CASTIGO E CRIME (Cap. I)

   Jéssica Sofia, endinheirada e prepotente, é uma jovem de vinte e três anos com poucas obrigações na vida. Cercada de mimos por parte dos familiares mais próximos, e de bajulações por parte dos falsos amigos; a jovem cultivava algumas manias esdrúxulas, como por exemplo, vestir-se de preto da cabeça aos pés; fazer um alto juízo de si mesma e maltratar as empregadas, em especial, Rosivalda, a doméstica, sempre que lhe conviesse. O mau humor de Jéssica, já pela manhã e não raro durando o dia todo, ressoava pela casa, bastando que para isso houvesse o mais banal ensejo.

   Extremamente metódica e obsessivamente apegada às suas coisas, Jéssica, raramente permitia que alguém entrasse em seu quarto. Tinha particular apego ao seu notebook, cujo conteúdo era mantido em absoluto sigilo. Vez por outra um integrante da criadagem se aventurava a adentrar na alcova para fazer mister os mais rudimentares ritos de higienização, algo que deixava Jéssica particularmente possessa.

   - O que você está fazendo?! – Gritou Jéssica, mantendo os olhos fixos no eletroeletrônico, embora a advertência tivesse como alvo a pobre emprega Rosivalda.
   - Me perdoe Srta. Jéssica, mas é que preciso limpá-lo, é parte da minha função. – Respondeu Rosivalda, já imaginando o que estaria por vir.

   Sem dar muita importância à serviçal, e particularmente irritada com o sotaque nordestino da empregada, Jéssica, ordenou que Rosivalda ficasse de quatro e com as nádegas de fora. Após vasculhar suas coisas, caminhou em direção a empregada com uma chibata em couro na cor preta e uma mordaça em formato de bola. Após amordaçar Rosivalda e certificar-se que a porta do quarto estava trancada, caminhava em torno da empregada, feito uma leoa espreitando sua presa; enquanto com as mãos, inspecionava a firmeza da chibata, e com os olhos, percorria todo o corpo da criada. “Shift!” Jéssica aplicou a primeira chibatada sobre as nádegas nua da serviçal, enquanto esta, impossibilitada de gritar e reagir, porquanto primeiro, temia por seu emprego, e, segundo, tinha sua boca amordaçada por uma fivela com uma bola presa a ela, apenas contraiu o corpo, numa mistura de susto e dor. Jéssica regozijava-se em meio a todo aquele ritual excêntrico que impunha a sua emprega.

   O quarto a meia luz; a submissão de uma pessoa; a perspectiva de ser pega a qualquer momento e a sensação de poder eminente começava a excitar Jéssica. Um forte calor percorria todo seu corpo jovem em volto às suas roupas negras; sua vagina começava a dilatar-se, como que exigindo alguma penetração, na medida em que a lubrificação umedecia sua calcinha. Como não queria que a serviçal notasse seu deleite que, por sinal, já ruborizava seu rosto, Jéssica, após avistar uma venda sobre a penteadeira, decidiu privar um dos sentidos da mulher, a visão. Enquanto castigava a empregada, com a outra mão levava seus dedos até sua vagina inchada, a massageando em movimentos delicados e, vez por outra, se auto-penetrando num gesto instintivo para alcançar o orgasmo. Não mais disposta a açoitar sua funcionária, Jéssica sentou sobre a cama, abriu as pernas e com a mão esquerda enfiava os dedos, indicador e médio, na vagina em movimentos facilitados por sua lubrificação natural; enquanto isso, com a mão direita, segurava os cabelos de Rosivalda mantendo o rosto da emprega erguido e em sua direção, muito embora, esta, não pudesse ver um só raio de luz. Quando o clímax de Jéssica finalmente chegou, um frêmito de prazer explosivo consumiu seu corpo e alma, causando em seus lábios ressequidos um sorriso leniente e ela, enfim, pode recuperar o autocontrole sobre seus instintos e, finalmente, liberar a empregada dos castigos impostos.

   - Você já pode voltar a trabalhar. Se eu vê-la mexendo em minhas coisas novamente, o castigo será ainda pior. Você entendeu?!
   - Sim, senhora. – A desafortunada mulher, com os olhos baixos em sinal de respeito, era uma mistura de serva e vítima de uma pessoa cujos vícios se sobrepunham, e muito, às poucas virtudes que tinha.
   - Não me chame de “senhora”! Trate-me por Mistress Jéssica, ok.

   Sem saber pronunciar corretamente, porém, totalmente de acordo com as vontades da patroa, a serviçal prestava um papel ridículo e humilhante perante a jovem soberba.
   - Sim, “Místruix”.
   - Que criatura infame! Mal sabe falar, é muito oportuno que fiques estirada no chão como um quadrúpede.
   “Trim!” O tocar do telefone pôs termo àquele colóquio.


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Comentários


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babyygirl Comentou em 02/05/2019

Amei o conto ,me deixou molhadinha ,queria muito perde meu cabacinho apanhando mas nunca achei ninguém

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joaobatistalimabraga Comentou em 02/11/2015

estou curioso, apos ter lido Amizade colorida 2 e procurei a amizade colorida 1 tem essa publicação?

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joaobatistalimabraga Comentou em 02/11/2015

lido e votado mais um excelente conto , valeu muito essa leitura

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jpaullos Comentou em 06/05/2015

muito bom :) Votado :)

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roger46 Comentou em 05/05/2015

muito cheio de tzao meu pau melou

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gata30 Comentou em 04/05/2015

Ótimo conto. Essa sua forma de escrever é absolutamente perfeita, incrível!!

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boxboxbox Comentou em 04/05/2015

Adorei. Muito bom. Pena não estar ilustrado. Gosto muito da tua forma de escrever. Parabéns votado




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Ficha do conto

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Nome do conto:
CASTIGO E CRIME (Cap. I)

Codigo do conto:
64507

Categoria:
Sadomasoquismo

Data da Publicação:
03/05/2015

Quant.de Votos:
55

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