O Rapaz da guarita (Parte 5)


CAPÍTULO 18


Apesar do tesão louco que chegamos ao hotel, eu pela expectativa da manhã seguinte e ele provavelmente pelo pedido ter partido de mim, nos controlamos sem necessidade de pedidos nos guardando para nosso último dia.
Nos aliviamos juntos embaixo do chuveiro roçando nossos cacetes duros e nos beijando sem pressa. O sono veio calmo e tranqüilizante, ele aninhado em meu peito, segurando minha mão em sua barriga e com o rosto encaixado no meu. Nossas respirações ritmadas nos embalaram...
Acordei com ele me sacudindo. Incrível como ele acordava disposto para fazer sacanagem!
- Vamos Bruno, antes que a gente perca o timing!
- Timing? Tá doido?
- Meu timing, o seu, o dele, o do sol... Muita coisa.
- Vamos, vamos!
Ele colocou outro daqueles shortinhos impossíveis, que nele caíam como uma luva, uma regata justa que deixava todo seu corpo rígido em evidência e me puxou, me abraçando pela cintura todo ansioso. Parecia que era meio dia.
A madrugada era um prenúncio de mais um dia bonito. Quente como os anteriores, mais calmo. Menos gente na rua que na sexta anterior, e também menos gente no Arpoador, talvez porque a galera tivesse virado a noite na balada. Fiquei por um instante receoso de não termos platéia.
Dessa vez, ele me conduziu para um ponto um pouco mais à direita da pedra, pro lado de Ipanema. Me encostou em uma rocha e antes de mais nada, simplesmente me abraçou por trás, forçou seu corpo no meu e sussurrou em meu ouvido...
- Obrigado, meu gato.
- Que isso... É um prazer.
Literalmente era.
Eu inverti o papel. Fiz aquilo que ele adorava fazer comigo, e eu adorava que ele fizesse. Segurei seu rosto com as duas mãos e fui descendo sua cabeça, fazendo com que ele parasse em meus mamilos, descesse pela barriga até encontrar meu pau já latejante, ainda preso na sunga estufada. Ele brincou com ele um tempo, acariciando minhas coxas e me olhando nos olhos de forma lãnguida e muito, muito íntima.
Eu revirava os olhos...
Ele colocou meu cacete prá fora e me chupou deliciosamente. Gemia alto daquele jeito que quase me fazia gozar instantaneamente, e já buscava com os olhos algo a mais. Eu já estava quase certo que não ia rolar, mas a incerteza e a possibilidade já me deixavam louco. Fora ele ali...
Depois de algum tempo, trocamos o papel.
- Ei moleque, me deixa te provar um pouco agora.
- Porra Bruno, vem que é seu!
- Abre a perna prá mim, .
- Faço o que VOCÊ quiser.
Ele se ajeitou quase sentando na pedra, esparramando suas coxas grossas e gostosas ali. Não me fiz de rogado e engoli aquele cacete lindo, explorando seus peitos e suas pernas com as mãos. E de tempo em tempo, levava meu dedo ao seu cuzinho que piscava. Ele gemia alto, se esticava todo.
- Caralho Bruno... Vai devagar senão eu gozo...
- Calma, sem pressa. Quero gozar primeiro!
- Ahahahah...
Fiquei ali por um tempo, me deliciando e por incrível que pareça despreocupado e quase esquecendo o porquê de ter ido ali de novo. Ele, daquela forma, me saciava. Olhando para seu rosto bonito e másculo que curtia cada momento, percebi que já tínhamos platéia. Ele - ou alguém - já estava lá...
- Levanta um pouco aqui, Bruno...
Por um momento me assustei.
E ao me levantar eu o vi. Era, sem dúvida, o mesmo policial. O mesmo corpo e postura de aprovação e curiosidade, com uma diferença... Ele não estava lá no alto daquela outra pedra, nos protegendo e dando respaldo ao nosso "atentado ao pudor". Ele estava ali embaixo, a pouco menos de vinte metros da gente. Encostado em outra pedra menor, acariciando sua pica já prá fora da calça e se aproximando devagar.
Quando me viu levantando e a gente olhando prá ele, parou.
Daniel não perdeu tempo.
Acenou com a mão direita num convite, segurando seu cacete em riste, e me beijando o pescoço. Ele veio vindo, devagar, até se encostar onde estávamos. Segurou com cada mão nossas cabeças e foi nos abaixando juntos de encontro ao seu cacete.
