O Rapaz da guarita (Parte 2)

CAPÍTULO 6
A terça e a quarta feira passaram de forma arrastada e agonizante. Eu tinha muita coisa prá fazer, o que fez com que não por “estratégia” eu realmente não tivesse tempo de revisitá-lo à noite. Estava cansado, mas pensando nele direto. Para não deixar cair no esquecimento – aquele instinto de sobrevivência – mandei um torpedo para que ele registrasse meu número e dando uma justificativa. Queria demonstrar que estava “interessado”, mas não ansioso e descontrolado. Pura estratégia. O mesmo jogo de sempre...
Ele me respondeu usando as mesmas armas. Uma mensagem implícita de “estou aqui”, mas “estou tranqüilo”... Saco! Essa é a diferença de um relacionamento entre homens – na maioria das vezes – o jogo é mais equilibrado, mais instigante... Mais gostoso.
E na Quinta feira de manhã, quando minha tática já estava gasta e eu disposto a liberar um pouco meu telefone tocou. Era ele. Era o convite. Era estranho...
- Fala Bruno...
- E aí rapaz...
- Trabalhando muito?
- Nem imagina cara. Mas faz parte...
- Pode crer. Mas tudo bem?
- Sim, beleza... E você?
- Tudo bem também.
Silêncio...
- Lembra do meu convite ou já esqueceu?
- Ah! Puta cara, na correria tava me esquecendo. Fala ae...
- Quer sair comigo essa noite? É minha folga, lembra?
Eu lembrava, claro.
- Não. Mas hoje?
- É cara, minha folga é hoje. Mas se não der tudo bem...
- Bom, depende cara. Amanhã é dia de trabalho. Tenho que estar inteiro,rs
- Bom, vai depender de você...
Aquela voz insinuante...
- Fala aí e eu decido.
- Seguinte. Tenho uma festa prá ir cara... Queria que fosse comigo. Mas tem um detalhe...
- Fala...
- Minha mina veio prá Sampa. Ela iria com a gente...
- Ah...
- Mas olha só. Não se preocupe. Ela trouxe uma amiga. Você vai ter companhia...
- Daniel, não sei... Eu...
- Eu sei cara...
- Sabe o quê...?
- Confia em mim e vem... Você não vai se arrepender.
- Não sei...
- Seguinte. Pensa e me liga. Vamos sair às onze. Você passa aqui e pega a gente.
- Vou pensar cara... Te ligo se não for, oK?
- Ok... Pensa direitinho...
- Tá
Desliguei o telefone e estava puto.
Caralho, o cara me espera a semana inteira prá me chamar prá uma festa com a mina dele, e ainda me "arranja" uma companhia...
Será que ele achava que eu não tinha competência prá arrumar uma, se quisesse?
Será que queria arranjar uma fachada prá mim também?
Apesar de minha discrição, era resolvido quanto à minha opção sexual. Não precisava e não queria sair com garotas como fachada. Saia com minhas amigas naturalmente, mas esse jogo de esconde não era mais prá mim...
Valeria a pena alimentar algo assim?
E será que era isso mesmo? O que mais podia ser?
Fiquei bravo e curioso ao mesmo tempo. Teria que passar a noite inteira com ele fingindo estar conhecendo uma menina nova, jogando papo fora sem estar nem um pouco a fim, e provavelmente assistindo a beijos entre os namoradinhos, dancinhas provocativas, perguntas e mais perguntas... Ah!
Estava praticamente decidido a ligar e dizer não. Depois eu conversaria com ele esclareceria tudo. Não que eu quisesse exclusividade, ou que ele terminasse seu namoro e ficasse comigo... Só queria um jogo aberto entre nós, uma curtição entre machos e sem envolver terceiros... Peguei o telefone e vi que tinha uma mensagem.
"Pensa direito e com carinho, cara! Não é o que você está pensando... Vamos que você vai gostar. Beijo, Daniel"
Caralho...
Fui tomar um banho e então decidiria com mais calma o que fazer. Algo me dizia, no fundo, que talvez eu precisasse pagar prá ver. E que no máximo, se estivesse muito desconfortável e não curtindo o que quer que fosse, era só ir embora... Podia deixar isso claro com ele e arriscar... Porque não?
E foi assim que às onze eu passava em frente à sua casa para pegá-los...
Seria uma longa noite... Cheia de surpresas...


CAPÍTULO 7
A primeira surpresa foi a apresentação de TODOS eles.
Ana era uma morena muito bonita, cabelos cacheados na altura do ombro, olhos marrons, um corpo bonito e sorriso largo. Estava vestida de forma discreta, mas sensual. Um decote que revelava seios bem feitos e valorizados... Era a namorada de Daniel.
Lucia era um pouco mais baixa, morena também, bonita e elegante. Cabelos lisos mais compridos, corpo violão e também vestida de forma discreta sem deixar de ser provocante.
Daniel estava um gato. Tinha aparado a barba, cabelos também feitos, uma calça que caia ainda melhor em suas coxas gostosas, camisa justa com botões abertos revelando seu tórax másculo. E aquele sorriso. Aquele olhar.
Ele me olhou de relance, como que dia mais uma vez "confia em mim" e me apresentou as meninas. Nos beijamos e trocamos palavras batidas enquanto entrávamos no carro. Por educação acho, elas entraram no banco de trás e Daniel ficou na frente comigo. Íamos nos apresentando e falando sobre coisas corriqueiras, a vida delas em Ribeirão, a adaptação de Daniel aqui, expectativas sobre a festa...
- Daniel me disse que você está dando uma super força prá ele Bruno. Muito obrigada.
- Que isso Ana. Ele é um bom rapaz.
- Eu sei disso... Ele que se esquece às vezes...
O que me chamava a atenção - positivamente - é que não era aquele papo meloso de amorzinho prá lá, amorzinho prá cá... Eles se comportavam discretamente sim, mas era nítido um carinho e bom relacionamento entre os dois. Se olhavam de forma diferente...
Quase fiquei com ciúmes...
Ao passarmos por um trecho escuro do caminho e enquanto as duas conversavam no banco de trás observando o caminho que era novidade, Daniel pousou sua mão esquerda em minha coxa, apertando e massageando. Com a visão do volume armado em sua calça, que só eu tinha, foi impossível não ficar de pau duro na hora.
Olhei prá ele e ele me deu uma piscadela safada, passando a mão direita pelo contorno de seu pau. Quase bati o carro...
Tirei sua mão assustado e foquei!
