Uma Vizinha Numa Noite

Uma Vizinha Numa Noite
             Quando aluguei a casa, uma das primeiras pessoas que conhecemos, eu e minha esposa, foi a Elza. Moradora antiga do bairro, de família pobre, abandonada pelo marido já a mais de dois anos. Fora trabalhar na cidade vizinha e não mais voltou, menos ainda com a ajuda financeira para cuidar dos três filhos, o menor de quatro anos e o maior de doze, com uma menina no meio de dez anos. Na verdade, a casa pertencia à mãe, moradora em um puxadinho nos fundos, aposentada, que ajudava na criação dos netos, para completar a renda familiar dos serviços biscates de empregada que Elza conseguia de vez em quando. Analisando-a, não era uma mulher feia, estereotipo desagradável. Judiada pelas circunstâncias de vida que a obrigavam a ressentir em uma pobreza. Cabelos lisos escorridos de um louro escuro, corpo magro, seios fartos e flácidos decorrente da amamentação dos filhos, o ventre proeminente e ancas levemente baixas, a qual lhe dava a figura da bunda volumosa, mesmo sendo pequena. Numa das conversas que mantive com minha esposa a respeito dela, a frase que definia a nossa vizinha: “– Um bom banho de loja, uma manicure, um salão de cabeleireiro e a ela vira da fera para a Bela nos seus 35 anos maus vividos!”
             Transcorrido os meses, na convivência salutar de vizinhança, sempre a ajudando no que podíamos, apertando mais os laços de amizade, começou a haver trocas de confidências dela junto a minha esposa e essa pra mim, na calada da noite. Fiquei sabendo que nos últimos dois anos andava na “seca”.
“ – Pelo menos uma mexida com as mãos... Uma siririca.” Retruquei na risada.
“ – Não, nada mesmo. Ela disse que não sabe fazer isso...”
               Sei apenas que essas conversas começaram a fazer vê-la de uma maneira diferente, não apenas a vizinha, porém a mulher. As oportunidades que surgiam entre nós de maior intimidade e longe dos olhos das demais pessoas, principalmente os ouvidos curiosos, passamos a esquentar as conversas com picardia sexuais. Não insinuava para cima dela, contudo, sempre a enaltecia para arrumar um homem, para satisfazer os desejos dela, ainda tão fortes. Em todas essas situações fazia questão de deixar bem claro a ela que observava atento a detalhes de seu corpo, no volume dos seios, a cintura, pernas. Elza retribuía os elogios, essas cantadas singelas e sob disfarce, com um sorriso amarelo, tímido, bem acanhada, porém aquele instinto animal de sexo sempre retumbava no pensamento: “Ela quer você!” Uma das ultimas, minha esposa lavando a garagem e Elza atravessou a rua vindo em casa, de vestido rosa, um pouco acima do joelho. Oferecia-se para ajudar. Quando a vi, foi impossível não correr os olhos pelo corpo todo, percebendo que estava sem soutien e com uma calcinha grande, demarcando-lhe a linha da bunda. Fiquei eriçado, com todas as fantasias a flor da pele. Em determinado momento, minha esposa largou a mangueira nas mãos dela e foi ao banheiro. Não sei se por instinto, desejo, loucura, fui por trás dela para pegar de suas mãos a mangueira, de modo a poder encostar meu corpo ao dela. Foi décimos de segundos, segundos, contudo, fascinante. Meu quadril tocou na bunda dela e as minhas mãos seguraram em suas ancas, puxando-a levemente para mim. Os dedos caminharam impunes pelo ventre, um pouco acima, nos seios, quase tocando nesses, retornando aos flancos e então murmurei junto ao pescoço dela.
“ – Você está muito gostosa... Estivesse sozinho contigo, te levava pra cama...”
                            Elza nada disse. Entregou-me o bico da mangueira e sorriu. Foi um sorriso malicioso, de volúpia, de mulher safada. Naquela noite na cama com a minha esposa, deleitando no corpo dela, pensava na Elza. Quando gozei, foi como estivesse gozando no corpo da Elza.
                            Quando temos um objetivo, um desejo, quando queremos algo de verdade, acaba ocorrendo uma conspiração no Universo e lá está o nosso presente. Nas férias de janeiro de minha esposa, ela quis passar alguns dias na casa de meus parentes; porém, essa ida dela não coincidia com folgas minhas. Só poderia usufruir nos finais de semana. Acordamos que levaria ela à São Paulo, retornando no domingo a noite e no outro fim de semana, retornaria para busca-la, passando dois finais de semana com ela e minha família. Assim foi feito. Naquela semana, duas vezes, na terça e quinta, a minha concunhada iria limpar a casa e fazer alguma coisa de comer pra mim. Na terça foi tudo normal. Quando a deixei em casa, deixei a minha chave e retornei com ela ainda em casa, algo em torno das cinco da tarde. Todavia, na quinta, atrasei no serviço e quando retornei, já passavam das sete da noite. Tudo fechado, apagado. Entretanto, não deu tempo para pensar no que fazer e lá vem a Elza saindo de sua casa em direção à minha.
