O beijo caloroso termina depois de alcançar energia máxima, o limite do calor que um beijo pode ter antes de virar outra coisa; uma faiscazinha a mais e já não seria apenas beijo.
Era difícil para ambos encerrarem aquela mágica gostosa e explosiva, mas Denise sabia que se não o fizesse agora, não conseguiria conter-se depois. Ambos ofegantes, quase sem ar, Roberto segurava firmemente na cintura da mãe, trazendo seu corpo para si o suficiente para que ela percebesse seu estado de excitação. O pinto podia ser claramente percebido, pressionando as coxas da mãe. Denise percebia, além disso, seu próprio estado. Podia sentir sua calcinha encharcando. Não sentia o corpo de um homem havia bastante tempo, e agora seu filho causava nela tudo aquilo que ela nem mais se lembrava o quanto era bom. Era tanto tesão que ela se sentia vulnerável.
- Filho, melhor não avançarmos, eu… eu … - ela diz, ainda unida ao filho, envergonhada, tentando não olhar em seus olhos.
- Tudo bem, mãe. Eu disse que seria paciente, não disse? - ele se afasta um pouco, reduzindo a pressão, abraçando-a com ternura - Estamos juntos, correto? - ele queria ter certeza.
- … J... Juntos? Juntos como? - a mente de Denise estava um turbilhão
- Qual é, mãe, eu te pedi em namoro, e a senhora aceitou… Certo?
- Eu… eu aceitei o beijo, foi isso, não? - ela responde, super confusa
- E por que aceitou meu beijo se não estamos juntos? Nós nos beijamos de língua, mãe.
Denise estava trêmula ainda. Apesar de excitada, estava assustada por ter beijado de língua o seu próprio filho. Era como se esquecesse temporariamente que isso era normal e comum. Mas logo ela se estabiliza:
- … Sim, sim, filho, eu só estou um pouco… emocionada, é isso - ela diz, preocupada com a decepção que uma rejeição agora poderia causar no filho -, mas é claro que estamos juntos.
Ele sorri e os dois se abraçam. Depois, ficam sem saber como se comportar, meio perdidos sobre como proceder no início de um namoro. Eles sentam no sofá e Denise se arruma; arruma o cabelo, arruma o vestido, tudo em silêncio.
- Eu nem sei por onde começar, filho. Eu estou muito constrangida - o coração desacelerando um pouco
- É normal, mãe. Eu também estou um pouco sem graça rsrs - ele segura a mão dela e ela observa esse gesto simples, nada novo, mas agora tão diferente e ressignificado.
Denise se arrepia inteira, do dedão do pé à cabeça, era como se pura energia passasse das mãos do filho para as suas, tomando seu corpo inteiro.
"Você pensou bastante nisso, Denise. Várias mães namoram os filhos, você não está fazendo nada demais" - ela lembra
- Beto, você gosta mesmo de mim, né? - ela toma coragem e olha nos olhos apaixonados do filho para se certificar se havia também sinceridade ali.
- Demais, a senhora não tem ideia…
Apenas como mãe, sem qualquer outra intenção, ela começa a desfazer-lhe a gravata.
- Está calor agora, vou tirar para você
Roberto continua olhando a mãe, ela com jeitinho desfazendo sua gravata, sempre tão cuidadosa com ele, sempre pensando em seu bem-estar. Era uma mulher linda e no mundo inteiro não tinha ninguém mais linda que ela.
- Verdade, mãe, obrigado.
Depois, ela enrola a gravata certinho e deixa ao lado de si, no sofá. Então ela fala mais seriamente:
- Eu não gosto de relacionamento por entretenimento, filho
- Não é isso o que quero, mãe, eu juro.
- Eu acredito em você, não tenho um filho mentiroso. Meu… meu coração tá pulando rs
- O meu também rsrs
- Tá, mas… e agora? O que faremos? Eu estou totalmente perdida - ela diz, realmente sem saber o que fazer e o que falar. Era muito estranho estar tão deslocada assim na presença do filho.
- Não precisa dizer nada, mãe. Você deve estar cansada - ele beija a testa dela novamente - Vá lá tomar seu banho, a gente tem muita coisa pra conversar ainda.
