma:

- Bom, de qualquer forma, se as duas se recusam, não tenho outra alternativa. Afrodite, você ficará com o prêm…

- NÃO!!! - gritam as duas

Athena se lembra das palavras agora úteis de Niké: "Se você perder… é porque não foi até o fim…"

Hera se lembra da mais recente traição de Zeus: "Um dia, eu vou meter uma galha em você, seu velho safado!"

As deusas se olham. No fundo, elas sabiam que Páris estava certo. Não tinha como saber qual das três era a mais bela de outro jeito.

- Ok, faremos isso! - Hera e Athena dizem juntas

Afrodite é a primeira a deixar cair seu vestido, revelando por baixo dele uma espécie de cobertura bem fina, branca, mas não transparente, que ia dos seios até as coxas; um sub-vestido curtinho, apesar de bem solto, com um decote bem generoso

Envergonhada, olhando apenas para baixo, Athena segue a deusa do amor e também faz cair aos pés seu vestido, ficando só com o mesmo tipo de traje de baixo que a primeira usava, embora no formato camisetinha e shorts, bem folgados, brancos e molengas. Era delicioso ver mais daquela pele branquela e tão jovial.

Hera sente o coração sair pela boca. O que Zeus pensaria dela naquela situação? Será que não deveria pedir autorização do marido primeiro? Não, aquele velho vagabundo não merecia isso, e além do mais, ele mesmo a tinha mandado para essa competição. Bem desajeitada, nitidamente deslocada, ela vai retirando seu vestido até que estivesse todo em seus braços, o que de certa forma ainda tapava um pouco de seu corpo.

- Ponha-o no chão, Hera - ele pede, com calma, olhando em seus olhos

Hera não diz nada, apenas deixa cair o vestido, dos braços para o chão. Ela também usava roupa de baixo, mas assemelhava-se mais a um "pair of bodies", que apertava bem os seios, fazendo-os parecer um banquete numa bandeja. Na parte de baixo, ela usava um shortinho bem solto, semelhante ao de Athena.

Páris estava pálido. Havia engolido seco quatro vezes seguidas e não havia mais o que engolir.

"Que bobinho! rs" - pensa Athena, satisfeita com a reação maravilhada, porém contida e até educada de Páris

"Zeus, eu juro que não estou te traindo… Nossa, o pinto dele está… duro?" - Hera observa enquanto Páris dava um jeito de disfarçar e se ajeitar

"Se eu não der pra esse cara um dia, não me chamo Afroputa… Quer dizer, Afrodite rsrs"

"Malucooooo, olha para esses peitos!" - O tecido de todas as peças não era transparente, mas era maleável e molenga o suficiente para revelar o formato dos peitos de cada uma.

As três deusas sentem-se comidas pelo olhar de Páris. Ele olha atentamente para cada uma das deusas.

. Athena tinha um rosto lindo de morrer, traços faciais que inspiravam, apesar da maquiagem decidida, certa carência, ingenuidade e também uma forte lealdade. Do pescoço para baixo, o que se podia perceber era um par de seios médios, quase grandes, bem alinhados e seguros, branquelos como suas coxas, de bicos bem rosados e brilhantes;

. Hera tinha os seios de um MILF deliciosa, que por ser uma deusa, não ficaram flácidos nem caídos, a não ser muito levemente, o que só dava um toque especial ao formato. Muito provavelmente as auréolas se dilataram um pouco pela amamentação, mas apenas no ponto exato de só ficarem ainda mais belos;

. Sobre Afrodite, era possível ver mais: o decote revelava seios cheios e marquinha de sol. O relevo do tecido no bico da teta esquerda deixava claríssimo estar atravessado por um piercing. Páris podia imaginar aqueles bicões dourados e…

A pica de Páris estava tão dura que ele não conseguia mais disfarçar. Como ele continuou tentando, acabou chamando atenção das deusas

- Assim não é suficiente??? Como vamos ficar de lingerie se você está quase tendo um treco aí??? - comenta Hera, debochando, mas se sentindo poderosa em causar esse efeito em um homem

- Não se preocupe, rapaz. Não é de hoje que os homens empaudurecem ao me ver rs - brinca Afrodite.

Ele se defende como pode:

- Ahn, não, eu… É que… eu comi um cogumelo que… - todo perdido, com medo de botar tudo a perder

As deusas começam a rir copiosamente, em certo sentido satisfeitas em saber que eram tão provocantes. O clima ficava mais ameno à medida que elas se sentiam poderosas.

Paris, sentando na cama e colocando um travesseiro sobre o pau, espera que as deusas continuem

- Tira você primeiro, Afrodite, você é mais acostu… - pede Hera, sendo interrompida

A deusa da beleza estava sem paciência:

- Ah, parem de frescura! Duvido que não estão gostando de tirar a roupa!

- Que horror, mulher, eu não… - Hera tenta se defender

- Me poupe, Hera! Será que Zeus fica assim, babando, todo embasbacado quando vê seu corpo, depois de ter visto todas as ninfas peladas???

Hera se cala. Na verdade sentia vergonha por estar sendo desmascarada ali na frente de todas. Estava a ponto de ficar seminua para um desconhecido e o fato era que estava gostando

- E você, Saori Kido, vai falar que não está gostando nem um pouquinho? - Afrodite ataca novamente

- N… Não, só estou fazendo isso por causa do prêmio!

- Aham! HAHAHAAHAHA...

A risada de Afrodite era de uma ironia tão verdadeira que fazia as outras duas se sentirem envergonhadas e desmascaradas

Páris retoma:

- E então, quem vai tirar primeiro?

