TESÃO NO ESCRITORIO !

Saí do escritório, após mais um dia de trabalho, muito cansado. O dia fora puxado. Tudo o que eu queria era tomar um banho, jantar e enfiar-me na cama.

Já no ponto, peguei o primeiro ônibus que passava, lotado como sempre. Cheguei em casa às oito da noite. Assim que entrei, notei algo diferente pelo ar. Senti um aroma de incenso de rosas perpassando por toda a sala de estar. Senti, igualmente, o cheiro de uma outra pessoa, velha conhecida minha. “Não é possível”, pensei. “Devo estar sonhando, ou imaginando coisas”. Fui para a cozinha, onde havia sinais de que alguém fizera café por ali. O café ainda estava bem quente dentro da garrafa térmica.

Atravessei a sala a toda pressa, indo até o meu quarto. Foi lá que tudo se tornou claro para mim. Uma mochila que me era familiar estava aberta em cima do colchão; alguns cosméticos e vidros de perfumes espalhados por sobre a cômoda, e o armário estava entreaberto. Vi algumas camisas e calças que não me pertenciam. Na sapateira, dois pares de sapatos e um de tênis meio gasto, estranhos à minha coleção. Afora uma caixa imensa contendo CD’s, DVD’s e livros, jogada a um canto, no chão.

Minha reação a isso – meu Deus, será que é ele? – o meu ex-namorado Milo em minha casa - foi de alegria completa. De alguma maneira, era prova de que Milo havia me perdoado pelas cagadas que andei fazendo com ele, pobrezinho – eu presumira. Estávamos separados há uns seis meses, depois de tanto sofrimento e decepção que lhe causei. Nem gosto de me lembrar. Andei num período de muita decadência, bebendo que nem gambá, e gastando todo o meu dinheiro com futilidades. Não podia mais pisar num shopping, que só ia comprar nas lojas mais caras. O meu salário de consultor financeiro numa multinacional já não comportava mais os meus rompantes. Me endividei até a tampa em todos os cartões de crédito que possuía; fiz empréstimos, um atrás do outro; me enrolei todo. Chegou a um ponto que não tinha o dinheiro da condução. E Milo agüentou a barra comigo durante dois anos inteiros. Além de ir me buscar bêbado pra cacete nos bares que eu freqüentava, ele me dava o seu suado dinheirinho, ganho honestamente como simples bancário, segurando praticamente a casa. Não podíamos contar com as nossas famílias, que nos rejeitaram por inteiro, assim que decidimos morar juntos, pra valer.

Isso prosseguiu até o dia em que, sem ele saber ou mesmo consentir, fiz uma jogada suja com o CPF dele. Eu estava desesperado pra pagar as minhas dívidas, pra obter mais dinheiro, mas não podia fazer grande coisa, pois o meu próprio CPF tinha ido para a restrição de crédito. A minha chefia na Multinacional me deu um prazo de um ano para resolver a situação, porque não pegava bem um consultor financeiro estar todo fodido na praça. A jogada com o CPF de Milo consistia, claro, num empréstimo altíssimo para o baixo salário dele como bancário. Mas eu havia falsificado o holerite dele, conseguindo o dinheiro com toda a minha lábia de consultor.

Vivemos muuito bem nos três primeiros meses, e Milo , espantado, me perguntava sempre qual era a origem daquela dinheirama toda. Eu mentia, dizendo que fora um prêmio de produtividade que ganhei. Até que, com o correr dos meses, não pude honrar o compromisso. Resultado: Milo passou a receber inúmeras cartas de cobrança da financeira, inclusive telefonemas, que o deixaram fora de si, quando descobriu o que eu havia feito. Na noite da nossa separação, quando cheguei em casa, ele estava com os olhos vermelhos de tanto chorar, sentado no sofá da sala, com as malas prontas para ir embora. Ao me ver, não disse nada, apenas voou no meu rosto, aplicando-me violento soco no olho esquerdo, pegou o que era dele e se mandou. Eu não revidei. Não tinha esse direito. Milo estava coberto de razão e nunca mais nos falamos, desde então.

Enquanto pensava neste triste passado, ouvi um barulho de chave na porta principal. Eu, que me encontrava sentado no sofá, acabando de sorver uma xícara daquele café da garrafa térmica, gelei da cabeça aos pés. Fiquei imóvel, com o coração na boca...

