Femboy



por Lucas.

Fui o galanzinho da escola até o início da adolescência, depois acabei ficando pra trás dos outros garotos por não me desenvolver tanto quanto eles. Com a puberdade, as mesmas características que me faziam um garoto bonito me fizeram um rapaz andrógino, “delicado”, com “jeitinho de menina” e outras coisas que eu ouvia e que me tornaram inseguro e retraído. Tudo que eu mais queria era me enturmar, voltar a ser popular, namorar as garotas, porém elas riam de mim e o rapazes faziam pior... na época não chamávamos “bulliyng” ainda, mas eu sofria suas maldades dia após dia.

Ao entrar no ensino médio, mudei de escola e tive a esperança de que as coisas iriam mudar. Me aproximei de um grupo de colegas que me pareceu acolhedor e realmente acreditei estar fazendo amizade com eles, em especial com o Tiago, que era bem popular, jogava futebol, já dirigia, saía à noite, andava com uma galera mais velha... essas coisas... A atenção que recebi dele foi até muito acima das minhas expectativas e comecei a fazer de tudo para não perder sua amizade. Graças a ele, saí da minha reclusão e passei a frequentar um círculo de jovens “descolados”, que eram os reizinhos da cidadezinha em que morávamos.

Minha mãe, que havia me ganhado muito jovem e me criado sozinha, ficou um tanto apreensiva com aquela mudança, até porque, para agradar meus novos amigos, em especial o Tiago, mudei minha postura, deixando de ser o “nerd” estudioso que fora até então. Ela me disse que entendia o momento que eu estava vivendo, mas pediu para ter cuidado. Obviamente, não dei atenção, afinal, na minha idade, ela já tinha um recém-nascido nos braços...

Agora que tinha novamente a oportunidade de ficar com meninas, por ser super inseguro em relação ao meu corpo, morria de medo de “ir em frente” e falhar. Uma humilhação como essa, na minha cabeça, acabaria com aquele sonho que vinha vivendo no ensino médio. Comecei a dar desculpas e sempre me esquivar se via a mais remota possibilidade de ir além dos beijos. Certo dia, uma garota tentou colocar a mão no meu pau e, no susto, fui até um pouco brusco ao impedi-la – e isso a deixou muito brava. Como já rolavam alguns boatos a meu respeito, comecei a temer que meu castelo de cartas iria desabar. Para minha surpresa, o próprio Tiago me procurou e, como um bom amigo, me perguntou a respeito.

Acabei arriscando: abri meu coração pra ele, contei sobre meus medos e inseguranças, devido à minha inexperiência e ao meu físico pouco masculino. Ele foi muito compreensivo e legal, prometendo guardar segredo e me ajudar. Confesso que chorei, naquele momento, ele foi a pessoa mais importante no mundo para mim. Me pus em suas mãos, numa fé cega e, a partir daquele dia, ele passou a me orientar. Mas eu realmente tinha dificuldades, pois, na minha cabeça, nem toda atitude do mundo compensaria meu corpo andrógino, quase feminino, e o pauzinho minúsculo entre as minhas pernas.

Quando disse isso a ele, Tiago riu e falou que eu deveria perder a vergonha do meu corpo. Pediu que eu me despisse diante dele. Como eu hesitei, ele tirou a própria roupa, exibindo seu corpo maduro para um adolescente. Tirou a cueca exibindo o pau, que não era extraordinariamente grande, porém, se comparado ao meu, parecia enorme. Engoli em seco, e tirei minha roupa também. Ele me olhou de alto a baixo e depois disse que eu não deveria me preocupar, pois nem todos os rapazes se desenvolviam na mesma época... nos próximos anos, segundo ele, eu também me tornaria másculo e isso me dava tempo para compreender as mulheres. Não havia razão para eu ter pressa, pelo contrário... deveria aproveitar para me preparar.

