Acho que, por tanto as pessoas lerem minhas pensatas, devem achar que sou totalmente anti-mulheres ou que eu já considero todas elas chatas e ignorantes. Na prática, isso leva as pessoas à pensarem que sou extremamente arrogante, enrustido, porco, machista... enfim, essa baboseira de interpretações erradas. Então, vou ter que dar um exemplo prático para vocês. Tirado direto do meu dia-a-dia! . Quando entrei no curso técnico de moda, não achei que iria lidar bem com a noção de eu gostar de moda. Eu sempre fui dos automóveis e da música. Mas, a gente cresce e aprende a cozinhar um arroz bom, a arrumar a casa pra não atrair baratas, a ter que costurar uma roupa na marra... E para mim, desvendar toda a minha mística e meu toque artístico na moda, fez um bem do caramba pra mim! Pude sentir ali que o meu lugar é nessa indústria, de alguma forma. Embora eu já seja formado em faculdade e trabalhe com o que me formei, sinto que o Brasil ainda vai demorar um pouco para pagar um professor mais pobre os devidos R$ 6000 brutos que prevê no DIEESE. Mano! Vocês precisavam ver o dia que discuti isso com uma antiga amiga. Ela quase surtou, certamente pelo "nojinho" que deve ter de pessoas pobres. Se ela é desse pessoal que acha bacana a mortífera escala 6x1, bom... eu não quero mais nenhuma opinião nojenta dela. Ela é página virada. (sim, já trabalhei de telemarketing pra ver como era o inferno humano) . Mas, foi ali, aprendendo e lendo muito sobre a moda, entendendo diversos conceitos que as pessoas só entenderiam numa faculdade de moda, que pude entender que é preciso se entregar à moda como um artista se entrega ao desenvolver uma obra. Vocês sabem minha paixão por lingerie, e acho muito bonito que tenhamos voltado a uma moda com toques do século XIX, onde as pessoas (mesmo as mais pobres) ainda almejavam um pouco do luxo e da beleza no dia-a-dia. E, quando fui lendo sobre as histórias de grandes estilistas, aí que a conexão foi mais forte ainda. Muitos eram filhos únicos, de famílias pobres, que lutaram a vida inteira para serem reconhecidos. E quem disse que esse reconhecimento não veio sem inimigos e intempéries? . Talvez a história de Gabrielle Bonheur Chanel seja a mais marcante para mim, pois ela era completamente antisocial e solitária, fruto de uma família quebrada com poucos parentes e amigos que prestavam. Também me entusiasmei com o desenvolvimento técnico de Isaac Merritt Singer nas suas máquinas industriais de costura. Todavia, conheci o lado obscuro desse ofício através de Hugo Boss, que sobreviveu à guerra produzindo uniformes dos nazistas. Mas também pude sentir a esperança de uma chance de inovar, quando descobri que Israel Pilot desenvolveu o "wonderbra", pela Hanesbrands lá nos USA durante os 1940s (provavelmente inspirado pelos paraquedas e cintos de segurança dos aviadores). . Mas tudo isso é só uma palha do que eu sei. Contudo, tendo esse contato com a costura e com mulheres que se dedicam à isso, me fez buscar a idealização de uma mulher que não invente historias ou preguiças para não correr atrás do seu próprio sustento e sonhos. Uma mulher que não seja apenas uma patricinha ou "criancinha" que demande tudo do homem. Se já é complicado para nós, homens, termos que nos levantar na segunda-feira para ganhar o pão da semana, não é por menos que devemos deixar de controlar como o dinheiro é gasto. Esther Villar foi sim minha libertadora, mas até eu discordo de algumas falas delas. Eu sou uma pessoa que consegue ter o melhor dos dois mundos. Nunca que vou ser um idiota de jogar uma coisa para ficar apenas com outra. E se as mulheres são asseguradas pela burrice da maioria dos homens nesse sentido, a fazerem o que quiserem sem culpa, então eu viro o jogo e faço o mesmo, ora bolas! . Sim, eu adoro mulheres! Adoro todas as estilistas e modelos que posam para os magasins. Adoro os desfiles e fico sempre buscando tendências. Tenho uma mão fina para desenhar e tirar coelhos da cartola. Descobri que sei fazer milagres apenas com uma agulha e linha. Imagino o que sou capaz de fazer com um atelier todo equipado, ainda que somente com o básico!!! Talvez eu encontre uma namoradinha ou esposa se mergulhar de cabeça nesse ramo? Não sei, antes de tudo gostaria de trabalhar nisso para poder comprar meus carros e uma casa no interior. É uma pena que a maioria dos homens não queira entender profundamente e amplamente de moda. Só o fato de você vestir um corset e sentir aquele aperto gostoso moldando seu tronco inteiro, já te torna mais macho e belo do que muitos outros homens (e mulheres) ao redor. . Volto a repetir Esther Villar: "...é um alívio para as mulheres saber que os homens não se consideram belos...". Pois bem, eu me considero belo e inteligente para escolher as mulheres da minha vida. Dou espaço para todos os macholas soldadinhos-trabalhadores sofredores explorados passarem com seus argumentos ilusórios. E pensar que lá na Idade Média um homem que tinha poucas roupas ou mesmo um guarda roupa sóbrio era considerado pobre e até de certa forma vulgar entre os homens. Basta vermos uma pintura de Henry VIII para encontrarmos a verdadeira masculinidade e virilidade. Ele mesmo alterou a lei na religião para favorecer o divórcio para o homem. Até então, o homem não podia se separar de uma esposa chata hehehe. . Sim adoro mulheres! Desde que estejam peladinhas ao me ver trajando a mais bela lingerie na hora da cama. Beijos!
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