Eu que nunca fui de negar a realização de uma fantasia me dispus a fazer o que ele pedia. Ficamos algumas vezes, mas nada que tenha ficado sério, era tesão de pica e assim era bom. Neste conto pretendo relatar a primeira vez que um homem me tratou de fato como sua fêmea e por consequência, a primeira vez que me senti assim.
Minha vida estava movimentada, trabalhando, estudando, escrevendo TCC e ainda fazendo caminhadas matinais para acompanhar uma amiga que queria perder peso, eu vivia cansado. Alguns machos até me procuravam, mas como eram transas furtivas e no meio da semana eu acabava desmarcando por causa do cansaço.
Num dia eu e Cris (minha amiga) andávamos nas primeiras horas da manhã numa pequena praça que ficava bem perto de onde morávamos, por coincidência em volta desta mesma praça ficavam algumas paradas de ônibus que seguiam para os mais diversos destinos da cidade. Andávamos conversando ainda sonolentos e eu ia me maldizendo por estar com muito sono naquela manhã. Até que passamos por alguns homens na parada.
Eu e minha amiga éramos gordinhos e rabudos. Ela uma negra lindíssima. E eu... Bom, um gordinho delícia também. Sem prestar atenção passamos na frente desta parada onde muitos homens que iam aos seus trabalhos nos olharam. Ela muito cheia de pudor se esquivou, eu, puta faminta me espalhei. Olhei para trás e um homem em particular me chamou atenção, ele vestia uma bermuda de tactel, uma camisa listrada, um boné, era magro, e usava um infame cavanhaque que rodeava todo o seu maxilar. Uma barba fina que achei até meio estranha.
Mais alto que eu ele sorriu de um jeito que me acendeu. Torci para que na volta ele ainda estivesse, e como se eu fosse merecedor de alguma graça, na volta seguinte ele ainda estava lá. Nova encarada, novo sorriso safado de ambas as partes. Meu corpo acordou e eu lambi os lábios, ele riu mais ainda de meu descaramento. Na terceira volta da praça ele não estava mais lá, porém a minha vontade sim e no fim daquele dia eu acabei dando para um colega de classe no estacionamento da faculdade.
Passaram-se alguns dias e eu não mais o vi, até tinha esquecido. Em um sábado à noite fui convidado para uma cerveja por umas amigas, saímos cedo, por volta das 18hs e andamos pelo bairro, paramos num pagode onde dancei, descemos para uma lanchonete e no fim da noite somente eu e Maysa que éramos mais dados aos porres é que resistimos bravamente.
- Ei viado, vamos descer pra pracinha? Tem uns barzinhos legais por lá. – Disso eu já sabia, afinal Paiva e Naldo tinham me conquistado ali. Decidi que minha sede deveria ser saciada. Os barzinhos de lá eram, como se diz no popular aqui no Ceará, “pés sujos”, ou seja, copo americano, cerveja gelada, churrasquinhos, cachaça e mesas e cadeiras de plástico.
Pedimos a primeira, a segunda e a terceira. Olhei em meu relógio e vi que estava bem tarde.
- A gente vai passar a noite aqui! – Maysa já falava meio embolado e eu ria. A conversa descambou para sexo e logo ríamos como duas hienas, a risada dela era tão chamativa que pessoas nos bares vizinhos viravam-se para nos olhar. Numa dessas olhei ao redor e ele estava lá, nos olhando. Dessa vez ele levantou o copo em sinal de brinde e sorriu piscando.
Ainda de boné, mas dessa vez com uma camisa ¾ e jeans. Sorri de volta. Se sóbrio eu não escondo os meus trejeitos, com álcool correndo impune em minha corrente sanguínea eles aparecem ainda mais. Ficamos nesta troca de olhares como repteis que se medem de longe, ele me queria, dava para ver.
Fui ao banheiro e demorei, tendo em vista que a fila estava enorme. Quando retornei minha amiga conversava com um amigo dele e ele sentava numa cadeira ao lado da que eu ocupava até minutos atrás. Sentei sabendo o que aconteceria.
- L. esse daqui é Gleivon (o tal amigo dele) e ele... – Ela parecia ter esquecido e eu sorri.
- Ismael. – Ele disse me sorrindo e vi as covinhas que se emolduravam dentro daquela barba esquisita que Ismael usava.
- Prazer. – Eu disse sorrindo. Os dois responderam em perfeito uníssono: Teremos! – Riram em seguida e nós também.
A mesa se dividiu em dois, Maysa falava com Gleivon e eu com o Ismael, olhando de fora pareciam dois casais. O cheiro do perfume barato que ele usava misturado ao seu suor funcionava como um afrodisíaco pra mim, lambi os lábios lhe encarando.
- Tu é solteira? – Ele me perguntou no ouvido e eu estranhei o tratamento no feminino, lhe olhei e ele riu como se não tivesse dito nada demais.
