Aconteceu faz alguns anos, mas essa história me marcou muito. Eu era muito jovem e estava naquele período de confusão em relação a minha sexualidade, pois estava cercado por pessoas que performavam uma masculinidade extremamente tóxica e eu já sentia que aquilo não era para mim, mesmo eu reproduzindo os mesmos comportamentos por pressão social. Além de não concordar, eu tinha vários questionamentos internos, pois sentia atração por mulheres, mas os corpos masculinos também mexiam comigo, várias vezes precisei disfarçar que estava excitado por ver um amigo sem camisa ou algum cara da tv, me sentia culpado por ter tesão em pornografia gay e ao mesmo tempo não entendia porque aquilo, de alguma forma, era considerado "errado".
Para além de todas aquelas questões, naquela época eu estava com meus 18 anos e fazendo toda correria de buscar trabalho, vestibular, cursinho, essas coisas que geram um grande estresse e bagunçam nossa saúde mental. Minha válvula de escape era jogar futebol com um grupo de amigos nos finais de semana. Tínhamos um grupo de 14/15 pessoas, o que permitia formar dos times e ter alguns alternando, e não raro eles convidavam times de outros bairros ou de amigos e parentes para participar conosco, foi em uma dessas vezes que eu tive uma experiência inusitada.
Um de nossos amigos levou seu primo e outro amigo deles, os rapazes o chamavam de Balboa pelo fato dele treinar boxe, um menino de estatura baixa, cerca de 1,63m, magro, pele morena, olhos castanhos, cabelos curtos com partes desenhadas, ele tinha uma grande presença, alguns o consideravam muito folgado, pois era bastante falante e performava a masculinidade melhor que todos ali, o que o tornava bem popular.
Sempre fui uma pessoa de pele branca, não a ponto de ser albino, mas eu me destacava no meu grupo, isso chamou a atenção de Balboa que não hesitou em fazer piadas com isso. Ele me marcou durante algumas partidas e ficou em cima de mim soltando alguns comentários como "a loirinha você deixa comigo" ou "esse branquelo não vai arrumar nada". Não me incomodei, entendi como algo normal do jogo para tentar me desestabilizar, não funcionou e consegui facilmente passar pela marcação dele, dar assistência e marcar alguns gols, o que gerou cada vez mais frustação em Balboa, que tornava sua marcação cada vez mais agressiva, estilo zagueiro de antigamente.
Em determinado momento ficou claro que ele estava muito irritado e começou a fazer muitas faltas em mim, até que uma entrada mais dura pelas costas (eu sei, trocadilho pronto haha) me fez cair de costas e perder o ar. Pedi para ser substituído, já estava bem cansado do jogo e aquela falta foi o sinal de que era hora de sair para evitar algo pior. Um amigo do nosso grupo entrou no meu lugar, fiquei conversando um tempinho e decidi aproveitar que estavam todos ali para tomar banho, sempre suei muito e estava precisando muito de uma ducha, além disso eu preferia os ambientes vazios para evitar qualquer "incidente" que denunciasse minha excitação com corpos masculinos nus.
Peguei minhas coisas e fui para o vestiário masculino, não havia ninguém "perfeito" pensei comigo mesmo, estava em menos da metade do tempo que reservamos a quadra, ninguém viria ali tão cedo. Tirei a roupa, deixando-as em um banco de frente a área dos chuveiros, preferia ficar de olho nas minhas coisas para evitar qualquer gracinha dos meus amigos, e entrei no chuveiro tranquilamente. Mal havia começado e fui surpreendido pelo som de passos, alguém havia entrado no vestiário depois de mim, alguém diz "olha a loirinha pelada".
- Já cansou de jogar? Questionei surpreso
- Não, mas o pessoal me pediu para sair, acharam que eu ia quebrar todo mundo até o final do jogo e me substituiram - disse ele, transparecendo certo orgulho no que havia feito
- Faz sentido, você perdeu a linha fácil demais - disse a ele em tom de piada
- Nem rodo mundo aguenta um negão - respondeu Balboa em um ar de superioridade
- Negão - disse dando uma leve risada - com menos de 1,70?
- Sou negão onde importa loira- respondeu com um tom de malícia
- E onde importa? - eu era um pouco ingênuo e perguntei de forma inocente
- vou te mostrar - ele respondeu, virado de costas na direção do banco onde eu havia deixado minhas coisas
Ele começou a tirar a roupa e a ficha começou a cair. Primeiro ele tirou a camisa, seu corpo era magro, porém seus ombros eram largos e as costas definidas, fazendo o formato em V, sua pernas também tinham músculos bem definidos e torneados, eram músculos de um lutador, com certeza. Ele se vira de frente mostrando um abdômen definidos e arranca sua cueca, deixando a mostra sua rola. Eu estremeci, era aa maior que eu já havia visto e nem estava dura, tinha uma cabeça mais rosadinha e tinha um formato cônico, devia ter cerca de 18cm e tinha alguns pelos mais ralos. Não consegui parar de olhar, até tentei, mas estava hipnotizado por aquele pau que destoava do resto do corpo daquele rapaz. Ele percebeu e disse:
- Tá me manjando, loira? Nunca tinha visto uma rola desse tamanho? - disse em tom mas sexual
- Acho que não... - respondi tímido
- Imaginei. Seus amigos devem ter uma piroquinha pequena igual a sua - ele disse rindo
Fiquei em silêncio e senti meu rosto corar, o que fez ele se sentir ainda mais superior. haviam vários chuveiros livres, um ao lado do outro, mas ele decidiu usar o que estava bem ao lado do meu. Começou a se ensaboa, o que fez seus músculos brilharem, dava uma atenção especial a seu pênis e ele fez questão de ficar virado na minha direção. Eu tentei me controlar e tomar banho o mais rápido possível, mas senti uma excitação que não pude controlar, olhava fixamente para frente, mas não tinha como não ver algo daquele tamanho e entrei em uma luta para não ficar de pau duro. Eu perdi essa batalha e Balboa notou meu pau crescendo.
