Eu sou Luana, 19 anos, e ninguém na igreja desconfia do que queima dentro de mim. De manhã, eu canto louvores, abaixo a cabeça pra oração, finjo que sou a menina que todos esperam. Mas quando a noite chega, eu me solto. Meu corpo fala mais alto que qualquer sermão, e eu não vou negar o que ele pede. Sou uma santa com fome de pecado, e hoje eu vou me alimentar.
Tava sufocada com as regras, com os olhares que tentam me prender. Então, fugi. Menti que ia pro culto, mas coloquei uma lingerie preta que parece um desafio e uma saia tão curta que é quase uma confissão. No espelho, me vi e sorri — não era só bonita, era perigosa. Fui pra uma balada escondida, onde a música faz seu sangue ferver e ninguém pergunta seu nome.
Lá, ele apareceu. Não sei quem era, e não quis saber. Só vi o jeito que ele me olhou, como se soubesse exatamente o que eu queria antes de eu falar. Tinha um fogo nos olhos dele que combinava com o meu. "Tá sozinha?", perguntou, a voz grave cortando o som da pista. "Por enquanto", respondi, com um sorriso que dizia tudo. Não precisava de mais palavras.
A gente dançou, e cada movimento era um jogo. Meu corpo contra o dele, o calor subindo, o mundo sumindo. Eu sabia o que queria, e não ia esperar ele tomar a frente. Puxei ele pra um canto mais escuro, onde as luzes não entregam seus segredos. Ali, eu mandei. Fui eu quem decidiu o ritmo, quem provocou até sentir ele perder o controle. Cada toque, cada sussurro, era meu jeito de mostrar que eu não sou só a menina da igreja. Eu sou mais. Muito mais.
Não vou contar tudo o que rolou — algumas coisas são só minhas. Mas quando ele se rendeu, quando senti o poder de fazer ele tremer, eu me senti viva. Meu corpo cantava, meu coração batia como se fosse explodir. Eu queria tudo, e consegui. Depois, com o cabelo bagunçado e a pele ainda quente, voltei pra casa sabendo que essa noite não era o fim. Era o começo.
Agora, pensando no vídeo que vou gravar pro Privacy, já sei o que quero. Vou olhar pra câmera como olhei pra ele, com esse mesmo fogo. Vou dançar, provocar, deixar claro que sou a Luana que não se esconde. Que cada um que assistir sinta o que eu senti: liberdade, desejo, vida. E que o mundo julgue se quiser — eu sei quem sou.