Um estudo mais antigo, no ano de 1948, através do trabalho de Alfred Kinsey, descobriu que 46% da população masculina tinha apresentado tanto atividades heterossexuais como homossexuais, ou interagido com às pessoas de ambos os sexos, durante da sua vida adulta. O The Janus Report on Sexual Behavior, publicado em em 1993, mostrou que 5% dos homens e 3% de mulheres se consideravam bissexuais. A seção 'Saúde' do The New York Times declarou que 1,5% de mulheres americanas e 1,7% de homens americanos identificavam-se como bissexuais. Outro trabalho, mas aí realizado em 2002 nos Estados Unidos pelo National Center for Helath Statistics revelava que 1,8% dos homens e 2,8% das mulheres com idade entre 18 e 44 anos se consideravam bissexuais.
Um estudo amplamente divulgado, publicado em 2005, feito por pesquisadores da Nortwestern University, dos Estados Unidos, relatou que em relação à excitação sexual e atração erótica, a bissexualidade masculina existe e pode ser comprovada. Mas aquele estudo pareceu também apoiar o estereótipo de homens bissexuais como homossexuais enrustidos. Porém em publicação no último mês de agosto, pesquisadores desta mesma universidade encontraram evidências científicas de que alguns homens que se identificam como bissexuais são, de fato, sexualmente excitados por homens e mulheres.
BISSEXUAL
Falamos com um bissexual que aceitou nos conceder a entrevista. Casado há mais de 10 anos, morador de Lajeado, pais de dois filhos, com uma idade entre 30 e 40 anos, ele conta como foi descobrir a sua bissexualidade aos 18 anos. “Eu tinha uma namorada que era bissexual, pra mim foi o choque na ocasião. E ela insistiu que eu deveria me relacionar com mais alguém junto. E eu aceitei e acabei me relacionando com ela e com mais um homem. E o fato é que eu gostei. Depois a gente fez com mais uma mulher junto e eu acabei descobrindo que o contato sexual erógeno é muito maior sendo também penetrado. A primeira experiência foi um rapaz fazendo sexo anal em mim e foi uma coisa bem prazerosa. Fui vendo que eu não tinha uma preferência por homem ou por mulher”, lembra. Sua mulher sabe desta sua dupla atividade. “Aquilo foi ficando insustentável. No início eu fui fazendo sem a minha mulher saber. A vontade sempre era de me relacionar com outro homem. Até que eu falei que eu tinha esta dupla vontade, convidei ela para ter uma relação com outro homem junto e outra mulher, mas ela não quis. Foi muito difícil. Ela não aceitou muito bem isso no início. Ela preferia ser traída por uma mulher. Mas hoje ela não enxerga mais isso como uma traição. Ela também tem a liberdade de se relacionar com outros homens, mas ela não quer. Ela só me impõe condições. Que eu não a exponha e que eu não me relacione com ninguém de forma imprudente para eventualmente ter algum tipo de doença ou coisa parecida”, relata.
Segundo ele, a pessoa precisa ter uma cabeça aberta para tal relacionamento. “Se tu é do amor romântico, tu nunca vai aceitar que a pessoa que tu ama, tenha prazer sexual com outra pessoa. Até dizem, inclusive, que esse é o sexo do futuro”, projeta. Ele acredita que cerca de 30 pessoas, entre amigos e familiares, sabem da sua condição e explica porque não se assume para a sociedade. “É que a sociedade é muito preconceituosa. Não comigo, mas com a minha mulher e meus filhos. Eles vão acabar sofrendo com isso. Ainda não estamos em tempo de liberdade”, lastima ele que sente mais prazer com homem. “Eu sinto mais tesão quando eu faço s(sexo) com homens, tanto ativo como passivo. Mas se fosse pra escolher, com certeza eu ficaria só com a minha mulher”, afirma.
Ele comenta que atualmente tem um relacionamento fora do casamento com outro homem casado. “Eu tenho uma situação bacana com um amigo meu, faz algum tempo. E ele também é casado e tem filhos e tal. A gente não tem que fazer isso toda a semana. Surge uma oportunidade legal e a gente faz. Nós somos os quatro amigos e todos sabem dessa situação”, revela. Ele defende aquilo que chama de poliamor. “Se eu posso amar dois irmãos ao mesmo tempo, ou dois filhos ao mesmo tempo, eu posso também amar duas pessoas ao mesmo tempo. Depende o que você defina por amor e que tipo de amor”, destaca.
Ele diz não trair sua esposa com outras mulheres. “Minha esposa me da tudo o que eu quero. Por que eu vou trair ela com outras mulheres? Aí eu vou estar traindo ela. Tudo que eu preciso ela me dá. A gente tem uma relação sexual boa”, diz. Ele relata que teve relação com seis homens diferentes, normalmente com uma duração maior, sendo a maioria da região. Sua principal preocupação é revelar isso aos seus filhos. “Essa é a situação que no momento me preocupa. É a única. A mim e a minha mulher também. Agora eu não vejo como não contar para os meus filhos. Isso vai ter que ser uma realidade, só tem que ser no momento certo”, revela. Estima a população bissexual no Vale do Taquari. “Eu te diria que é o que mais tem. No mínimo mais de 200 que eu sei. Se botasse uma estampa na testa de quem é bissexual ou de quem se relaciona com pessoas do mesmo sexo, nós iríamos ter uma surpresa enorme na nossa cidade. Eu acho que o número de bissexuais é maior do que de gays. Dizem que 10% da população é gay. O número é muito maior do que isso”, afirma.
O bissexual fala se existe algum perfil para o grupo. “Acho que quanto mais esclarecida a pessoa é, quanto mais acesso ao conhecimento ela tem, mais probabilidade existe”, informa. Explica de onde vem esta atração pelos dois sexos. “Ninguém vai gostar de pessoas do mesmo sexo porque quer. É porque tem algum estímulo. Ninguém opta, e simplesmente diz agora eu quero ser gay ou bissexual”, enfatiza. Segundo ele, a maioria dos bissexuais não relata a verdade para as companheiras. “Absoluta convicção: a maioria não fala. É mínimo o número de pessoas que abre isso para sua companheira”, cita.
Vi esta reportagem e sou bissexual, casado e minha mulher sabe da minha preferência e como o entrevistado acima tb gosto de me relacionar com outro homem e minha mulher não participa. Ela tem a vida sexual ativa e sai com alguns amigos dela, eu sei do que se passa, mas eles não sabem que eu sei. Somos cumplices em tudo.
Que bom eu saber q ñ estou só neste mundo. Bjus
É legal a gente descobrir que muito mais gente é como nós!
Muito bom!
Excitante BETTO
Parabéns, é um levantamento interessante.
Parabéns pelo relvado. Infelizmenteainda existe uma críticasobre essas esse assunto.sou a Marcela e sou ccasada e sou bissexual meu maridosente tesão no... Mas nuncatentou
Muito interessante e não posso estar mais de acordo com as considerações. Votei com prazer
muito bom o relato, votado,