Concentrei-me no volante e no caminho, e não deixei ele se aproximar mais de mim. Dei um olhar quase de bronca que ele entendeu, e voltamos a conversar sobre amenidades. Em menos de dez minutos estávamos entrando em uma boate bonita, espaçosa e conhecida de região da Vila Olímpia.
Não precisou de mais de quinze minutos ali prá eu perceber que era uma balada alternativa, com todas as tribos presentes. Gente bonita e descolada. Muitos casais, mas também era nítida a presença de uma galera GLS. Casais quietinhos nos cantos, alguns namorando em mesas, outros dançando...
Opa...
Ana puxou Daniel prá pista, e eu me encostei a um canto. Lúcia ficou conversando e prá minha alegria e alívio, logo se engraçou com um rapaz que a convidou para dançar.
- Você se incomoda se eu for Bruno?
- Claro que não Lúcia. Fica à vontade.
- Ok. Já volto.
Fiquei observando o ambiente e o povo ali. E era impossível não notar Daniel e Ana dançando. Ele dançava bem, com um ritmo e pegadas firmes. Segurava na cintura de Ana de forma firme e se enroscavam sensualmente. Era um belo casal...
Logo percebi que ficar vendo aquilo não ia me fazer bem. Estava com um puta tesão vendo-o dançar, e não podia fazer nada. Coloquei a cerveja no balcão e me encaminhei ao banheiro masculino.
Tinha um carinha bonito no mictório. Parei ao seu lado e botei meu pau prá fora. Ele deu aquela esticada e encarou meu cacete. Me olhou de um jeito provocante.
- Aqui não Daniel! Pensei...
O carinha continuava me olhando, mas dei uma disfarçada. Decidi sair dali.
Ele veio atrás e me chamou na saída do banheiro.
- Fala rapaz... Tudo bem?
- Tudo... E você?
- Melhor agora. Prazer, Beto.
- Daniel.
Apertei sua mão e ele me puxou prá mais perto...
- Sozinho?
- Hã... Mais ou menos...
- Quer trocar uma ideia?
- Não dá agora, cara... Tem uma galera me esperando.
- Pô, relaxa... Vem aqui um pouco.
Ele me puxou prá um canto escuro do bar. Encostou-me na parede e começou a passar a mão em meu peito... Pelo canto do olho, vi Daniel chegando...
- Beto, melhor eu sair...
- Não... Vem cá. Ele me puxou mais prá junto de si.
Daniel chegou com uma cara de bravo e sem cerimônias.
- Fala aí rapaz... Ele está acompanhado, sabia?
- Sabia, ele falou. Mas pô velho, você estava dançando com a mina.
- Não te interessa. Vaza.
O carinha saiu assustado e eu boquiaberto...
- Pirou Daniel? Onde está a Ana? Vai ficar com ela cara...
- Não vim aqui prá ficar com ela cara. Vem cá.
Ele me puxou prá dentro do banheiro. Tinha dois caras lá dentro. Sem nem se preocupar, ele me encostou na parede e começou a me beijar, segurando minha nuca e pescoço... Sua língua explorava cada canto de minha boca. Não resisti e retribuí sem me importar com os caras ali, que na boa não estavam nem aí...
- Você é louco? E sua mina?
- Ela me espera cara. Eu tava louco prá ficar contigo hoje. Mas queria ficar contigo perto dela...
- Ela sabe?
- Claro que não. Talvez desconfie...
- Mas???
- Bruno, isso me deixa louco cara! Fico cheio de tesão com a sensação de ter minha mina do lado, mas sabendo que a qualquer hora eu posso chegar em você, te beijar, te chupar, ser chupado... Sei que é loucura, mas queria te mostrar ao vivo como isso rola...
- Cara, não tô entendendo nada!
- Não tem que entender Bruno. Vou dançar com ela, provocá-la, deixá-la molhadinha e louca prá dar prá mim, mas se prepare... É contigo que vou prá cama essa noite, depois de tudo isso. É você que eu quero. É contigo que vou gozar gostoso.
- E ela cara?
- Deixa isso comigo. Vamos voltar prá lá agora. Tenta aproveitar e fica de olho em mim cara... Eu não vou tirar o olho de ti. Se algum carinha chegar perto, eu apareço.
- Ah... Então você pode. Eu não?
- Se quiser pegar uma mina, tudo bem. Pode dançar como eu. Beijar se quiser. Vai me dar mais tesão ainda... Mas só com mulheres. Homens não.
E saiu me deixando atônito. Que tipo de fetiche era aquele?
Já tinha me deparado com muitas coisas, mas isso...
O pior é que, de certa forma, me senti tentado a colaborar... E embarcar nessa loucura.

CAPÍTULO 8
Ele continuou dançando com Ana, daquele jeito. Notava seguidamente que enquanto ele a beijava, ela de costas e ele de frente prá mim, ele me observava pelo canto do olho... E lançava aquele olhar...
Olhar de "me espera..."
Nessa altura do campeonato, Lúcia já estava também aos beijos com um outro rapaz. Sentia-me sozinho ali, mas ao mesmo tempo parte de um jogo meio sacana de sedução. Cheguei a ficar com pena da Ana, cogitar sair dali, não participar daquilo...
Enquanto eu entrava em devaneio, o tempo passou. Deu quatro da madrugada e eles chegaram onde eu estava.
- Vamos embora Bruno?
- Pode ser. E a Lúcia?
- Ela vem também.
- Então vamos.
Dessa vez, sem comentários Daniel e Ana entraram no banco de trás. Lúcia vinha ao meu lado, quase dormindo. Tinha bebido e dançado muito. Estava cansada.
Atrás, eu notava que Daniel e Ana se beijavam, mas ela era realmente discreta, e controlava o impulso dele. Vergonha? Estratégia?
- Bruno, você pode deixar as meninas na casa da minha tia?
Ops!
- Como?
- Elas vão ficar na casa da minha tia, pois tenho que sair amanhã cedo prá empresa. Meu turno vira, lembra? E você pode ficar em casa comigo cara. Aí se não for muito trabalho, me dá uma carona amanhã cedo. A gente pode dormir um pouquinho mais...
- Por mim tudo bem, mas...
- Não se preocupe, elas já sabiam. Aí elas dormem direito sem ser incomodadas, e podem sair quando acordarem. Vão prá 25 de Março...
- Ah!
- Pode ser Bruno? Perguntou Ana.
- Claro. Deixo vocês lá.
- Ok.
Ele já tinha pensado em tudo então...
Deixamos as meninas na casa da tia. Ele saiu do carro para acompanhá-las até a porta, deu um beijo caprichado em Ana e ficou vendo-as entrar...