- Filho, eu quero que saiba que foi tudo perfeito, você foi um cavalheiro, estou muito orgulhosa de você. E… vamos dar um passo de cada vez, ok?
"Ela está se referindo ao sexo?" - ele se pergunta
- Claro, mãe.
Elas se levantam, se abraçam novamente e então Denise vai para o banho. Roberto volta ao sofá, fecha os olhos, respira fundo, sente o corpo relaxar e fica assim por alguns minutos. Mas temendo ficar sonolento, pega o celular.
No WhatsApp:
"Pai…"
"Fala, filho"
"Ela aceitou!"
"Caralho, sério!? Parabéns, moleque! Kkk"
"Valeu, pai rs"
“Está feliz?”
“Sim, demais rsrs. Só não sei como te devolver a grana haha”
“Se você falhasse na missão eu ia te cobrar mesmo, garoto kkk. Mas você conseguiu, então, não me deve nada”
“Valeu, pai”
"Mas e aí, conseguiu dar uns beijos na sua mãe?"
"Uhum rsrs"
"Que foda! Mano, estou muito feliz por você, filhão! Você sabe que, precisando, é só falar comigo, né?"
"Certo, valeu"
"E usa camisinha, filho da puta!"
"Eu vou usar, relaxa haha"
"Mas pelo que conheço sua mãe… Olha, filho, não é querendo jogar água fria, não, mas…”
“O quê? Pode falar”
“Cara, sua mãe é daquele tipo que deixa o cara de molho um tempão antes de ceder rs"
"Sério? Kkk"
"Bom, ela é sua namorada agora, então não vou ficar falando essas coisas rs. Só basta saber que, digamos… ela faz muito 'cu doce', é isso. Com todo o respeito, filho, mas é a verdade”
“Nossa rsrs. Mas pelo menos tivemos um grande avanço hoje"
"Ah, com certeza. Talvez ela tenha mudado, afinal, não é mais uma adolescente"
"Sim, pode ser, tomara rsrs. Não vou pressionar ela”
“Isso, não vale a pena”
“Valeu, pai, depois nos falamos"
"Ok, filho, e de novo, parabéns!"
Roberto estava rindo sozinho no sofá. Estava namorando a mãe, uma mulher tão bonita que mal podia acreditar. E além disso, a mulher que cuidou dele a vida inteira, que o protegeu em todas as situações, e que em breve, lhe daria até as coisas mais íntimas.
Alguns minutos mais tarde, Denise sai do banheiro, junto a uma pequena e breve onda de vapor. Não era a primeira vez que via a mãe de toalha; na verdade, quase sempre a via sair do banheiro assim, todavia, agora tudo era muito diferente.
Os olhares imediatamente se encontram, e ele sorri achando-a absurdamente bela, enquanto ela desviava os olhos para baixo, sabendo que agora era observada com outros olhos pelo filho. Ela cora e deixa escapar um sorriso quase imperceptível, que lutava para não mostrar.
- Tá olhando o que, bobo? Nunca me viu assim?
- Só estou olhando pra minha namorada, ué
- rsrs Tá… Eu… vou me vestir, ok? Já volto
- Tá bom
Ela vai para ao quarto e alguns minutos depois volta com um pijaminha branco e azul-bebê de algodão, nada transparente. A camisetinha não era suficientemente agarrada ao corpo para se dizer sexy, mas o shortinho, apesar de bem solto, era suficientemente curto para ser bem gostosinho. Assim como o passar de toalha, aquilo não era nenhuma novidade para ambos, inúmeras vezes Denise usara pijama em casa, mas, já estava bem claro que agora tudo era diferente. Os olhos se cruzam novamente e um vê nos olhos do outro todas as intenções. Denise percebia que o filho olhava com desejo e o filho percebia que a mãe tinha se vestido para ser desejada. Era uma troca intencional, nada por acaso.