“ – A Maria deixou a chave comigo... Como não chegava, ela resolveu ir embora e pediu para entregar a chave.”
                      Agradeci a presteza dela em ajudar-me e então percebi a minha situação de solteiro naquela semana, a vizinha, as circunstâncias todas favoráveis, a noite, uns pingos de chuva, só nós dois, todas as conspirações possíveis. Reparei na Elza. Jeans claro, camisa branca solta, havaianas nos pés. Soutien azul escuro. No olhar, um que de malícia.
“ – Não quer entrar, Elza? Toma um aperitivo comigo? Aquele licor de Amarula que você experimentou outro dia e gostou...”
“ – Não sei se devo... A Maria não está, você sozinho... Não sei se fica bem.”
“ – Fica sim, sem falarmos que está começando a chover... A chuva servirá para afastar qualquer visita, caso houvesse essa possibilidade... Vamos, vamos entrar e tomar um aperitivo.!”
                     Acomodei-a na poltrona e já fui pegar uma taça com a bebida. Servi a ela e uma pra mim. Amarula é uma bebida muito gostosa e afrodisíaca, sem falar o efeito rápido do álcool no organismo. Coloquei um disco LP – Sim, Long Play com as melhores músicas dos The Beatles, na vitrola. Sentados frontalmente, de maneira toda cerimoniosa, trocávamos banalidades do cotidiano. Passeava com os olhos pelo corpo da Elza, claramente demonstrando o interesse nela. Com a terceira taça de bebida, ela já dava sinais de uma pequena embriaguez.
“ – Será que quando a gente fica bêbada, faz coisas que não queria e vai lembrar depois?” Perguntou levantando-se para ir à estante.
“ – Apenas nos casos de tomar um litro de Amarula, ou mais. Uma embriaguez mesmo.” Respondi olhando-a pegar uma arma artesanal de enfeite que estava na prateleira.
“ – Essa arma funciona?”
“ – Não. É uma garrucha, calibre 22, só pra ornamentação...”
“ – Ela é pequena. Fácil de esconder na roupa... Ninguém acharia...”
“ – E você esconderia onde a arma?” Perguntei colocando-me em pé defronte ela.
“ – Nos seios... Eu acho que seria um bom lugar...”
                        Automaticamente Elza enganchou a garrucha entre os seios, deixando-os quase à mostra. Nossos olhares cruzaram e um desejo nasceu.
“ – Muito visível... Tem que ser por dentro da calça...”
                        Habilmente tirei a arma dos seios dela, aproveitando para tocar-lhe levemente e sentir a carne macia deles, o calor dela. Sentia a excitação aumentando nos nossos corpos. Enfiei a garrucha na cintura dela, levantando um pouco a camisa. Arrumei-a na postura das vestes, tocando ousadamente nos flancos das costas, na bunda.
“ – Achariam a arma em mim se revistassem...?”
“ – Sim, com certeza... Vamos brincar que revisto você...”
                      Não sei se correto, mas ajoelhei defronte ela e passei a apalpar a barra da calça, as panturrilhas, subindo às coxas e passando nos flancos. Chequei nas costas e alisei-as como se estivesse realmente revistando. Com as mãos apertei ambos os seios sentindo-os gostosamente e fui onde a arma estava, pegando-a, ao que a puxei para bem perto, rosto no rosto, olho no olho. Explodimos num beijo. Os lábios delas foram esmagados pelos meus e nada mais fazia sentido pelo desejo do sexo. Segurei-a forte em meus braços num beijo molhado, de desejo, de vontade, de pecado.
“ – Não podemos fazer isso...” Retrucou numa balbucia nas lacunas do beijo ardoroso trocado.
“ – Podemos sim... Preciso de você!”
                      Aos atropelos, entre beijos, carícias, encostos, uma fúria dos dois corpos, a arrastei ao quarto de visita. Na penumbra do cômodo, Elza soltou-se nos beijos e nos meus braços. Os dedos entrelaçaram os cabelos louros segurando-a na nuca e puxando os lábios aos meus, em um beijo aprofundado, onde as línguas tocaram-se pecaminosamente. Deslizei então as mãos pelos ombros ao flanco, indo aos seios segurando-os com ternura e paixão animal. Brusco, fui desabotoando a camisa e deixei-a só de soutien. Com a boca acariciei os ombros, o colo dos seios, os mamilos protegidos pelo pano, descendo ao ventre, ao umbigo. Afoito abri o zíper da calça, soltei o botão, arriei parcialmente a calça jeans. Surgiu a calcinha de cor azul e a sombra dos pelos pubianos. Elza com certeza não tinha por hábito depilar-se nas partes íntimas. Segurei as polpas de sua bunda, carne macia, quente, gostosa. Mesmo com a aparência magra, as nádegas deixaram-me alucinados. Os dedos apertaram-na abrindo-lhe o rego, ao que encostei o nariz em seu sexo, sentindo uma mescla de odores entre um perfume de rosa, erva doce e urina. Por segundos acomodando-me ao cheiro, afastei o olhar. Observei-a na cintura fina, o ventre proeminente, uma pequena barriguinha de gordura, o quadril, as coxas, a pele alva e os seios presos no soutien. O desejo falou alto. Precisava dela, do corpo, do sexo. Voltei com a boca no sexo e passei a chupar desordenadamente, entre beijos e carícias com a língua, no pano da calcinha e nas carnes macias das coxas. Voluptuosamente as mãos desceram a calcinha desnudando-a e a boca entrou no meio daquela vasta cabeleira vaginal, de pelos longos de uma tonalidade escura. Descontroladamente tirei-lhe a calça, a calcinha pelos pés prostrando numa admiração ao belo corpo de mulher madura, com toda a carga que os três filhos, a vida difícil, os problemas lhe deixaram marcada. Voltei com o rosto para dentro da região pubiana com as mãos segurando-lhe as polpas, abrindo-lhe e levando o dedo ao ânus dela, uma obsessão de querer tê-la por trás.