Voltou pro carro e saímos. Mal tínhamos virado a esquina da rua e ele segurou minha coxa e se curvou sobre mim, beijando meu pescoço e orelha...
- Agora vai começar nossa noite cara!
- Daniel... Você é louco!
- Encosta o carro cara...
- Aqui não, é perigoso.
- Encosta, vai ser perigoso se você continuar...
E se abaixou no meu colo...
Foi simplesmente impossível não parar o carro assim que senti o contato de sua língua engolindo meu cacete. Ele chupava forte e melado, engolindo até as bolas.
- Deita o banco...
- Cara, aqui não... Vamos prá casa...
- Já já. Quero começar aqui cara...
Ele chupava meu pau e com a mão esquerda subia pelo meu peito, apertando meus mamilos.
- Ah... A noite inteira foi uma preliminar prá isso cara...
- Então vai moleque... Engole esse caralho que é seu.
- Assim meu macho safado. Geme prá mim...
- Ahahahahah...
- Quero você sem pressa essa noite, Bruno.
- Então vamos prá sua casa, cara. Quero fazer você todinho...
- Porra ! Vamos lá então. Vai dirigindo que eu vou chupando seu pau, devagarinho...
- Assim não consigo cara.
- Consegue porra. É perto. Vai indo devagar...
Estava realizando uma das grandes fantasias que tinha... Dirigir com um carinha safado chupando meu pau. Ele gemia e fazia barulho, com os olhos virando e me encarando enquanto explorava meu peito, minha barriga, minhas pernas com a outra mão...
- Goza prá mim, antes de chegar.
- Não cara! Quero gozar na cama, depois de fazer muita coisa contigo...
- Então tá...
Ele parou de chupar, e ficou batendo uma punheta de leve, deitado no meu colo. Eu não sabia o que era mais gostoso... A punheta ou a gulosa.
Finalmente chegamos e entramos correndo. Fomos tirando nossas roupas que iam ficando pelo caminho, nos beijando bem gostoso, sem pressa, mas com sede... Ele me jogou na cama de barriga prá cima e deitou com a cabeça na altura da minha cintura. Ergueu as pernas grossas e deixou uma dobrada, seu pau já duro como pedra se oferecendo prá mim.
Eu alternava minha boca entre seu cacete, suas bolas e seu rabo liso e quente. Ele se abria gostosamente e gemia alto sempre que sentia minha barba cerrada em seu cuzinho. Piscava gostoso...
- Me deixa te comer gostoso safado...
- Quer me comer?
- Quero fazer contigo o que sua mina nunca vai fazer...
- Ah! Porra seu safado, é isso que quero...
- Provocou rapaz...
- Me fode então!
Resolvi fazer com Daniel daquele jeito que eu amo fazer... Sem pressa e curtindo cada momento...
Eu o coloquei de lado na cama e abracei forte por trás. Passei meu braço por baixo de sua cabeça e o puxei para junto de mim, meu peito encaixado nas suas costas, meu cacete encaixadinho em sua bunda carnuda e rígida. Ele mexia devagarzinho sentindo meu tesão. Eu segurava forte em sua cintura e alternava minha boca na dele e em seus mamilos...
- Que tesão cara...
- Você é uma delícia Daniel... Olha essas coxas... Essa bunda...
Eu passava minha mão por todo seu corpo, seu peito, descia pela barriga, a virilha, as coxas, segurava firme seu pau duro e babão... Ele gemia e me puxava para si...
- Cara, quero que você seja meu macho...
- Vai me ter rapaz...
- Quero que me acorde de madrugada procurando meu buraco, me foda gostoso...
- Que mais?
- Quero te acordar com seu pau na minha boca...
- Mais?
- Quero sair contigo como dois brothers, provocar a mulherada, desfilar contigo como dois parceiros e depois de deixar muita mina louca de tesão por nós dois, voltar contigo prá casa e liberar esse tesão todo...
- Garoto mau!
- Piro nisso cara!
- E eu tô ficando pirado na sua, seu foda!
Ele pegou meu pau por trás e encaixou na entrada de seu cu. Segurei na sua cintura e fiz dar aquela empinada. A cabeça deslizou gostosamente prá dentro, lubrificada pela baba que já cobria meu cacete...
- Me fode gostoso vai... Sem dó.
- Toma cacete então...
Comecei a bombar gostoso, segurando a perna esquerda dele no alto e beijando seu pescoço, sua nuca, sua boca... Ele gemia, se contorcia, se abria, piscava o rabo...
- Porra, não vou agüentar muito tempo assim Daniel...
- Solta tudo velho... Goza gostoso.
- Quero mais, tá muito bom...
- Soca! Me faz gostoso vai...
Porra, vou gozar...
Segurei no seu caralho e comecei a bater forte. Ele gemia, arfava e gozou primeiro que eu, jatos de porra que caíram em seu peito. Não agüentei mais...
Tirei meu pau e esporrei como louco em sua barriga...
- Caralho!
Ficamos deitados um tempo, fazendo carinho como dois namorados e trocando beijos. Já era quase cinco da manhã, e ele tinha que estar na empresa às sete, eu às oito. Ia ser foda...
Fomos tomar um banho e conseguimos dormir por quarenta minutos, colocando nossos celulares prá despertar. Muito engraçado, a gente se vestia ainda de olhos fechados de tanto sono...
- Bruno, pode ficar cara. Vou de busão. Você pode chegar atrasado, eu não... Tenho que render o Valdir...
- Claro que não cara, te levo. Depois durmo um pouquinho no carro.
- Olha só, não quero me sentir explorador...
- Relaxa.
- Bruno, posso te falar uma coisa?
- Manda...
- Tô pensando em sair da empresa... Arranjar outro trabalho.
Gelei
- Já? Por quê? Por minha causa cara?
- Sim e não.
- ...
- Acho que seria uma boa não te comprometer. Não dar na cara, sabe? Sei que você é tranqüilo, e não comentei absolutamente com ninguém cara, nada. Eu juro... Primeiro que nem tenho intimidade com eles, e não faria isso...
- Eu sei cara. Se tivesse desconfiado de algo, tinha te questionado.
- E caído fora né?
- Provavelmente.
- Então... Não sei você Bruno, mas eu tô a fim de ficar contigo. Sem pressão, sem cobrança, mas a fim de te curtir e deixar rolar. E fora de lá a gente não tem risco de deixar esse fator influenciar...
- Mas você faria o quê?
- Vou buscar algo na minha área cara. Peguei esse trampo pois foi o primeiro, e minha tia já tinha o contato. Mas posso conseguir algo em banco, tenho experiência... Sei lá... Vendedor... Qualquer coisa.
