Algumas pessoas aprendem com seus erros. Outras só aprendem quando caem de um penhasco.
Fernando me traiu com Arthur. Com meu próprio irmão. Ele me fez de idiota, então, resolvi retribuir o favor.
Me chamo Baltazar e este é mais um capitulo da minha vida que venho compartilhar com vocês e antes de mais nada só peço que não me julguem.
Quando o flagrei na cama com Arthur, meu próprio irmão, algo dentro de mim se quebrou. Não foi apenas a dor da traição, foi o desmoronar de tudo o que eu acreditava. E o pior: Fernando nem sequer teve o que se pode chamar de arrependimento genuíno. Ele tentou se explicar, usou desculpas patéticas, e, quando viu que não funcionariam, simplesmente seguiu sua vida, como se nada tivesse acontecido. Mas o destino é paciente. E eu também.
Foi então que conheci Daniel, o novo namorado do meu irmão Arthur. Diferente de Fernando, ele era íntegro, seguro de si. Seu sorriso era cativante, seu olhar a seu olhar. Daniel era bom demais para aquela cobra traiçoeira que era meu irmão, então matei dois coelhos com uma cajadada só me vinguei de meu irmão e livrei aquele pobre e ingenuo homenzarrão das garras de Arthur e trouxe para as minhas.
O jeito como Daniel me tocava... era diferente. Intenso mas carinhoso. Daniel beijava, chupava e mordia suavemente meu corpo. Me penetrava com meu membro duro, jogava seu peso sobre mim, mordia meus ombros, minha orelha nossa que tesão. Daniel me colocava de frango assado apoiando minhas pernas em seus ombros e metia tudo, forte, intenso, rapido, o calor do seu corpo, o suor que escorria, os gemidos... Tudo estava perfeito ou quase.
Com Daniel, aprendi a confiar novamente. Mas isso não significava que eu havia esquecido. Não. A traição de Fernando ainda queimava dentro de mim. E eu queria que ele sentisse a mesma dor.
Fernando nunca engatou nada com Arthur. No fim, ele ficou sozinho
Quando Fernando descobriu que eu estava com Daniel, vi o fogo da frustração em seus olhos. O desejo de me ter de volta não era sobre amor. Era sobre posse. Sobre ego. Ele me queria novamente não porque me amava, mas porque odiava ter perdido.
Fingindo arrependimento, tentou rastejar de volta para mim, mas,
Então decidi que era hora do meu acerto de contas.
Fernando sempre foi movido pela vaidade. Ele precisava sentir que tinha controle sobre as situações. Eu sabia que, se jogasse minhas cartas com inteligência, poderia arrastá-lo exatamente para onde eu queria.
A oportunidade veio em uma festa na cidade vizinha. Daniel e eu marcamos presença, e Fernando, como um fantasma do passado, também estava lá. Ele nos observava de longe, bebendo, fingindo indiferença. Mas seus olhos traíam sua máscara.
Daniel sedutor por natureza, sabia que eu precisava daquilo e aceitou entrar no jogo. Com um simples toque no meu rosto, um sussurro ao pé do ouvido, ele fazia questão de demonstrar a Fernando o que ele havia perdido. Vi o maxilar de Fernando travar, as mãos apertando o copo com força. A raiva dele era palpável.
Quando Fernando tentou se reaproximar, hesitei. Não porque tinha dúvidas, mas porque queria que parecesse real. Fiz um jogo de resistência, um teatro convincente. Ele insistiu, demonstrou arrependimento, disse que ainda me amava. Eu sabia que era mentira, mas deixei que ele acreditasse que estava me conquistando de novo.
_ Sabe, Fernando...
Murmurei, fingindo um tom melancólico.
_ Às vezes, penso no que tivemos.
Ele ergueu a sobrancelha, intrigado.
_ Pensa?
_ Sim. Mas não pelo que foi bom... e sim pelo que poderia ter sido.
A isca estava lançada. Fernando mordeu.
A partir dali, joguei com a mente dele. Pequenos toques, sorrisos enigmáticos, frases com duplo sentido. Daniel, ciente de tudo, entrou no jogo também. Aos poucos, fizemos Fernando acreditar que havia uma chance. Que, talvez, ainda existisse um resquício do que um dia tivemos.
