O Rapaz da guarita (Parte 3)

Capítulo 11

Nosso retorno foi tranqüilo, rápido e calado. Acho que ele percebeu o que aquilo me causava e minha dificuldade para lidar com a situação, e respeitou. Gostava disso nele. Havia, por incrível que pareça, respeito e compreensão. Ele era intuitivo, sabia atacar e se defender na hora certa. Isso, de certa forma, me instigava, me atraía e me assustava um pouco...
Chegamos a São Paulo por volta das cinco da tarde. Demos uma parada em casa para tomarmos banho e depois eu o deixaria na casa dele. Queria conversar sobre tudo aquilo só depois, pensar antes. Foi inevitável não colocarmos prá fora o tesão acumulado. Embaixo do chuveiro nos beijamos demoradamente e de forma quente, urgente e máscula. Nossas mãos se procuravam e exploravam cada parte de nossos corpos. Nossas picas duras se roçavam e nos excitavam ainda mais.
Eu resolvi retribuir parte do que ele tinha provocado, e fui o primeiro a descer. Me ajoelhei no chão do banheiro e abocanhei seu cacete. Engolia até as bolas, chupava apertado e molhado, apertava e acariciava suas bolas, suas coxas, sua bunda rígida, invadia seu cu com um dedo... Subia uma das mãos para acariciar seu mamilo ereto e duro, tentava deixá-lo saciado.
- Caralho, Bruno. Que tesão, velho... Você me satisfaz mais que qualquer garota que já tive!
- O que você quer que eu faça contigo?
- Faz o que quiser comigo! Sou teu agora. Engole meu cacete!
Eu o puxei para o chão e fiz com que ele deitasse. Aprisionei seus braços para cima e me sentei sobre seu peito, meu cacete em riste próximo á sua boca. Ele olhava com fome, a língua de fora, gemendo baixo e tentava abocanhar. Eu me afastava.
- Me dá... por favor!
- Toma isso agora!
- Me ergui um pouco mais, e me sentei com meu buraco quente na altura de sua boca.
- Ahahahah... Caralho! Como eu quero!
Comecei a rebolar em sua cara, e ele invadia meu cu com sua língua quente e molhada. Era a primeira vez que invertia o papel com ele... Ele merecia. Ele ficou louco como há muito eu não via, era perceptível que ele queria aquela intimidade que ainda não tinha tido. E eu aproveitei também. Sou predominantemente ativo, mas já vinha com vontade de variar com ele um pouquinho. Sentir no cu a sensação que ele me provocava com a língua safada ao me beijar, que já era muito boa...
E era mesmo. Sua língua parecia imensa. E era de uma agilidade louca. Ele me penetrava com ela e ao mesmo tempo segurava minha cintura e coxas com suas mãos firmes e grandes.
Me inclinei para trás e peguei se pau com a mão, punhetando devagar. Ia alternando entre a base, as bolas e seu cuzinho, acessível com sua perna arreganhada. Ele comprimia e fechava as pernas com força, prendendo minha mão lá dentro e depois liberando, como que controlando meu movimento... E gemia! Ah, como gemia! Seus gemidos eram uma sinfonia deliciosa! Eu recuei um pouco, encaixando minha bunda em seu cacete e mexendo gostoso. Me segurei forte em seu peito, apertando seus mamilos e olhando nos olhos. Ele se ergueu rapidamente e me abraçou forte, segurando minha nuca com as duas mãos e enfiando a língua dentro da minha boca...
- Caralho, Bruno... Desse jeito eu não agüento!
- Você quer que eu pare?
- Não !!! Continua, cara... Eu te quero de todo jeito. Quero você dentro de mim, quero te invadir e ser seu homem! Quero trocar contigo, te dar o prazer que eu tenho...
- Você quer me foder ?
- Como nunca quis alguém antes...
- Mentiroso...
- Hahahaha... Você vai ver... E vai sentir!
- Então me fode, meu homem! Devagar, sem pressa!
Eu peguei seu pau com uma mão, com a outra molhei minha mão e lubrifiquei mais meu cu e encaixei a cabeça na entrada. Fui sentando devagar. Doeu um pouco, fazia tempo que eu não dava, mas a vontade era maior... Em pouco tempo, o tesão substituiu a dor. E a visão do prazer que ele sentia estampado em seu rosto era algo que se eu pudesse, gravava e levava comigo prá sempre... Simplesmente impagável.
Eu não ia conseguir me livrar dele tão facilmente!
Ele ficou ali me bombando e me comendo com os olhos, me segurava forte pela cintura me erguendo com seus braços fortes, ditando o ritmo. Gemia gostoso e se levantava de vez em quando prá me beijar.