- Se é pro seu bem cara, dou o maior apoio. Não por mim...
- Vai ser melhor. Não sei se numa semana como essa agora, no turno diurno, eu conseguiria te evitar o dia todo velho... Vai ser foda!
Rimos juntos. Ele chegou perto e me abraçou por trás, beijando minha nuca.
- Vou querer fazer assim...
Beijou minha orelha... Buscou minha boca...
- E fazer isso...
Começou a me encoxar, o volume já crescendo alisando meu peito...
- E isso...
Desceu a mão buscando meu tesão...
Pára rapaz! Chega!
Ele riu alto, me apertando em seus braços. Sorriso lindo...
- Tá vendo?
- Safado...
- E então, o que acha?
- Cara, vai fundo. Te dou uma força, conheço uns contatos também. Eu te garanto que me controlaria (será?), mas acho que seria uma boa sim... Prá nós.
- Vamos saindo então, a gente vai conversando no carro.
Durante o caminho ele foi colocando suas razões, plausíveis, eu tinha que concordar.
Tinha uma coisa com a qual eu estava bolado desde a noite passada. Queria perguntar, mas não sabia como. Decidi que não podia ter rodeios...
- Daniel, me explica uma coisa...
- Fala.
- Teu lance com a Ana.
- O que tem?
- Juro que não entendi cara... Tua mina vem prá cá ficar contigo, você me chama prá sair e conhecê-la com uma amiga. Dança e provoca a garota à noite toda. E vem fechar a noite comigo...? Qual é?
- Cara, sei que parece doideira velho... Não sei se é doença... Isso me dá o maior tesão.
- Não é doença cara, é maldade, seu puto!
- Mas não é por mal! Eu gosto dela, mas prá curtir... Beijar, bater papo, sair... Trepar mesmo eu tenho tesão assim cara... Outra pegada. E fico completamente louco de tesão quando sei que tem uma mina me querendo, louca prá se abrir prá mim, e meu macho tá ali, me vendo, acompanhando...
- Cara...
- Eu sei, é doença!
- Sei lá se é doença - eu ri - mas é maldade, poxa.
- Eu sei. Mas vai sobrar prá ela, não se preocupe...
- Seu porra...
- Ciúme?
- Não, mas preciso pensar nisso... Se você não a conhecesse, tudo bem. Mas sendo sua mina... É sacanagem.
- hummmm
- Que foi?
- Tenho outro convite então.
- Ai, cacete... Lá vem.
- Bom, te conto depois, estamos chegando. Mas é uma forma de lidar com isso sem tanta culpa.
- Vai lá. Eu vou tirar uma soneca até as 8h no estacionamento.
- Eu vou te acordar.
- Beleza...
Eu o deixei na esquina para não ter o problema de alguém nos ver chegando juntos. Ia dar uns minutos e chegava depois. Resolvi tomar um café na padaria...
E pensar naquilo tudo.
Que tara louca. Mas tinha que admitir... Excitante.
O dia passou tranqüilo. Tinha realmente muita coisa prá fazer, então apesar de pensar no tal convite algumas vezes consegui - ou melhor, tive que - me conter. Trabalhei como um camelo. Quando saí, por volta das 17h percebi que já não era mais o Daniel na guarita, claro.
Fui prá casa, tomei um banho delicioso e já estava pronto prá dar uma relaxada e assistir o noticiário quando o telefone tocou. Era ele.
- Bruno?
- E aí rapaz?
- Chegou faz tempo?
- Não... Uma meia hora. E você, saiu que hora?
- Saí às quatro.
- Tá em casa...?
- Tô, de saída na verdade. Vou levar as meninas na rodoviária. Quer ir com a gente?
- Pô cara, desculpa, mas acho que não... Tenho umas coisas prá terminar.
- Sei... Beleza.
- Dá um beijão nelas beleza?
- Pode deixar. Vem cá, posso te ligar quando voltar? Queria falar contigo.
- Claro Daniel. Se eu demorar a atender, insiste... Pode ser que eu capote velho. Tô podre, não dormimos nada noite passada.
- Beleza então. Até.
Eu estava realmente um bagaço. Não tava a fim de criar situação complicada de novo com a Ana, por isso a história de trabalho. Na verdade precisava dormir. E dormi...
Dormi tanto que acordei com meu celular berrando do lado da cama. Quase morri de susto... Eram sete e quarenta da manhã!
- Caralho! Olhei no celular - oito chamadas não atendidas...
- Porra!
Me arrumei rapidamente, engoli qualquer coisa e saí voando.
Cheguei cansado e ao passar rapidamente pela portaria, ouvi alguém me chamando.
-"Seu" Bruno!!!
Me virei e ali estava ele...
- Daniel...
Olhei em volta e não tinha ninguém observando.
- Poxa, te liguei...
- Cara, eu vi. Mas capotei mesmo e só acordei hoje, assustado. Desculpa aí.
- Foi isso mesmo?
- Claro velho... Olha só, depois a gente conversa tá? Não encana.
- Beleza, bom trabalho então.
Aquele olhar... Aquela piscadela...
- Ah - ele voltou - não esquece que tenho um convite...
- Ok! Tô curioso...
Apesar da vontade de entrar naquela guarita e ali ficar, entrei correndo pro trampo que me chamava...
Mas o olhar dele me deixou a certeza que ele tinha aprontado alguma coisa...

CAPÍTULO 9
No meio da tarde notei uma mensagem no celular.
"Já estou em casa. Te espero aqui à noite. Precisamos conversar. Bj"
Achei que já era hora de desenrolar isso, então saí do trampo e fui direto prá casa dele. Só então me lembrei que ele não tinha ido ainda até minha casa. Estacionei e logo ele veio atender a campainha.
Era um dia quente, bonito, primavera chegando em São Paulo. Ele usava uma calça de moletom, malha fina de mangas arregaçadas. Bonito como sempre.
- Entra aí.
- Cara, você não quer conhecer minha casa? Nunca foi lá. Depois te trago de volta...
- É???
- Sim, porque não? Vambora... Não é longe.
- Peraí então. Deixa fechar tudo e pegar minha carteira.
Voltou rápido e nos pegamos o rumo da minha casa. Em meia hora estávamos lá. Fomos conversando de boa, comportados. Era claro ainda...
- Puta Bruno, legal seu AP...
- Valeu. É pequeno, mas ajeitadinho.
- Bem bonito sim. Parabéns. Bom gosto você tem!
- Eu sei...
