08/02/2003 – SÁBADO Desde o meio da tarde a galera se divertia na piscina, Clodoaldo era o único homem entre as cinco mulheres e Natalia, a caçula do dia, era quem mais algazarra fazia. Batista e Sonia, que a princípio se esmeraram em nada deixar faltar, estavam já cansados. – Bem que te falei que ia ser assim – Batista sentou ao lado da mulher – Melhor seria era mesmo se ter ido para algum lugar... – Deixa disso Tista... – empurrou brincando o marido – Aqui eles tem mais espaço e podem se albaldar de brincarem... – É! Mas ela ta fazendo dezesseis anos, lembra? – E o que tem? – levantou e puxou o marido pelo braço – Deixa de ser turrão, cara... Não tem esse negócio de dezesseis anos... Se Amanda queria reunir os amigos aqui então nada mais justo fazer o desejo dela... E voltaram à labuta, Sandra percebeu que o pai estava cada vez mais fechado e azedo. – Que o pai tem, mãe? – sussurrou ao ouvido da mãe. – Besteira dele minha filha, tu sabes como ele é! – Porra mãe? Nem no dia do aniversário da mana ele dá um tempo... – olhou brava para o pai – Será que ele não se manca? – Deixa disso filhinha... – beliscou a ponta do nariz da filha – Vai se divertir com tua turma e deixa o Batista comigo... – E tu não vai cair na piscina? – E quem vai servir vocês? – bateu na bunda da filha e a empurrou – Vai logo, menina! Sandra voltou, mas antes encostou no pai. Sonia imaginou o que eles conversavam e balan-çou a cabeça imaginando de onde aquela pirralha tinha tirado um gênio tão forte. – Puxa pai! Dá um tempo pra gente pelo menos hoje... Batista fuzilou Sonia com um olhar carrancudo. – O que tua mãe meteu na tua cabeça? – Nada! Deu pra perceber que o senhor está de mau humor... – abraçou carinhosamente o pai – Deixa a gente se divertir hoje... A Mandinha merece, não merece? Não ia adiantar de nada fazer-se de durão com ela, Sandra sempre arrumava um jeito de fazer as coisas de sua maneira. – Vai brincar, garota! – olhou para o grupinho que ria e espargia água por todos os lados – Coitado do Clodoaldo... No meio de tanta diabinha... Sandra riu. – É que ele não vai poder ficar, o tio Adroaldo marcou uns negócios com eles... – Puxa vida! – bateu na testa – Esqueci do Adroaldo! Sandra não entendeu. Batista correu para dentro de casa e telefonou pro amigo com quem havia combinado resolverem sobre uma obra que haviam empreitado. Voltou e avisou para So-nia o que havia acontecido. – Tu és mesmo um cara de pau, Batista! – não gostou nada da novidade – Cara! Hoje é o dia do aniversário de tua filha? – Mas não dá pra adiar amor... – choramingou tentando amolecer o coração da esposa – Se a gente perde essa obra vai ser a maior merda. Sonia sabia que seria em vão tentar demovê-lo do compromisso firmado. – Vai dizer isso pra tua filha... Mas ele não teve coragem de encarar Amanda. – Diz pra ela que tive um compromisso inadiável. Não esperou por resposta, apenas foi até a piscina, chamou o Clodoaldo e saíram juntos, Amanda estranhou, mas Sonia lhe falou o que tinha acontecido. – É melhor assim – falou sem dar muita bola para o fato – Pelo menos a gente fica livre desse chato. Que é isso minha filha – tentou acalmá-la – Teu pai tem que trabalhar para nós termos o que temos...
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