Em que pese toda minha ansiedade e apesar de desejar as lindas meninas com quem convivia, reconheci que o seu conselho era sensato e agradeci por ter alguém como ele para me guiar. Tiago se tornou o espelho do futuro que eu queria e minha ponte com a vida que sonhava ter. Seguia suas dicas e temia, mais do que qualquer outra coisa, decepcioná-lo. Contudo, por mais que me esforçasse, não conseguia pôr em prática seus conselhos, tudo sempre saía errado! Para meu alívio, Tiago era um professor tolerante.

– O teu problema – disse ele – é que você não entende como as meninas pensam. Se você entender o cérebro delas, você consegue o que quiser.

– Mas como eu chego nesse ponto, se mal consigo conversar com elas??

– Bom, você precisa observar e se colocar no lugar delas, tentar pensar como elas... – Tiago ficou calado por um instante, depois se virou pra mim e disse – O que você acha da gente fazer uma exercício?

– Como assim? Que exercício?

– Pensa numa menina, uma que você admire e considere fora do seu alcance.

Refleti um pouco, sem saber onde ele queria chegar, e acabei dizendo “Nívea”. Mas tão logo fechei a boca, fiquei constrangido, pois a Nívea, além de ser a garota mais linda da classe, já tinha ficado com o Tiago algumas vezes. Para minha sorte, ele não levou a mal... ficou rindo e até aprovou a escolha.

– Tá decidido! É uma boa escolha, pois essa eu conheço bem... – ele deu mais uma risadinha safada e completou sua ideia: – Bom, eu quero que você observe a Nívea durante a semana, depois você vai tentar descobrir como ela agiria em determinadas situações.

Achei um plano inteligente, pra falar a verdade. Mas eu considerava inteligente tudo que vinha do Tiago...

Tentando ser o mais discreto possível, ao longo da semana, observei Nívea cuidadosamente – e isso só aumentou minha paixonite por ela. Além de linda, aquela garota tinha uma delicadeza sensual no seu jeito de se mexer e de falar... tão segura de si, mas, ao mesmo tempo, se mostrava tão submissa quando queria, disfarçando um olhar safado numa fachada de inocência... Não sabia se aquilo daria algum resultado, mas eu estava aprendendo muito sobre ela, contemplando cada gesto, cada palavra, cada olhar... à noite repassava tudo na minha memória...

Passou a semana e Tiago me chamou para sua casa. Eu não imaginava de que forma colocaria em prática meus novos conhecimentos e, quando ele me falou, eu achei até que fosse brincadeira.

– Agora que você observou atentamente a garota que você gosta – disse ele, – você vai ser ela durante uma tarde!

Demorei a entender que ele falava sério e, embora achasse aquilo engraçado e até um pouco constrangedor, eu não me encontrava em posição de questionar seus métodos. Apenas pedi para ele jurar não contar a ninguém. Ele garantiu, depois me estendeu a mão e disse:

– Seja bem-vinda à minha casa, Nívea!

Comecei a lembrar dos trejeitos e da forma dela falar e tentei imitá-los, mas ficou bastante caricatural e eu mesmo ria. Tiago não gostou e pediu que eu levasse a sério se queria sua ajuda.

– É que eu me sinto ridículo fazendo isso! – argumentei.

– Pois não deveria! Lembra do que eu falei sobre entender como as garotas pensam? Você precisa se colocar no lugar delas!

Ele pareceu um pouco impaciente pela minha falta de seriedade e me arrependi, afinal um cara como Tiago não tinha obrigação nenhuma de perder seu tempo com meus problemas. O mínimo que cabia a mim era me esforçar. Pedi desculpas e prometi levar a sério.

– Talvez uma caracterização te ajude a entrar no personagem... Espera aí um pouquinho – disse ele, indo na direção do quarto da sua irmã, me deixando ainda mais confuso.

Minutos depois, ele voltou com algo na mão, que logo identifiquei ser um vestido. Tiago tinha uma irmã mais velha, lindíssima, que fazia faculdade em outra cidade e vinha ocasionalmente para casa. Ela, sendo uma moça atraente, usava roupas semelhantes às de Nívea e aquele vestido poderia pertencer a qualquer uma delas.