- Quero fazer contigo agora do jeito que você gosta de fazer comigo...
Me pegou com força e foi girando seu corpo, até me deitar de lado e me abraçar por trás, sem deixar seu pau sair de dentro de mim. Eu realmente adorava aquela posição. Me abraçou forte, ergueu minha perna direita e a manteve inclinada. A sensação de seu peito quente em minhas costas, seu pau me invadindo, sua boca lambendo meu pescoço, sussurrando e gemendo em meus ouvidos, uma de suas mãos em minha cintura, seu olhar de tesão... Tudo isso me levava ao êxtase.
- Gosta assim Bruno?
- Gosto, cara...
- Olha como você me deixa velho... Sente meu mastro duro dentro de ti...
- Tô sentindo.
- E olha como tu está reagindo cara... Levando no rabo com esse pau duro...
- Hãhã...
- Já, já vai ser sua vez. Quero ver ele me invadindo, me fodendo gostoso, me preenchendo sem dó... Quer?
- Quero porra, você sabe que quero!
- Caralho, Bruno! Nunca pensei que pudesse ter tanto tesão por um homem, velho! Era prá ser só curtição, mas tô ficando viciado em você. Que delícia, cara...
- Porra, não pára Daniel... Me fode, vai!
- Toma seu safado!
Ele apertou mais minha cintura e bombou forte. Estocava cada vez mais fundo, me alargando mais e mais... Eu levei minha mão até suas coxas, sua bunda, puxando-o mais para dentro de mim.
- Vai cara, goza gostoso. Goza que depois quero inverter contigo e ver seu pau ficando duro de novo, prá gozar mais uma vez enquanto eu fodo seu cuzinho.
- Porra cara, assim não agüento!
- Vai, goza pro seu macho...
- E depois?
- Depois vou te fazer gostoso! Te fazer gemer e rebolar na minha vara!
Ele não agüentou, socou forte, me abraçou e senti sua porra esguichando no meu cu. Tirei o pau dele a tempo de ver os jatos caindo em sua barriga, seu peito, ele se contorcendo de prazer.
Era minha vez então. Invertemos, e ficamos nos curtindo por mais um bom tempo. Comi seu cuzinho do jeito que gostava, sem pressa alternando carinho e pegada forte. Como prometido, em pouco tempo ele já estava de pau duro de novo, revirando os olhos, e gozou forte novamente antes que eu vertesse litros de porra em seu peito e seu rosto.
Nos largamos um nos braços do outro, e dormimos gostoso, como sempre acontecia. Não tive tempo de pensar em nada... Pensaria depois. A semana foi tranqüila. Seria sua última semana na empresa como combinado. Seus horários eram malucos, nos encontramos poucas vezes por lá. Não nos vimos nem na Segunda nem na Terça. Eu gostava dessa forma "light" de ser, nada de grudes e zilhões de telefonemas e mensagens. Fazia a saudade ter espaço, a certeza de que gostava da companhia dele, mas que não era dependência, era tesão, atração, carinho... Crescentes.
Na quarta ele me ligou.
- E aí?
- Fala meu querido...
- Correndo muito, Bruno?
- É, velho, bastante... E você?
- Então, por isso te liguei. Amanhã já tenho uma entrevista agendada. É num banco na Paulista, parece bem legal. Queria tua ajuda.
- Claro, o que posso fazer?
- Na verdade umas dicas prá esses lances de entrevista, sabe? Faz tempo que não passo por isso, queria me preparar bem!
- Beleza. Não domino muito, mas posso te dar uns toques, sim...
- Tem jeito de eu passar aí mais tarde? Prometo não demorar.
- Claro. Quer que eu te pegue?
- Desencana... Sei andar, tá?
- Bobo...
- A gente se vê então.
- Até.
Me entusiasmei. Seria legal ajudá-lo. Eu adorava quando ele se comportava assim. Comportado. Mas a certeza que isso durava pouco me motivava também. Resolvi preparar alguma coisa para jantarmos enquanto ainda tinha tempo. Fiz um peixinho grelhado, salada básica...
Me larguei no sofá e esperei. Ele não devia demorar.
Demorou... E caí no sono.
Acordei assustado com o toque do meu celular.
- Porra cara, tu tá em casa?
- Tô Daniel, desculpa... Dormi.
- Libera prá mim. O porteiro ligou aí e você não atendeu.
- Tô indo.
Me levantei rapidinho e dei um toque na portaria. Ele subiu rápido.
- Cara, como você dorme velho, rsrsrs
- Foi mal!
- Nada...
