A realização da fantasia do ménage foi um momento único na vida de Renan. Já ouvira histórias de quantas vezes casais falharam e brigaram em tentativas frustradas de tentar um momento legal a três, mas com ele foi tudo perfeito. Houve tanta sintonia entre os três que uma segunda vez seria uma questão de tempo. Mais do que isso, conseguiu sua vingança sobre Caio, que com certeza ouviu tudo do outro lado. Aquela de fato foi uma noite vitoriosa de um homem vitorioso. No dia seguinte, os três ainda transaram e compartilharam momentos íntimos até se separarem, mas o resto, entretanto, era uma volta à dura realidade de trabalho. Renan se orgulha das vitórias da vida não apenas pelo ego elevado. Elas de fato foram custosas. Ele tem sido um gerente longevo em uma empresa onde seu cargo tinha muita rotatividade. Por mais que gerenciasse bem sua equipe, a inexperiência do time ainda era um problema. Não era um homem de negar desafios e mergulhou de cabeça na vida profissional, onde a hora extra virou a regra ao invés da exceção. Pensava que isso iria melhorar o trabalho, mas se enganou. A cada projeto novo, os erros e a falta de organização se repetiam, dando a ele pouco expectativa de melhora. Apesar disso, Renan não desistia. Também, é claro, seus chefes reconheciam seu esforço e seu trabalho excessivo gerava resultados e reconhecimento. Assim, comprou seu apartamento e um carro novo, melhorando seu padrão de vida. A qualidade de vida, porém, piorou, gerando brigas com a esposa. Com seu relacionamento sendo recuperado após sua viagem, começou a repensar até onde valia a pena focar tanto no trabalho, já que isso quase custou seu casamento. No meio dessa divisão entre seu trabalho e o casamento, havia Karina. A ruiva, que já trabalhava lá antes de ele ser contratado, se tornou uma aliada no dia a dia, inclusive nas horas extras. Tinha o cabelo ruivo, num corte chanel levemente ondulado, sendo sua marca registrada, assim como suas sardas. Os olhos castanhos emitiam olhares profundos e, unidos aos sorrisos discretos de seus lábios finos, construíam uma sedução elegante. Elegância também é um traço particular, pois usava saias ou vestidos longos, perfeitamente alinhados às curvas do seu corpo, unidos a decotes generosos, de onde brotavam suas charmosas sardas. No dia a dia, era uma funcionária discreta e eficiente, sendo o braço direito de Renan. Muito provavelmente, ele não conseguiria concluir seus projetos sem a ajuda dela nas horas extras. Naquela noite, Renan se prontificou a ficar até mais tarde do que o habitual, pois saíra cedo na noite anterior. Foi um dia extenuante, com reuniões longas e muita cobrança, mas ainda havia horas de trabalho à frente. Mandou uma mensagem à Lívia dizendo que não só ficaria até mais tarde, mas iria além do atraso habitual. Precisava compensar a saída mais cedo da noite anterior. Naquele escritório grande e vazio, apenas Karina lhe fazia companhia a algumas mesas de distância. — Não vai voltar para casa hoje? — perguntou a ruiva. — Você viu o que falaram na reunião de hoje? Praticamente jogaram a culpa em cima de mim. O tom, de quase desespero, de Renan a preocupou. Karina se levantou de sua cadeira e caminhou até o colega. Debruçou-se sobre ele, abraçando-o por trás, como já fizera outras vezes. — Sabe bem que não é sobre você. Há um atraso geral. — A cobrança é sempre maior conosco. — Faz parte, Renan. Cobram mais porque podemos mais. — Nós não podemos mais, Karina. Não importe quantas horas extras a gente faça, nunca está bom. — Renan faz uma pausa e respira. — Fico me perguntando qual o sentido de eu estar aqui. Karina aperta o abraço e encosta seu rosto ao do colega. — Me escuta. Estou aqui há bem mais tempo do que você e vi bem a bagunça que era nessa empresa. Você melhorou muito a qualidade do trabalho. Tem coisas que você não controla, pois o resto do time é muito novo, mas a cada projeto a gente tem melhorado e isso é graças a você. — Você é sempre muito gentil. Enquanto a voz doce sussurra nos ouvidos, as mãos delicadas da ruiva deslizam sobre o peito de Renan. — Não sou gentil. Estou falando a verdade e sabe disso. Toda essa pressão existe, mas ficar estressado demais também não ajuda. Você devia relaxar. Se quiser, eu te ajudo. Foram muitas as vezes em que esse abraço terminou, com Karina se cansando de ser ignorada ou com Renan o desfazendo ao se levantar. Dessa vez, ele segurou suas mãos. — Você sabe que sou casado e que isso não vai acontecer. Por que insiste? Karina sorri. — Já fui casada. Ele era parecido com você hoje. Trabalhando demais e perdendo gradualmente o brilho nos olhos. Na época, achei que fosse uma fase e, na verdade, foi. De repente, ficou tudo