– Você não tá sugerindo que eu... vista isso???

– Bom, só pensei que talvez isso te ajudasse... – respondeu com um tom impaciente –, mas acho que tudo isso é bobagem, eu to sendo idiota e você obviamente não tá interessado na minha ajuda – completou, claramente decepcionado com minha atitude, recolhendo o vestido.

– Não, espera, por favor! – pedi, antes que ele voltasse ao quarto da irmã. Peguei o vestido de sua mão e ele entendeu que eu estava, sim, levando a sério.

Fui até o banheiro, fiquei só de cueca e, com certa dificuldade, pus o vestido. Olhei no espelho e senti uma ponta de tristeza ao notar que aquela peça tão feminina tinha um bom caimento no meu corpo. Mas, refleti, para o objetivo deste momento, isso não era ruim. Respirei fundo, imaginei Nívea e, quando saí do banheiro estava disposto a pensar e agir como ela.

Ao chegar de volta ao quarto, Tiago me olhou com admiração.

– Uau, Nívea, você está muito bonita!

Fiquei vermelho de vergonha, mas tinha me comprometido a levar aquilo até o fim, então pensei em como ela reagiria.

– Obrigada, Ti! Você é um amor!

Sua aprovação foi evidente. No restante da tarde, mantivemos nossos papéis numa conversa que era puro flerte. Tiago, às vezes, adotava uma postura mais suave e lisonjeira, às vezes era mais safado – e eu ficava morrendo de vergonha. Porém, finalmente, estava entendendo onde sua estratégia levava... notei que conseguia perfeitamente imaginar a forma como Nívea reagiria a cada abordagem. Feliz por vislumbrar os resultados daquele exercício, me soltei mais e acho que fui além do que seria a reação normal de Nívea... acho que comecei a expressar a reação que eu gostaria que Nívea tivesse.

Me deixei levar pela brincadeira e, quando dei por mim, me vi de vestido, agindo, rindo, falando como uma garota, flertando com um rapaz e acho até que me esforçando para seduzi-lo. Nesse ponto estávamos bem próximos e ele tocava meu cabelo quando falava e eu acariciava de leve seu peito, sentia o hálito no meu rosto e, ao cair na realidade, estava a um triz de beijá-lo. Me afastei bruscamente, muito constrangido com a situação. Mais do que isso, me atormentava a dúvida se ele também tinha se deixado levar ou se tudo aquilo era coisa exclusivamente minha.

Tiago me olhou surpreso, perguntando o que havia acontecido. Ficou claro para mim que meu amigo continuava apenas tentando me orientar, enquanto eu havia me perdido na personagem. Que vergonha, meu deus! E se ele percebesse??? Afinal, o que foi que deu em mim??? Pedi desculpas, inventei que tinha um compromisso, corri tirar aquele vestido, e fui embora imediatamente.

Depois, pensando melhor no que havia acontecido, percebi que tinha reagido exageradamente. Nada de mal havia ocorrido e, agora, eu deveria aproveitar tudo que tinha aprendido com aquele exercício. Voltei para a escola decidido a falar com Nívea. Contudo, minha força de vontade foi desvanecendo a cada tentativa. Ao chegar perto dela, a confiança sumia, eu não sabia o que dizer, ficava nervoso e acabava fazendo fiasco. Contei ao Tiago sobre meu fracasso e ele me tranquilizou:

– Calma, recém começamos... você precisa ter paciência... não é com uma semana que tudo vai mudar magicamente. Continue aprendendo sobre ela...

Obedeci de uma forma quase obsessiva. A observava nos mínimos detalhes, repassava em minha memória e, às vezes, sozinho no quarto, a imitava. Mas a imagem no espelho parecia falsa, como uma atuação farsesca. Uma noite, minha mãe havia saído e eu tentava, sem sucesso, “me pôr no lugar” de Nívea, quando lembrei do que Tiago havia dito sobre caracterização. Embora muito envergonhado, não consegui reprimir a ideia que me ocorreu. Minha mãe era uma mulher jovem e bonita, tinha roupas sensuais... ainda sem me convencer a fazer algo mais concreto, fui ao seu quarto e comecei a olhar no seu guarda-roupas. Vi um conjuntinho de saia e blusa que sempre achei lindo no seu corpo. Pensei que ficaria lindo no corpo de Nívea também e, imediatamente me ocorreu: “como ficaria em mim?”