Ele me puxou e abraçou forte. Retribuí o abraço, passando as mãos pelas suas costas largas. Ele se afastou um pouco, só o suficiente para pegar meu rosto com suas duas mãos, me olhar fundo nos olhos e engolir minha língua num daqueles beijos deliciosos. Ele explorava minha boca com sua língua sedenta com aquelas mãos grandes e ágeis na minha nuca, meu pescoço... Não sabia qual era a sensação mais gostosa... Nossas línguas entrelaçadas, suas mãos fortes me acariciando o cabelo e nuca ou a pressão de seu corpo contra o meu, já demonstrando o tamanho de seu desejo, retribuído...
Eu sabia que se não brecasse aquilo, iríamos parar na cama e nada viria de papo naquele momento. E eu queria mesmo conversar e resolver algumas coisas. Me afastei sei lá com que forças...
- Uau... Hãhã.
Ele riu, aquele riso hipnotizante...
- Tá difícil hoje é?
- Não, sou facinho... Só quero conversar contigo.
- Tá certo.
- Senta aqui.
Eu sentei no sofá. Ele me desobedeceu e deitou-se com a cabeça no meu colo. Me encarava...
- Pode começar vai...
- Você começa. Seu convite???
Ele revirou os olhos...
- Ah, claro. Primeiro, uma decisão que tomei.
- Fala...
- Duas decisões, aliás. Boas, acho...
- Tô ouvindo.
- Decidi que essa é a última semana lá na empresa. Não quero mesmo te prejudicar, e não sei se vou conseguir me controlar sempre contigo lá.
- E você vai fazer o quê?
- Vou fazer algo, e rápido, tenho certeza... Confio no meu taco!
Ele segurou seu pau entre as pernas e apalpou forte...
- Caralho! Vai falar sério ou não?
- Hahahaha... Desculpa...
- E qual a segunda decisão?
- Conversei com a Ana hoje. Terminamos.
Medo...
- Daniel, não acha que se precipitou?
- Porque cara? Te falei, não tô amarrado nela... É só curtição, e ela tava se apaixonando prá valer, começando a falar coisas mais sérias...
- Poxa, vocês estavam um ano juntos.
- Não ia rolar, eu aqui, ela lá... E não tô a fim. Melhor assim.
- Tá... Mas isso significa o quê?
- Significa que quero ficar contigo pô.
Mais medo...
Ele viu na minha cara minha reação.
- Olha só Bruno... Quero deixar claro uma coisa...
E para reforçar essa seriedade ele se levantou do meu colo. Sentou-se ao meu lado e olhou sério prá mim. Ele sabia se fazer escutar.
- Fica tranqüilo que não quero te amarrar cara... Não vou ficar na sua cola, não quero namorar, não quero morar contigo, não quero que você vá morar comigo, não quero exclusividade... Relaxa.
- Porra Daniel, quer o que então?
- Eu quero te curtir cara. Ficar com você. Te conhecer sem frescura, sem pressão. E mais...
- ?
- Quero poder sair contigo cara. Te mostrar... Sair prá ir ao cinema, tomar alguma coisa, dar um rolê, viajar... Como dois amigos. Mas depois de tudo isso, voltar prá casa e fazer de tudo contigo, e deixar você fazer de tudo comigo. Sem limites e sem não-me-toques.
- E se a coisa ficar séria...?
- A gente vai conversando...
- Esse lance de "me mostrar"... Me assusta, cara.
- Porra, velho, desencana. Não vou sair de mãozinha dada contigo. É justamente isso que não quero. Quero provocar velho... A mulherada. Já te falei...
- Daniel, você é doido...
- Sou velho, sou... Mas gosto muito disso porra! E agora não tô ferindo sentimento de mais ninguém. Não tenho nada com a Ana, não vai ser com ela... E não é sempre cara... Não preciso disso prá ter tesão em você, prá querer ficar contigo... Olha agora... É só um ingrediente a mais...
- Cara, vou te falar sério agora também. Mentira se eu dissesse que isso não me atrai, de certa forma. Gosto da sua companhia, rola uma química forte, o tesão é grande. Você é um puta cara boa pinta, mas, além disso, bom papo, safado na medida e sedutor. Me atrai... Mas não sei se eu sirvo prá esse papel de provocar cara, principalmente a mulherada... Sei lá...
- Você não precisa se não quiser. Deixa comigo... E porra, de novo cara... Não vai ser sempre. Só às vezes, prá apimentar... Prá me dar um gostinho...
- Seu tarado...
Ele riu. Que papo doido! Não acreditava que eu estava discutindo aquilo ali, daquela forma, como se fosse normal, e quase gostando da ideia...
- E aí?
- Sei lá.
- Meu convite...
- Ai... Fudeu. Lá vem... Manda vai.
- Vamos viajar no fim de semana. Bate-volta no Domingo.
- Onde?
- Praia...
- Porra, mas nem tá quente Daniel.
- Eu sei, não é prá pegar bronze, nem praia... Vamos, vai... Pegar uma brisa, andar na beira da praia, tomar um açaí, sair daqui...
- Esse fim de semana?
- Sim...
- Amanhã?
- É!
- O que você tá inventando cara?
- Tu vai ver...
- Ah! Sabia! Lá vem bomba...
Ele me puxou com força pra junto de seu corpo...
- Vamos...! Diz que sim!
- Não sei...
- Tem certeza? Vai perder essa chance?
Ele se curvou e levantou minha camiseta. Com a língua começou a chupar meus mamilos enquanto apertava meu pau por sobre a calça. Com aquela pegada e língua safada, em pouco tempo meu cacete estava duro e sendo agasalhado pela sua boca faminta. Ele olhava com o rabo de olho e me chupava forte, explorando meu corpo - peitos, pernas, cintura - com suas mãos fortes.
Tirei sua malha e fiquei acariciando suas costas até onde conseguia.
Ele abriu sua calça...
Em pouco tempo estávamos num 69 delicioso. Ele me chupava gostosamente e eu revezava minha língua entre seu cacete, suas bolas e seu pau. Estávamos nesse roça roça prá lá de bom quando ele parou, subitamente, olhando a janela da sala...
- É uma sacada?
Hã?
- Aquilo é sua sacada? Ele repetiu...
- Claro.... O quê?
- Deixa eu ver...
Ele se levantou e foi até a janela que dava na sacada. Abriu, deu uma saída, voltou em segundos. Um sorriso maroto e sacana no rosto.
- É perfeita!
Perigo!
- Vem cá.
- O quê...?
- Vem cá...
Ele me puxou com força, e me empurrou de leve à sacada. Já estava escuro. Meu AP ficava no 8o. Andar, e dava de frente prá uma rua calma, basicamente residencial sem prédios na frente. Algum comércio e casas térreas. A sacada era de um tamanho mediano, com tijolos de vidro até mais ou menos um metro de altura...