Não houve resistência nenhuma...
Dividimos aquele cacete delicioso por um bom tempo, sem pressa, e às vezes partíamos prá uma punheta dupla enquanto nos beijávamos, colhendo mais saliva para lubrificar mais seu cacete. Ele gemia e rebolava fodendo nossas bocas.
- Ai, que delícia... Seus putos... Engole esse macho...
- Glup, glup, glup...
- Tava louco prá ver vocês aqui de novo. Tirar um sarro gostoso com vocês!
- Então vai, carioca safado...
- Vem cá, vai... Deixa eu chupar essa bunda pro seu macho ver!
Ele colocou Daniel de quatro e caiu de boca naquela bunda gostosa. Dani rebolava e gemia, e me chamou para ficar beijando sua boca, segurando meu rosto.
- Ele vai me foder cara, se você deixar!
- Quer?
- Eu quero. Se tu quiser.
- Vai fundo meu macho. Dá gostoso prá ele. Mostra prá ele como eu sou sortudo, de ter você todo dia na minha cama, me acordando, gemendo prá mim, pedindo mais...
- Porra cara, é isso!
- Então vai!
Ele procurou com a mão e segurou o cacete duro, encaixando-o na entrada de seu rabo faminto. Sem muita cerimônia começou a rebolar e gemer, segurando meu rosto na altura de seu peito excitado e me oferecendo seus mamilos gostosos para que eu chupasse. Com uma mão eu o punhetava, com a outra eu segurava sua cintura.
- Caralho, que rabo gostoso da porra!
- Me fode seu puto!
- Toma essa pica, seu viado... Geme gostoso.
- Ahahahah... Mete tudo, sem dó!
- Tá gostando de ver seu macho sendo fodido assim cara?
- Tô velho, continua... Mas não goza dentro! Vem gozar no meu peito...
- Porra...
Toda aquela sensação e aquele lugar, aqueles gemidos, aquele barulho, o povo ao longe, fizeram com que a sensação viesse. Eu não estava segurando meu pau, simplesmente o roçando nos joelhos de Daniel, mas não agüentei.
- Vou gozar!
- Eu também porra!
Eu e Daniel gozamos quase juntos, ele na minha mão, eu em suas pernas. Ele gemia alto e me beijava, abafando meu som de prazer.
Nos abaixamos e juntos, desesperadamente, fizemos nosso parceiro esporrar em nossos peitos. Caímos juntos. Exaustos. Nos recompomos devagar e sentamos na pedra, admirando o nascer do sol e nos permitindo um pouquinho mais de contato.
- Poxa, cara... Eu tinha a esperança de que vocês voltassem.
- E a gente tinha a esperança de te ver lá em cima de novo.
- Ah, não ia agüentar ficar tão de longe.
- Não é complicado prá você, Wesley?
- Complicado? Quase todo dia cara... Quem vem aqui essa hora tá buscando é sacanagem mesmo.
- Porra, deve ser um tesão um trampo desse hein ?
- Na maioria das vezes sim. Mas não é sempre que sou contemplado com dois loucos assim, como vocês... Vocês são um tesão.
- Valeu. Mas tu também.
- São casados?
Silêncio.
Nos olhamos.
Ele riu... Timidamente.
- Ainda não...
Eu corei, e sorri por dentro.
- Ah... Legal. Me convidem, hein?
- Hehehe... Pode deixar. Vamos subindo? Bateu uma fome!
- Claro né Daniel... rs
- Acompanho vocês. Meu turno acabou.
- E quando pega de novo agora?
- Só às oito da noite.
- Hummm...
- Por quê?
- Mora aqui perto?
- Não, meio longe. Moro na Penha. Conhecem?
- Hã... Só de nome.
- Bom, é longe.
- Cara, hoje é nosso último dia aqui. Passa seu número. A gente podia se ver à tarde.
Daniel me olhou curioso. Surpreso.
Wesley buscou nele a aprovação.
- Hã... Não quero atrapalhar o último dia de vocês.
- Que isso, passa aí. Qualquer coisa a gente te dá um toque, e você vem encontrar a gente... Que tal?
- Opa...
Anotei o número dele e nos despedimos. Fomos caminhando sem pressa para o hotel.
- Porra Bruno, tu cada dia me surpreende mais.
- Por quê? Quem manda provocar, ensinar... Só quero, talvez, conhecê-lo um pouquinho mais.
- Ah. Tu gostou tanto assim?
- hehehe... Ciúme, lindo?
- Humm... Um pouquinho. Mas adoro!
Gargalhamos juntos.
- Vamos voltar, e a gente negocia nosso tarde, ok?
- Fechadíssimo.
De mãos dadas, entramos no hotel. Sem vergonha nenhuma.