Ainda tentei lutar contra o impulso de vestir, mas acabei caindo na tentação, dizendo a mim mesmo que era apenas para ver como ficava. Vesti a saia e a blusa. Minhas pernas eram lisas e torneadas, minha cintura era estreita, mas tinha quadris femininos, que preenchiam a saia. A blusinha, não muito apertada, também caiu bem. Inconscientemente, ajeitei o cabelo e fiz poses diante do espelho, admirado da minha própria feminilidade. Vi, perto da parede, um par de sandálias com plataforma não tão alta. Calcei-as e arrisquei uns passos. Imitei Nívea quando ia de salto à escola... senti o movimento das minhas ancas ao caminhar daquele jeito.

Imaginei em como seria minha colega fazendo coisas cotidianas domésticas e, mais baseado no que via mamãe fazer, comecei a andar pela casa, arrumando tudo, ajeitando a cozinha, etc. Sentei, cruzei as pernas, levantei, fui à janela, ao banheiro e fiz xixi sentado no vaso... enfim, me perdi imaginando como era o dia comum de uma mulher...

O problema é que me perdi na imaginação e no tempo... quando dei por mim, minha mãe chegava em casa. Saí correndo, me despi o mais rápido possível e me enfiei no banheiro. Não sei se ela desconfiou de algo, mas com certeza achou minha atitude estranha.

Não pude evitar de relatar o acontecido ao Tiago. Ele riu e me tranquilizou.

– Bom, pelo menos você se convenceu da eficiência do meu método, né?

– Acho que sim, Tiago... quero dizer, com certeza, agora eu consigo entender melhor como uma mulher pensa, mas, na realidade... acho que isso não adianta muito no meu caso... eu até conseguiria conquistar uma garota, mas o problema é que... depois... você sabe... na intimidade, eu não saberia como proceder...

– Calma, Lucas, você está ansioso... com o tempo você vai pegando confiança. Por que a gente não continua com o treinamento esta semana?

Senti certo nervosismo com a proposta, mas aceitei. No sábado, antes de ir à sua casa, aquele nervosismo voltou... um frio na barriga... Tomei um longo banho e notei nuns pelinhos nas pernas que, de tão ralos, jamais tinham me incomodado... de qualquer forma, decidi depilá-los, usando a lâmina de minha mãe. E, como já havia começado, resolvi depilar todos os poucos pelos do corpo, incluindo o púbis e as axilas.

Quando cheguei à casa de Tiago já encontrei uma muda de roupa de sua irmã sobre a cama. De pronto, me chamou a atenção a renda branca. Era uma calcinha. Olhei surpreso para meu amigo e ele sorriu. Não falei nada, só fui ao banheiro me trocar. Fiquei feliz de ter me depilado ao vestir a calcinha... senti o tecido delicado deslizando na minha pele lisa e se encaixando em mim... acho que, sem querer, estava satisfeito por ter um pau tão pouco significativo, quase imperceptível na lingerie. O vestido era bem mais curto que o outro... o tecido era fininho e se ajustava ao corpo, mas mal cobria minha bunda.

Saindo do banheiro, vi a porta do quarto da irmã de Tiago entreaberta e não resisti à tentação de entrar. Sobre a penteadeira havia alguns itens de maquiagem, então passei um batom discreto e ajeitei o cabelo da forma mais feminina que consegui. Sob a cama encontrei o que queria: um par de sapatos com salto não muito exagerado.

Adorei ver o impacto que causei no Tiago ao voltar “produzida”. Arregalou os olhos e ficou um tempo meio besta me olhando. Depois sorriu e falou:

– Nossa, Nívea, acho que nunca te vi tão gata! – E eu simplesmente adorei ouvir isso.

