24/12/2002 – TERÇA-FEIRA - DIÁLOGO I – AMANDA CONVERSA COM SONIA ->Tinham passado o dia arrumando a casa para receber amigos, era tradição recebermos um mesmo grupo há mais de vinte anos. – Mãe... – Amanda entrou na biblioteca onde Sonia escolhia as músicas que escutariam à noite. – Hei filha, já terminaram? – continuou sentada no chão, nem olhou para trás – Agora só fal-ta teu pai voltar com o material do churrasco. – Posso falar um pouquinho contigo? Sonia estranho que lhe pedisse, não era dela esses preparativos antes de jogar pra fora o que vinha na cabeça. Parou e virou-se, estava ainda de baby-dol e Amanda vestia uma micro cami-seta que expunha a barriga bem torneada com curvas acentuadas nas ancas, seios miúdos bem feitos e em uma calcinha semi-transparente que não escondia a xoxota com poucos pelos e pe-quenos lábios cerrados. – Que foi Amanda? – ficou espiando a filha e deu-se a divagar sobre como era seu tempo – Aconteceu alguma coisa? Amanda continuava em pé, encostada à porta, olhando para a mãe não menos perfeita que e-la. Pela peça transparente o corpo ainda rijo, pelo alva e macia, seios fartos e sexo delicadamen-te depilado. – O tio vai vir? – respondeu por fim com a voz macia e baixa, quase um sussurro. Sonia já notara o interesse excessivo da caçula pelo amigo de juventude, mas imaginara – como ainda continua – ser apenas carinhos a quem adora como verdadeiro tio. Afinal de contas Nathanael sempre foi figura presente em suas vidas. – Sei não Mandinha... Teu pai ligou pra ele, porque? – Tava com saudades dele... – sem perceber acariciou o sexo sob a minúscula calcinha, Sonia percebeu. – Vem cá, filhinha, vamos conversar sobre isso... Amanda deu-se por conta do que fizera, mas já era tarde para retroceder. Quis sair dali, fugir de uma conversa que sabia não ser fácil. – Deixa pra lá mãe, depois a gente conversa... – Faz isso não, Amanda... Vamos conversar sobre teu tio... Não daria para fugir, teve certeza. – Tem nada não mãe, é só besteira de minha cabeça... A gente ainda tem muita coisa pra fa-zer, depois a gente fala, ta? – Aconteceu alguma coisa entre ele e você? – a dúvida infernal voltara a atazanar os juísos. – Não... Teve nada não, só bateu uma saudade grande dele... – Tá certo... Mas você queria falar comigo, não queria? – fez um pausa mais longa que de-veria, Amanda estranhou – Vamos conversar, sempre falamos de tudo e não vai ser agora que vai mudar, né mesmo? Amanda respirou fundo e sentou perto da mãe. Tentaria falar só o que não comprometesse muito nem ela e nem ele, se bem que na verdade não tinha havido nada, só sonhos de criança povoando a mente criativa, hormônios tomando conta da razão. – Tu namorou com ele? – olhou pra mãe – Antes de conhecer o papai, é claro. – Não! Era e é um grande amigo, quase um irmão que não tive – brincou com os cabelos da filha – Se bem que era um peixão... Amanda sorriu deliciada e pensou que ainda hoje era bonito, charmoso e desejado. – Teve um rala-bucho entre a gente, na época que éramos escoteiros... Nada de grandioso, só uns sarrinhos, beijos roubados e uns amassos... – riu recordando da primeira vez que teve coragem de ir além – Era um tarado! Comia tudo quanto é de boceta que pintava na frente, não deixava escapara nenhuma... – Ele e a senhora... – Quase... – não era verdade, tinham transado e ele tinha sido o primeiro, foi com ele que perdera a virgindade – Não! Ele foi meu primeiro homem – resolveu se abrir e contar o que ti-nha que ser contado – Sempre foi um homem maravilhoso, carinhoso e, quando se apaixonava, era como um vulcão explodisse dentro dele... – Quando foi?... – Foi em um acampamento escoteiro... – suspirou sentindo que a xoxota estava melada – A gente tinha ido pro Sítio do Físico para o acampamento grupal... – Vocês eram da mesma patrulha? – Não... Naquela época não havia tropa mista e só no grupo é que tinha tropa feminina – puxou a filha para si, Amanda sentiu o batucar intenso do coração da mãe – Eu ia fazer minha passagem de escoteira para guia e ele foi indicado para me auxiliar nas tarefas necessárias – fechou os olhos e reviveu aquela manhã de quinta feira – Tinham mais duas escoteiras que também fariam a passagem: Antonia Amélia, que era de minha tropa e Rita de Cássia da XVIIª uma negrinha inteligente e meiga que tinha vindo de um grupo de Pinheiro, a Rita era cario-ca... – Foi lá mesmo no mato? – Foi... Lembro como se fosse hoje – sorriu silenciosa – Eu tinha ido buscar água e ele esta-va tomando banho... – Nu? – Não menina maluca!... – riram as duas – naquele tempo as coisas eram mais recatadas e no movimento a gente respeitava muito uns aos outros. Ele levou um susto, acho que estava ba-tendo uma punheta, sei lá? Só sei que vi, pelo calção dele, que o cacete estava no ponto de ba-la – risinhos nervosos – Ainda tentei voltar, mas ele me segurou pela mão... Minhas pernas es-tavam