Ele estava só de calça, ainda desabotoada. Encostou-se na mureta da sacada como que desfrutando da vista, e dando uma empinada na bunda redonda.
- Vem aqui... Me abraça por trás.
- Tá louco?
- Vem cá... Discreto. Não dá prá ver de fora, lá de baixo...
- Daniel...
- Ele rebolava e se mexia, e largou a calça que caiu até seu calcanhar. Estava usando uma boxer vermelha, apertada, realçando aquela bunda gostosa.
- Vem cara... Sou teu.
Dei uma olhada na rua, e realmente estava tranqüilo. O campo de visão de quem via da rua seria impossível me ver ali atrás. Para não correr o risco, e ao mesmo tempo não querendo contrariar aquela loucura que já estava me contaminando, me abaixei e caí de boca no seu cuzinho...
- Isso, chupa gostoso. Fode meu cu com sua língua...
- Seu puto safado...
- Vai, fode esse cu...
Enquanto eu caprichava no seu buraquinho, ele batia uma punheta nervosa. Era nítido que a situação tinha deixado ele em estado incontrolável... Ele gemia alto, mexia a bunda, rebolava devagar, olhando prá fora como se nada tivesse acontecendo. Estava me mostrando como fazer...
Ele gozou rápido, sua porra escorrendo nos tijolinhos...
Me empurrou prá dentro da sala e me jogou no sofá.
- Gostou?
- Ahã!
- Gostou... Olha como está seu cacete... Duro como pedra.
- Chupa... Me faz gozar também.
- Vou te fazer gozar também, mas assim olha...
Ele subiu no sofá de frente prá mim. Sentou no meu colo e segurou minha nuca e cabelos daquele jeito que me deixava tonto. Beijava minha boca bem molhado, e foi sentando e roçando sua bunda no meu cacete, estourando de tesão. Com habilidade ele encaixou a cabeça do meu cacete na entrada do seu cuzinho, e foi descendo e mexendo devagar. Lambuzou sua mão com sua saliva e lubrificou um pouco. Meu pau deslizou para dentro de seu buraquinho apertado...
- Porra, que delícia... Vai...
- Caralho... Que tesão velho...
- Tá vendo como você gosta de aventura rapaz?
Ele falava tudo isso mordendo de leve minha orelha, esfregando seu peito gostoso no meu e cavalgando no meu pau. Subia até quase sair com a cabeça e descia de novo, às vezes devagar, às vezes de uma vez só, piscando e apertando. A sensação era deliciosa... Seu rabo tinha a elasticidade necessária pro meu cacete, nem apertado demais nem largo, a medida certa.
O puto gostava de dar. Seu cacete estava a essa altura duro como pedra e de acordo com seu movimento de sobe e desce, batia ora na minha barriga ora na dele... Eu segurava forte na sua cintura e acariciava suas coxas musculosas e suas costas, passando a língua em seu peito, seu pescoço, beijando sua boca...
Era uma overdose de sensações mais que excitantes... Do começo na sacada ao término no sofá, aquela entrava definitivamente para a lista das melhores transas da minha vida... Senti o gozo vindo como um furacão...
- Vou gozar!
- Vamos junto! Pega no meu pau que eu gozo...
Ele piscou o cu, e foi só eu pegar e apertar seu cacete para ele explodir num gozo simultâneo comigo, como se não tivesse gozado nada há menos de 15 minutos...
Caímos no sofá...
- Porra velho, é muito bom...
- Delícia Daniel... Você é louco meu...
Silêncio.
- Amanhã vamos prá praia - eu disse...

CAPÍTULO 10
Arrumamos tudo e rumamos para o Guarujá. Além de tudo, Daniel tinha sorte. Apesar do fim de inverno chuvoso e primavera ainda não muito quente, o dia era bonito. Temperatura agradável. Era gostoso viajar com ele. Íamos conversando sobre tudo e todos, despreocupadamente. Ele tinha comunicado sua saída da empresa, e o encarregado pela segurança tinha pedido prá ele ficar mais uma semana até colocar alguém no lugar. Já tinha espalhado currículos e até uma entrevista agendada.
Gostava disso nele. Era pró-ativo. Apesar de vir do interior, falava bem, se vestia bem, sabia se valorizar - e como! Ele tinha uma autoconfiança que seria desperdiçada se ficasse trancada em uma guarita de empresa pequena. Ele merecia mais.
Por incrível que pareça ele se comportou no caminho. Nada alem de alguns beijos rapidinhos com o carro em movimento e algumas pegadas na perna e joelhos - mútuas. Suficiente para ficarmos de pau duro claro, mas nos controlamos. Queria chegar vivo na praia.
Ao chegar, por volta das 9h não demoramos muito no apartamento. Jogamos nossas coisas, colocamos traje de banho e fomos caminhar na praia. Tava um dia perfeito prá isso.
Ele estava com uma sunga branca - claro - que caía como uma luva naquele corpo gostoso e moreno. Eu coloquei uma azul que também me caía bem.
- Deixa eu ver... Hummm
- Que foi? Gostou?
- Dá uma voltinha prá mim...
- Sai fora Daniel. Vambora.
- Porra Bruno... Nunca tinha notado ASSIM essa bundinha... Uau.
- Vamos logo, vai...
Saímos e caminhamos despreocupadamente pela praia, na direção do ponto com mais movimento. Íamos pela beira da praia, onde as ondas arrebentavam. Aquela sensação gostosa da água no pé, areia massageando os pés e barulho gostoso do mar. Fiquei com medo dele pegar a minha mão- imagina!
Mas não... Caminhávamos como dois homens, amigos, curtindo uma praia. Éramos dois machos de não se jogar fora, e percebia que as mulheres notavam nossa presença. Umas olhavam descaradamente. Outras mais discretas. Homens também...
Ele já tinha começado...
- Bruno, vamos cair na água um pouco?
- Vai lá velho. Seguro suas coisas.
- Tem certeza?
- Tenho, depois eu caio...
- Beleza então.
Eu peguei as poucas coisas que carregava e sentei na beirinha da areia. Ele corria gingando pulando as ondas, até mergulhar como um peixe no mar. Deu algumas braçadas e se ergueu, sorrindo, me procurando na areia. Era uma visão de encher os olhos. Brincou um pouquinho mais e veio saindo, devagar, ajustando o volume na sunga agora molhada... Se jogou ao meu lado.
- Que delícia!
- Tá boa a água?
- Ô! Olha...
