Final de ano era época de viajar para a casa de minha vó. Mal terminavam as aulas, eu embarcava no ônibus para fugir da capital e viver a vida de cidadezinha do interior, durante o verão. Os moleques me olhavam desconfiados, me chamavam de “bundinha da capital”, mas eu engolia, pois, criado em apartamento, tudo que mais desejava era tomar parte nas suas atividades na rua, apesar de ser péssimo em quase todas elas, o que lhes dava ainda mais motivos para fazerem chacota de mim.
A cada ano, ficávamos mais velhos e os interesses mudavam. Lembro perfeitamente quando surgiu, entre a roda de moleques do bairro, a primeira revista de mulher pelada. Não se tratava de Playboy ou Sexy, mas sim daquelas revistas bem vulgares, que mesclavam classificados eróticos e ensaios fotográficos de sexo explícito. Foi um alvoroço, os garotos exibindo o volume nos calções de futebol que todos usávamos. Alguns deles desceram em direção a umas moitas e não entendi direito o que iriam fazer. Cléber, meu melhor amigo e único que tinha ficado ali comigo foi quem explicou, nos seus termos, que os moleques tinham se escondido para tocar punheta.
Foi um misto de vergonha e curiosidade. Não era assim tão inocente, há bastante tempo eu já me masturbava, porém jamais imaginaria fazer isso diante de outras pessoas, ainda mais nesse tipo de ritual coletivo. O Cleber também não participava. Apesar de ter a nossa idade, ele era daqueles garotos precoces, já tinha namorado uma garota e não gostava de fazer “essas coisas” com a molecada.
A questão é que, naquele ano, a punheta virou o esporte do grupinho. Estávamos na fase difícil em que as garotas da nossa idade namoravam rapazes mais velhos e as mais novas ainda eram muito novas para namorar. Restava a masturbação e – diziam entre risos – o troca-troca. Ninguém assumia que já tinha feito, somente acusavam os demais, porém, a verdade é que, de um jeito ou de outro, todos eles, à exceção de Cleber e de mim, “se ajudavam” a ter prazer.
Acabou que esse amigo e eu nos afastamos do grupinho naquelas férias, convivendo apenas entre nós. Como ele era “experiente” e eu bastante curioso, vivia fazendo perguntas e o papo acabava sempre descambando para sexo, sacanagem, putaria e derivados – o que nos deixava excitados. Um dia perguntei se ele já tinha transado mesmo... Cleber desconversou, mas acabou confessando que só tinha beijado e recebido uma punheta de sua namorada. Mas me disse que já havia assistido muitas vezes ao seu irmão mais velho transando.
– Como assim, Cleber? – perguntei, curioso. Preciso dizer que, nessa época, anterior à internet, não tínhamos acesso tão facilitado a cenas de sexo e tudo que víamos, na maioria das vezes eram essas revistas pornôs. Então, ver sexo de verdade era algo de outro mundo.
Cleber explicou que seu irmão levava a namorada para transar na sua casa enquanto seus pais trabalhavam e que ele descobriu um lugar estratégico para se posicionar e assistir tudo. Claro que insisti até ele prometer que me chamaria.
Dois dias depois, ele me avisou. Corremos para sua casa, pois era preciso nos posicionar antes que seu irmão chegasse com a namorada. A casa tinha um telhado bem inclinado, de forma que o espaço sobre o forro era generoso, quase um sótão. Cleber havia limpado tudo, transformado aquilo no seu QG secreto. De um lugar específico, movendo uma tábua alguns centímetros, tinha-se a visão privilegiada da cama onde os namorados aproveitavam a tarde. Estava bem quente sob o telhado e suávamos bastante, mas, na excitação do show que iríamos presenciar, não ligávamos. Nos posicionamos assim que ouvimos o casalzinho chegar. Lá embaixo, talvez para disfarçar os sons, o irmão do meu amigo costumava colocar uma música bem alta e isso facilitava que passássemos desapercebidos.
Não demorou para estarem na cama, se agarrando. A garota era realmente gostosa. Magrinha, de seios pequenos, mas com uma bunda redonda. Além disso, era bem desinibida. Tirou toda a roupa dela e do namorado e depois, demonstrando prática, começou a chupá-lo. Para isso, ela ficou de joelhos na cama, curvando seu corpo na direção do pau do rapaz, sentado à sua frente, deixando a bunda totalmente empinada, nos fornecendo uma visão completa daquele monumento. Era redonda, firme, bem dividida, depilada, expondo perfeitamente o cuzinho, que piscava para nós.
É claro que a cena nos deixou superexcitados, especialmente Cleber, que estava inquieto. A posição estratégica da fresta nos obrigava a ficar deitados de bruços, colados um no outro. Era estranho sentir tanto tesão e, ao mesmo tempo, aquele contato tão próximo. Notei que ele estava pegando o seu pau por cima do calção e senti um cheiro que não sabia direito se vinha dele ou lá de baixo. Era um cheiro de sacanagem, de suor, de pica, sei lá... só sei que me deixava num transe de excitação.
– Putz, tô com muito tesão! – falou ele, com os lábios quase roçando minha orelha. Meu corpo todo se arrepiou e aquilo foi muito estranho.
Permaneci imóvel, especialmente porque, metros abaixo, o casalzinho continuava o show. Ele foi pra cima dela e, após chupar seus seios, começou a penetrá-la, arrancando gemidos e recebendo arranhões nas costas. Ficaram assim e eu pensei que logo eles iriam gozar, mas ela sussurrou algo no ouvido dele com um risinho safado. Então ele suspendeu o corpo um pouquinho, enquanto ela se virou, ficando na mesma posição em que estava antes, quando estava chupando-o, só que agora com o namorado às suas costas.