Ele se agarrou a essa ilusão com unhas e dentes.
Depois de semanas de provocações, de encontros "casuais" orquestrados com precisão, Fernando finalmente caiu na armadilha. Uma noite, depois de algumas doses a mais, ele me chamou para conversar em particular. Estávamos no estacionamento de um bar, a lua iluminando o rosto dele com um brilho prateado.
_ Baltazar... eu fui um idiota. Eu nunca deveria ter te traído.
Cruzei os braços, arqueando a sobrancelha.
_ Ah, não?
_ Eu sei que não tenho direito de pedir nada, mas... se ainda houver um jeito...
Eu o encarei por um longo tempo, deixando o silêncio pesar. Depois, sorri.
_ Talvez haja...
A esperança brilhou nos olhos dele.
_ Mas eu preciso ter certeza de que você mudou.
Fernando assentiu freneticamente.
_ O que for preciso.
E foi assim que aos poucos, voltei para sua vida. E, assim que estive perto o suficiente, comecei a destruí-la.
Fernando sempre gostou de se exibir. Uma noite, depois de algumas doses de uísque, ele começou a se gabar do trabalho. Da influência que tinha. E das falcatruas que presenciava.
A conversa fluiu naturalmente. Com um olhar compreensivo, fingi ser o namorado leal e preocupado.
_ Nossa, Fernando, isso é muito grave... Pena que não tem como provar, né?
Ele riu, balançando a cabeça.
_Tem sim. Eu vi os documentos, tanto os originais quanto os adulterados. Tirei fotos de tudo, mas estou esperando. Me prometeram uma promoção no final do ano. Além de quase dobrar o salário, o trabalho é bem mais tranquilo. Enquanto eu estiver me dando bem, fico quieto. Qualquer coisa, meto a empresa no pau.
Idiota. Fala mais, fala tudo. Pensei eu.
O celular, discretamente posicionado na mesa, gravava cada palavra.
Na mesma semana, instalei um aplicativo espião no celular dele. Tudo o que passava por aquele aparelho agora passava por mim também. E foi assim que consegui acesso às fotos dos documentos fraudados.
_ Vai mesmo seguir a diante?
Me pergunta Daniel.
_ E porque não? Depois de tudo o que ele me fez e pelo o que estou passando tendo que suporta lo perto de mim de novo.
Daniel me abraçou e me beijou.
_ Não suporto saber que você e ele... Vocês juntos.
_ Eu sei e sei que você não merece, mas...
_ Você não vai conseguir viver em paz se não fizer isso, não é?
_ Não, não vou. Então que tal esquecer de tudo isso e me fuder bem gostoso como só você sabe fazer?
Daniel sorriu, me beijou e me penetrou sentado na cama eu sentado por cima dele cavalgava em seu pau em riste enquanto o beijava.
Juntei o material que consegui no celular de Fernando e fiz um dossiê detalhado. Em seguida, enviei para todos os órgãos reguladores possíveis: Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público e só para garantir e dar uma acelerada na ação dos órgãos publicos, enviei para a imprensa também. Nenhuma empresa sobrevive a uma devassa assim.
O escândalo explodiu. A empresa foi fechada, os donos processados, e Fernando ficou sem emprego. Mas eu queria mais.
Enviei a gravação para os donos da empresa, mostrando que Fernando tinha provas e planejava usá-las para chantageá-los.
O silêncio da madrugada era cortado pelo som dos sapatos de couro de Fernando ecoando no chão de pedra. A luz fraca dos postes projetava sua sombra longa e imponente na parede de um beco estreito.
Fernando merecia cada pedaço da dor que estava prestes a sentir.
Desde que descobri a traição de Fernando com meu próprio irmão, Arthur, eu não conhecia paz. O gosto amargo da humilhação queimava em minha garganta toda vez que lembrava da cena, os dois entrelaçados na cama. Mas agora, as regras tinham mudado.
Ao passar por um homem que o esperava ao lado de um carro preto estacionado na escuridão. O brilho predatório nos olhos do outro dentro do carro mostrava que ele estava ansioso para o ato final da vingança.
Ele está vindo, sussurrou o que estava fora do carro, apontando para a figura solitária de Fernando dobrando a esquina.
Fernando caminhava distraído, afundado em seus próprios pensamentos, até que notou a silhueta de um homem sob a luz fria do poste. Ele parou, hesitante.