E jogou um pouco da água ainda em seu corpo no meu.
- Ui! Tá fria...
- Tá nada...
- Vamos ficar aqui?
- Não... Vamos andar mais um pouco. Lá tem mais gente...
Continuamos nossa caminhada. Em determinada altura, quando a areia começava a ficar mais densamente tomada, ele me puxou sem dizer nada e jogou-se na areia. Era uma área que pertencia a um quiosque, algumas cadeiras dispostas e livres. Ocupamos duas delas, logo ao lado de duas meninas que tomavam sol de bruços, mas com o rosto virado para nosso lado. Estavam a menos de 5 metros da gente.
Ele ajeitou as cadeiras propositalmente para que ficassem inclinadas, num ângulo intermediário entre as garotas e o mar. Se jogou na cadeira, esparramando suas coxas gostosas ali... Eu sentei ao seu lado.
- Presta atenção agora, tá?
- Daniel...
- Não precisa fazer nada... Só observa...
Ele pediu uma cerveja para o guri do quiosque. Jogou o braço prá trás como que para pegar sol, e vez ou outra ajustava seu volume na sunga. Estava meia-bomba e era fácil notar. As garotas se viraram automaticamente, e mesmo estando de óculos escuros, notei que estavam nos buscando. Cochicharam alguma coisa entre elas. Uma delas se sentou, ajeitando o cabelo. Levantou os óculos escuros deixando-os na testa e olhou ao redor, como quem dando uma geral. Seus olhos pararam em nós. Balançou a cabeça devagar...
Daniel também ergueu seus óculos e retribuiu o olhar. E abriu aquele sorriso.
Pronto - pensei - tá fisgada!
Fácil assim.
Daniel recolocou os óculos escuros e me sussurrou:
- Fica aqui, já volto. E fica tranqüilo...
Levantou-se como que impulsionado por uma mola, e foi sentar-se ao lado das garotas. Cumprimentou-as com um beijo no rosto e menos de 5 minutos depois estavam os três se levantando e vindo juntar-se a mim...
"Caraca, qual é o meu papel porra? O que é que eu tenho que fazer agora?"
Tava me sentindo mais perdido que um cego em tiroteio...
Carol e Dani eram os nomes delas. Bonitas, simpáticas e saidinhas. 27 e 25 anos respectivamente. Era fácil conversar com elas, e nitidamente Daniel se insinuava para Dani e Carol se voltava para mim. Depois de quase uma hora de papo, éramos quase dois casais...
- Meninos, o sol tá forte, quase meio dia. Melhor sairmos daqui... Topam beliscar algo na Avenida?
- Claro, vamos sim...
- Preferem algum local?
- Deixem que eu indico - disse Daniel.
Enquanto caminhávamos no calçadão, notava que Daniel buscava algo... Só não sabia o quê. Caminhando daquele jeito másculo e sensual foi nos guiando para um restaurante simples, mas simpático, mesas sob um toldo que nos protegia do sol.
Ele se sentou de um lado com a Dani, de frente prá mim ao lado da Carol. O papo fluía entre nós quatro, falando sobre nossas vidas na cidade, trampo, hobbies, estudos.
Nesse meio tempo, Daniel passou o braço pelos ombros de Dani. Ela fez um charminho tipicamente feminino, e encostou a cabeça em seu ombro, pousando a mão direita em seu peito ainda desnudo...
Ciúme...
Carol, como que para não perder terreno, ou para deixá-los mais à vontade, virou-se para mim meio que me forçando a fazer o mesmo e puxou um assunto particular.
Com o rabo de olho notei que as carícias entre os dois se intensificavam. Nada explícito, mas quente sim. Mãos se acariciando, corpos se chegando, até que se beijaram. Ela com o rosto repousado em seu ombro, ele segurando seus cabelos, daquele jeito que eu gostava...
Afff...
No mesmo momento, senti algo por baixo da mesa...
Quase dei um pulo da cadeira, mas logo entendi...
O pé de Daniel começou a roçar minha perna, subindo em círculos pelas minhas coxas. Ele continuava beijando Dani, e subia com seu pé até encontrar meu pau, já duro há muito tempo. Começou a roçar e apertá-lo entre os dedos do pé, passando o mesmo por toda a base do meu cacete. Aquilo tava me deixando em ponto de bala...
Entendi naquele momento o porquê dele escolher o local. A disposição das mesas e as toalhas que as cobriam, assim como a mureta que dividia o toldo do calçadão faziam com que ele pudesse quase que me estuprar ali, e ninguém notaria...
Era um puto mesmo...
Estava difícil me concentrar no papo com a Carol. Ele interrompeu o beijo e ficou encostado na Dani, olhando para mim e Carol como que querendo participar do papo, e continuando a me explorar com seu pé sacana... Fiquei com vontade de dar um chute nele, mas tava bom... Estava gostando... E se ele continuasse, senti que gozaria ali mesmo, na sunga que vestia. Imagina...
Acho que ele notou pelo meu olhar - quase de súplica - e retirou o pé.
- Daniel, antes de almoçarmos, vamos ao banheiro?
- Nós vamos aproveitar e vamos também - claro - disseram as meninas.
Caralho... Não podia me levantar naquele momento. Estava mais que óbvio meu estado. Ele ia me pagar...
Elas se levantaram na frente e foram. Ele se levantou logo em seguida - e quase engasguei. Sua pica também estava dura, colocada de lado, e ele não fazia questão de esconder... Elas não notaram, mas um casal de jovens na mesa ao lado sim, e o cara quase se entregou... Não tirava o olho.
Chegamos ao banheiro e ele parou no mictório. Eu entrei em um dos dois boxes disponíveis. Tinha um outro senhor lavando as mãos. Enxugou-as e saiu. Foi a deixa para ele invadir meu box, e me lascar um beijo daqueles.
Queria empurrá-lo e sair dali... Mentira!
Retribuí ao beijo com uma sede louca, e fui empurrando sua cabeça para baixo. Ele se ajoelhou como pôde no pouco espaço e caiu de boca na minha rola dura...
Chupava gostoso me olhando com aquela cara como quem diz:
"Tá gostando então?"
Eu, nessa altura do campeonato, não tava nem aí. Só queria curtir aquela gulosa e que se danasse o resto. Depois eu brigava com ele...
A porta do banheiro se abriu. Dois caras entraram, conversando. Um foi pro mictório e outro veio pro box do lado. Ele reduziu o volume do gemido enquanto me chupava, mas não parou. A situação só me fez ficar com mais tesão, e enquanto acariciava sua cabeça e reprimia meus gemidos, gozei como não gozava havia tempos...