O rapaz a agarrou por trás e voltou a penetrar sua buceta... ela rebolava e gemia, mas ele reduziu o ritmo, tirando o pau todo esfregando na sua bunda. O Cleber então falou no meu ouvido:
– Olha, ele vai comer o cuzinho dela!
Realmente, ele estava lambuzando para preparar terreno, enquanto a garota se empinava toda, bem oferecida. Mesmo com a música alta, dava pra ouvir os gritinhos de “mete, amor, mete!” que ela soltava enquanto ele começou a penetrar o cuzinho. Definitivamente, ambos pareciam gostar muito, pois gemiam alto e, quando já não aguentavam mais, ela pediu: “goza no meu cuzinho, vai!” – o que rapaz obviamente obedeceu.
Eles foram para o banheiro e nós permanecemos imóveis, uma espécie de eletricidade percorria o ar e nossos corpos. Estava quente e nós estávamos quentes. Cleber estava pegando seu pau e dizia:
– Nossa, como eu queria comer aquele rabinho!
Fiquei mudou, pois não conseguia pensar direito. Toda aquela situação tinha me deixado num estado inédito para mim. A forma como aquela garota safada tinha se entregado, se oferecido, pedido para ser fodida, meu causava uma sensação indescritível e confusa de desejo e vergonha. Não sei se ter ficado quieto e imóvel ao lado do meu amigo tenha provocado nele essa reação, mas o fato é que ainda estava perdido no meu transe de tesão, quando senti a mão dele na parte de trás da minha coxa, subindo até a bunda. Fiquei sem reação, só falei, assustado, sem aumentar a voz:
– Cleber! Que é isso??
– Ah, você tem uma bundinha tão empinadinha quanto a dela! – falou, sem parar de me acariciar.
– Pára com isso, cara! Você sabe que eu não sou dessas coisas! – respondi, ainda sussurrando e ainda imóvel.
– Mas tá só a gente aqui... to com tanto tesão... ninguém vai saber, eu juro!
Enquanto ele falava isso, seus dedos entraram pela perna do short e exploraram meu rego, me fazendo soltar um gemido involuntário ao tocar meu cu. Tirei sua mão e “gritei” sussurrando:
– Ei! Que é isso?? Eu não sou mulher!!!
– Porra, cara, você podia fazer de conta que é... só agora, só aqui... juro que não vou fazer nada demais... a gente só finge um pouquinho... – voltou a me acariciar, mas agora mais de leve. Se virou de lado, ficando de frente pra mim, exibindo o volume no calção, que já tinha uma mancha úmida no ponto em que o tecido estava mais esticado. – Olha aqui como eu to...
Era tudo muito confuso. Me envergonhava o fato de estar tão excitado com tudo aquilo acontecendo. Achava errado, ao mesmo tempo lembrava da garota, de como ela tinha deixado o macho comê-la. Eu não era garota! Mas... como seria fingir ser uma por alguns momentos...
Como eu não reagia, Cleber continuou avançando. Puxou minha mão e me fez pegar seu pau, ainda por cima do calção, enquanto voltava a tocar meu rego. Comecei a gemer baixinho, de olhos fechados, sem largar seu pau, sentindo a pontinha do dedo no meu cuzinho. Ante minha passividade, ele se posicionou sobre mim, o pau duro empurrando o tecido do meu short entre as nádegas.
– É só fingir... – falei, meio gemendo.
– Sim... só fingir... – confirmou ele, já movendo o quadril e esfregando na minha bunda.
Sentia o seu peso, o calor, o suor, aquele cheiro de putaria que tomava o ar... o pau duro encaixado, pressionando meu cuzinho através das finas camadas de tecido que já ficavam todas úmidas, meladas... Ele falava coisas no meu ouvido, me chamava de gostosa, de putinha, mandava eu empinar a bundinha pra ele... Apesar da luta interna que eu travava entre vergonha e desejo, obedeci, erguendo o quadril o máximo que pude, empinando, oferecendo como a garota tinha feito lá embaixo. Não consegui segurar um gemido mais alto e longo, ao senti-lo em mim.
Acho que, diante disso, os nossos limites sumiram, Cleber baixou meu short e seu pau, também despido, se esfregou no meu rego. Era um pau adolescente desenvolvido, mas ainda não tão grande. Estava muito duro e melado... babava tanto que, na minha inexperiência, cheguei a pensar que ele tinha gozado (e confesso que, por um instante, senti uma pontinha de desapontamento). Mas logo me provou que estava longe de acabar. Começou a forçar meu cuzinho virgem em sucessivas arremetidas. Apesar de já estar tudo tão melado, a penetração era difícil e dolorosa para mim. Ainda assim, não tentei impedi-lo... na loucura do momento, eu queria muito dar pra ele. Estava me sentindo uma menina, uma putinha. Aos pouquinhos, aquele pau foi deslizando, a cada estocada entrando um pouco mais, até que me senti preenchida (sim, eu me sentia fêmea) e a dor foi dando lugar a outra sensação... Não era só um prazer físico... era o tesão de saber que tinha um macho dentro de mim, me comendo... a sensação de ser uma femeazinha passiva, dominada, fudida.
Por incrível que pareça, a gente gozou junto naquele sótão improvisado, na nossa primeira vez. Dispensável dizer que, ao longo daquele verão, isso virou um hábito... um segredinho que a muito custo a gente mantinha escondido do resto da turma.
Aí que tesão! Votado!
Adorei
Delicia de conto. Conte mais....