Ela senta ao lado do filho e eles iniciam uma conversa bem longa, sobre como seriam as coisas dali pra frente. Dão as mãos, fazem carinho, mas sentem ainda a natural falta de intimidade, porque, apesar de serem mãe e filho há muitos anos, eram namorados há apenas algumas horas. O carinho evolui aos poucos e então Denise repousa a cabeça no ombro do filho. Depois, evoluem para um cafuné, com Denise deitada, com a cabeça no colo do recém-namorado. Ela estava apaixonada novamente e sentia-se viva e radiante.
- Eu te amo, mãe - alisando-lhe os cabelos suavemente e olhando em seu rosto
- Eu te amo, filho - sentindo os dedos leves do filho em seu couro cabeludo, o que a fazia sentir-se bem e segura.
- Está com medo de tudo, né?
- Sim. Não sei como as pessoas vão encarar isso, sabe?
- As pessoas? Como assim, mãe?
- Ahn… eu… um dia vou te explicar algumas loucuras minhas, mas por enquanto não quero estragar o momento
- Ok rs. Você acha que vão dizer que você é velha pra mim? Isso não faz sentido, você é nova, só dizem isso quando a idade é muito diferente.
- Não, eu não acho que vão dizer isso
- E então…?
- Ahn... Tenho vergonha de dizer à minha mãe, é isso, rs
- Ah, isso é normal, também sou tímido pra essas coisas.
Ele percebe que a mãe estava lutando contra o sono, e que tivera o dia bem cheio. Coisa típica de namoradinhos, que são capazes de ficar desconfortáveis por horas para não quebrar o momento. Enquanto acariciava os cabelos da mãe com carinho, ele pergunta:
- A senhora está caindo de sono, né?
- Sim, mas não quero que esse dia termine. Está tão gostoso, filho - ela diz, fechando os olhos, se aninhando -, está tão perfeito, hummmm rs
- Eu sei, mãe.
- Filho, eu já ia esquecer, sua avó pediu para irmos lá amanhã. O que você acha, tá a fim?
- Ia ser legal, faz tempo que não os vejo - diz Roberto, querendo uma oportunidade de dizer logo aos avós que estava namorando a filha deles.
- Ok, então vamos, sim. Mas não vamos falar que estamos juntos, ok? Eu ainda não estou preparada.
- Ah, sinto muito, mãe rs. As coisas não podem ser assim. Se a senhora estivesse namorando outra pessoa, duvido que pediria isso a ele. Eu sou seu namorado, isso tem que ser de verdade, não de brincadeirinha.
A mãe sente firmeza no filho, que se pôs como homem.
- Você está certo. Não preciso ter receio. Aliás, eles torceram por nós rs
- Sério? Torceram por nós?
- Sim, principalmente sua avó, ela me convenceu a te dar uma chance hahaha
- hahaha
Eles se beijam na boca docemente, e em seguida Denise vai dormir. Então Roberto tira a roupa social, exausto, mas feliz. Toma um banho, louco de vontade de bater uma punheta, mas pensa:
"Chega de punheta. Tenho uma namorada agora".
Enquanto em seu quarto Roberto pensava em tudo o que ocorrera naquele dia mágico, a mãe, no quarto dela, ria sozinha no travesseiro por estar sentindo todas aquelas coisas que toda garota adora sentir: que é amada, desejada, que tem um namorado, que não está mais encalhada, etc, etc, etc. Ela ri sozinha várias vezes como uma adolescente boba, abraçada ao travesseiro. Sem resistir, vai ao WhatsApp:
"Filho…"
"Oi, mãe, não dormiu ainda?"
"Estou pensando em você rs"
"Hum rsrs. Eu também. Acho que estou apaixonado"
"Acha?"
"Tenho certeza"
"É bom que tenha certeza mesmo rs"
"E a senhora, também está?"
"Lógico rsrs"
"Que bom, mãe rsrs"
"Agora vamos dormir, a gente tem que acordar cedo amanhã. Beijo!"
“Beijo!”
Acho fofo esta relação de namoro dos dois, mas não duvido nada da mãe da Denise jogar lenha na fogueira kkkkk.
Até que enfim ela cedeu e aceitou namorar o filho. Está ficando cada vez mais excitante.
que saudade de ler um conto seu, amo voce larissa, espero que esteja bem