Ele engoliu parte e deixou um pouco do meu leite cair pela lateral de sua boca... Depois que soltei o último jato daquele leite melado, ele engoliu tudo de novo até minhas bolas. Não resisti e gemi mais alto...
- Ahahah..
Ferrou!
Ficamos em silêncio por um tempo, os caras lá fora também. Depois de alguns segundos que pareceram longos minutos, ouvi o rapaz do lado deixando o box, e a torneira se abrindo. Mais um tempo e ambos saíram.
Ele se levantou buscando minha boca de novo. Me deu um beijo molhado, acariciou sua pica dura dentro da sunga e saiu do box, sem falar nada. Foi até o lavabo, lavou a boca, o rosto e saiu do banheiro, falando com a porta aberta:
- Te espero aqui fora.
Eu ainda estava tonto...
Quando saí, percebi os olhares desconfiados de dois rapazes perto da entrada do banheiro. Eram os mesmos de tempos atrás... Estavam sozinhos.
Como nunca acontece, as garotas já estavam de volta à mesa. Por discrição ou não, não houve questionamento da nossa demora. Ainda bem... Será que tínhamos demorado? Eu tinha perdido a noção do tempo. Estava pirando.
Começava ali o meu mergulho na tara louca daquele rapaz... Ele estava me levando para seu jogo, e eu estava gostando. E ao mesmo tempo em que um lado racional me mandava sair fora e não cair naquela loucura, um lado aventureiro há muito enterrado me convidava a aproveitar...
Estava dividido. Estava tentado. Estava confuso.
E precisava decidir o que fazer...
Voltamos à mesa, e almoçamos tranquilamente. Como já estava vacinado, sentei do lado oposto dele na mesa, dificultando seu ataque se ele quisesse investir de novo. Percebi seu sorriso sacana no rosto.
Foi incrível ver como ele conseguiu se livrar das meninas da mesma forma como as atraiu. Trocamos telefone, ele alegou retorno mais cedo prá Sampa e nos despedimos, sob súplicas de um novo encontro por parte da Dany. Ela já parecia toda apaixonadinha coitada... Fiquei com pena mesmo.
- E aí Bruno... Vamos voltando sentido do AP?
- Vamos sim.
Silêncio...
- E aí? Curtiu?
- O que acha?
- Eu acho que sim! Ao menos pareceu curtir...
- Hãha... E você... Curtiu?
- Porra velho, muito!
- Daniel, como você consegue cara?
- Poxa Bruno, não fiz nada de mais.... Você reclamava de sacanagem, traição, sei lá. Não é o caso mais, concorda? Não a conhecia... Ela queria tanto quanto eu...
- Ah, é???
- Tu me entendeu.
- Não sei.
- Mas e aí, curtiu ou não? Como se sentiu?
- Se disser que não curti mentira. Curti sim. Mas não me senti confortável como você...
- Normal cara, questão de tempo...
- Seu sacana...
-Ah, Bruno. Menos vai... Não me diz que não foi bom perceber que ela tava louca prá me arrastar dali prá cama e se abrir toda, mas você ciente de quem faria isso é você... Não é bom? Não se sente poderoso?
- Tá se achando heim?
- Tô mesmo velho. Eu, se fosse você, estaria muito envaidecido...
Ele riu gostoso.
Estávamos no meio do caminho pro Apartamento, e ele pediu prá entrar na água, e matar um resto de tempo que tínhamos... Nos jogamos na areia e pedi uma água de côco enquanto ele corria em direção ao mar.
Voltou gingando e tirando a água salgada do corpo, deitando-se folgadamente ao meu lado, na cadeira de praia, e chegando perto para dar um gole no meu côco.
- Que delícia...
- Bom né?
- Hum hum...
Ele me olhou bem perto.
- Me dá um beijo...
- Nem que a vaca tussa! Aqui não...
- Selinho, não tem ninguém olhando...
- Comporte-se Daniel. Se não saio fora...
- Hahahahaha... Tímido...
- Sou tímido mesmo...
- Que gracinha... Adoro você assim.
- Sei...
- Não vejo a hora de chegar em casa e poder me deitar contigo...
- É?
- Beijar teu corpo de cima em baixo...
Ele me olhava de um jeito que quase me derretia...
Meu corpo começou a reagir...
- Engolir sua língua e sentir seu gosto...
-...
- Me deitar de ladinho assim, com você atrás me encoxando e explorando meu corpo...
-...
- Me abraçando por trás, beijando meus peitos, mordendo minha orelha, seu pau duro brincando no meio da minha bunda...
-...
- Eu dando aquela empinadinha e procurando me encaixar em você...
- Cara... Para! Olha você como está!
- E olha você como está ficando... Delícia. Que vontade de pegar... Passar a mão...
- Daniel, me empresta sua camiseta.
- Prá que?
Eu só PRECISAVA me esconder, a cabeça do meu pau quase saía prá fora da sunga. A dele estava de lado, já era possível ver toda a forma delineando o tecido esticado.
- Relaxa rapaz... Os incomodados que se mudem. Ninguém tá reparando...
- Não? Mas eu sinto que toda a praia tá olhando...
- Quem me dera...
- Daniel...
- Não fosse por você, eu me deitaria agora ao seu lado e te beijaria gostoso, sem frescura...
- Vai dar seu mergulho cara! Por favor.
Ele riu de novo, quase uma gargalhada. Levantou-se e como se não bastasse a visão que já era espetacular, se espreguiçou levantando os braços e se alongando todo, deixando tudo muito mais evidente para quem quer que estivesse assistindo. Eu não sabia se alguém estava observando ou não, tinha vergonha de olhar pro lado.
Sem que eu tivesse chance de barrá-lo, se inclinou como um raio, me deu um beijo no rosto e saiu correndo prá água, dando uma olhadinha prá trás...
- Tô fudido...
Eu estava completamente envolvido pela situação, mas não me sentia confortável com ela. Naquele momento decidi que só queria voltar prá capital e precisava de um tempo para pensar sobre tudo aquilo. Antes que não tivesse mais volta.
E inevitavelmente, me veio a pergunta diante dos seus atos e seu jeito de ser... Quem era o mais complicado e indeciso nessa relação?

Pessoal, aos poucos vou postando toda a história, editada.
Quem quiser saber de tudo com mais detalhes, fica o convite para adquirirem o livro, bem mais completo:

Valeu!!! Brunno

                                


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Ficha do conto

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Nome do conto:
O Rapaz da guarita (Parte 2)

Codigo do conto:
46894

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
10/05/2014

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