O dinheiro parte 17

Na manhã seguinte Alex está pronto pra ir embora, pra casa que pertencia a Zeca, era sábado dia em que ele não teria aula, e por enquanto não teria que trabalhar, até que a campainha toca, ele se apressa em abrir e era Henrique, junto com Júnior, ele olha um pouco sério pra Rick e dá um sorriso pro Júnior, Henrique se sente mau, parecia que Alex estava disposto a ignora-lo a qualquer custo, parecia que a indiferença seria por parte de Alex o eterno castigo pela aquela manhã em que Henrique chamou Alex de golpista, renomeada por ele como manhã maldita.
- Júnior que bom que você veio. (Alex o abraça afetuosamente)
- Como não vir hoje, afinal é o dia da sua mudança, vim te dar uma força com o pequeno Ivan
- Oi Henrique, bom dia (Alex lhe estende a mão para apertar)
- Bom dia Alex.
- Você veio onde meu primo, pode subir ele está lá no quarto.
- Não, eu vim por sua causa.
- Oxi guardou bem a carteira?
- Até quando, você vai me jogar na cara, isso
- Me dar licença, vou ver o Ivan e o Eduardo ( se retira o Júnior)
- Pra você é muito fácil, dizer que errou, você foi leviano
- Eu sei que fui, e você melhor do que ninguém sabe o quanto minha consciência me pune, mas sabe, eu acabei me apaixonado por você, eu te amo (diz Rick com lágrimas nos olhos)
- Eu também te Amo, apesar de no fundo do meu coração eu querer te odiar, é algo mais forte que eu, mas depois de tudo que aconteceu, parece que meu orgulho e minha dor são maiores que meu amor.
- Você está ferido, eu te entendo, eu deixei o orgulho me cegar, te perde pra mim mesmo.
- Eu até consigo te perdoar, mas não consigo esquecer.
Essa conversa poderia ser o início de uma reaproximação entre os dois, mas uma velha máxima que diz “Quem bate esquece, já quem apanha não” se fazia constante, foi Alex quem apanhou, teve sua dignidade colocada em xeque, e agora ainda tinha que lidar com a morte de Zeca. Em cima o pequeno Ivan ainda dormia, mas no quarto ao lado Dudu estava acordado e Júnior se aproximou pra cumprimenta-lo.
- Bom dia Dudu
- Bom dia Juninho
- Seus olhos estão inchados e vermelhos, você estava chorando?
- Não, é sono mesmo.
- Está triste porque o Alex vai embora?
- Um pouco, apesar de tudo, desde os 14 anos que a gente mora aqui, faz seis ano no total.
- Pensei que você ia ficar feliz, você sempre reclama que ele é isso ou que é aquilo.
- É a convivência, a gente implica um com outro, e somos diferentes, mais isso não quer dizer que eu não goste dele.
- Mas sempre que podia você falava mau dele..
- Era uma forma de me sentir superior, mas depois de tudo que ele passou, acho que eu é que sou fraco mesmo, mesmo ele destroçado por dentro ele está em pé, eu acho que se fosse eu no lugar dele ainda não tinha levantado depois de tantos baques.
- Mas eu estaria aqui com você, te daria a mão pra você levantar.
- Obrigado (os dois se abraçam sentados na cama).
- É vida que segue né
- Daqui um tempo também vou está morando em outro lugar.
- Mas porque?
- Essa casa é herança do nosso avô, e no testamento tem cláusula fixa que diz se um abrir mão de sua parte, o outro tem também que abrir mão da sua, ou seja a parte dele ele vai abrir em favor da irmã mais nova, então a minha vai automaticamente pra minha irmã também.
- Ele não vai fazer isso Dudu?
- Ele me ligou ontem a noite, e pediu pra eu falar com meu amigo advogado, ele vai abrir mão da metade dele em seu favor.
Saber disso foi uma surpresa para Eduardo, a generosidade de seu primo mesmo depois de tudo, Alex ainda pensou em seu primo, claro que Alex não queria ele mal, essa rivalidade entre os dois só existia de fato na cabeça de Eduardo, mas a consciência de Dudu pesava, foi duro reconhecer pra si mesmo Alex era um grande ser humano, o dia transcorreu normalmente, Alex fez a mudança, com a ajuda de Henrique e Júnior e também do seu primo, no finalzinho da tarde, quando Ivan brincava no chão com Rick e Júnior, Alex conversa com seu primo.
- primo, vou deixar minha metade pra você.
