Era sexta feira e Guilherme não perdeu tempo assim que chegou no trabalho ja abriu a escala para verificar se ja haviam feito as mudanças e sim nos três Ítalo, Guilherme e eu estávamos de folga sabado.
_ Samuel, não tem desculpa, você VAI nessa festa! Sem duvidas será um arraso!
A fama das festas da Engenharia já era lendária: música alta, luzes estonteantes, corpos suados e um ambiente onde tudo parecia ser possível. Não era só uma festa. Era um território livre, onde as regras desapareciam e o desejo falava mais alto.
Caprichei no visual. Camisa justa de botões, estrategicamente abertos até o meio do peito, um jeans que moldava bem minhas pernas e um perfume amadeirado que sempre arrancava elogios. Guilherme apareceu minutos depois, radiante como sempre, com aquele olhar travesso que dizia que a noite seria inesquecível. Ítalo e Bruna, o casal que parecia saído de um comercial de perfume, nos encontraram no portão. Bruna, com um vestido curto e provocante, lançou um sorriso matador. Ítalo segurava a cintura dela com a segurança de quem sabia exatamente o que queria.
Assim que passamos pela entrada, fomos engolidos por um turbilhão de luzes e sons. A batida da música era quase visceral, como um segundo coração. Gui desapareceu em segundos, arrastado pela energia da pista. Ítalo e Bruna ficaram comigo no bar, mas era impossível ignorar os olhares que já começavam a se direcionar para mim.
Depois de um ou dois drinks, um deles uma criação colorida e doce sugerida por Bruna, senti o calor do álcool me libertar. Quando percebi, estava na pista de dança, cercado por corpos que se moviam em perfeita harmonia com a música. As luzes piscavam em vermelho e azul, tornando tudo mais intenso. Foi quando me aproximei mais da multidão que senti mãos me tocando suavemente pelo braço. Eram dois rapazes, um loiro de olhos claros e um moreno de sorriso atrevido. Eles se apresentaram, mas o som era tão alto que mal ouvi os nomes. Antes que pudesse responder, um deles puxou minha mão e me guiou para o centro da pista.
Ali, a dança ganhou outro ritmo. Os movimentos deles eram decididos, cheios de intenção. Um deles, o loiro, aproximou-se pelas minhas costas, colando o corpo no meu de forma que não restava espaço entre nós e pude sentir um volume me cutucando por trás. O outro, o moreno, ficou na minha frente, dançando de forma provocante, rebolando e lançando olhares que pareciam me despir e não pude deixar de notar que entre suas pernas tambem um volume nada sutil. Senti a mão do loiro deslizar pelo meu quadril, enquanto o moreno segurava minha cintura, guiando meus movimentos como se soubesse exatamente o que estava fazendo.
O calor entre nós parecia crescer, mesmo com a multidão ao redor. Os toques eram leves, mas precisos, sempre buscando explorar os limites entre o sensual e o ousado. A música trocou para algo mais intenso, quase tribal, e a dança acompanhou. Senti o corpo do loiro pressionar ainda mais contra o meu, enquanto o moreno se aproximava perigosamente, nossos rostos a centímetros de distância.
Olhei ao redor, tentando encontrar Guilherme. Não foi difícil. Ele estava mais ao lado da pista, encostado em uma das paredes, aos beijos com um rapaz alto e de barba cerrada. O beijo deles era intenso, quase como se o mundo ao redor tivesse deixado de existir. Ítalo e Bruna estavam mais afastados, ela rebolando com o vestido que subia a cada movimento, enquanto ele a segurava como se quisesse protegê-la daquele caos libertador.
A festa tinha uma atmosfera quase mágica, carregada de desejo, ousadia e liberdade. De repente, um dos rapazes segurou meu rosto, me puxando para mais perto. Não resisti. A proximidade, o calor e a química eram inevitáveis e acabou rolando um beijo triplo. A música pulsava, as luzes piscavam, e eu sentia que a noite acabava de começar, nossas línguas se degladiando as quatro mãos ousadas percorrendo meu corpo eu estava em êxtase.
Continua…
Autor: Mrpr2