Vejo Gabriel parado na porta, com uma expressão de sono e de surpreso ao mesmo tempo. Eu fico imóvel, sem saber o que fazer.
Antes que alguém pudesse ter qualquer reação, antes que eu pudesse vestir o meu pijama, antes que Felipe pudesse guardar o seu pau dentro do short, Gabriel avançou em direção de Felipe e lhe meteu um soco na cara.
Felipe se desequilibrou e caiu arrastado na parede. Rapidamente Felipe retomou a postura e retribuiu o soco na cara de Gabriel.
- Perdeu o juízo, moleque? – Falou Felipe para Gabriel. – Tá querendo morrer?
Em passo acelerado, eu consegui colocar o meu pijama e intervir na briga.
- Vocês estão querendo acordar a casa toda? – Perguntei com ar de censura.
- Eu só queria usar o banheiro. – Falou Gabriel indiferente. – Se vocês me derem licença.
Eu e Felipe saímos do banheiro. Gabriel se levantou do chão, entrou no banheiro e trancou a porta. Felipe voltou para o quarto sem dar nenhuma palavra. Eu fui para a cozinha, beber um copo de água, eu continuava sentindo um pigarro estranho na minha garganta.
Enquanto eu bebia meu copo de água, comecei a ficar pensativo. Será que Gabriel iria falar alguma coisa pra alguém sobre o que ele tinha visto no banheiro? Bom, resolvi não esquentar minha cabeça com isso, eu estava muito cansado para ficar me preocupando com isso naquele momento.
Decidi voltar para a cama.
Passando pelo corredor, vi que a porta do banheiro ainda estava fechada, Gabriel ainda estava lá dentro. Passei perto da porta, escutei um barulho vindo lá de dentro. Encostei meu ouvido na porta e estranhei. Gabriel estava chorando. Fiquei meio mexido, será que que ele estava passando por alguma dificuldade? Talvez algum problema na família?
Resolvi não me intrometer e continuei o caminho até a minha cama. O dia já estava clareando, mas ainda daria para eu ter algumas horinhas de sono. Cai na cama, ainda em êxtase, Felipe estava li perto, já estava dormindo.
Fiquei observando ele. Eu não conseguia acreditar que aquele moleque sarado e gostoso tinha me fodido no banheiro. Poucos instantes depois adormeci também, nem vi Gabriel voltar para o quarto.
Acordei com Luís abrindo a persiana do quarto e a claridade do sol batendo na minha cara. Já era 11hrs da manhã, Felipe também estava acordando. Gabriel é que não estava no quarto.
- Cadê o Gabriel? – Perguntei.
- Quando eu acordei ele já não estava aqui. – Respondeu Luís. – Liguei preocupado para o celular dele, ele disse que tinha passado mal e que tinha resolvido ir pra casa. Ele podia ter me acordado que a gente via algum remédio pra ele ao invés de ir caminhando cedo pra cada. Exagerado ele, né?
- Muito exagerado. – Respondi.
- Ele deve ter menstruado e precisou ir pra casa. – Debochou Felipe.
Levantei-me do colchão, lavei meu rosto no banheiro, fiz minha higiene e troquei meu pijama. Em seguida fomos tomar um mini café da manhã. O cabelo de Felipe estava todo bagunçado e ele ficava ainda mais sexy daquele jeito. Ele estava agindo como se nada tivesse acontecido entre a gente.
Tomei um copo de leite e comi uma torrada com manteiga. Conversamos um pouco e daí resolvi ir para casa.
Chegando em casa, corri direto pro banheiro e me masturbei pensando no Felipe, ejaculei muito fantasiando altas coisas com ele.
O final de semana passou sem maiores eventos. Na segunda-feira acordei estourando de dor de cabeça e meio zonzo. Falei para a minha mãe que eu não queria ir à aula. Ela colocou a mão na minha testa de maneira maternal.
- Nossa, é claro que você não vai á aula, você tá fervendo, menino! Vai pra cama que eu vou tirar a sua temperatura. – Deitei na cama de forma infantil e fiquei esperando minha mãe vir com o termômetro. – Levanta o braço.
Eu obedeci. Um detalhe que merece ser mencionado, eu ficava igual criança quando eu adoecia. Ela enfiou o termômetro embaixo do meu braço e marcou cinco minutos no relógio.
- Não mexe o braço.
Passaram-se os cinco minutos e ela tirou o termômetro. 39º C, definitivamente era febre.
Passei o dia inteiro praticamente vendo TV e fazendo outras coisas sem importância, desde os desenhos animados de manhã, até o jornal a noite.
- Você tem que beber muito líquido e descansar, para poder se recuperar da gripe. – Dizia minha mãe.
Parecia que eu tinha pegado uma gripe bem violenta mesmo, nos dias subsequentes continuei em casa, faltando às aulas.
Era quarta-feira de tarde quando tocaram a campainha na porta lá de casa. Quem atendeu foi a Maria, nossa empregada, eu estava na sala vendo TV.
De repente vejo Gabriel na minha frente.
- O que você está fazendo aqui? – Eu perguntei. Gabriel parecia um pouco sem jeito.
- Eu estava preocupado. – Ele falou meio gaguejando.
- Preocupado? – Eu indaguei. Ele ficou nitidamente vermelho, uma graça. Rapidamente ele emendou:
- É, e também porque a Olivia me colocou para fazer trabalho com você, então eu tinha que vir aqui para resolver como que a gente vai fazer. – Ele falou tentando transparecer que estava ali por obrigação.
Olivia era nossa professora de história.
- A gente vai ter que fazer um trabalho sobre as grandes navegações. – Ele disse. A gente discutiu algumas coisas e finalmente combinamos que Gabriel voltaria na minha casa no dia seguinte.
Estou gostando desses contos, história envolvente e bem narrada... continue, por favor!
Pelo amor de Deus manda a parte 9 e 10 hoje por favor tô Loko pra saber o que vai acontecer
Pelo amor de Deus manda a parte 9 e 10 hoje por favor tô Loko pra saber o que vai acontecer
Li...todos...uma delicia de contos..parabens....