- Puxa, obrigado não sei nem o que dizer, mas mesmo assim, aquela casa vai ficar enorme sem você.
- Então, porque você não aluga a casa é vem viver aqui comigo e o Ivan?
- Não sei, tipo pelo menos lá é nosso
- Aqui também, vai por mim, o menino não vai precisar dessa casa.
- Se você quiser é só vim..
Era uma boa ideia viver da renda do aluguel, e Alex estava certo, Ivan era uma criança com um futuro bem garantido, afinal Zeca deixou um seguro de 2,5 milhões de dólares, ou seja seria rico e poderia comprar casa muito melhor, em todo caso, a justiça deixou a casa como patrimônio para Alex, uma vez que ele seria o pai e tutor dos bens da criança. Alex logo na segunda-feira pela manhã, foi na faculdade e cancelou seu curso de educação física e se matriculou em tecnologia da informação, ele decidiu levar o legado do Zeca pra frente, a tarde, na Redphone estava acontecendo uma nova reunião onde Alex era apresentado como o novo chefe do setor de T.I, isso pegou muitos dos diretores de surpresa, que se colocaram contra o nome de Alex, porém eles não tinham que gostar ou desgostar, quem mandava era Henrique e ponto.
- Sou diretora de logística senhor Henrique e não considero o nome do jovem adequado pra função.
- Senhor Henrique, eu também como diretor geral de RH concordo com a colega
- E nos os diretores de infraestrutura, desenvolvimento, segurança, e mercado, reforçamos as palavras dos colegas.
- Então podem deixar seus devidos cargos a disposição.
- Claro que não senhor, não concordamos mas respeitamos sua indicação.
- Posso falar agora Henrique?
- Claro pode sim Alex.
- Como minha primeira medida como chefe do T.I, vai ser o ponto por digital, nada mais de entregar os cartões pro colega que vir na frente bater seu ponto enquanto você acorda mais tarde, outra medida vai ser o uso do Redphone corporativo, o sistema vai ser interligados a partir de hoje pra funcionar apenas no uso da empresa, nada mais de usar pra ligar pra sogra, cunhado ou papagaio, outra medida é produtividade remunerada, quando o setor bate a meta todos do T.I ganham um bônus no salário, quem se dedicou muito ou quem nem se importou ganha o mesmo bônus, agora vai ser diferente, vou acompanhar de perto a produtividade de cada um, quem mais bater as metas é quem vai ganhar mais bônus no salário e como eu e Henrique já conversamos isso vale pra toda diretoria da empresa.
Essa mudanças pegaram todos de surpresa, ninguém esperava, o mais espantoso era que o sistema já começaria a operar dessa forma, Alex usou o tempo que pediu a Henrique pra corrigir erros, e trabalhar na estrutura do Linux afim de ter um sistema leve funcional e dinâmico, ele parecia ter um dom natural pra coisa, mas afinal Zeca foi seu professor e lhe ensinou todo, mas Alex aprendia rápido. Se passa dois meses, e a Redphone era líder de mercado em alguns estados brasileiros, principalmente no Nordeste onde a cobertura já era de 98%, e no norte que caminhava pro seus 90%, em São Paulo e no Rio de Janeiro a Redphone brigava pela liderança com as grandes Teles do Brasil, era uma ameaça ao domínio das operadoras espanhola, italiana e com a mexicana, com sua propaganda intitulada “Redphone do Brasil como os brasileiros” meio que virou um bordão com o público, e num domingo no hotel Nazaré em Belém Alex junto com Henrique lançavam o Redtv, que seria a TV a cabo por fibra óptica da Redphone, o diferencial era que além da fibra óptica também tinha satélites, os clientes teriam as duas coberturas, ou seja caso começasse a chover o cliente não ficaria sem TV por conta das nuvens tampar o satélite, o cabo óptico daria conta do recado, e caso um poste caísse o cliente não ficaria sem TV também, porque o satélite absorveria o sinal, era um produto inovador no mercado e rapidamente se tornou popular entre os consumidores, mas para Henrique uma surpresa se aproximava.
- Com licença senhor Henrique, tem alguém lá fora que deseja falar com você.
- Deixe entrar por favor
- Boa tarde maninho
- Finalmente você deu as cara né Erick.