Ele me abraçou forte, segurou minha nuca daquele jeito e me beijou gostoso. Me abraçava forte, mas percebia que era literalmente um cumprimento mesmo. Não havia segundas intenções, eu já o conhecia. Ele sabia direitinho controlar a situação.
Separou-se de mim e se jogou no sofá.
- E aí, sua semana?
- Ah, cara... Você sabe, como sempre. Corrida.
- Nem te vi direito lá, imaginei que estivesse assim mesmo.
-É. Mas me conta... E esse lance da entrevista?
- Então... Mandei os currículos, lembra? Um camarada que conhecia tinha meio que me indicado esse lugar. Me chamaram já na Terça, marcando prá amanhã. O Vinicius, esse meu amigo, me deu uns toques. Mas queria falar contigo.
-Legal, vamos lá!
E ele me encheu de perguntas e questionamentos como se eu fosse profissional de recrutamento e seleção. Eu não era, mas claro que pude dar uns toquem em relação aquelas perguntas e respostas clichê, algumas coisas a evitar, enfim... Ao menos queria que ele sentisse que podia contar comigo. Era prá lá de meia noite quando resolveu sair. Não sem antes me levar até a sacada.
- Olha, hoje vou ficar quietinho, mas morro de saudade dessa sacada. É meu lugar favorito no seu AP...
- Sei, claro...
- Hahahahaha... Vai dizer que não gostou?
- Bom, chega Daniel! Vai embora então, e me conta amanhã logo depois da entrevista como foi, tá?
- Beleza, posso vir comemorar ou chorar contigo?
- Pode. Me liga e a gente combina.
- Tá bom. Valeu mesmo, velho. Te devo essa...
- Que isso...
- Deixa eu pagar, vai?
- Ai, ai... Tchau!
Ele me deu aquela puxada, me abraçou forte, aquele beijo, carinho na nuca e saiu pela porta, gingando, sorrindo... Eu, já com saudade...
O dia passou rápido, trabalhei muito e consegui ficar sem pensar muito nele. Era quase quatro da tarde quando recebi uma mensagem no celular.
"Me liga!"
Aproveitei prá dar uma esticada nas pernas. Saí da minha mesa e liguei.
- E ae, rapaz... Como foi?
- Poxa cara, acabei de sair da tortura!
- E então?
- Sei lá, porra. Acho que fui bem. Fiz tudo certinho. Mas não sei, tô nervoso.
- Relaxa Daniel, já acabou. Te falaram se vão te retornar ou coisa assim?
- Hã hã... Me ligam até o fim a semana.
- Legal. Já fez o que podia, certo? Agora é esperar...
- Pode crer! Nossa Bruno, tô cansado. Parecia que não, mas me consumiu. Quero muito isso cara, vai ser bom prá gente.
"prá gente"...
Ele notou meu silêncio
- Que foi?
- Nada...
- Cara, tô indo prá casa. Só quero tomar um banho e descansar. Posso te esperar lá?
- Ah... Pô, Daniel... Eu...
- Ah, cara, por favor. Nunca te pedi assim. Sempre respeitei seu tempo. Hoje eu tô precisando de você perto...
Ele sabia, como sabia, me amolecer!
- Tá bom, Dani!. Eu vou acabar as coisas aqui, rápido, e vou te encontrar.
- Vou estar te esperando. Detesto ficar devendo, sabe?
- Seu moleque!
- Beijo...
- Tchau.
Acabei meu trampo rapidinho. Me peguei ansioso prá estar com ele. Apesar de todo o discurso de "sem cobrança", "sem envolvimento", eu tava me sentindo cada vez mais ligado a ele, e sentia ele também ligado a mim. Mas será que eu conseguiria lidar com aquele fetiche doido dele? Será que ele continuaria com aquele fetiche doido, se ficássemos juntos...?
E a pergunta que mais me atormentava, bem no fundo...
Será que, caso o fetiche fosse embora num possível relacionamento mais estável, meu tesão e atração iriam também? Até onde era aquilo que estava me atraindo no Daniel? Resolvi que seria o dia prá colocar tudo na mesa, conversar abertamente, contar o que sentia e ver o que viria depois... Mesmo se fosse prá acabar ali.


CAPÍTULO 12

Fui prá casa dele pensando bastante e meio que recapitulando toda aquela história, como tudo havia começado. Menos de duas semanas de contato e tinha experimentado situações que não tinha me imaginado nesses mais de trinta anos de vida. Daniel era uma companhia que me passava uma puta segurança, mas não sei se ele tinha essa segurança para consigo mesmo. Sentia carinho por ele. Ele tinha mostrado discrição e cuidado. Sentia muito, muito tesão. Ele era quente, sem frescura, pegada de homem, ritmo de homem, jeito de macho... Isso me deixava louco!