- Ok, como sempre, eu! rs - Afrodite deixa as alças daquela leve peça cair-lhe aos ombros, em seguida faz pequenos movimentos nos quadris que o fazem deslizar até os pés. Em seguida, ela pisa sobre a peça caída, como símbolo de sua falta de vergonha.

Não apenas Páris olhava as formas finais de Afrodite, mas também Athena e Hera. As duas sentiram-se intimidadas dada a perfeição daquelas curvas tão convidativas aos olhares de qualquer homem e até das mulheres…

Havia um silêncio na caverna. Nessa hora, Páris comemorou o fato de ter colocado a maior quantidade possível de velas para aquela ocasião. O silêncio era tal que era possível ouvir o som das pequenas chamas

Páris estava paralisado como um bocó. O conjunto cinta-liga marrom de Afrodite dava ares de tão safada àquela deusa, tão devassa, tão sexual, que chegava a ser obscena. E aqueles malditos piercings estufando a renda do sutiã…

- Não baba, moço! rs - ela diz, dando uma voltinha bem lenta, fazendo do rabo o centro de todo o universo por alguns instantes

"Puta que pariu… isso não é uma bunda, isso é o sentido da vida…"

- Eu disse para não babar! rsrs

Páris podia mesmo estar babando. Com o pau mais duro que vara de pastoreio, ele retoma:

- C… certo… - ele engole seco - Quem vai ser a próxima?

- Eu! - diz Hera, retirando aquela coisa que era o ancestral de um espartilho, e ficando só com uma faixa branca quase transparente, amarrada em volta dos seios, bem apertado, fazendo o papel de um top. E ela faz questão de encarar Páris, olhos nos olhos, o tempo inteiro em que se despia. As duas outras deusas se admiram da súbita coragem dela, com aquela peça que tornava possível ver claramente as grandes auréolas rosadas tão chamativas, pressionadas no tecido tão frágil. Depois, ela tirou o shorts e também os pisou, como símbolo de sua superação.

Paris sentiu o saco encher de porra.

Hera ri, pela primeira vez com ares de domínio e sedução. Páris treme o corpo todo. Mas ele não para:

- Athena, sua vez - cordialmente, tentando não gaguejar.

Athena se lembra do final da conversa que tivera com Niké:

"Niké, vai embora, você não está ajudando!"

"Certo… Posso apenas sugerir uma coisa?"

"Tá, pode."

"Vá com essa calcinha e esse sutiã aqui!"

"Ei! Não mexe nisso! Isso não é meu, não sei nem o que está fazendo aí!"

"Aham! Kkk"

"Para de graça, isso não é meu! E além do mais, pra quê eu usaria isso? Não vamos ter que tirar nossas roupas pra ele, sua doida!"

"Ahn… claro, claro… Mas é que essa cor, especificamente essa cor, dá sorte!"

"Sério?"

"Sim. Além do mais, já que não vai tirar a roupa, não precisa ter vergonha de usar, rsrs"

"Hum, faz sentido…"

- Tira logo, Athena! - se queixam as outras duas deusas

Athena fecha os olhos e retira rapidamente as peças. Ali agora estava Athena com um conjuntinho roxo obsceno, peça que só as meretrizes usariam, com rendas tão espaçadas que se podia ver claramente tanto os bicos duros dos peitos quanto os pêlos pretos da buceta. O corpo era uma escultura de mármore branco. Ela pisava as peças ao chão como símbolo de sua determinação em vencer.

Era como se o tempo parasse para Páris. Ele não percebia que estava olhando para a buceta de Athena havia mais de quinze segundos, absorto, o que causou a sensação de vitória à deusa.

- ENFIM! - fala alto Hera, despertando o pobre humano - Agora você já pode se decidir!

Páris senta na cama, enlouquecido

- Você está bem??? - pergunta Athena

- O sangue dele foi todo pro pau! - diz Afrodite, sorrindo

- Homens… olha como eles ficam! rsrs - completa Hera, lembrando do marido que, pelo menos nesse sentido não era diferente daquele mero mortal

O único homem ali volta à razão:

- Eu… eu sei que vocês vão me matar agora. Mas morrerei feliz. Eu… não posso me decidir… Eu simplesmente não consigo, vocês… vocês… vocês são… perfeitas… - ele diz com cara de bocó

- Não, isso já é demais!!! - dizem juntas Hera e Athena, irritadas

Afrodite toma a palavra, agora com os olhos em chamas flamejantes, fazendo Páris cair no chão de medo:

- Escuta aqui seu bosta! Daqui a três dias estaremos aqui! E se você adiar mais uma vez a decisão, eu vou enfiar aquele pomo dourado dentro do seu cu! VOCÊ ESTÁ ME ENTENDO? EU VOU MANDAR UM CENTAURO COMER SEU RABO, SEU FILHO DE UMA PUTA!

Páris sabia que esse era o limite que não deveria passar. Ele imagina um centauro comendo-lhe o rabo e sua frio. Quase sem voz, ele diz:

- Ok…

- Vamos embora, garotas!

Páris ainda não tinha nem piscado, quando um pensamento lhe veio à mente:

"Dividir e conquistar"… "Separadas elas são mais frágeis" - Páris se lembrava da estratégia que os lobos sempre usavam para tragar suas ovelhas. Súbito, ele se levanta, e cumprimenta uma por uma, com um abraço. Elas, enojadas, não o repelem só porque Páris sussurra baixinho no ouvido de cada uma:

- "Você é a predileta. Venha aqui amanhã de manhã, urgente!"

- "Aqui amanhã à tarde, te explico tudo!"

- "Você é a mais bela, só que… Amanhã de noite, não falte!"

As três deusas somem, evaporando na frente dele. Cada uma achando estar a um passo da vitória, de terem o título de deusa mais bela.