Ele propôs uma dinâmica um pouco diferente nesse dia. Como minha dificuldade maior era em como “avançar” no namoro, a gente iria simular um encontro de namorados... ou seja, eu seria a garota que visitava seu namorado, como eu suspeitava que Nívea já tivesse feito naquela mesma casa...

Ele me puxou para sentarmos juntos no sofá, passando o braço nos meus ombros e o seu papo já foi bem mais adiantado em relação à semana anterior. Enquanto falava, fazia carinhos no meu pescoço e, às vezes, tocava meu joelho... eu fazia a namorada pudica, resistindo aos seus avanços. De repente Tiago roça seus lábios no meu pescoço me fazendo arrepiar e sua mão percorre minha coxa até a bunda e eu soltei um suspiro involuntário, ultrapassando o limite entre atuação e realidade. Sem muita convicção, pedi pra ele parar, mas não saí da personagem.

Ele tirou a mão, mas continuou colado em mim, falando coisas no meu ouvido... eu só repetia “a gente não pode fazer isso...”, mas não conseguia me afastar... Então ele segurou meu rosto e me deu um beijo. Inicialmente, fiquei sem reação, depois, tentei empurrá-lo, sem sucesso, por fim, me entreguei, permitindo que sua língua me invadisse.

Após o beijo me levantei, ainda desnorteado e quase saí vestido daquele jeito porta à fora. Ele me deteve, me segurando pela cintura, sem violência. Eu disse que aquilo tinha ido longe demais, que a gente precisava parar. Mas ele me puxou para outro beijo, me prensando contra a parede... não pude evitar, me deixei beijar novamente... suas mãos subiram pelas minhas pernas, levantando o vestido e acariciando minha bunda... senti o volume duro do seu pau na minha barriga. Ele tirou a camisa, senti sua pele, o peito forte e cabeludo e o cheiro de macho que eu nunca tive... ao mesmo tempo que queria fugir, me deixava ficar, desempenhando o papel de fêmea.

Tiago me levantou e me levou para a cama. Fiquei deitado sem reação enquanto ele baixava a calça, expondo o pau duro que escapava da cueca. Depois, ele deitou sobre mim, me beijando, se enfiando entre minhas pernas, me chamando de Nívea. Sacou meu vestido, sugou meus mamilos e seu pau duro e melado ficou se esfregando nas minhas coxas... Fiquei tão atônito com tudo que estava acontecendo que acabei me comportando da forma mais passiva possível, permitindo suas carícias, seus beijos, me entregando sem resistência nenhuma.

Após um tempo assim, ele se ergueu e carinhosamente, me pôs de bruços. Desceu a língua da minha nuca ao cós da calcinha, que baixou até fazê-la passar pelos pés. Então senti algo totalmente inédito para mim... sua língua e sua saliva no rego, explorando meu cuzinho virgem... devo ter soltado gemidos e isso o incentivou... não demorou para que ele puxasse meu quadril para trás, deixando minha bunda totalmente empinada... e foi a vez de sentir a cabeça do seu pau se esfregando...

Estava tudo muito melado, ele pressionava e escapava sem penetrar repetidas vezes, até que, numa estocada mais forte, foi me abrindo, entrando em mim. Ele meteu devagar e não me machucou, apesar de ter sido bastante doloroso no início...

Conforme seu pau me preenchia, me invadia também um sentimento de entrega, de submissão... estava desistindo da minha masculinidade, sentia que não haveria volta depois de um macho me comer. Eu era uma putinha, uma cadelinha disponível pra ser fodida por machos de verdade... Tudo era confuso e contraditório... estava sendo humilhante e doloroso, ao mesmo tempo um certo prazer me fazia acompanhar seus movimentos e até ter satisfação quando o senti gozar dentro de mim.