“ – Não, no meu cu não pode nada. Tenho hemorroida.” Balbuciou a Elza.
                   Automaticamente virei-a de bunda e abri o rego, olhando o cuzinho dela, vendo a flor rechonchuda que a impedia de ter relações anais. Incrivelmente a excitação foi maior em vê-la sendo mostrada com as mãos abrindo a intimidade, conquanto que a carne das polpas, macias, moles, quentes, foram deliciosamente afrodisíacas. Os lábios percorreram das dobrinhas das polpas bem perto do cuzinho e voltearam nos pelos da buceta. Coloquei-a de frente deitando-a na cama, segurando em seus tornozelos, escancarando-lhe as pernas, exibindo sua gruta peluda. Deitei-me sobre sua intima parte feminina sentindo o calor, o cheiro, a umidade provinda do interior. A língua, a boca, entraram entre os pelos, buscando as abas carnudas dos lábios vaginais e grudando-a firmemente pela linha da cintura, puxei para mim, procurando fode-la na ponta de minha língua, de meus lábios. Elza remexia os quadris gemendo baixo, com uma timidez.
                Passando pelo ventre, lambendo-lhe até chegar aos seios que foram desnudados e com gana ensandecida mamei um a um, chupando os mamilos, alisando-lhe as coxas, as pernas. Ajoelhei ao lado dela e com o membro na mão, postei bem perto do rosto dela.
“ – Chupa...“
                  Elza segurou carinhosamente com a mão, levando-o a boca, fazendo uma gostosa masturbação com os lábios. Os seus dedos magros, suas mãos ásperas, prenderam o membro conquanto a avidez do oral tornou-se muito gostosa. Mostrou maestria no sexo oral. Virei-a de costas no que era chupado e admirei suas costas magras, a linha da cintura, o quadril e a sua bundinha tão excitante. Lembrei-me das tantas vezes que a tinha visto de calça delineando-lhe essa parte e ficara no desejo de tê-la na cama, às minhas mãos. Realizar-se-ia as minhas fantasias com essa vizinha.
                Voltei com as mãos em seus ombros largando-a do oral já descendo a boca em seu pescoço num beijo leve e provocativo. Ela estremeceu. Acariciando os flancos mantive os lábios em suas costas percorrendo a linha da espinha, só roçando, ao que provocava nela arrepios. Passei pela cintura ajoelhando ao lado de suas coxas, para que as mãos gulosamente pudesse abrir o vão da bunda e exibir-me mais uma vez seu cuzinho proibido. Tenuemente toquei com a ponta da língua próxima ao ânus. Elza remexeu o quadril.
“ – Não... Não mexe ai...” Sua voz possuía uma súplica.
“ – Não vou mexer nele...”
                Avancei com as mãos nas coxas brancas, macias, quentes percorrendo-lhe pelas panturrilhas aos pés e sobre erguendo os pés do colchão alinhando-os no alto, acariciei as solas com os lábios, enfiando os dedos por fim dentro da boca sugando-os enquanto acalentava as pernas e o dorso deles. Causava uma excitação sentir o prazer nos pés ao tê-los às mãos, na boca e saciar-me dessa maneira impune. Mantive com os lábios no corpo dela voltando até as polpas, quando a puxei pela cintura procurando coloca-la de quatro. Ela postou-se de bunda de encontro ao meu pau, levado com a mão aos seus lábios vaginais, pincelando o meu caldo ao néctar que exauria das entranhas da Elza. Posicionei a cabeça do pau na entrada, pronto para penetrá-la. Cada mão prendeu de um lado na cintura, fincando os dedos na carne qual uma forte tenaz. Lenta e progressivamente fui puxando-a contra o meu corpo enfiando o pau na sua molhada buceta. Ela rebolava a medida que sentia sendo invadida. Sentindo já quase todo dentro dela levei o corpo mais sobre as costas para poder agarrar os seios. No instante que segurei os fartos, moles, macios seios, na palma das mãos, completei a metida violentamente. O momento mais encantador entre o homem e a mulher. Único momento que dois são um só na fusão de seus sexos, no instante que a vida perde o sentido e os pecados são única tônica da existência. Como a ter o direito sobre a vida dela, Elza estava totalmente espetada em meu membro. Apertei-lhe mais meu corpo ao dela, segurando nos seios, cadenciando as penetrações.
“ – Agora você é minha!” Murmurei no ouvido da Elza.
