Ensina me - 16

16
_ Então seu filho sabe…?
Ronaldo virou o rosto para mim, o olhar carregado de um mistério que me fez tremer. A tensão entre nós era como eletricidade bruta, pulsante. Meu corpo vibrava, esperando. Querendo saber a resposta. Eu sabia que aquilo ainda estava longe de acabar.
_ Sim, Samuel. Ele descobriu meu segredo. O garoto me seguiu na saída de uma escola onde eu trabalhava a noite ele queria dinheiro para sair no final de semana e a mãe tinha recusado a dar. Ele veio falar comigo, mas quando viu que eu parei o carro e uma mulher entrou ele ficou ainda mais desconfiado e quando me viu beijar a mulher enfurecido nos seguiu. Eu não percebi que estava sendo seguido estava ocupado dividindo a atenção com o transito em minha frente e o boquete que estava recebendo. Parei o carro em uma rua arborizada em um lugar onde a luz do poste tinha sido quebrada a penumbra nos camuflava. A mulher ja cavalgava em meu cacete quando meu filho bate em meu vidro assustando nos dois. A mulher achando que era um assalto e eu tentando entender como meu filho me descobriu ali.
Nem preciso dizer que nossa relação ficou bem conturbada e não melhorou quando ele me “denunciou” para a mãe e ela disse que já sabia. Com tudo descoberto decidimos de fato nos separar. Apesar de perder a convivência diária com meu filho, para mim estar em um ambiente só meu era bem mais confortável.
Tentei me reconciliar com meu filho, o que foi um pouco difícil no começo, mas facilitou quando ele descobriu que sua mãe estava de caso com um rapaz da idade dele. Parece que a falta de desejo dela era mais pessoal comigo, enfim.
Meu filho passou a frequentar mais meu apartamento o que para mim foi uma alegria, mas ele na adolescência estava cada dia mais rebelde, andando com más companhias e até desconfiamos de estar usando ilícitos.
_ Nossa que barra professor.
Disse eu acariciando os cabelos grisalhos e a nuca do professor. Que desabotoou mais um botão de sua camisa deixando seu peitoral mais amostra elevando a minha temperatura mesmo com o ar do carro ligado.
_ Você nem imagina… quando a mãe o repreendia ele vinha para meu apartamento, se eu dissesse algo que não o agradasse, ele ia para a casa dos avós que não aturava suas malcriações por muito tempo e ele voltava para a mãe.
_ Nem consigo imaginar como foi para você superar tudo isso, apesar que a minha vida não tem sido um jardim de flores. Hoje estou melhor tentando me equilibrar entre trabalho, faculdade afazeres domésticos e contas, mas eu fui expulso de casa e se não fosse o apoio do Guilherme eu nem sei.
_ Eu entendo, como eu disse nasci em uma época mais rígida e tenho certeza que se meus pais tivessem descoberto também tinham me expulsado de casa ou até pior. Felizmente minha irmã me apoia ou melhor não me condena.
_ Ela me pareceu bem elegante, mente aberta.
_ Elegante eu concordo, mente aberta… digamos que ela tenta.
Rimos, então, sem que eu pudesse ter qualquer reação meu professor me beijou. Nossos lábios se tocaram, de início eu não tive reação e talvez isso soou como um sinal verde para Ronaldo que intensificou o beijo invadindo minha boca com a língua. Saindo do susto bom inicial, correspondi aquele beijo mais que esperado. Senti quando meu professor liberou meu cinto de segurança o que me proporcionou maior liberdade para que eu pudesse abraçar e finalmente sentir aqueles músculos.
.O clima na mesa estava tenso, e o sorriso do pai de Marcos não era mais apenas irônico, mas sarcástico, como se ele tivesse finalmente encontrado algo que poderia apertar, uma fraqueza do filho que se escondia à vista de todos.
_ Acelerar o casamento, hein? Parece que tem algo mais por trás disso.
Disse o velho, o tom cheio de deboches. Marcos não ousou levantar os olhos. O olhar do pai estava como uma faca, cortando a máscara de normalidade que ele tentava manter.
_ Sempre achei que você fosse mais... cauteloso, meu filho. Mas me enganei, não é? Agora, que seja! Todo homem precisa de uma mulher que o ancore, certo?
O pai lançou um olhar enviesado para Carol, que sorriu, sentindo o jogo de poder no ar.
_ Meu bem para com isso, estamos tentando ter um jantar civilizado.
Disse a mãe de Marcos.
Carol, tentando manter a compostura, arrumou a posição na cadeira. Ela sabia onde a conversa estava indo, e estava determinada a não perder a oportunidade. Sua mão deslizou, quase casualmente, por baixo da mesa, tocando a coxa de Marcos, deslizando lentamente para dentro, um toque firme, mas sensual, que deveria confortá-lo. Mas Marcos não estava confortável. Ele sentiu o calor de sua mão, o aperto que a acompanhava, mas a resposta que ele deu foi brusca. Empurrou a mão dela para longe com um gesto abrupto, o corpo tenso, as palavras presas na garganta.
O pai, observando tudo, se inclinou para frente, as palavras saindo de sua boca como veneno.
_ Claro que você precisa de uma mulher. Todo homem precisa. Mas não sei... sempre me pareceu que você preferia... outros tipos de companhia. E olha, não sou nenhum ingênuo. Sei como essas coisas funcionam. O que você precisa é... dessa âncora, daquelas que te fazem "normal" novamente. E Carol... bem, ela é perfeita para o papel.
O velho deu uma risada baixa e debochada.