Após alguns minutos deitados na cama, extenuados, sentindo o gozo escorrendo na minha bunda, levantei, fui ao banheiro, vesti a minha roupa e fui embora, sem dizer, nem ouvir nada. Cheguei em casa e tomei um banho e um acesso de choro tomou conta de mim... tudo que havia acontecido naquela tarde parecia irreal e, talvez, se eu não estivesse ainda dolorido da penetração, poderia supor que tinha sido tudo imaginado...

Senti tanta vergonha que todos notaram minha mudança de comportamento na semana seguinte. Minha mãe, professores, colegas... não conseguia encarar ninguém, não queria falar com ninguém. Tentava esquecer o que havia ocorrido, mas tudo me lembrava sexo e essa lembrança, para mim, significava que eu tinha deixado um homem me comer. Eu tinha sido mulher para ele, tinha me sentido sexy, tinha adorado deixá-lo excitado. Depois empinei minha bunda para que ele metesse até gozar. Não tinha como culpá-lo...

No sábado seguinte, ele me chamou à sua casa e eu fui. Me mandou escolher a roupa dessa vez e escolhi uma calcinha de renda semelhante à anterior, mas rosinha ao invés de branca, e um baby-doll de tule semitransparente. Repeti a maquiagem leve e arrumei o cabelo. Calcei os sapatos e fui encontrá-lo no seu quarto, sabendo o que iria acontecer.

Gastamos menos tempo com preliminares, não demorou para eu estar de quatro na cama. Ele afastou minha calcinha para o lado, desta vez tinha um lubrificante à mão. A penetração foi mais fácil e ele foi um pouco mais agressivo... me chamou de puta e me pediu pra rebolar e gemer. Eu obedeci completamente, levando a sério meu papel de putinha. Ele gozou rápido e ficou sobre mim, o pau amolecendo aos poucos. Quando eu quis me levantar, pediu que eu ficasse mais um pouco. Adormecemos por alguns minutos e, ao acordarmos, Tiago voltou a me acariciar... seu pau estava ficando duro novamente. Ele me puxou de ladinho e recomeçou a meter. Começou lento e foi acelerando, eu já não sentia dor, só o seu pau tocando lá no fundo, naquele ritmo crescente. Ao se aproximar do clímax, se deitou sobre mim, senti todo o peso do seu corpo, enquanto as estocadas curtas e rápidas continuavam. Algo dentro de mim foi crescendo e explodiu, percorrendo meu corpo como uma corrente elétrica... Gozei num gemido longo, fazendo-o gozar dentro de mim novamente.

Dessa vez tomei banho antes de ir para casa. Essa virou nossa rotina nas tardes de sábado por algum tempo. Eu chegava, me produzia, tentando ficar sempre mais puta. Aprendi a chupar o seu pau, a sentar, a rebolar de pé enquanto ele me pegava por trás... cada vez mais feminina, mais passiva. Porém, ao tomar meu banho e sair dali, me sentia um lixo, a ponto de não conseguir me olhar no espelho.

Ele teve namoradas durante esse período, mas não deixamos de nos ver todos os sábados e, às vezes, enquanto dava pra ele, sentia o cheiro de mulher nos seus lençóis. Sequer imaginava deixar de atender ao seu chamado. Deixei meu cabelo, que já era grandinho, crescer até os ombros a pedido dele. Fazia exercícios para os glúteos porque Tiago sempre elogiava minha bunda empinada e durinha. Mantinha a depilação sempre em dia, dominei até os saltos mais altos e aprendi a me maquiar como qualquer garota.

Não sei se por esses fatores, ou se por meu comportamento ou, ainda, se estar transando com um homem deixava meu corpo mais feminino (talvez tudo isso junto), mas o fato é que ficou frequente ser confundido com uma garota no cotidiano, embora eu tentasse ao máximo esconder aquele lado que deveria ficar restrito às tardes de sábado. Quando aconteciam fatos como ser chamado de “mocinha” na padaria (especialmente se minha mãe estivesse junto), me batia um desespero tão grande que eu chorava a noite toda. Como tinha chegado a esse ponto? Eu era homem, não queria ser mulher ou um viadinho! Eu gostava de mulheres, só não tinha chances com elas! Por que eu deixava um macho me foder toda semana? Quantas vezes já tinha gozado com seu pau no meu cu? Eu precisava mudar tudo, sair daquela vida e, sobretudo, sepultar aquilo pra que ninguém ficasse sabendo.

