Ricardo sentia o tecido suave da lingerie contra sua pele, algo completamente novo, que trazia uma mistura de desconforto e curiosidade. Ele se olhou no espelho, as peças delicadas abraçando seu corpo de maneira estranha, mas inegavelmente íntima. Helena estava sentada na beira da cama, observando-o com um olhar de fascínio, seu sorriso era suave, quase complacente.
— Como você se sente? — ela perguntou, sua voz baixa, quase um sussurro que preenchia o quarto.
Ricardo hesitou, tentando encontrar as palavras certas. Não era apenas sobre o físico, mas sobre o que aquilo representava. Havia uma nova camada de vulnerabilidade entre eles, uma inversão de tudo o que ele conhecia.
— Estranho... mas não ruim — ele finalmente disse, seus olhos evitando os de Helena por um momento. O simples ato de falar parecia liberar um pouco da tensão que sentia.
Helena se aproximou, seus dedos levemente tocando o ombro de Ricardo. A sensação era quase elétrica, como se, naquele toque, estivesse escondido um novo nível de intimidade entre eles.
— Você está lindo — disse ela, seus olhos brilhando com uma mistura de carinho e provocação. — Há algo de libertador nisso, não acha? Em deixar de lado o controle, em confiar?
Ricardo não respondeu imediatamente, mas o sorriso tímido que surgiu em seu rosto foi suficiente para responder à pergunta. Helena sabia que ele estava atravessando um limite, e não apenas no aspecto físico. Era mais profundo, uma transformação na dinâmica do relacionamento deles.
Ela se levantou e o guiou suavemente até a cama, seus olhos nunca deixando os dele. O ambiente estava carregado de algo novo, uma tensão diferente, não de desejo imediato, mas de uma curiosidade mútua.
— Agora — Helena disse, com um leve tom de comando — é a minha vez de cuidar de você.
Ricardo sentiu seu coração acelerar. A inversão de papéis era clara, e ele estava entrando em território desconhecido. Helena, sempre a figura gentil e carinhosa, agora se movia com uma confiança que ele não havia notado antes. Era uma dança de poder, de controle gentilmente cedido. E, estranhamente, ele se sentia confortável.
Ela começou a explorar essa nova faceta de seu relacionamento, guiando Ricardo com toques sutis e palavras que o envolviam em uma sensação de segurança. Tudo era feito com uma delicadeza inesperada, e a vulnerabilidade de Ricardo, exposta pelas lingeries que vestia, era acolhida e respeitada.
Aos poucos, ele começou a perceber que aquilo não era apenas uma inversão física, mas emocional. Ele estava se entregando a um lado seu que nunca havia explorado, e Helena estava lá, guiando-o, não como alguém que dominava, mas como alguém que o entendia profundamente.
A noite avançou com esse novo entendimento. Eles não precisavam de palavras, apenas de gestos e olhares que contavam uma história de confiança, entrega e descoberta.
É um ponto do qual não tem mais volta, ele se assumiu como o passivo que gosta de pica do macho e da mulher ..