Na penumbra de um jardim florido,
Uma jovem mulher, inocente e viva,
Olhava o amor em suas formas,
Despertando uma chama altiva.
Um casal maduro, com olhares profundos,
Sussurros doces dançavam no ar,
Atrativos como a brisa suave,
Enredaram-na em seu par.
Cabelos grisalhos reluzindo ao luar,
Mãos calejadas, sabidas no toque,
Promessas de mundos, de risos, de amar,
Uma dança sensual, um jogo de sorte.
Ela, encantada, não viu o aviso,
Perdeu-se na teia do prazer,
Um brinquedo nas mãos da paixão,
Sem saber que era fácil esquecer.
Os beijos eram doces, as promessas, vazias,
Aprendeu a ser sombra, a se calar,
Enquanto eles riam, ela se perdia,
Num labirinto onde não sabia voltar.
Mas o sol sempre nasce após a noite,
E a luz trará à mente um questionar,
Quem sou eu, se não um eco distante,
E o que é amar, se não um brincar?
Assim, ela se erguerá, aprenderá a voar,
Despir-se das correntes, do que a aprisionava,
E através do brinquedo que se tornará,
O gozo, o prazer que nunca se acabava.