Dois homens sedentos
Representados no alento
Que forjam o tesão
Rompendo-o no tempo
Somos dois e somos um
Somos deidades em lugar imediato
Somos rimas, do não ritmado
Somos o fogo, da chuva negada
Somos o rio, de uma seca não questionada
Somos a essência, da impressão experimentada
Escorrendo como o sêmen
De uma entrega, por dois machos copulada
Cada toque, se dissolve em um porvir
Em um derradeiro, mas contudo, verdadeiro sentir
Os corpos são passes do prazer
E o amor é o querer, do não querer
Óh doce finito, que incorpora o estar
Óh doce real, que assenta o sonhar
Óh doce presença que inventa a crença
A crença de que você é tudo e nada, na perene loucura da existência violada
Perco-me achando a ti
Te penetro, aspirando seu gemido surgir
Encontro-te achando a mim
E assim gozo dentro de ti
Para perceber-me como um placebo em devir
Que se constrói-se ou se matura, ao invadir sua pele quente
Em uma enxurrada de leite, que salta do sexo imponente.
Assim anseio, por um fluir
Em um lógos atemporal de um signo a se constituir
A verdade é no real um momento
E o momento faz do nosso encontro, um lamento
Lamento este, que se abarca nas dores potentes da sensibilidade de um membro quente.
Tão logo, por fim eu entendo, que não tendo sua carne
Não sou nada, além de um mero alarde
Uma poesia com frases bem definitivas e poderosas... Por vezes ânsia por vezes luxúria... Votado!!!
amo poesia