bambas, estava muito nervosa... – Foi ali mesmo? – Não... Ele me puxou e me ajudou a puxar água do poço e, acho que sem querer, se encos-tou em mim – deu um longo suspiro – Pensei que ia desmaiar de tanto prazer que senti quando ele se apertou em minha costa, em minha bunda – acariciou os seios e sentiu-os endurecidos com o biquinho espetando a camisola – Me joguei pra ele e pressionei mais ainda, e ele gemeu baixinho... Ficamos coladinhos por um tempão, até que me deu uma doida e me virei e beijei ele. Foi um beijo de lascar, parecia que ele queria devorar minha língua e eu, morta de desejo, na flor da idade, comecei a acariciar suas costas nuas e ele meteu a mão em minha bermuda e ficou passando a mão em minha bunda... Foi divino, acho que gozei umas dez vezes naquele momento... – E aí você foram logo pra brincadeira, não foi? Amanda estava toda melada só de pensar de como as coisas aconteciam com todas, menos com ela. – Não... Ele parou e tirou a mão de dentro de minha bermuda, mas ficou abraçado a mim por muito tempo... Depois pegou os baldes, eram dois, e me ajudou a levar pro campo de pa-trulha e eu o segui ainda com as pernas bambas. Suspirou profundo e se levantou, Amanda ficou esperando que ela terminasse. – De noite eu fiquei com a terceira ronda – sentou na banqueta de madeira – Meu horário era de meia noite até uma e meia da madrugada. Passei o resto do dia meio de zonza, sem conseguir entender direito tudo aquilo. Por volta das doze e meia, quando passava pelo campo da patrulha dele, o vi acocorado defronte da fogueira... Acho que estava tomando café, não lembro bem o que era. E eu fiquei parada olhando e sentindo que ficava, cada vez mais, doidinha para estar com ele novamente e ele olhou por sob os ombros e me viu parada. Deu um sorriso lindo, levantou e veio até mim... Estava ofegante e minhas pernas tremiam... Nos abraçamos e voltamos a nos beijar e eu me colei nele e senti o cacete duro pressionando minhas pernas, foi divino – suspirou e acendeu um cigarro – Aí a gente foi pra escadaria e conversamos muito sobre aquilo que estava acontecendo, ficamos quase uma hora até que voltei para minha patrulha e acordei uma outra escoteira que iría revezar comigo e voltei para lá decidida a me entregar pra ele, era o homem que, tinha certeza, seria muito importante em minha vida e rolou tudo... – deu um longo suspiro soluçante – E foi assim que iniciei minha vida sexual: com o homem mais maravilhoso que pode haver... – E tu já namorava com o papai? – Não? Nem conhecia ele ainda... – E depois, vocês ficaram juntos? – Não e... Sim! – Como assim não e sim? – Não porque não nos tornamos namorados, e sim porque ainda hoje estamos juntos... – E depois dessa noite, rolou outras vezes? – Claro... Foi divino, maravilhoso demais para ficar só em uma primeira vez... – E... – parou envergonhada. – E? – E... E... E continua? – Não! – olhou para a filha, passou a mão em seus rosto – Claro que não... Aconteceram ou-tras vezes lá em casa, na casa dos pais dele, em passeios e viagens que fizemos juntos, mas de-pois que conheci teu pai resolvemos que não daria certo e ficamos grandes amigos até hoje. – Mas vocês tiveram cuidado para a senhora não engravidar, não foi... – No princípio não, mas alguns meses depois, quando minha menstruação atrasou, a gente passou a só transar com camisinha... – E se tu tivesses engravidado? – A gente conversou sobre isso e decidimos que, caso acontecesse, a gente ia casar. – E o vovô nunca soube que vocês transavam? – Acho que não, mas a mamãe soube algum tempo depois... – E deu o maior galho, não deu? – A princípio sim... Ela ficou indignada e me tirou do movimento, mas aos poucos sabendo quem era ele e que ele era um cara legal, foi se acostumando e parou de encher... Ele nunca escondeu de meus pais o que sentia por mim, papai iria adorar tê-lo como genro, mas as coi-sas não acontecem como a gente planeja... – E nesse tempo tu namorava com outro? Ou era só ele? – Não! No princípio era só ele, mas com o passar do tempo tive minhas paquerinhas, namo-radinhos de final de semana... Ele também tinha lá suas garotas... – Porra mãe! Isso é sacanagem do tio... Ele bem que poderia ter casado contigo... Vocês formariam um par perfeito. Sonia sorriu. – E você não estaria aqui! – beliscou a ponta do peito da filha – Linda, gostosa e maravilhosa bisbilhotando a vida da mamãe, né mesmo? – É... – respondeu pensativa – Mas que vocês formam um par perfeito, isso formam. Fez menção que iría se levantar. – E você? – Amanda parou e olhou para a mãe, sem entender a pergunta. – O que você queria falar sobre teu tio? – Deixa pra outra hora, agora a gente tem que correr pra terminar as coisas antes que o papai chegue... Saiu. Sonia continuou sentada, fumando, pensando nas coisas gostosas que tinha vivido com o Nathan.
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