CAPÍTULO 19

Nem no meu sonho ou fetiche mais louco eu conseguiria chegar perto do que foi aquela tarde. Um verdadeiro divisor de águas na minha forma de enxergar um relacionamento, o amor, o ciúme, a mim mesmo.
Eram quase quatro da tarde. Eu estava sentado na poltrona do quarto do hotel, só de cuecas. Cacete duro, pulsando, sendo acariciado devagarzinho.
- Tá curtindo Bruno?
- Claro...
- Junte-se a nós.
- Eu já vou...
Na cama, Wesley e Daniel faziam um 69 delicioso de se ver. Eram dois machos de verdade se curtindo e se explorando só como dois machos sabem fazer. Sem frescura, sem limites. A TV ligada em um volume normal nos permitia expressar nosso tesão, apesar de naquele horário o hotel estar vazio... E de não estarmos muito aí prá isso.
Daniel tinha se deitado de forma a chupar o cacete gostoso do Wesley, mas olhando prá mim. Ele me devorava com os olhos e gemia baixo, aquela bunda gostosa aberta e se contorcendo, esperando por mim. Ele também não sabia da minha surpresa maior. Nem eu sabia se ia se concretizar.
Mas aconteceu. Primeiro um toque no celular, em cima do móvel.
Só um toque. Era o sinal.
Menos de um minuto depois, eu já de pé perto da porta e sorrindo de forma marota. Duas batidas suaves...
Eles pararam assustados.
- Pssssiu. Podem continuar seus putos. Vamos começar prá valer agora!
Abri a porta e o Ígor entrou.
Estava lindo. Aquele cabelo caído nos ombros, bermuda leve, regata justa com aqueles mamilos suculentos se projetando. Era uma visão tentadora, sempre. Mesmo já tendo visto, provado, chupado, mordido, aqueles peitinhos me surpreenderiam a cada nova visão. Deliciosa.
- Caralho... Bruno...?
- Wesley, esse é Ígor... Nosso amigo. Tudo bem?
- Porra, velho... Claro! Bem vindo, moleque.
- Valeu!
E aí tudo aconteceu, ficando difícil narrar tudo em detalhes.
Num primeiro momento, Daniel e Wesley retomaram sua brincadeira safada sob um olhar e comando meu. Eu coloquei Ígor sentado no meu colo, de frente prá mim, e caí de boca naqueles peitinhos que me alucinavam, apalpando sua bunda carnuda e acariciando seus cabelos... Ele se entregava fácil, aquele puto.
- Porra cara... Nem acreditei quando você me ligou, chamando prá isso.
- Por quê?
- Sempre quis participar de algo assim velho... E com vocês... Uau!
- Então aproveita Ígor. Não é sempre...
- Vai, mama meu peitão que é teu vai... Gosta?
- Delícia de peitinho cara!
Eu ouvia a voz do Daniel...
- Porra! Chupa ele Bruno, com vontade.
Em pouco tempo estávamos todos nus, gemidos eram abafados e reprimidos por mãos, beijos, olhares... Eu gozei a primeira vez no peito do Ígor, tinha que ser, e chamei Daniel para recolher minha porra comigo ali. Secamos seu peito com nossas bocas que se beijavam, ele me comendo com seu olhar de surpresa e gratidão.
- Te amo cara!
- Eu também te amo Dani!
- Vou ficar te devendo um ano de sossego, meu macho.
- Hehehehe... Não sei se vou querer...
Enquanto isso, a bundinha do Ígor era explorada pela língua safada do Wesley. Eles eram safos, e perceberam logo o rumo que aquilo iria tomar. Não foi preciso palavras para que em questão de minutos, os dois se chegassem num canto da cama grande, que cabia todos nós, e começassem a se curtir. Ígor comia Wesley com os olhos, e esse se exibia e oferecia com gosto. De frango assado, com as pernas levantadas ele começou a levar aquele cacete, e alisava seus mamilos olhando prá gente, provocando mais.
Eu já me dedicava ao meu macho. Entre beijos, apertos, chupadas mútuas, olhares trocados, o coloquei de quatro e comecei a bombar gostoso naquela bunda deliciosa.
Ele gemendo e se contorcendo, Ígor sendo fodido, apertando seus peitos gostosos, Wesley sem saber prá onde olhava... Era demais prá mim.
- Já tinha te secado no Arpoador moleque, esse corpinho gostoso já me fez bater uma punheta de longe! Que surpresa de pegar aqui!
- Porra, gatão. Fica na vontade não... É só chamar!
Prá ficar melhor ainda, resolvi trocar. E dar minha prova final