- Sou solteiro, sim! – Falei entonando a última sílaba da palavra. Nesta época eu havia aderido à moda dos cabelos grandes e os prendia em um coque na cabeça. Desfiz o coque e quando ia prender ele disse em meu ouvido:
- Deixa assim, teu cabelo é bonito. – Ismael falou segurando nas pontas do meu cabelo. Sorri em concordância e os deixei soltos. A conversa era fácil, nós ríamos até do vento. Perto das quatro da manhã percebi que Maysa já estava muito embriagada e disse que a levaria em casa em um desses serviços de táxis piratas que brotavam aos montes nos bairros.
- E tu tem que ir com ela? – Ele me perguntou novamente no ouvido, a baforada de ar que ele soltava em minha pele me arrepiava até a espinha e eu salivava de antecipação, aquele homem era uma delícia.
- Não posso largar minha amiga nesse estado dentro de um táxi, né? – Respondi como se fosse o óbvio.
- Então volta depois, gatinha! – Novamente aquele tratamento, mas dessa vez ao invés de me incomodar me excitou e eu ri.
- Preciso dormir! – Disse rindo.
- Não acredito que tu vai deixar esse nego na vontade... – Ele disse rindo de si mesmo que nem mesmo era negro, um moreno queimado de sol era mais a sua cara.
- Vontade de que? – Banquei o desentendido.
- De tu, gordinha. – Na lata ele respondeu e eu arrepiei.
- Porque tu num vai comigo e dorme lá em casa? – Devolvi.
- Tu deixa eu dormir? – Ele cheirou o meu pescoço.
- Dormir não, mas deixo deitar na minha cama. – Devolvi safado.
- Aí eu vi vantagem! – Ele respondeu animado. Chamamos o garçom e o amigo dele estava meio puto por ver minha amiga quase dormindo na mesa, daquele mato não sairia coelho ou o que quer que fosse pra ele. Uma vez que pagamos as nossas partes eu chamei o taxi e fomos primeiro deixar a Maysa em casa, Ismael ia no banco da frente e eu direcionava o motorista aonde parar.
Descemos juntos, Gleivon avisou que já estava em casa e agora era comigo e Ismael. Entramos em minha kitinete de mãos dadas, quando tranquei a porta ele me jogou de encontro a parede. Se adivinhava a sua necessidade de me transformar em sua fêmea, aquele macho gozava daquela forma e eu, naquele momento, só queria lhe agradar mais e mais.
O beijo era bruto, invasivo, as mãos desvergonhadas e apressadas. Nós nos medíamos pelo método Braile de olhos fechados. Ele segurava a minha bunda. E eu a rola dele que devia ter em média uns 18 cm. A necessidade com que nos pegávamos é algo difícil de externar em palavras, só posso dizer que era primitivo.
Ele meteu a mão por dentro de minha blusa e beliscou o meu mamilo com o dedo médio e o indicador, arfei em sua boca quebrando o beijo.
- Gostosa! – Ele disse. Gemi mais alto. – Vou te arrombar hoje, depois dessa noite tu só vai querer a minha rola nessa cuceta! – Era depravação demais para que eu não lhe respondesse a altura.
- Então me come meu macho, deixa a minha cuceta no formato do teu pau! – Foi então que a outra mão entrou em minha calça e buscou a minha entrada. As unhas bem cortadas resvalavam nas rugas anais me causando estremecimentos contínuos, ele mordeu o meu lábio inferior.
- “Bora” pra cama, sua vadia! – Ele convidou, andamos de mãos dadas. Uma kitinete como a minha não permitia erros e foi ele o guia até o ponto de abate. Jogou-me sem cuidado em cima da cama que eu arrumara antes de sair e despencou em cima de mim depois de tirar a camisa e me mostrar o tórax com pelos grudados em si. Uma corrente elétrica me ultrapassou e eu gemi. A boca bruta, a barba grossa e a língua dele se emaranhavam em meu pescoço, suas mãos puxaram os meus cabelos para facilitar o seu acesso àquela área.
- Me come... – Eu pedi gemendo.
- Isso, pede mesmo puta. – Ele quase sussurrava.
- Me come, Ismael. – Eu pedi.
Como resposta ele me despiu, eu nu e ele ainda de calça. De joelhos entre as minhas pernas o toque da mão grossa na minha pele lisa me causava um incômodo gostoso. Suas mãos desceram pela minha panturrilha até as coxas e terminaram na bunda.
- Fica de quatro! – Nem esperei segunda ordem, de quatro ele comia o meu cu com aquela boca. Não era um cunete normal, o macho estava ensandecido e passava do queixo a testa como se quisesse se marcar com o meu cheiro, a língua entrava e saia como se aquilo tivesse sido ensaiado muitas e muitas vezes. Eu piscava e ganhava tapas em resposta.
