Respeito

Respeito
(Imagens ilustrativas de internet)

          Setembro de 2017, Século 21. Longínquos anos 70, 80. No relato Mulheres Maduras mencionei curta passagem de uma cena onde uma professora, sensual, linda, gostosa, causou aquele transtorno de uma ereção juvenil, descontrolada, sem piedade de alvoroçar-se por dentro da calça de uniforme, dificultando-se a saída da sala de aula.
          Divagando pouco mais, aos tempos de grupo escolar, uma professora apenas para uma turminha de trinta, trinta cinco alunos. Essa sempre foi a segunda mãe, a quem substitui a mãe na sua saída para o mundo exterior, fora da família, no mundo de gente grande.
            A mescla daquela mulher sempre com um corpo maduro, de curvas, seios grandes, flácidos, vestidos, sandálias, óculos, os cadernos de escola, livros, com os desejos que nossos corpos insistiam em expor, davam a nós, meras crianças, um sentimento de amor, de carinho, de atração. Ao que simboliza a proteção de mãe, também simbolizava a presença física da mulher. Aquela mulher causava desejos infantis, obscuros de entendimentos, contudo, enraizava no coração sua presença para uma vida toda, a toda lembrança. Como que agora escrevo lembrando-se dessa mulher, de seus trinta e cinco anos, cujo nome ainda é vivo nas lembranças. Não é a conotação do sexo que temos hoje, mas no intimo do pensamento, sua presença é um carinho misturado no desejo.
             Crescemos e esse amor manteve-se. Quais de nós não tive um amor, uma paixão, uma queda pela professora ou nas mulheres, pelo professor? Sim, tive minha adolescência vivendo na fantasia de um amor nunca concretizado. Uma professora com dez anos mais experiente que um jovem de dezesseis anos.
             Abrindo espaço antes de continuar, pergunto a todos se já tiveram a alegria de levar uma flor, uma fruta, um presente, um papelzinho com palavras de carinho à sua professora?
             Com essas mulheres, essas professoras, essas lindas jovens senhoras, aprendi muito, aprendi a ter carinho, amor e principalmente respeito, seja por serem as nossas mães postiças, sejam por serem mais velhas, sejam por serem pessoas, sejam apenas por serem mulheres.
             Acabaram-se os tempos de escola, fomos para a vida adulta. Conheci em um passeio uma linda negra, de um corpo escultural, seios fartos, quadril largo. Sensual, gostosa. Formou-se em Magistério, virou professora. Sim, a professora que ficou em minha vida, na real, foi minha esposa.
             Com certeza várias histórias de nossas vidas podem serem relatadas para um conto erótico, porém, apenas uma descrição pessoal, quando ela para poder exercer a profissão, vimos obrigados a distanciar. Fiquei no interior de São Paulo e ela na Grande São Paulo. Mês a mês as visitas, intercalando uma ela em casa outra eu na casa que alugamos.
             Como mencionei uma passagem. Recordo como hoje, como a vendo na minha frente nesse décimo de segundos, na cama, de vestido largo, os seios mostrando-se no decote, sentada, pernas cruzadas. As coxas que apareciam criavam uma forte atração, um desejo animal. Os dedos dos pés, os pés, que tanto amava acariciar, beijá-los, senti-los. Sua boca carnuda, os cabelos revoltos, negros, longos. Sim, uma linda e gostosa mulher, minha esposa, minha professora.
             Quando ela levantou-se, exibindo por completo, não haveria nenhum homem que não teria desejos por essa mulher. Ver as suas curvas, sua carne macia, quente, escura, o seu cheiro, o seu pecado. Ela era a realização de todas as fantasias de infância, de adolescência. Ambos mereciam-se pelas suas histórias de vida, pelos desejos, pela gana do pecado, pelo prazer do sexo, da carne. O nosso erro em tudo foi a falta de maturidade de vida.   
            Dentro das quatro paredes fomos mais do que homem e mulher, marido e       esposa. Éramos amantes, irmãos, aluno e professora. Minha professora de um amor que não realizou na adolescência, contudo, vingava na vida adulta com minha esposa.
             Ali, linda, gostosa, a mulher e professora, esposa e amante. Colocou-se de joelhos sobre a cama, sorrindo. Aproximei e beijamo-nos carinhosamente, trocando caricias. O corpo coberto pelo fino tecido seduzia mais o calor da paixão, suas ancas premiam o pecado, meu corpo a desejava. Qual submissa ao seu homem virou a bunda para mim ainda de joelhos na cama e empinou-a magistralmente, oferecendo-se como sempre adorava pega-la. Com dedos trêmulos fui levantando o vestido, olhando as coxas carnudas, escuras, macias, deliciosamente apetitosas. A calcinha amarela, as polpas, as panturrilhas, as solas rosadas em contrate com a cor da pele. O membro entumescido estourava na calça e rompeu-se imperioso pela fresta do zíper, já direcionado à grutinha de minha esposa. Afastou-se um nada da calcinha e fiz a gostosa penetração. Momento mágico que dois seres é um só. Estava dentro dela e ela dentro de mim. Agarrava em sua cintura trazendo-a contra o meu corpo, sentia todo o calor, ouvia os gemidos de seus lábios, senti os meus balbuciados entre dentes e ao mesmo instante soltamos em um só orgasmo.
“- Minha Neguinha, Meu Amor, Minha Professorinha...”
             Um longo beijo trocado, um sorriso cúmplice, um décimo de magia dentro do amor e fantasia da vida do casal.
             Por causa da falta de experiência nossas vidas desapegaram-se de rumos, contudo, o legado de ser uma professora mantém eterna nas lembranças que possuo, nos desatinos da solidão entre meus pensamentos e o silêncio, nos sonhos que insistem vingar nas recordações, na saudade que carrego.
            Uma mulher. Uma professora. Um ser humano.
            Quando deparamos com a notícia de uma professora agredida por um aluno de quinze anos, qual ocorreu em Santa Catarina, quando vemos nas redes sociais, nos meios de comunicações, pela internet por ai a fora, pergunto onde está o respeito que temos que ter com a mulher, com a professora, com uma pessoa que já fez o papel da mãe?

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Comentários


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escopiao Comentou em 27/10/2019

ótimo conto e belas fotos, adorei.

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silverprateadosurfer Comentou em 03/10/2017

Outro conto delicioso e bem intimista, parabens pela deliciosa estoria

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benoliver Comentou em 25/09/2017

Dentre tua colocação, empatizo sem discussão, porém, com honra, destaco a palavra "velhos" - Com os anos pesando sobre os ombros aprendemos essa verdade que vejo assumida ao casal desde o inicio. Obrigado e parabéns.

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chermengo Comentou em 24/09/2017

Infelizmente não são só as profs que são agredidas e a quem a sociedade moderna desvalorizou. O próprio relacionamento homem/mulher foi distorcido, desvirtuado e está prestes a ser destruído. Não me refiro ao homossexualismo, mas a verdadeira relação homem/mulher baseada no amor e compromisso, que, quando mútuo e correspondido, levam o sexo a níveis de prazer estratosféricos. Felizmente existem "velhos" como nós que desfrutaram isso e podem transmitir à sociedade moderna este valor em extinção.




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Ficha do conto

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benoliver

Nome do conto:
Respeito

Codigo do conto:
105765

Categoria:
Coroas

Data da Publicação:
05/09/2017

Quant.de Votos:
7

Quant.de Fotos:
3