Puxei Daniel prá cima, segurei seu rosto e o busquei num beijo.
Mordi seu ouvido e sussurrei...
- Me come cara!
- Hã?
- Me fode gostoso vai... Olha seu cacete como está!
Eu tirei meu pau da bunda dele, e me coloquei de quatro abrindo meu buraco prá ele. Ele me olhava extasiado. Se abaixou, caiu de língua no meu cu e enfiou um dedo. Depois mais um. E o terceiro.
- Pode ir meu macho!
- Se doer avisa. Faz tempo...
- Não vai doer, pode me foder. Vai!
Me posicionei de forma que ao mesmo tempo que seu cacete invadia meu cuzinho apertado, substituí as mãos de Ígor em seus mamilos. Comecei a mamar aqueles peitões enquanto levava no rabo. Eu não sei de onde vinham os gemidos mais descontrolados, mas era fácil perceber que todos estavam no auge do tesão.
- Porra cara, que delícia te ver assim...
- Que moleque gostoso que vocês arranjaram porra...
- Para de falar e me fode, macho gostoso...
- Rebola na minha pica meu macho...
- Chupa meu peito... Gosta deles não gosta?
- Abre essa bunda pro seu putão ali...
- Olha a cara de tesão do seu macho cara...
- Geme gostoso prá mim...
- Me fode mais... Sem dó... Come-me...
- Ahahahahah...
- Caralho!
- Porra, que tesão de foda!
- Que bunda é essa porra?
- Que moleque gostoso... Vai ser só meu...
- Você é todo meu Bruno...
- Só seu, meu gatão. Sou só seu...
A tarde se esticou, como não podia deixar de ser, até quase oito da noite, horário que Wesley tinha que voltar pro seu posto. Eles deixaram o hotel juntos, trocando telefones e prometendo se reencontrar. Nos despedimos agradecendo e prometendo também manter contato caso voltássemos ao Rio... Tentação.
- Valeu Cara. Se cuidem!
- Vocês também.
Depois do banho sem palavras, apenas com beijos e carinho, nos deitamos juntinhos e não sei em que momento caímos no sono. Nos braços um do outro. Aninhados e relaxados, e não era preciso dizer nada. Há muito tempo não sentia e não via nos olhos de alguém aquilo que ele me passava. Era gratidão. Paixão. Tesão. Amor...
E ele via isso nos meus olhos também.
A noite foi tranqüila e gostosa, e a despedida do Rio numa manhã um pouco nublada e abafada. Saímos do hotel por volta das seis, nosso vôo partia as oito e meia do Santos Dumont.
- E aí, Dani...? Vai fazer o que em Sampa hoje?
- Ah, Bruno, ficar de boa. E esperar que comece logo no trabalho né?
- Sim, vai dar certo. Eles te ligam hoje?
- Espero que sim. E você?
- Trabalho. Depois volto prá casa cedo. Cola lá!
- Vou sim... Me espera por volta das sete da noite, ok?
- Oba... De volta ao lar.
Nos despedimos em Congonhas, fui direto prá empresa e ele voltou prá casa. Quando eram umas duas da tarde, recebi uma mensagem dizendo que ele já tinha a resposta, e que tinha conseguido o trabalho. Começaria na quarta feira. Eu tinha certeza disso. Respondi que jantaríamos para comemorar... Quando o interfone tocou, ainda estava no fogão.
Abri a porta, ele entrou com aquele sorriso delicioso, aquele gingado que eu amava. Foi me empurrando pro sofá.
- Epa, epa... Tô todo fedido cara... Tem comida no fogo. Espera, seu tarado!
- Hehehehe... Saudade de ti. E eu tô tão feliz!
Dei um beijo nele, apertado.
- Também tô muito feliz por você! Parabéns.
- Quer uma ajuda aí?
- Claro... Vem cá.
Fomos prá cozinha e terminamos nosso simples jantar juntos. Ele contava todo excitado a conversa com a moça do RH do banco, os próximos procedimentos. Correr atrás de exames, documentos, tudo aquilo. O que o cargo oferecia, possibilidades, planos. Era lindo ver aquela empolgação toda...
- Sabe o que é mais legal nisso tudo Bruno?
- Hã?
- Vou me estabilizar. A gente vai poder fazer muita coisa juntos. Viajar, te mostrar outros lugares, conhecer outros juntos que sempre quis ir...
- Oba.
- Tu vai ver cara...
Ele deixou a travessa de salada na mesa, tirou a faca da minha mão, me puxou pro seu corpo e me abraçou forte, suas mãos em meu rosto, daquele jeito gostoso.
- Você ainda vai ter muito orgulho de mim!
- Tenho certeza disso. E já tenho.
O beijo veio quente, verdadeiro.
