“Eu fico ao teu lado, sem saber Dos amores que a vida me trouxe E eu não pude viver.” Medo da Chuva, Raul Seixas. Saudades da Sonia A primeira vez que ela apareceu foi numa segunda feira para trabalhar em casa. Não sei por que, mesmo sem tê-la visto, senti um desejo por essa empregada. Apenas no fim do dia, quando foi deixa-la na rodoviária, foi que a vi... O desejo foi total e uma vontade de ficar com ela gigantesco. Naquela noite tive devaneios em sonhos juvenis até o orgasmo, pensando na empregada, naquela mulher de seus quarenta e dois anos. Foi em seis de junho de 2016, uma segunda feira o dia que a diarista alagoana apareceria em casa para o trabalho. Devo dizer que estava extremamente curioso em conhecê-la, em saber como ela seria física e de personalidade. Os horários não coincidiam e apenas por uma rajada de conspiração do Universo para tal ocorrer. Ocorreu. À noite, fui leva-la à rodoviária e ao descer, pude olhá-la por inteiro... Essa imagem ficou gravada. Cabelos curtos, chinelos nos pés, de unhas sem esmalte, cintura fina e de culote, calça legging preta e uma blusinha dando aos seios um gostoso volume. Um sotaque peculiar que fez lembrar-se de uma amiga de Maceió. Seu nome, Sônia. Foi ela que deixou uma ponta de conversa em aberto e é justamente essa que permitira vê-la de novo. Creio que ela, apesar da nossa situação, totalmente opostas, a distancia, dentre outros problemas, haveria uma chance para algo entre eu e ela. Gostei pela simplicidade, pela singela passividade. Está na casa dos quarenta e dois anos, tem cinco filhos, sendo três menores. É uma mulher sofrida que veio com o marido e dois filhos de Alagoas e aqui foi abandonada pelo marido. Conheceu um, envolveu e teve mais três filhos. Esse é um viciado, ladrão, um desprezível ser dentro da sociedade. Lembrou-me outra conhecida de outra cidade do interior de SP, Elza e um pouco da Cleuza, também com história parecida. Pareceu-me ser um ímã para esses tipos de mulher. Com a Elza consegui ter uma aventura já com a Cleuza nada. Com a Elza, obstante dizer da Maria, então minha esposa, serem amiga, deixou-se levar e deu a bucetinha pra mim. A Cleuza nada, mesmo porque, o negócio dela era arrumar homem com dinheiro, o que não era o meu caso. Não sei do futuro, porém, Sonia seria uma mulher interessante para minha vida. Tem uma boa idade, é bonita, tem um corpo bonito e creio que seja passiva submissa e poderá atender aos meus pedidos, como os de trajar vestidos, saias, camisolas, roupas sensuais, ser feminina, delicada, e manter os pés as sandálias que seduzem meu desejo, bem como o uso de saltos, deixando fotografar, ser a minha modelo, mais do que isso, ser minha mulher. Fico na esperança de ter uma mulher dentro desse parâmetro. Seja como for, quando fui tomar banho, usando a imaginação, deixei-me com ela sendo a empregada em casa e às sós, deixando-se levar pelas minhas fantasias. Sim, coloquei os pés, que tanto fascinam minha libido, como parte fundamental desse sonho. A vi de vestido, fazendo fotos das pernas, das coxas, da bunda, dos pés. Nesses, tendo o delírio de chupar os dedinhos, acariciá-los e colocar meu pau neles. Pelos minutos escassos debaixo do chuveiro, imaginei-a sendo passiva na sala, deixando erguer o vestido para que pudesse olhar sua bundinha, as carnes das pernas, das coxas. Dentro dessa linha de pensamento, permitindo ser possuída, tive meu orgasmo chamando-a e com ela fixa no pensamento. Também, iniciou uma fase de bater punheta, qual adolescente, porquanto na minha fase, não descobri a masturbação senão já chegando aos dezoito anos. Mantive os meus ímpetos sexuais dentro do esperado nesses anos todos, porque, no banho, sempre acabava batendo uma punheta. Foi no dia 6 de Junho... A Sonia retornou dia 16 de Setembro. 