bem por um tempo até eu descobrir que o que deixava ele mais feliz era outra mulher e não eu. — Sinto muito por isso. — Tudo bem, isso faz tempo. Ele sempre foi um homem correto e tenho certeza de que nunca me traiu antes. — Mesmo assim, não o perdoou? — Não era questão de perdão. De repente, percebi que ele não se sentia vivo por minha causa e o casamento perdeu o sentido. Prefiro ficar sozinha e saber que provoco algo em alguém do que meramente ocupar o lugar de esposa. — Entendo, mas acho que pode se frustrar com isso. — Por quê? — Sinto que insiste comigo, mas não vou trair a minha mulher. Você gosta de me tentar provocar, mas não consegue. Acho que um dia você vai ficar irritada comigo e quero perder sua amizade. Karina volta a deslizar as mãos pelo peito e afaga o rosto do colega. — Acha que me senti frustrada quando fui ao seu quarto de camisola? — Não se sentiu? Não aconteceu nada naquela noite. — Você não sabe de nada. Fazia tempo que não ficava tão excitada. Nunca fiz uma loucura tão grande quanto cruzar aquele corredor de camisola. Havia outros hóspedes, funcionários por ali e todos me olharam. Quase podia sentir o desejo deles, quando torciam o pescoço para olhar a minha bunda. — Não pensou em levar nenhum deles para o seu quarto? — Nem passou pela minha cabeça. Karina abre um botão na camisa de Renan. — E por que eu? — Bom, eu que devia te perguntar isso. Você que me olhou primeiro. Renan torceu o pescoço levemente para o lado, franzindo o cenho. — Não se faça de desentendido. Noto seus olhares desde que você entrou na empresa. Você me explicava as mesmas coisas duas ou três vezes seguidas. No início, eu pensei ser só o seu jeito de trabalhar, mas depois comecei a contar quantos olhares no meu decote você dava. Depois passei a notar você olhando para a minha bunda. — Me desculpa por isso, Karina… Outro botão é aberto. — Não se desculpe. Eu tinha me divorciado meses antes. Me sentia rejeitada, feia, como se ninguém mais fosse me querer. Minha vida particular estava se despedaçando e ainda vivia no caos que era esse escritório. Aí surge você, cheio de vontade de consertar tudo, e começa a fazer nossa equipe trabalhar melhor. Quando percebi seus olhares, eu já te admirava. Renan respirou fundo. — Fico lisonjeado, mas sabe que não posso. A mão de Karina desliza lentamente por entre os botões abertos, deixando apenas os dedos entrarem e arranharem levemente a pele do peito de Renan. — Posso falar com sinceridade? — Pode. — respondeu Renan, após uma pausa. — Me excita saber que você quer me comer. Acho que só consigo sobreviver ao dia a dia cansativo desse trabalho porque fico o tempo todo aqui, excitada. Aproveito ao máximo todas as sutilezas. Quando você olha para o meu decote, penso em você pegando no meu peito. Quando olha para a minha bunda, eu imagino você de pau duro dentro dessa calça. Na minha cabeça, eu já transei com você em tudo quanto é canto desse escritório. — Não acredito! — Sim, uma vez me imaginei dando para você, no banheiro dos homens. Eu entrava lá, com medo de ser flagrada, e me escondia em uma das cabines. Depois, tirava a minha roupa enquanto te esperava. Quando você entrava, me veria de calcinha, ajoelhada na privada e empinada para você. Minha calcinha seria abaixada e você me comeria ali, devagar para não fazer barulho enquanto a gente ouvia os outros homens conversando ao lado. Renan sente os dedos de Karina passearem suavemente pelo seu peito e seu coração dispara. Ele se esforça para não deixar transparecer, controlando a respiração, mas toda essa provocação o atrapalhava até mesmo de raciocinar. Ele demora para ter uma resposta. — Então, você não se importa se, nunca, rolar algo entre a gente? Karina reagiu à pergunta com um riso curto e sedutor. — Não é uma questão de “si”, meu querido, mas de “quando”. Não estou esperando o dia em que vai me comer, só estou degustando você me comer lentamente. Cada olhar seu no corpo dura mais do que o outro. Cada abraço que te dou dura mais do que o outro, cada reação sua é mais receptiva. — Karina deslisa a mão ainda mais no peito de Renan. Sob a camisa. — Você já está me comendo e nem sabe. A mão quente e delicada da ruiva acariciava seu peito. Renan nem percebeu quando foi que levou a mão para trás para acariciar a cabeça de sua colega. — Eu não posso fazer isso. A Lívia não merece. — Ela é uma boa esposa? — Sim. Maravilhosa. — Meu ex também era perfeito, até eu descobrir que quem o deixava perfeito era outra mulher. A provocação de Karina chegou onde ela nem imaginava. Suas palavras o fizeram lembrar do quanto o recém-aceso fogo de Lívia fora acendido por Caio. Uma raiva e um senso de injustiça se manifestaram em seus