Seu jeitão de moleque travesso ainda era o mesmo, bonitão, loiro, com os cabelos espessos até quase à cintura; trajava-se com despretensiosa elegância nessa noite, camisa social, calça com vinco, mocassim; um perfume – que eu conhecia tão bem – Vetiver de Guerlain, o nosso preferido - rescendia do seu corpo ágil e atlético. Estava com um maço de rosas de todas as cores numa mão, uma garrafa de vinho na outra, e o molho de chaves na boca, ao virar-se para minha direção. Ele tomou um susto, aqueles lindos olhos azuis quase saltaram das órbitas, sua face corou ao ver-me. E surpreso, disse: “Ah, não pensei que já tivesse chegado... – começou – quero dizer, queria que fosse uma surpresinha!”. E colocou o maço de flores e o vinho na mesa para poder guardar melhor as chaves.

Eu não disse nada, não conseguia, pois estava tomado pela emoção. Senti os meus olhos umedecerem, eu ia chorar. Mas consegui abrir o mais lindo sorriso que pude para ele.

“Espero que você não se importe de eu ter voltado para cá. Meu pai me botou pra correr, de novo! E como eu tinha as chaves... “

Finalmente consegui dizer: “Tudo bem, Milo. Eu vi as suas coisas lá no quarto, e inclusive tomei o café que você preparou. Como você está, cara?”

Ele abaixou a cabeça, pondo as mãos nos bolsos, e iniciou o seu discurso: “Sabe, Tom, por mais cretino, por mais filho da puta que você tenha sido comigo, eu te amo. Eu te amo muito, mesmo com todos os teus defeitos, cara. Já se passaram seis meses, e eu não consegui me livrar de você um instante sequer. Você não saía dos meus pensamentos. Pensei em tanta coisa boa que a gente viveu juntos, o nosso sexo, os nossos passeios, as nossas risadas, os filmes que assistimos, as viagens que fizemos. O aconchego da nossa cama. O nosso dia-a-dia compartilhado, e tudo ia tão bem, até você começar a beber demais e se endividar, e depois me endividou também. Mas não agüentei mais ficar longe de você, e a gota d’água foi a briga recente com o meu pai. E eis-me aqui, de novo.”

Olhei para as flores e para a garrafa de vinho. “Pra que as flores e o vinho, Milo?”, e aí eu não me segurei, e chorando, corri para junto do seu peito, abraçando-o. No fundo, no fundo, eu tava morto de saudades dele. Do meu amor.

“As flores e o vinho são para celebrar o nosso retorno, querido. Vamos lutar juntos, vamos? A gente vai conseguir pagar tudo, olha, eu fui promovido a subgerente lá na agência. Estou ganhando um pouco mais. Tudo se resolverá, você vai ver.”

Mas eu não parava de chorar. Milo me acalentava em seu abraço apertado, me dava beijinhos pelo meu rosto molhado, me sacudia pra lá e pra cá, e eu rindo e chorando, feito um bobo alegre!

“Eu vou preparar a lasanha que deixei semi-pronta, e botar o vinho pra gelar um pouquinho, e arrumar as flores no seu bonito vaso chinês, Tom.”

“E eu acho que quero tomar um banho, meu amor!”

Depois de jantarmos, fomos para o quarto. Milo deu mais uma ajeitada nos seus pertences, e se preparou para deitar. Completamente pelado, como sempre, aliás, fazia, antes da nossa separação. Eu, que estava somente de roupão, tirei-o. E, deitados e nus, ficamos nos encarando por um longo tempo, sem nada dizer.

Inesperadamente, Milo se inclina sobre mim e prende com a sua boca deliciosa a pequena ponta do meu mamilo. E repousa uma das suas mãos nos meus cabelos, acariciando-os. Sacudi de tesão com o seu gesto carinhoso. Ele provocava o meu peitinho com a ponta da língua, com mordidinhas e chupões. O mamilo logo fica duro, e ele passa para o outro. Ser sugado nos meus mamilos me dá um puta tesão, eu adoro este tipo de carícia. E feita por alguém que a gente ama de verdade, não há nada que se compare!

Eu o observo. Os finos traços do rosto de Milo continuam serenos. Nem fazendo amor Milo perde a classe. Os seus belos olhos azuis são imensos agora, os lábios se movimentam com vontade e com volúpia nos bicos do meu peito. Dou um gritinho abafado, fico todo arrepiado, e ele sente o efeito devastador que exerce sobre mim. Passou a acariciar com muita leveza o meu pau, e como estava com saudades daquela mão na minha região íntima! Passo, a seguir, os braços em torno do seu lindo pescoço, e chupo-lhe agora os lábios. Milo os abre com sofreguidão, enfiando a sua língua com toda a força dentro da minha boca. O beijo de língua também era o nosso predileto. Às vezes chegávamos a gozar só nos beijando assim, e roçando os nossos corpos. Era tão bom.