100 dias após, eis que a vejo chegando à minha casa, calça jeans, blusinha e uma rasteirinha. Na própria sexta, consegui fotos dela e foi justamente nessas que senti o desejo dela por mim e a vontade de ficar comigo. Foi nas fotos que fiz em selfie, com os rostos próximos, o calor do corpo dela junto ao meu, deu uma vontade de abraça-la bem forte. Foram minguas fotos. Essas parcas imagens feitas durante o período deixou demonstrado a vontade dela em exibir-se para mim e sua submissão... Todavia, apenas no domingo de manhã é que se revelou toda a vontade. Por volta das 9 da manhã, a Sonia foi ao salão da chácara onde faria um churrasco para dar inicio a uma melhor organização, à uma limpeza... Não sei por que, acabei indo... Ela foi aos banheiros ao fundo e por instinto, a segui... No banheiro, a proximidade de nossos corpos, uma carícia com os dedos no rosto dela, uma carícia, um afago e de repente, estávamos nos beijando. A sensação de desejo de ambos foi grande. A queria em meus braços e ela em se entregar para mim. Foram trocados beijos e mesmo saindo do banheiro, para verificar onde as demais pessoas estavam, evitando ser flagrado com ela, chamei-a de novo e novamente mais beijos e nossos corpos se grudando. Foram nos dois banheiros esses beijos. Dali, fomos para a cozinha pegar os utensílios para a limpeza. Na cozinha, mais beijos e quando ela já estava indo embora, a chamei para dentro novamente ansioso por mais e num ato tresloucado, depois do beijo, puxei os seios dela do soutien e chupei-os acariciando-os entre desejo e fantasia. Engoli o seio, mordisquei o mamilo. É de tamanho médio, mole, caído, do jeito que deixa um que de vontade de tê-lo na boca. Enfiei também a mão esquerda por dentro da calça e espalmei sobre a buceta dela, passando os dedos nos pelos e entre os lábios vaginais, úmidos. Foi bem difícil controlar a vontade de fazer mais e de não tê-la naquele dia. Um fogo de adolescente aquele desejo. Há muito que não sentia isso, essa paixão, esse ardor do proibido, do pecado. No fim do dia, por uma situação surgida, ela foi embora da chácara. Fiquei até mesmo em trazê-la. Uma utopia crer que viria com ela para a cidade, só eu e ela. A Sonia veio embora me deixando. Ainda no carro, de maneira discreta, disse que me procurasse no meu trabalho. Não virá, não veio e não sei se devo procura-la. Tenho o telefone da filha dela, mas, ligando, estarei dando margem para um risco e não sei se tenho esse direito. Mas, penso na Sônia e a desejo. Uma fantasia encontra-la, irmos para um drive-in, um motel, um quarto de pensão. Quero fotos, filmagens, quero a Sonia de todas as maneiras e pela submissão que apresentou, é uma mulher para realizar-me. Não sei o que faço se ligo, pois, ligando, não sei a desculpa que posso dar. Preciso deixar as provas do delito amarradas e devidamente justificadas as minhas atitudes. Não entendi a implicância de uma amiga minha, dando margem de criticá-la. A única justificativa é a de que tenha falado o que fizemos naquela manhã a essa e por ciúmes, fez o carnaval. Naquela noite, essa amiga pernoitou em casa e abusou da camisola: Transparente, sensual, que me deixou com desejo. Será que uma falou e a outra também queria? Já não aconteceu isso comigo? Com a Vicentina e a Cristina... A Vicentina falava tudo que fazia com ela à Cristina e a Cristina, já há tempos era a minha amante. Ou seja, ambas sabiam da outra e as duas davam pra mim. Vivo eternizado na dúvida de ligar para a filha da Sônia, forçar um encontro, procura-la. Alguns momentos é o que desejo, já em outros, vejo vários motivos colocados opostamente à minha vontade. Dos amores que a vida me trouxe e não pude viver...
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Silverprateadosurfer, obrigado pelo comentário.
Objetividade de colocar as palavras foi a de mencionar os momentos que temos na vida e passam, sem que percebamos o momento em si, apenas a saudades que fica e o vazio da omissão ou da prepotência. Acredito que tenha ficado isso ao que leio tuas palavras.
Realmente existe um fascinio entre os jovens e as empregadas da casa, poderia ter aprofundado um pouco mais, acredito que tornaria a estoria mais interessante, mas voce manteve sua linha e seu projeto de conto e isso é o mais interessante, parabens.
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