- Que isso loira? Tá ficando de pau duro?? Tu é viado? - disse ele em tom de brincadeira
- Não...- respondi com os olhos baixos tentando disfarçar e me controlar
- Se for tá tudo bem...eu não tenho preconceito e não me importo - disse ele mudando sua atitude, chegou a soar compreensivo, totalmente diferente de antes
- Eu não sei por que isso está acontecendo, desculpa - consegui dizer, me sentindo mais confortável pelo tom acolhedor
- Está tudo bem, eu que peço desculpa, estava te zoando e não queria te deixar mal, tenho vários amigos gays e estou acostumado - relatou ele
- Não me parece o tipo de companhia que você teria, tu é muito hétero - disse agora mais aliviado e em tom bem humorado
- Meu tio é gay, então eu conheço gente assim desde novinho, mas aqui não dá para ser igual eu sou com eles, tá ligado, né? - ele contou tentando me fazer sentir acolhido
- Eu não sei sou gay, sinto atração por mulheres e já transei com algumas, com homens eu sinto tesão, mas eu nunca fiz nada, não sei se ia curtir - respondi tocado pela sinceridade daquele rapaz que havia mudado completamente sua postura e atitude
- E você quer experimentar - disse ele olhando fixamente para mim
Eu era ingênuo, mas aquilo foi óbvio até para mim. Ele pegou minha mão e começou a passar pelo corpo dele, senti seus músculos e aquilo que era uma tentativa de controlar uma ereção agora se mostrava falha, eu fiquei duro sentindo aquele corpo esbelto em minha mão. Ele foi descendo minha mão lentamente pelo seu corpo, até finalmente chegar no seu pau, que estava semi duro, o que fez ele ficar ainda maior. Peguei nele e minha mão quase não fechou pelo grossura de sua ferramenta, era pesado e comprido, comecei a bater uma para ele, senti seu pau crescer ainda mais, devia ter uns 25cm agora. Fiquei na punheta por um tempo, olhando para baixo, até que Balboa me puxa pela nuca e me beija, foi meu primeiro beijo em um homem. Ele tinha lábios macios e beijava muito bem, senti a água escorrer pelo corpo e se misturar com sua saliva. Depois de um tempo nos beijando ele começou a direcionar minha cabeça para baixo, fazendo eu passar meus lábios pelo seu corpo, me demorei algum tempo em seus mamilos, fui direcionado a descer lentamente até chegar em seu pênis. Não sabia como, mas ia tentar colocar aquilo na boca. Nas primeiras tentativas ele me pediu cuidado, pois meus dentes estavam roçando e gerando uma dorzinha, ele foi me orientando e peguei o jeito, não ia conseguir fazer uma garganta profunda, mas a cabecinha e parte dele eu estava conseguindo chupar com facilidade, tentando me lembrar de todos os vídeos de oral que já havia assistido. Passava a língua, nele enquanto masturbava com uma das mãos. Ficamos naquela brincadeira por um tempo, até que ele gozou e senti o sabor e a textura de porra em mim pela primeira vez.
- Desculpa, estava bom demais, tem certeza que foi sua primeira vez? - disse ele ofegante pós gozo
- Sim, mas eu aprendo rápido - disse em tom bem humorado
- Tu leva jeito - disse ele rindo
Terminamos o banho e voltamos para o grupo. Seguimos conversando por mais um tempo até que nos despedimos. Chegamos a nos encontrar algumas vezes depois disso, mas ele começou a namorar uma mulher e não ficamos por alguns anos, mas nos reencontramos algumas vezes entre um término e outro, ele chegou a participar de ménages comigo e ser o comedor de algumas de minha namoradas (sim, sou adepto do cuckold também), mas isso eu conto em outra oportunidade. Ainda assim tivemos trocas interessantes e cultivamos uma amizade até hoje, tive a oportunidade de conhecer o tio dele que me falou sobre as dificuldades de ser um homem preto gay, me apresentou outras pessoas da comunidade queer que me auxiliaram na minha formação e por isso eu sou muito grato a eles. Foi uma introdução muito gentil e não consigo pensar em uma forma melhor de ser iniciado. Naquele doa além de me permitir experimentar coisas novas, me deixou com muitas reflexões do que realmente é ser um homem, a forma como nós nos moldamos para caber em um molde que nos cabe e depois disso me abri a conhecer a comunidade LGBTQIAP+ e nunca mais reproduzi discursos machistas ou homofóbicos, eu finalmente estava livre para ser eu mesmo.
Votado!!! Belo Conto Brother!