Adivinho o prazer que Milo procura: apóio minhas mãos firmemente na sua grande bunda lisinha, e enfio a minha cara entre as bandas, descobrindo com a língua o caminho do orifício piscador do meu namorado. Vou lambendo, lambendo, e ele solta pelo seu ânus em fogo um sabor doce, suculento como uma fruta madura, recém colhida. De longe, ouço Milo falar palavrões e porras e caralhos, e ele agora tem espasmos anais bem dentro do meu rosto. Sei que ele está tendo um prazer imenso pelo cuzinho, só de eu meter a minha lingüinha atrevida lá. Mas ele quer mais, e eu também. Não estamos, em absoluto, saciados. A noite é uma criança!

O suor intenso escorria pelos nossos corpos em abundância, e o peso do cuzinho de Milo agora me sufoca um pouco. Me levanto, e ele se deita, ficando em posição de frango assado; esta é a posição em que Milo mais gosta de levar pica. Aliás, meu namorado querido só se satisfaz mesmo tomando vara de frango assado. Como deixar de comer uma criaturinha, assim, tão adorável?
Milo suspira profundamente, preparando-se para tomar no cu. Estende os braços ao longo do belo corpo, fecha os olhos, afastando para trás as pernocas compridas o máximo que pode. Lambuzo a sua ampola retal com o KY. Ele geme. E me diz: “Tom, amo você!”

Comecei colocando a cabeçorra do meu pau toda, de uma vez, no cu de Milo. Doeu, tadinho. Ele disse pra ir mais devagar. Mas como a cabeçorra já estava enterrada, completei com o resto, preenchendo-o de tal maneira que ele chorava baixinho. Iniciei, então, uma série de movimentos calmos de pequenas estocadas retas e depois, rebolando o meu cacete no buraquinho dele, e ia alternando isso, tal como tinha aprendido a técnica na nossa viagem a Amsterdan, em 2007. O emprego dessa técnica produziu os resultados que pretendia, pois logo Milo urrava de prazer, implorando que eu colocasse mais e mais o meu pênis dentro dele. Eu fiquei muitíssimo feliz, ao ver o quanto Milo se deliciava comigo, e gritava que me amava, e que a gente era feito mesmo um para o outro. E, bem dentro da minha mente, eu sabia que era verdade. Antes de Milo, todos os outros relacionamentos nada significaram para mim. Mas com ele, eu me completava inteiramente.

Em seguida, para minha própria surpresa, senti uma incrível onda de prazer invadir-me o corpo. Sem querer isto tão depressa, notei que se aproximava o momento do meu gozo, então enfiei a piroca nele o mais fundo que eu pude, me afogando nas águas do prazer ainda mais. Milo deu um murro na cama, de repente, se contorcendo todo, o que me forçou a abrir os olhos. Jatos e mais jatos fortes do seu leite fluíam alucinadamente por toda a nossa cama. Não deu um minuto, e eu me esbaldei num orgasmo de matar. Não me lembro de ter ejaculado tanto assim, nos meus 28 anos de vida!

Desengatamo-nos um do outro, sorridentes e exaustos. Meu namorado me abraçou tão ternamente, que pensei que fosse desmaiar de tanta luxúria. Nos beijamos demoradamente. Milo, então, pegou as taças e o vinho que trouxemos para o quarto, e as encheu, enquanto eu colocava no CD Player a nossa música especial, que sempre forneceu um pano de fundo a toda a nossa história de amor: a música chama-se THERE IS NO GREATER LOVE, interpretada pela excelente cantora que foi DINAH WASHINGTON (1924-1963). A letra resume, magistralmente, o meu romance com Milo:

Nao há amor maior
Do que o que eu sinto por voce.
Nenhuma cançao mais doce, nenhum coraçao tao verdadeiro;

Nao há emoçao maior
Do que a que voce traz pra mim;
Nenhuma cançao mais doce
Do que a que voce canta pra mim, canta pra mim.

Voce é a coisa mais doce
Que eu conheço...
E pensar que voce é totalmente meu!

Nao há amor maior
Em todo o mundo, é verdade!
Nenhum amor maior
Do que o que eu sinto por voce!

“Sabe, amor, o que é o melhor depois de uma separaçao?”, perguntou-me Milo, após tragar um gole voraz do vinho.
Sem me dar ao trabalho de pensar, disse logo que nao sabia.
“É a possibilidade de voltar, de fazer as pazes, de se perdoar mutuamente. É uma delícia. A gente poe uma pedra em cima do passado, e segue adiante. Formidável, nao acha?”, falou Milo, e nao conseguimos controlar uma gostosa gargalhada!


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Ficha do conto

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Nome do conto:
TESÃO NO ESCRITORIO !

Codigo do conto:
15384

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
26/01/2012

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