Era bom estar em casa...
Os dois dias seguintes foram muito corridos para ambos. Eu com o trampo acumulado, literalmente fodido e tendo que colocar tudo em dia. Chegava em casa um bagaço só, louco pra dormir e descansar.
Ele correndo atrás da burocracia toda, cópias, exame admissional, toda a chatice. A gente se falou por SMS e ligações à noite, mas não nos vimos. Até isso gostava muito no Daniel. Apesar da saudade danada e vontade de estar junto, continuava uma vontade comedida, sem exageros e sem mela-mela. Dava tempo de ter saudade. Havia espaço prá ela. Conseqüentemente, cada mensagem recebida e cada ligação era um alívio e não uma a mais. Eu gostava disso.
Apesar de já termos dito que nos curtíamos, que nos amávamos, que queríamos estar juntos e isso nos fazia bem, havia uma vida independente e autonomia. Autocontrole para que nos colocássemos um na vida do outro numa medida confortável, sem invasão, mas sem espaço para sentir-se excluído.
Meu receio inicial em me parecer mais seguro, aquela mania de fingir que não sentia falta quando sentia, de não ligar querendo ligar, de manter um ar meio blasé, tudo isso se desmanchou junto com o amadurecimento da nossa relação. Junto com os pudores que eu tinha. Junto com tabus e paradigmas pré-estabelecidos.
Tudo isso mudou junto comigo.
Eu percebia isso. Ele também.
Era uma tranqüilidade que há tempos não sentia. Boa. Salutar.
Quarta feira à tarde, eu envolto em trabalho e pensamentos. Tocou o telefone.
- Meu gato...
- E aí rapaz... Como está sendo?
- Muito legal. Muita coisa! Tô meio assustado e ansioso.
- Normal cara. Relaxa.
- Preciso de ti Bruno...
- Fala meu lindo.
- Bastou o primeiro dia prá descobrir que preciso de roupa. Fiz tudo, esqueci desse detalhe. Vou ao shopping saindo daqui. Não quer me dar um help?
Affee... Disso eu não gostava. Mas não dava prá negar.
- Claro. Aonde você vai?
- Sei lá, qualquer um. Pode ser aqui perto mesmo. Tem o Paulista aqui, ou a gente pode se topar em outro, que acha?
- Beleza...
Fizemos como o combinado. Eu o encontrei no metrô, comemos em um junk food qualquer e fomos pro shopping. No caminho, feliz da vida ele me contava sobre seu primeiro dia, suas impressões, colegas de trabalho, o chefe "gostosão" e outras coisas... Eu só ouvia.
- E aí, fala... O que você precisa exatamente?
- Então... Pelo menos uma calça social ou esporte fino, umas duas camisas, meias, gravatas, quase tudo, nunca precisei disso!
- Tem preferência de local?
- Não, desde que seja um local que tenha tudo de uma vez, ótimo.
Na verdade, apesar da minha oferta para que comprasse em lojas separadas e colocasse no meu crédito, ele se recusou e quis parar numa loja de departamento grande, da qual tinha o cartão e podia parcelar. Ele era assim.
- Vamos lá. Você vai me ajudar né?
- Afe... Sou ruim prá caralho nisso. Prefiro te acompanhar só, sem palpite.
- Ah não! Quero sua opinião.
- Por quê? Se eu disser que não gostei você não leva?
- Hummmm. Não. Se EU gostar, nem vou te perguntar. Levo e pronto. Só pro caso de uma dúvida.
- Hehe. Tá valendo.
E mal perguntou mesmo. Foi selecionando as peças, calça, camisas, separando tudo sem nem me perguntar nada. Fiquei até meio bolado, mas tava adorando. Na verdade, era fato que tudo ficaria lindo nele. Fácil assim.
- Você nem vai experimentar?
- Só a calça talvez. As camisas servem, com certeza.
- Olha lá...
- E tu, não vai levar nada Bruno?
- Não, tô de boa, só vim te acompanhar mesmo.
Aquele olhar sacana...
- Tá... Tu que pensa. Pega isso aqui.
- Hã?
- Segura essa camisa aqui um pouquinho, por favor?
- Ei, nem quero. Não tô precisando não, Dani.
Por um momento, pensei que fosse um presente, algo assim.
- Seu bobo, tu não acha mesmo que vai ficar me esperando aqui, enquanto entro no provador né?
-???
- Hehehe... Loja vazia, você assim. Tô louco prá te chupar, cara!
- Daniel... Não.
- Sim! Agorinha... Vamos, me segue. Entra logo depois de mim.