_ Quem é você...? Olha não tenho nada, não ando com dinheiro e meu celular... Você não vai querer essa velharia.
Sua voz estava carregada de medo e surpresa.
_ Não queremos seu dinheiro, apenas te ensinar uma lição.
Antes que Fernando pudesse reagir, o homem musculoso e enorme segurou seu braço firmemente. Não foi agressivo, mas o suficiente para que ele sentisse que não havia saída. Um arrepio subiu por sua espinha.
_ O que vocês querem?
Fernando perguntou, a voz incerta.
_ Cala a boca e entra.
Fernando abriu a boca para protestar, mas o grandão o empurrou brutamente em direção ao carro.
_ Entre, Fernando. Vamos dar uma voltinha.
Assim que a porta se fechou, o que estava ao volante deu partida, dirigindo sem pressa pela cidade adormecida.
O silêncio dentro do carro era denso como fumaça. Fernando se remexia no banco, desconfortável.
_ O que é isso? Um sequestro?
Tentou brincar, mas sua voz vacilou.
_ Apenas um acerto de contas.
O carro parou diante de um antigo hotel abandonado na periferia. A lua cheia iluminava as janelas quebradas e os grafites desbotados nas paredes. O lugar exalava um ar de abandono, de histórias esquecidas perfeito para o desfecho daquela noite.
Fernando engoliu em seco
O dono da empresa era um homem poderoso. E muito, muito vingativo.
Poucos dias depois que receu meus emails mandou os dois homens conversarem com Fernando que apareceu com marcas de espancamento. Disse que havia sido assaltado. Mas eu sabia a verdade. Eu estava o seguindo na noite e vi tudo.
O próximo golpe veio quando descobri algo inesperado: Fernando não era assumido para a família. Sua mãe, que morava em outro estado, acreditava que ele era um solteiro ocupado demais para namorar.
Que conveniente, pensei eu.
Revirei os arquivos do celular dele e encontrei algo ainda pior. Vídeos. Muitos vídeos.
Fernando gostava de se filmar transando. Mas Arthur não foi o único. Descobri que, enquanto eu me entregava de corpo e alma, ele colecionava casos. Fernando tinha um histórico de traições que ia muito além do que eu imaginava. E agora, eu tinha as provas.
Peguei os vídeos mais explícitos e os postei em um site pornô. Mas não parei por aí. Com um e-mail anônimo, enviei os links para a família dele.
A reação foi rápida. Sua mãe, chocada, entrou em contato com ele furiosa. Ele me contou, sem suspeitar de nada, dizendo que alguém tinha invadido seu celular.
_ Meu Deus, Baltazar, o que eu faço?
Eu abracei, beijei sua testa e sussurrei:
_ Vai passar, amor. Tenho certeza que um dia sua família vai te aceitar, afinal você não fez nada de errado, não é?
Com Fernando emocionalmente destroçado, aproveitei o momento para dar o golpe final.
A polícia estava investigando a empresa. E, claro, Fernando foi implicado no esquema. Eu me certifiquei de que as provas apontassem para ele como um dos responsáveis diretos.
O julgamento foi rápido. Com a empresa destruída, os donos fizeram acordos de delação para reduzir suas penas. Fernando, o elo mais fraco e mais pobre, acabou sendo um dos que pagaram o preço.
E eu estava la no dia em que ele foi preso.
Fernando me olhou com os olhos arregalados de desespero, lagrimejando
_ Baltazar... Meu amor, por favor... Me ajuda.
Sorri, me inclinando levemente.
_ Ja ajudei meu...Amor. Você me traiu, Fernando. Achou que ia sair impune? Agora você vai aprender a como se deve respeitar as pessoas, porque na cadeia traidores não tem perdão.
Ele ficou em silêncio. Pela primeira vez, parecia entender a gravidade do que tinha feito.
_ Você... fez isso?
Ele começou a chorar. Dei um passo para trás, observei por um instante enquanto os policiais o levavam, então, simplesmente fui embora.
Traição é uma faca de lâmina dupla.
E Fernando finalmente sentiu o corte. Agora me sentindo vingado finalmente posso seguir adiante com Daniel, mas ele que ande na linha por que se não...
Autor: Mrpr2