No dia seguinte, ela e André se cruzaram, em casa.
- Oi – disse ela.
- Oi – respondeu ele, de forma mais amistosa que antes.
- Feliz aniversário – disse ela, que não tinha visto o irmão desde então.
- Obrigado.
- Toma. É teu – disse ela, estendendo um pacote.
Ele pegou, agradeceu, e viu que era uma camiseta.
- Legal. Vou usar hoje mesmo.
- E a Priscila? Tudo bem entre vocês? – perguntou a bela garota.
- Tudo. Ah, ela me disse que... que...
- Hmm, o que foi que a Pri te disse? – perguntou ela, embora já sabendo.
- Bem, ela me pediu pra gente fazer as pazes. E ela me disse também que você faria o mesmo...
- Sei. O mesmo que você fez por mim.
- É isso.
- É isso. – repetiu ela.
- Você faria mesmo? – perguntou ele, olhando-a profundamente.
- Por que não? Se tivesse um concurso como aquele em que eu ganhei... rsrsrs
- E se tivesse? – disse ele, sem parar de fitá-la.
- Bem, como eu disse, eu faria o mesmo por você.
Ele a olhou de cima para baixo. Ela usava uma jardineira e tênis. Uma graça.
- Mas, para isso precisaria ter esse concurso – continuou ela. – Parece que não tem, né?
- Bem, e se tiver? – diz ele, meio insinuante.
- Ah, André, não brinca... rsrsrs
- E se tiver? Tipo assim, “Ganha 30 paus quem fotografar a... a...
Branca corou. Mas ficou ali esperando ele completar a frase.
- A periquita mais linda da cidade. – completou ele.
Pronto. Aquele era o seu irmão. Aquele era o André que ela conhecia. Ousado. Atrevido. Menos mal, pensou. “Prefiro ele assim do que não falando comigo”.
Ela gargalhou.
- E por que seria logo eu? – perguntou ela, rindo, lembrando-se da noite anterior.
- Talvez por que eu ache que você tem a mais linda da cidade.
- Você nunca viu...
- Mas eu sei... Basta olhar para você e ficar imaginando.
- Bem – disse ela, olhando para baixo, sem graça. – Não vou discutir isso com você. Você é muito louco!
Ele riu.
- Ah, mana. Eu estava brincando. Eu sei que você jamais faria isso.
Ela olhou para ele.
- Eu disse que faria sim. A Pri não te falou?
Ele ficou sério.
- E então? É verdade?
- Bem, eu só tenho medo que mamãe e papai descubram. Tem que ser num dia em que estivermos sozinhos.
Aquilo bastou para deixá-lo louco de excitação.
- Sério? – disse ele.
- Hmm, hmm – ela assentiu.
- Acho que amanhã eles vão sair.
- Também acho – disse ela.
- Eu vou emprestar a câmera de um amigo. É ótima.
- Não precisa, disse ela. Tenho meu celular. Eu só quero tirar fotos. Vídeos, não! – disse ela.
- Tudo bem. – disse ele. Estava intimamente eufórico.
Branca deu um tchau e se afastou dele. Foi para o seu quarto.
“Nossa! Como ele ficou alegrinho. Rsrsrs. E eu, fiquei louca em querer fazer isso com ele. Só espero que ele não se assanhe. Serão apenas algumas fotos.” pensou.
No dia seguinte, Branca ficou sabendo que seus pais iriam a um almoço.
- Você vem conosco, filha? – perguntou sua mãe.
- Não, mãe. Eu tenho que estudar – disse ela.
Assim que os velhos saíram, ela bateu na porta do irmão. Ele não estava. Ela esperou um pouco, e então ele chegou. Ele desceu do carro de Pri, e se despediram com um beijo. Branca fechou a cara.
Ele entrou e deu com ela na sala. Ela vestia uma blusa rosa e uma calça verde. Usava chinelos. Ela era todo frescor, toda doçura. Sua beleza enchia os olhos do rapaz.
- Oi. Tudo bem? – perguntou ele.
- Tudo. Tenho noticias pra você – disse ela, já esquecendo Pri.
- Boas?
- Péssimas! – disse ela. Queria se vingar, claro.
Ele fez cara de resignado.
- Ah, já sei. Os velhos não vão sair. – disse ele.
Ela balançou a cabeça afirmativamente.
- Que pena! – disse ele, frustrado.
Ela então sorriu largamente.
- Seu bobo. Eles já saíram. Vão almoçar fora... e depois, ainda vão para o shopp...
Ele quase deu um grito de alegria, mas manteve a postura. Sorriu.
- Que legal – disse apenas.
Ela ficou olhando para ele. “Nem disfarça que ficou alegre..” pensa ela.
- E então? – perguntou.
- Bem, onde você acha melhor?
- Bem, prefiro o meu quarto. É mais limpo e arrumado que o seu – disse ela, rindo.
- Ah, obrigado. Você está falando sério?
Ela fez uma careta.
- Eu prometi, não foi? Eu costumo cumprir minhas obrigações. Acho que você não está acreditando muito, né?
- Pra falar a verdade, não. Tá muito bom para ser verdade.
- Bem, é só vir comigo.
Ela saiu em direção ao se quarto, e André foi atrás. Beliscou-se várias vezes. Mas Branca abriu a porta do seu quarto e fez um sinal para ele entrar.
André entrou. O quarto dela sempre fora arrumadinho, cartazes de artistas nas paredes, ursinhos de pelúcia, coisas que ela guardava desde a adolescência.
Ela senta-se na cama e olha para ele.
- Nem sei como começar. Trouxe a câmera? Não, né? Como você vai ganhar o prêmio assim? – brincou ela. – Vai, usa o meu celular.
Ele pegou o celular e ficou ali, vendo a movimentação da irmã. Ela aparentava um pouco de nervosismo, mas procurava disfarçar.
Ela senta-se na cama. Olha em volta, as mãos inquietas.
“Agora é tarde para voltar atrás. Mas, o que tem de mais? Não vou fazer nada além do que ficar pelada na frente dele e posar para umas fotos. Fotos que eu vou deletar do meu celular mais tarde.” – pensava ela.
Observou o irmão. Se havia alguma coisa que ele não conseguiria jamais disfarçar seria a de que ele estivesse excitado. O calção do rapaz já estava escandalosamente inchado diante daquela expectativa. Ela bem sabia o que ele tinha ali dentro. Ela o vira bem de perto.
- Bem, vou começar antes que mamãe e papai voltem – disse ela.
Ele concordou, claro.
Ela então, começou a retirar a blusa. Por baixo, ela tinha uma blusinha fina, azul clara. A pele alva de Branca encheu os olhos de André.
(Continua)
delicia de conto, parabens.