Ele me largou e foi na frente, uma piscadela de lado, gingando em direção ao provador masculino Fui logo atrás, claro!
Muito engraçado a avaliação que fiz de mim mesmo naquele corredor da loja, em menos de um minuto. Enquanto eu o via entrar no provador, lançando um sorriso devastador para a moça que controlava as peças, me dei conta...
Menos de um mês atrás, por mais que um lance desse pudesse ser parte de minhas taras, JAMAIS me meteria numa coisa doida assim. Talvez recriminaria a irresponsabilidade e infantilidade do ato.
Agora, naquele momento, não via a hora de entrar. Vai entender...
Fiz uma horinha e fui pro provador.
A mocinha sorriu simpaticamente, me deu a plaquinha com o "1"
- Só isso mesmo?
- Hã... Por enquanto sim.
- Fique à vontade.
Enveredei pelo corredor, e mais uma vez me dei conta que de tonto Daniel não tinha nada. Agora entendia porque aquela loja. Aquele provador. Era grande, um corredor comprido, cabines amplas. Fui andando e quase chegando ao final, uma cortina semi-aberta.
Entrei sem olhar prá trás, e cerrei toda a abertura. Ele, descaradamente, já sem camisa abriu um pouquinho, deixando uma fresta perigosa.
- Dani...
- Psiu...
Me puxou e invadiu minha boca com sua língua. Beijava quente e forte, desabotoando minha camisa e segurando meu cacete, duro há tempos, apalpando-o com sua mão firme. Desceu com sua língua pelo meu tórax, chupando meus peitos. Com uma destreza incrível, libertou meu pau e começou a me punhetar. Por um dos espelhos que só faziam a situação mais excitante, eu vi que seu cacete também já estava para fora, duro, rijo, pulsando. E que ele me olhava, tesão puro...
- Vai seu safado - falei baixinho - engole tudo!
- É prá já meu macho.
Caiu de boca no meu cacete e chupava entre gemidos. Sua mão desceu pelas minhas pernas, abrindo-as e procurando meu cuzinho.
- Ahah!
- Delícia!
Enquanto ele trabalhava sem parar, ouvi barulho no corredor. Dei um passo prá trás, assustado. Ele me conteve, sem tirar meu pau da boca.
Ouvi uma cortina se fechando, dois ou três boxes antes do nosso.
Caralho...
Ele subiu devagar e mergulhou sua língua no meu ouvido. Gemendo veio o convite...
- Vamos lá? Ou prefere só chamar a atenção dele?
- Tá louco cara? Não!
Ele riu sem barulho.
- Vou sair!
- Não vai não.
Ele voltou a descer pelo meu corpo, me joguei prá trás. A sensação de perigo e sua boca safada me deixavam a mercê de sua loucura. E tinha a saudade... Desencanei e segurei sua cabeça, fodendo sua boca. Decidi mudar a estratégia. Se eu o fizesse gozar logo, e gozasse também, tudo acabaria mais rápido. E sem frustrações.
Diferente das outras situações não podia gemer nem provocá-lo, nem incentivá-lo verbalmente. Só tinha meu olhar prá transmitir o que estava sentindo. Ele já sabia fazer isso como ninguém. Eu era um mero aprendiz. Resolvi praticar.
Acho que me saí bem, primeiro porque era real. O tesão que sentia pela situação e o tempo sem estar com ele só aumentavam minha necessidade. Meu pau cresceu na sua boca, ele sorria com os olhos e explorava minhas coxas, meu cu, meus peitos com suas mãos másculas... Eu segurava sua cabeça e colocava e tirava meu cacete de sua boca, me contorcendo.
Instintivamente, me curvei sobre seu corpo, descendo minha mão pela suas costas e invadindo sua cueca. Enfiei um dedo no seu cuzinho e comecei a fodê-lo com o dedo, enquanto arregaçava sua boca. Deu certo. Ele acelerou o ritmo e começou a rebolar no meu dedo, se abrindo mais. Não demorou muito e esporrou em sua mão, recolhendo o leite na sua cueca.
Não agüentei. Com seus gemidos abafados e seu gozo abundante, senti o orgasmo vindo do fundo, sacudindo meu corpo e quase me jogando no chão. Ele engoliu meu pau até as bolas e senti meu leite invadindo sua garganta, meu corpo todo enrijecido e tremendo de tesão. Ele engoliu tudo, levantou-se, beijou minha boca e sussurrou em meu ouvido.
- Serviu?
Sorrindo daquele jeito sacana, abotoou sua calça, colocou a camisa e saiu assoviando, me deixando lá dentro.