- Delícia! – Eu disse indo me masturbar, ao que ele negou.
- Mulher minha goza é no meu pau! – Eu já era dele. Deixei para lá e esperei por mais, com a cara enfiada nos travesseiros eu gemia descontrolado, palmadas e mais palmadas se faziam ouvir, mas eu só sentia prazer. – Onde é que tem camisinha? – Naquele momento eu agradeci por ele lembrar, pois se ele tivesse metido em mim daquele jeito eu nem teria notado.
- Na gaveta... – Eu disse arfando – Mas eu quero chupar... – Pedi como uma vadia das mais necessitadas.
- Quer minha putinha?
- Quero, por favor. – Minha voz era chorosa. Ele catou a camisinha, deixou ao lado do meu corpo, de joelhos ele sentou sem cueca e me chamou como se chama uma cadela. Eu fui e abocanhei a cabeça do pau dele, suguei o pré-gozo, engoli toda a rola e Ismael deu um urro gutural.
- Ah cadela! – Ganhei um tapa, a mão de dedos longos ardeu em minha face e eu espirrei pré-gozo. – Deita de perna aberta, vai.
Assim eu fiz, ele vestiu a camisinha, cuspiu na minha entrada e em seguida passou a penetrar vagarosamente. Meu cu ardia, meus mamilos estavam pedrados e meus gemidos eram finos e necessitados. Eu era a fêmea daquele macho. Sem cuidado ou preparo ele começou a se movimentar, a dor estava presente, mas ser fodida daquela forma era mais do que suficiente para mim.
Ele metia em mim como se alcançasse com aquele pau reto uma outra abertura em mim, os choques que eu sentia vinham da próstata e eu só sabia querer mais.
- Me fode, meu macho.
- O que tu é?
- Uma puta!
- O que mais?
- Uma vagabunda, uma cadela.
- E o que mais?
- Tua mulher!
Ele me beijou naquele momento e a velocidade das metidas alcançaram o nível de uma máquina, o suor dele caía em minha testa, os tapas que ele dava em meu rosto me deixavam em ponto de bala. Quando nos largamos do beijo permaneci com a boca aberta e ele cuspiu lá dentro, sorvi sua saliva de macho com gosto.
- É uma cadelinha mesmo, gosta de pau?
- Amo!
- O pau de quem?
- O seu!
Estranhamente não havia vergonha entre nós. Ele saiu de mim sem aviso, assim como entrou e me virou de quatro pra ele.
- Rabão do caralho! – Mais um tapa ardido e estalado.
- Come!
- Vadia! – Ele disse entrando em mim, levantou-se e metia de cima para baixo. Aquele garanhão estava me montando e o prazer chegava a me deixar cego. Eu apenas gemia. De cima ele segurou em meu cabelo e passou a meter com força em mim, eu estava dominado por aquele homem.
- Mete, mete com força.
Ele não respondia. Quando soltou rapidamente o meu cabelo, lhe olhei nos olhos e ele estava banhado em suor, minha boca salivou de vontade e o que ganhei foi um bom tapa na bunda. Gemi desesperado.
- Eu vou acabar te matando por causa desses gemidos!
Dessa vez fui eu que gemi, as pancadas secas em minha próstata eram tão frequentes que eu chagava a ficar sem ar. Uma atrás da outra.
- Tô quase gozando... – Eu avisei.
Por puro sadismo ele parou e me deitou, de lado ele meteu e o contato naquela posição era ainda mais íntimo, nós nos encarávamos o tempo todo e uma conexão forte parecia se formar. Daquele jeito ele apertava minhas tetinhas enquanto estapeava o meu rabão. Sentia a minha pele ardendo, meu cu assando e aquele macho suando em cima de mim. Senti novamente o gozo chegando.
- Deixa eu gozar? – Pedi.
- Goza cadela, goza com o pau do teu macho enterrado em ti! – Ele disse e deitou-se em cima de mim, rebolou todo fincado em minhas carnes e eu gozei assim. Suado, totalmente dominado e à mercê daquele macho mau.
Por alguns minutos ele ainda meteu enquanto eu estava no limite da consciência.
- Vou gozar, puta. Vem aqui! – Ele me puxou pelos cabelos, levantou com dificuldade e enfiou a minha cara no saco dele ao que eu chupei com prazer. Ismael batia uma punheta furiosa e do nada ele me banhou com toda aquela porra, alguns jatos eu consegui engolir, outros eu lambi da cama. Completamente cansados dormimos em seguida com o barulho dos pássaros que já acordavam.
Mas aquela foda foi o começo de uma ótima amizade colorida.
Mas caralho, que tesão da porra! Adoro quem sabe virar puta submissa na hora de levar vara. Votado!
Amei seu conto menina. Bjus