Por isso foi tão providencial a notícia que minha mão trouxe numa tarde de novembro: ela, que trabalhava no Banco do Brasil, tinha sido promovida e iríamos para uma cidade maior, noutro estado, inclusive. Senti que aquela era tipo uma chance que Deus estava me dando e, na mesma hora, decidi que não voltaria à casa de Tiago nos sábados.

A conversa com ele foi bem diferente do que imaginei. Sua reação à minha decisão foi desmedida, ficou revoltado, me encheu de insultos e me fez chorar. O que deveria ser um papo discreto, virou uma discussão escandalosa, que alguns dos seus amigos presenciaram, embora não entendessem. Apesar de ter ficado triste com o desfecho, considerei que dessa forma seria mais fácil virar a página. Pela primeira vez em meses, passei uma semana sem me depilar, embora, por hábito, tivesse mantido os exercícios de bumbum. Já tinha marcado hora no cabelereiro quando recebi um SMS de Tiago: “Preciso te ver mais uma vez. Só quero me despedir direito, juro.”

Eu tinha decidido recomeçar completamente. Tudo que havia acontecido nos últimos meses havia sido apenas uma fase, algo que ficaria esquecido para sempre assim que me mudasse para outra cidade. Ao mesmo tempo, não podia negar a vontade de encontrar o Tiago mais uma vez, esclarecer tudo, por um ponto final. Depois nunca mais nos veríamos. Permiti que ele viesse à minha casa, deixando claro que apenas conversaríamos.

Ele estava mais charmoso do que nunca. Diferente do nosso último encontro, foi compreensivo, bem-humorado, conformado com a situação. Conversamos bastante, rimos juntos e ele se despediu. Ao chegar à porta, voltou-se pra mim e perguntou:

– Um último abraço?

Ri do seu jeito e concedi. Fui até ele e abracei seu pescoço. Meu corpo reagiu ao contato com o dele, o seu cheiro másculo, seus braços e peito fortes. Era um abraço longo e apertado, por mais que eu quisesse resistir, havia uma atração intensa... Tiago segurou minha nuca, meu corpo ficou todo molinho... deixei ele me beijar, dizendo a mim mesmo que aquele seria um beijo de adeus. Mas nós não conseguíamos parar e ele me encostou contra a parede, suas mãos acariciando minhas coxas, minha bunda... o seu pau duro pressionando meu ventre... eu dizia “não, não” entre beijos, enquanto íamos na direção do meu quarto.

Caímos juntos na cama, ele já tirando a minha roupa... eu já não resistia, a vontade de tê-lo dentro de mim mais uma vez se tornava ainda maior por sabe que seria a última. Nossas carícias tinham urgência e até fúria, não me importava sequer se meu corpo ficaria marcado. Ele me virou de bruços, puxou meu quadril para cima e me atacou com sua língua, me penetrando com sua língua e lambuzando todo meu rego. Então, veio pra cima, empurrando seu pau duro como pedra, socando com vontade, me fazendo gemer alto e morder o travesseiro de dor e prazer. Nunca me senti tão entregue, quanto mais ele metia, mais me oferecia, perdi a noção de tudo, já não me importava onde estava, só queria gozar e senti-lo gozando dentro de mim. Meu corpo todo estava estremecendo, me contraí e isso fez meu parceiro gozar com uma intensidade que eu nem conhecia, enquanto eu sentia uma explosão se formando no meu íntimo. Gritando de prazer, abri os olhos quando já era impossível segurar o violento orgasmo que sacudia meu corpo e vi minha mãe parada na porta do quarto olhando a cena.


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Ficha do conto

Foto Perfil fetrans
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Nome do conto:
Femboy

Codigo do conto:
232684

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
06/04/2025

Quant.de Votos:
7

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