_ "Normal"? Não intendi sogro, não vejo nada de anormal no meu noivo.
_ Não ligue para isso minha filha é o jeito do Edmundo falar. Não é meu bem?
Carol, tentando aliviar a tensão, deu uma risadinha nervosa e olhou para Marcos, mas ele já estava completamente desconfortável, as mãos trêmulas fechadas sobre a mesa.
O pai de Marcos continuava, agora olhando fixamente para ele, como se estivesse apenas brincando, mas com uma malícia que era impossível não perceber.
_ Sabe, meu filho, nunca entendi por que você nunca se interessou por algumas das garotas que apareceram por aí. Não se importa de esperar a coisa certa... ou será que isso tudo é só um truque para esconder outra coisa? Queremos que você seja feliz, mas precisamos saber... será que você está pronto para assumir isso tudo, ou vai continuar se escondendo atrás dessa... fachada?
O sangue de Marcos ferveu. A indignação cresceu, uma chama que o fazia querer gritar. Ele queria se levantar, sair, fugir, mas não podia. Não assim. Não ali, onde tudo o que ele fazia parecia errado.
Carol, sentindo a mudança de temperatura, começou a apertar sua coxa com mais força, seus dedos passeando por ali como se fosse algo simples, quase inocente, mas o desejo nos movimentos dela era palpável.
_ Marcos, você sabe que seu pai só está preocupado com você.
Disse ela com uma suavidade que não correspondia à intensidade de sua mão, que agora subia pela perna dele com insistência.
_ Ele só quer garantir que você seja... feliz.
Marcos não suportava mais. Sentiu o calor de Carol, mas o peso das palavras do pai era mais forte, mais insuportável. Não queria ser feliz daquela maneira. Não queria ser forçado a um casamento, a uma vida que não era sua.
_Eu... não...
Sua voz falhou por um momento. O pai o encarava, sem pressa, esperando. Sabia que estava no controle.
_ Vai negar até o fim, Marcos?
O velho riu baixinho, mas a risada era amarga.
_ Isso não vai mudar nada. O casamento vai acontecer. Você precisa disso. E no fim, vai perceber que tudo o que fez foi por sua própria "cura". Eu só estou tentando te ajudar.
Marcos se sentiu enclausurado. O futuro estava sendo imposto sobre ele, e ele não sabia como escapar do casamento, mas daquele momento de constrangimento sim.
_ Chega, eu vou embora.
Disse Marcos se levantando da mesa furioso, Carol foi atrás. No carro Carol tentava puxar assundo falar com Marcos, mas ele não respondia ao chegar na frente de casa Marcos parou o carro Carol desceu e ele apenas disse que voltaria logo e arrancou com o carro sem dar chance para Carol questionar algo.
Ao virar a esquina Marcos liga para Guilherme que por alguns minutos ficou olhando o celular vibrar com o nome de Marcos na tela, mas chateado com o namorado tentou resistir em atende lo, mas mesmo com raiva atendeu a ligação.
_ Alô!
Disse com um tom pesado e seco.
_ Onde você esta? Eu preciso... Preciso de você meu amor.
Disse Marcos com a voz embargada. Do outro lado Gui percebeu a voz carregada de angustia e sentiu seu coração apertar, não podia deixar seu namorado sofrer assim, o que estava acontecendo? Mesmo com várias perguntas, nenhuma foi feita, Gui apenas disse que aguardaria Marcos na porta de casa. Para saber onde eu Samuel estava e se voltaria logo para casa Guilherme me mandou mensagem, mas ocupado não respondi, percebendo minha ausência no app de mensagem enquanto se trocava Guilherme resolveu me ligar, mas ambos estávamos mais interessados no que estava acontecendo em seu local e logo desligamos.
_ Não demorou muito para Marcos estacionar o carro na frente de casa. Marcos saiu rápido do carro e abraçou apertado Guilherme.
_ Nossa você esta tremendo, o que aconteceu?
_ Vou te contar tudo eu prometo, mas agora eu… eu preciso muito de você. Você me ama?
_ Amo, claro que eu am…
Antes que Guilherme terminasse, Marcos segurando o rosto do rapaz beijou intensamente sua boca. Ali em frente em casa, na rua? Marcos nunca fez algo assim em público.
Guilherme após aquele beijo intenso convidou o namorado para entrar dizendo que eu Samuel seu companheiro de residência não estava em casa e iria demorar.
Marcos mal entrou na casa e ja agarrou Guilherme novamente. Marcos beijava a boca o rosto, o queixo, o pescoço de Guilherme e foi levantar sua camisa.
_ Ei calma, não tínhamos marcado nada, você estava estranho no telefone não deu tempo de fazer a chuca.
_ Eu não me importo, eu so quero ficar assim agarradinho com você, beijando, sentindo seu corpo, seu toque, seu cheiro.
_ Eu sei mas acho melhor tomar um banho caprichado primeiro.
Disse Gui pedindo que o namorado o aguardasse ali na sala.
Guilherme tinha acabado de ligar o chuveiro quando sente a presença de alguém no banheiro.
_ Veio usar o banheiro? Nossa que intimidade.
Marcos abriu a porta do box completamente nu e entrou compartilhando o chuveiro com Guilherme em outro beijo demorado e intenso.

Continua…

Autor: Mrpr2


Foto 1 do Conto erotico: Ensina me - 16


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Ficha do conto

Foto Perfil mrpr2
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Nome do conto:
Ensina me - 16

Codigo do conto:
228699

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
05/02/2025

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