             As investidas iniciais calmas, lentas, românticas, transformavam-se com o auge do desejo, com o estado trêmulo da mulher, com seus gemidos e respiração ofegante, em rompantes vorazes de um homem sem mulher há muito tempo. Poderia aos que vissem a cópula dizer da violência que estava sendo violada a coitada; contudo, o prazer dos dois inevitavelmente transbordava suas almas e essências. Colocando em pé arcando o corpo prendendo mais firme pelas ancas deliciosas, buscava colocar o membro com o saco escrotal inteiro dentro dela, não amenizando o ato, porém, enraivecido pela tara de estar com o meu sonho de vizinha. O som dos corpos chocando-se misturava ao som dos Beatles na vitrola, aos excitantes murmúrios que Elza soltava entre os dentes. Quando pressenti o auge do momento, retirei-me de dentro das carnes. Carinhosamente levei a ficar de frente, as pernas abertas, mostrando os pelos, os lábios carnudos, inchados. Aos poucos fui aconchegando ao corpo dela deixando o pau direcionado a sua buceta molhada. Com os olhos nos olhos, bocas próximas, voltei a tê-la acariciando os seios, o ventre, sentindo a maciez e ternura de suas carnes, segurando na sua cintura deslizando para a bunda, momento que a tomei de novo dentro de mim, prendendo-a fortemente. Não haveria como sair daquele contato, daquela penetração. Nossos lábios colaram-se com desejo, carinho, loucura, unindo os corpos, levando-nos a um estado de frenesi alucinante, mais ainda com as penetrações cadenciadas, novamente lentas, aumentando ao que os corações disparavam os batimentos e as respirações ofegavam como animais. Foram aumentando os toques entre nós, as carícias, os beijos, as línguas uma na outra e a sensação dos dois corpos fundindo-se a um só ser. Elza suspirou forte, arqueou-se para trás, balbuciou um som inaudito demonstrando que chegava a ela. Como a tê-la ao que ela gozava, apertei suas polpas trazendo-a mais ainda, quase que os dedos enfiando-se nas carnes moles, macias, gostosas de sua bunda. Elza soltou um gemido alto, um grito, uma postura treslouca pelas sensações que romperam em seu corpo. Soltei-me ao orgasmo. Entre as violentas penetrações, uma enfiada afundando o pau na entranha, a compressão dos corpos, a boca sufocando a boca dela, deixei o gozo fluir de meu corpo ao corpo dela.
                  Passávamos alguns minutos tomando fôlego, consciência de tudo, quando Elza levantou-se abrupta.
“ – Preciso lavar... Não tomo remédio.”
                  Observei-a saindo da cama, as linhas de seu corpo, as fatídicas marcas que o corpo sofre pelas circunstâncias vividas, as três gravidez, as angústias, as preocupações, as perdas, a falta de uma vaidade e não pude deixar de ter um carinho maior por ela, um desejo sobre humano de acalentá-la não como uma amante de uma noite, contudo, como uma esposa, uma mulher. Com uma taça de Amarula fui ao banheiro e dei a ela, que entre um sorriso tímido, poderia dizer envergonhada por estar sendo observada nua pela primeira vez após o abandono do marido e os pingos de água, sorveu um longo gole, como a justificar-se de sua entrega a um homem casado fora efeito colateral da bebida. Naquele momento busquei todos os detalhes de seu corpo, dos pés com aquelas marcas tão típicas de chinelos havaianas, as pernas queimadas, a alva cor de suas coxas, ventre, seios, em contraste com os ombros escuros pela ação do sol, os cabelos louros escorridos, curtos, porém, pesados pela falta de trato. Os olhos de um esverdeado, os lábios finos, os dentes com sinais de degastes, a pele sardenta e com pequenas erupções de espinhas e cravos. Com certeza a imagem a ser eternizada em minhas memórias por uma vida toda, conquanto que meus vinte e poucos anos ainda não retumbavam a sina do futuro, dos desatinos de minha vida, dos percalços e trilhas a serem passadas. Naquele crucial segundos de pura admiração, não imaginaria esse tempo presente.
                   Sentindo como uma pena ao vento, alegre, feliz, como a querer que nada existisse no Universo a fora, nenhum problema, nada, sorrindo e carinhosamente entrei embaixo das gotas do chuveiro abraçando-a, sendo abraçado. Nossas bocas encontraram-se novo e um beijo longo, amigo, de amor, foi trocado. Aos poucos entregamos aos carinhos, as ensaboadas, a um banho cúmplice. Por ora não existiu mais o Planeta Terra, as crises financeiras, as desigualdades sociais, a violência, outras pessoas, os filhos dela, a minha esposa.
                   Elza ficou comigo naquela noite numa entrega de todos os meses que conhecíamos e houvera o desejo entre nós, mesmo que por instinto da carne. Naquela noite além dos corpos, houve coração. Quando o dia dava sinais de que a vida teria que voltar ao normal, os primeiros clarões, os raios do sol, ela voltou a ser a vizinha, eu o vizinho e apenas o nosso momento ficará gravado na Alma do Mundo, eternizado.
(Imagens ilustrativas)
Foto 1 do Conto erotico: Uma Vizinha Numa Noite