- Pois é , quando nosso pai disse que você reergueu essa sucata, eu quis conferir o milagre, estou até na dúvida de como te chamar agora, você acha melhor São Henrique ou Santo Henrique.
- Isso aqui não é fruto de milagre meu irmão, é trabalho duro, eu sabia que você estava por aí nas sombras, só esperando pra dar o bote.
- Maninho que mau juízo você faz de mim.
- Mau juízo, você é uma cobra meu irmão, diz logo o que você quer e sai
- Eu quero dinheiro, 500 mil pra ser exato, e também quero ações aqui dessa sucataphone.
- Não vou te dar nenhum centavo, e se é sucata você não precisa de ações.
- ahh vá é mesmo, só um telefonema e meu advogado consegue uma liminar na justiça, me dando meus direitos, afinal a empresa é do nosso pai, da família pra ser mais exato.
- Pois meu querido, acontece que a empresa não pertence mais a nosso pai, eu reergue a empresa é com o capital eu comprei ela, vou traduzir pra você, ele não me deu nada me vendeu, consulte sua junta de advogados, você tem sim direito ao dinheiro, porém é sobre o dinheiro da venda, e adivinha com quem está esse dinheiro? Não pensa muito, está com nosso pai, boa sorte na justiça contra ele.
- Teve maracutai nesse negócio, como ele poderia te vender algo que por direito já te pertencia.
- Me pertenceria a pós a morte dele, eu assumir minha parte, ele me deu plenos poderes, como a empresa frutificou, fiz um empréstimo com o BNDS e adquirir a empresa, o negócio seguiu a risca a legislação brasileira e americana, você pode contestar isso claro, mas em todo caso, nosso pai te repassou duas empresas que você faliu e vendeu, vou querer minha parte.
- Você é mostro Henrique, me aguarde, não vou perder meu tempo com essa empresa porque é causa perdida, mas você vai se arrepender.
- Olha que milagre ele usou o cérebro, agora sai ou eu mando a segurança te colocar pra fora.
Erick era filho de relacionamento extra conjugal do pai de Henrique, era alguém sem limites e com maldade o suficiente pra causar percas e estragos, ele já vivia no Brasil a cerca de 5 Anos, mas gostava de curtir e gastar, e vendo que a Redphone cresceu ele quis tirar proveito, mas Henrique contendo o irmão tratou de fazer tudo direitinho inclusive a compra da empresa. Já era 5:00HS da tarde, o experiente na diretoria já havia terminado, Alex está do lado de fora esperando um uber segurando o pequeno Ivan no colo.
- Você quer uma carona Alex.
- Não obrigado, vou de Uber ou de ônibus.
- Você é muito orgulho, puxa me perdoa, acho que vou morrer e você nunca vai me perdoar.
- Acho que nunca mesmo.
Henrique entra no carro, e dá a ré, e sai da empresa, quando ele se encontrava no cruzamento parado esperando o sinal da a sua vez, algo de muito ruim aconteceu, e Alex observava a partida dele, foi quando veio um caminhão baú desgovernado que se chocou de vez com o carro de Henrique, lançando o carro e deixando parte dele destruído, de repente todos os momentos que Alex viveu junto com Henrique lhe vieram a mente, a primeira vez dos dois, as brincadeiras as trapalhadas, é quando Alex pisca e uma lágrima cai e ele grita.
- Henriqueeeeeeeeeeeeee.

..Continua...

OBSERVEJA ~~> Bem meus amigos, parece que esse Alex sofre mais que mocinha de novela mexicana, a história já caminha pro seu desenrolar, Alex e Henrique terão a oportunidade de se entender. Então vou deixa spoiler do que vem por aí.

O que vem por aí
*Não morra
*foi um atentado
*Porque meu primo
*a investigação
* O assassino de Zeca.



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Comentários


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adimy Comentou em 22/10/2018

Esta cada vez melhor .continue escrevendo . Forte abraço




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Ficha do conto

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timberlak

Nome do conto:
O dinheiro parte 17

Codigo do conto:
126887

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
19/10/2018

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