(CENA SETE - CONVERSA COM FRANCILICE)... Brincamos o resto da manhã, mas sempre me vinha ao pensamento as loucuras que a sapeca maluquinha estava aprontando, queria conversar com Francilice sobre sua possível participação naquele jogo perigoso, mas todas vezes que iniciava alguma coisa acontecia e cortava o diálogo até que, num momento em que Lídia saiu para comprar refrigerantes resolvi abrir o jogo [- Quero muito conversar contigo, Francis - tomei um gole de vódica, Francilice ficou atenta - Tu sabes que tua filha está dando em cima de mim?]. Francilice abaixou a cabeça e ficou bebericando no copo em goles pequenos [- Isso é criancisse dela, Pedro - falou depois de alguns instantes - Coisa de menina, tu sabes né?]. Sim, sabia muito bem pois já havia passado por algo muito parecido quando ainda era casasdo, mas nunca com uma garotinha tão novinha quanto Lídia [- Sei... Mas ela diz que tu sabes e apoia - olhei fixo para ela]. Francilice continuou olhando para o chão, brincava com uma poça d'água [- É verdade? - instiguei]. Francilice sorriu silente e balançou a cabeça como se negando o que ouvira e deixei passar alguns instantes, queria ouví-la, queria e rogava para que ela não tivesse participação alguma naquela loucura, mas ela continuou calada e tive certeza de que Lídia não mentira [- Isso é loucura, filha... - retomei - Você sabe que isso é loucura...]. Francilice levantou a cabeça, retesou o corpo e me encarou [- Ela é mulher... Menina moça, mas é mulher... - sussurrou]. Fiquei espantado com a resposta, claro que sabia que era mulher, ou uma quase mulher, mas nmão passava de uma criança [- Tú és louca, garota... Não te endendo e não compreendo essa estranha relação de vocês duas - tomei o resto da bebida - Pôrra! Lídia não passa de uma criança!...]. Francilice balançou a cabeça e levantou e correu para a piscina. Fiquei observando-a nadar com braçadas fortes, pouco tempo depois Lídia chegou e correu para banhar-se com a mãe. Arrancou a roupa e chutou a bermuda branca, tirou a calcinha e atirou em minha direção batendo em meu rosto, Lídia deu um risinho maroto e jogou-se na água e ficaram brincando e banhando até perto das duas horas quando, já alegres pelas vódicas ingeridas, resolvemos deitar para um repouso merecido: a Francilice por causa da viajem, Lídia por estar estafada de tanto banhar-se e eu, bem na realidade não sentia cansaço algum, mas também entrei sem saber o que fazer, como agir dar fim aquela doideira [- Tu vai deitar comigo? - Lídia estava parada na porta do quarto]. Olhei para ela e não respondi, refugiei-me em meu quarto onde Francilice ja estava deitada. Tirei a cueca molhada, vestí outra e deitei [- Você está chateado comigo, amor? - Francilice virou-se e passou a perna sobre meu corpo]. Não estava verdadeiramente chateado, mas tudo aquilo estava me incomodando muito. Não respondí, apenas virei e fechei os olhos e ferrei o sono...
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