CAPÍTULO 20

Saímos da loja com as sacolas e fomos tomar uma cerveja ali mesmo no shopping. Nos sentamos num canto mais reservado, e a música do telão deixava que a gente conversasse numa boa.
- Seu puto. Devia ter me tocado que você tinha planejado isso.
- Planejado o que?
- O quê? Safado...
- Ei, Bruno... Tu tá achando que eu planejei te trazer aqui e te chupar no provador?
- Hã hã...
- Cara, que viagem! Se fosse isso não tinha comprado nada, porra. Eu precisava de roupas, te chamei porque queria tua companhia e sua ajuda. Só isso. Mas aproveitei a circunstância.
- Sei...
- Hehehe. O que posso fazer se sou criativo? Tava tudo a nosso favor.
- Quase morri de tensão.
- E eu de tesão, hehe
- Velho, onde tudo isso vai dar hein?
- Ah... Desencana. Foi bom prá caralho não foi?
- Foi... Mas foi tenso.
- Assim que é bom.
Acabamos nossa cerveja e voltamos prá casa. Ele tava quietinho.
- Vai lá... Dani, depois de tudo, quero que você experimente prá eu ver como ficou.
- Hum... Tá querendo um showzinho meu gato?
Ele me beijou e abraçou forte.
- Não seu tarado. Quero ver como ficaram as roupas em você. Caso contrário queria você sem elas.
- Oba... Gosto mais assim.
- Vai moleque... Experimenta.
Ele riu gostoso e começou a tirar a roupa que usava. Colocou a calça social com a camisa, ficou lindo... A calça era justa, deixava aquela mala saliente. Seu peito estufado valorizava a camisa. Um tesão.
- Você que se comporte lá hein Dani...
- Porque tá falando isso?
- Olha prá você! Tá uma tentação!
Ele veio na minha direção, um sorriso leve nos lábios, segurou mus ombros e me olhou bem fundo nos olhos.
- Bruno...Você já se deu conta que todo dia você trabalha assim...?
- Hã?
- Valorize-se cara! Tu é um gato, fica lindo na sua roupa de trampo, um monte de meninos e meninas te paqueram na cara dura, e você nem se toca.
- Tá viajando!
- Tô... Como você acha que eu caí na sua?
- Você não caiu na minha!
- Ah, não... Olha eu aqui! Seu bobo! Tu é lindo. Não mais que eu, mas dá pro gasto!
Me beijou
- Não gosto quando você fala de mim como só eu fosse capaz de aprontar.
- Não é isso que quero dizer.
- Ah, é sim... Sei que sou mais novo, sei que sou um puto, tenho minhas loucuras que te deixam sei lá como, mas nunca te dei motivos não...
- Não é você que me dá motivo não, cara.
- Tá. Então bota isso na sua cachola e relaxa beleza?
- Ok... Você fica aqui comigo hoje?
- Hum... Acho que não Bruno. Tô com saudade de fazer mais coisas contigo, mas quero arrumar essas coisas em casa e não posso perder a hora de jeito nenhum.
- Fica aqui... Te levo amanhã cedo.
- Que isso? Vai acordar mais cedo prá me levar? Nem a pau gatão. Não posso me acostumar mal. Eu resolvi que não precisava enrolar mais.
Eu queria tentar.
- Dani...
- Oie. Ele estava dobrando a camisa, só com a calça, ajeitando tudo de volta na sacola.
- Queria te fazer uma proposta.
- Oba! Adoro. Faz aí, geralmente sou eu quem invento!
- Vem morar comigo.
Ele parou. Me olhou com uma cara de susto.
- O que?
- Vem morar comigo, Daniel!
- Tu tá falando sério ?
- Claro...
Ele largou tudo na cama. Abriu o sorriso mais lindo que eu já tinha visto, abriu os braços e veio andando gingando na minha direção...
- Morar junto contigo?
- É! Porra, você tá me deixando com vergonha.
- Que lindo, velho. Não precisa ficar com vergonha...vem cá.
Ele me abraçou firme, mas sem força e sem fome. Segurou meu rosto com uma mão e me beijou um beijo de sonhos. Sua mão passeava pela minha nuca e sua língua explorava minha boca vagarosamente, alcançando cada canto. Seu hálito era quente e fresco. A pressão de seu corpo contra o meu era justa, perfeita.
Nos beijamos sem pressa, rodando pela sala.
Ele parou, ainda me apertando suavemente, olhando nos meus olhos, ainda sorrindo. Juro que vi lágrimas em seus olhos.
- Isso é um SIM ?
- Não Bruno. Isso é um OBRIGADO. Junto com um TE AMO.
- Mas...
- Vou pensar cara. Com muito carinho. Mas eu tô muito, muito feliz!!!
- E o que te faz pensar?
Ele parou. O sorriso murchou. Não escondeu.
- A Ana!
Gelei. Passou um monte de coisas na minha cabeça. A primeira reação foi cobrar, claro...
- Vocês...?
- Senta aqui Bruno. Não é nada disso.
- Não é nada do quê?