Foto 2 do Conto erotico: Uma Vizinha Numa Noite

Foto 3 do Conto erotico: Uma Vizinha Numa Noite

Foto 4 do Conto erotico: Uma Vizinha Numa Noite

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Comentários


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benoliver Comentou em 26/10/2017

Obrigado, Chermengo, pelo comentário, oportuno e extremamente feliz mas observações. Esse trecho de "...por serem naturais, despidas de qualquer vaidade acintosa...(sic) é primordial.

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chermengo Comentou em 26/10/2017

Mais uma vez uma narrativa deliciosa e que nos reacendeu a paixão. As fotos ilustrativas nos fazem imaginar exatamente como era seu desejo pela vizinha, mais velha, e porque vc tinha essa admiração por ela. Mulheres como Elza não são apenas recatadas e fogosas ao mesmo tempo, mas por serem naturais, despidas de qualquer vaidade acintosa, proporcionam sempre momentos inesquecíveis a quem sabe dar prazer e despudora-las com o pudor característico das mulheres "de bem".

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gostorola Comentou em 20/10/2017

Nossa que ótimo conto... Retratando detalhes que fluem... Muito bom! Parabéns!

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roger88 Comentou em 20/10/2017

Muito bom conto




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Ficha do conto

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benoliver

Nome do conto:
Uma Vizinha Numa Noite

Codigo do conto:
107765

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
19/10/2017

Quant.de Votos:
11

Quant.de Fotos:
5