pensamentos junto à excitação que deixava sua cueca apertada. Quando Renan tirou sua mão de dentro da camisa, Kania já se dava por satisfeita. Sentia-se excitadíssima por provocar tanto aquele homem. Para sua surpresa, entretanto, sua mão foi direcionada até o meio de suas pernas. Sentiu o quão duro estava e o beijou na boca. — É assim que fico por sua causa. Karina suspendeu a barra da saia até a cintura. Depois a abaixou, carregando nas mãos a calcinha, que depositou nas mãos de Renan. — Minha calcinha fica assim o dia todo ao seu lado. Renan cheirou a peça, e a lambeu na frente de Karina antes de beijá-la novamente. Puxou a colega para seu colo e continuou o beijo lascivo, passeando a mão por suas curvas. Ao tocar o seio, Renan forçou o tecido com brutalidade, despindo o peito volumoso para levar a boca a ele. Um gemido suave e delicado ecoou por aquela sala enquanto a língua deslizava lentamente pelo mamilo exposto. Karina afagava o homem que lhe chupava e arrancava gemidos. A ruiva pulou do colo e se pôs de joelhos em sua frente. Não se limitou a abrir-lhe a calça, mas as arrancou por inteiro. Queria aquele membro inteiramente disponível e assim lhe abocanhou o saco. A respiração quente e o toque molhado da língua provocaram em Renan urros e gemidos em tons que ele mesmo desconhecia. Suas bolas eram chupadas com uma dedicação impressionante, o deixando inquieto na cadeira. Ele se contorcia, ao mesmo tempo, em que evitava movimentos bruscos que atrapalhassem as incríveis carícias daquela mulher. Karina era provocativa. Chupava e lambia seu saco olhando para ele. Ele já olhara aquela mulher de todas as formas, inclusive nos olhos, mas nunca daquela forma. Pela primeira vez, ele não via sua colega de trabalho ou aquela mulher sensual que lhe inspirava desejo. Karina era uma entidade do prazer, uma deusa, um anjo ou algo semelhantes, que manipulava seu prazer como as entidades da criação manipulam as forças da natureza. Karina lhe engoliu apenas a cabeça do pau, brincando de esfregar os lábios nele, sem tirar os olhos de Renan. As mãos lhe alisavam as coxas e nem se aproximavam de seu pau, pois a ruiva era habilidosa. Bastavam os lábios e a língua para ajeitar aquela rola e provocar seu homem. Quando finalmente o engoliu, Renan gemeu como se tivesse gozado. Sentindo o orgasmo quase vir, ela parou os movimentos e ficou olhando para ele, com o pau na boca. Com a respiração dele voltando ao normal, ela voltou ao vai e vem lento e delicado, de quem esperou meses cultivando o desejo daquele homem. A ruiva sabia degustar lentamente e assim o fez, chupando por longos e intermináveis minutos. Percebendo o orgasmo do rapaz se aproximar, ela parou mais uma vez. Dessa vez, se levantou e deu passos para trás. Ajeitou o seio deslocado do decote e tirou a blusa. Em seguida, o sutiã e depois virou de costas. Abaixou a saia devagar, empinando a bunda na direção daquele homem. Já sem a calcinha, Karina ficou completamente nua na frente de Renan, que arrancava sua camisa desesperado. A ruiva deu um sorriso sapeca e começou a desfilar nua pelo escritório. Renan a seguia, com o pau rígido balançando na frente. Os dois cruzaram o longo corredor nus até que Karina se satisfez com a sala do chefe. Os dois entraram e se beijaram. Karina se pendurou em Renan, que a carregou por ali até se encostarem na parede envidraçada. Ali, com as costas nuas de Karina coladas no vidro, Renan a penetrou. Segurando-a forte pela bunda, meteu devagar, fazendo um vai e vem lento. Karina o abraçava e balançava seu quadril, se esfregando em seu corpo. Os gemidos de ambos entraram em ressonância e se tornaram um único grito durante o orgasmo simultâneo. Renan a penetrou ao máximo e Karina o apertava contra si com suas coxas. Os corpos rígidos tremiam abraçados como se quisessem se tornar um só. Quando os corpos amoleceram, os dois se sentaram no chão de carpete. — Por que aqui? — perguntou Renan. — Venho pouco aqui. Era um dos poucos lugares nos quais ainda não tinha imaginado você me comendo. Os dois só voltaram a vestir as roupas na hora de ir embora. Até lá, Karina se lembrou de mais dois ou três lugares onde sua imaginação não havia sido testada. Ao pôr as roupas de volta, Renan se lembrou de ser um homem casado. Ficara tempo demais nos braços de Karina e pouco produziu. Sentia-se duplamente culpado. Voltou para casa, encontrando a esposa dormindo e agradeceu por isso. Tomou um banho demorado, como se fosse o bastante para lavar seus pecados. Foi cuidadoso para se deitar na cama sem a despertar, mas não conseguiu dormir. Mal sabia ele que Lívia também passaria aquela noite em claro.
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