- Senta aqui caralho!
Eu me sentei na cama ao seu lado. Ele se colocou daquela forma que sempre fazia quando queria falar sério. Uma proximidade forte, olho no olho, semblante maduro, segurando meu braço. Naqueles momentos ele não se parecia nunca com aquele moleque feliz e atirado de várias outras situações. E essa capacidade dele de ser assertivo me enfeitiçava.
- Seguinte velho. Ana me ligou no início da semana. Tipo prá cumprimentar pelo trampo novo, minha tia contou pro povo de Ribeirão e ela ficou sabendo.
- ...
- Ela quer vir prá cá também. Está cansada da vidinha parada de lá, e acha que tem condições de se dar melhor aqui. Ela me pediu, de boa, se podia ficar em casa até ela achar um local prá morar...
- ...
- Fala alguma coisa.
- Falar o que?
- O que você acha disso?
- Ah... Acho lindo cara. Uma maravilha. A melhor notícia do ano prá mim.
Não consegui deixar o sarcasmo de lado. Ele não sorriu.
- Porra Bruno. Gosto dela, cara. De boa, acho que ela é bastante inteligente prá se dar bem aqui. A gente se dá bem, terminamos numa boa, fico sem razão prá não ajudá-la.
- Dani, você sabe que não precisa fazer isso.
- Não preciso. Mas posso fazer. Assim como alguém me ajudou quando eu quis vir prá cá, e de certa forma me deu uma nova possibilidade na vida, porque eu não poderia ajudá-la?
- Dani... Você acha mesmo que é isso que ela quer? Uma chance na capital?
- Acho. Que mais?
- Ah... Me poupa, Daniel!
Não consegui me controlar. Me levantei da cama.
- Bruno... Vem cá. Eu não acabei.
Ele falou sério. Daquele jeito.
- Vai cara, pode acabar. Tô aqui.
- Porra, você acha que eu sou um bobinho inocente, né?
- Não. De inocente você não tem nada. Acho que você é homem.
- Não. Tu tá me julgando um menino. Eu sempre fui com ela da mesmíssima forma que sempre fui contigo. Transparente e claro em minhas opiniões e decisões. Ela sabe que eu não quero nada com ela, e isso eu já cansei de falar. E não dei nenhuma brecha prá ela achar o contrário.
- Não duvido que ela saiba disso. Só não acredito que isso seja motivo para ela desistir de ti.
- Eu sei me defender.
- Hãhã.
Ele abaixou a cabeça. Se levantou e veio até mim.
- Porra, tenta me entender! Se coloca no meu lugar!
- Você já se decidiu né?
- Não. Não decidi nada. Ela me pediu isso, disse que precisava pensar que estava mudando de trampo e abri o jogo prá ela em relação a ti. Falei que ia conversar contigo e daria uma resposta.
- Você falou da gente prá ela?
- Falei. Por quê?
- Prá que?
- Porra cara... Por que não? Já te falei que tô de boa contigo, não tem porque esconder nada de ninguém. E se ela vier, vai saber de qualquer forma...
- E o que ela falou?
- Que já desconfiava.
- É ?
- E que é um desperdício... Nós dois. hehe
- E que mais?
- Mais nada. Agradeceu e está esperando.
Eu fiquei passado. Não caia naquele papo dela nem a pau. Tinha certeza que era uma armadilha e tentativa de reaproximação. Eu, no lugar dela, tentaria. E não sabia o que fazer.
- Se eu disser que não...?
- Vou entender. E vou pensar se aceito sua negativa ou não.
- Então você quer que ela venha.
- Eu não quero que ela venha. Mas se ela quer vir, eu gostaria de ajudar.
Eu virei a cabeça.
- E então? Qual sua posição Bruno?

-----------------------------------------------

Continua...

Foto 1 do Conto erotico: O Rapaz da guarita (Parte 5)


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Comentários


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gilmartasants Comentou em 31/05/2014

Estou Adorando ler cada capítulo dessa história maravilhosa! Esperando ansiosamente a continuação... =D ! Abraços!!!

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Comentou em 28/05/2014

Delícia de conto. Tesão puro!

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victor1607 Comentou em 27/05/2014

Qual a idade deles?Você não falou,e está ficando cada dia mais interessante seu conto.




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Ficha do conto

Foto Perfil brunno lemme
o-rapaz-da-guarita

Nome do conto:
O Rapaz da guarita (Parte 5)

Codigo do conto:
47520

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
25/05/2014

Quant.de Votos:
5

Quant.de Fotos:
1