Meu medo era que eu me apaixonasse e ele ficasse nessa piração e fetiche, e se mandasse como se mandou da garota com quem estava há um ano.
Ele me recebeu com olhar de menino cansado. Entramos e me puxou naquele abraço carinhoso e apertado que me amolecia. Ficou um bom tempo assim, me abraçando forte e me apertando contra seu corpo, fazendo carinho no meu cabelo meio que como soubesse que o papo seria sério. Maldita intuição...
Deixei que ele me soltasse - até porque tava muito bom - sem pressa e o puxei pro sofá.
- Ei, que foi, moleque?
- Nada Bruno, só cansaço... e ansiedade. Tá tudo bem.
- Ânimo poxa... Vai dar tudo certo! Nunca te vi amuado assim!
- Vai sim. Valeu. E contigo?
Fiquei com pena de colocá-lo na parede naquele momento.
- Tudo beleza. Cansado também, mas o cansaço de sempre.
- Você trabalha prá caralho, né?
- Precisa...
- É. Isso que eu quero prá mim, sabe Bruno... Acho que sou muito inteligente e capaz prá ficar sentado atrás de uma guarita a noite toda. Sem preconceito, mas não exige nada de mim. Quero mais, cara.
- Eu tenho certeza que você pode.
- Torce por mim oK ? Vai ser bom prá gente!
De novo... “prá gente”...
- Posso te pedir uma coisa Bruno?
- Manda...
- Sei que estou te devendo - ele riu, revirando aqueles olhos naquele sorriso sedutor - mas hoje, como estamos cansados, só quero que você fique aqui, passe a noite comigo assim - e se deitou no meu colo - sem urgência, abraçado, me dando colo e carinho.
Caraca... Tinha como dizer não?
Nós pedimos uma pizza, comemos assistindo o noticiário, procuramos algo na TV e nos deitamos juntos. Era tentador, mentira se dissesse que não, vê-lo se despir e ficar só de cueca preta, justa, o volume de seu pau comportado, mas ainda assim revelador, aquele tórax gostoso, e simplesmente abraçá-lo.
Eu me deitei também só de cueca ao seu lado. Ele se chegou mais, deitando sua cabeça no meu peito e me abraçando pela cintura.
"Concentre-se Bruno... Mostre que é capaz!"
Enroscou sua perna na minha e virou o rosto, me olhando daquele jeito calmo. Puxou meu rosto e me deu um beijo gostoso, mas controlado. Afastei de leve sua cabeça colocando-a de novo no meu peito e fiquei acariciando-o carinhosamente.
- Gostoso isso, cara... Tava precisando bastante de carinho assim.
- Dorme, velho. Aproveita...
- Me abraça assim, então!
Virou-se de lado, se oferecendo de conchinha prá mim. Eu me encaixei em seu corpo e o abracei de leve, meu rosto junto ao seu já de olhos fechados. Foi se mexendo devagarzinho e insistentemente até encontrar a posição perfeita onde nos apoiávamos e estávamos ambos relaxados... Dava prá sentir sua respiração, ele segurando minha mão junto à sua, meu corpo todo encostado no dele, meu peito colado em suas costas. Era um momento dos mais quentes que já tinha passado com ele, mas estávamos só nós ali. Parecia que ele queria me passar um recado claro e nítido de que podíamos nos curtir sem tantas aventuras loucas, que ele queria aquilo, que aquilo era bom também...
Ficaria assim por dias... E assim dormi um sono tranqüilo e pesado, como há muito não dormia. Completamente revigorante. Eu estava completamente apaixonado!
Acordei não sei que horas, e notei que ele continuava ali, lindo. Gostoso, ressonando, um pouco mais longe de mim - tínhamos nos desvencilhado - uma visão privilegiada. Levantei-me devagar e fui pro banheiro. Abri a ducha e entrei pro banho, feliz. Deixei a água cair sem pressa. Ouvi o barulho dele se levantando e então ele entrou preguiçoso, pegando meu rosto entre as mãos naquele beijo...
- Oi meu querido... Bom dia!
- Dormiu bem?
- Nossa! Muito. E você?
- Muito bem cara...
- A gente tava precisando né?
- Hã Hã...
- Posso tomar banho contigo?
- Bom... Já invadiu né? – Sorri.
Ele me abraçou gostoso, dessa vez por trás, e começou a beijar minha nuca, meu pescoço, virou meu rosto e me beijou, agora sim quase me devorando.
- Hora de pagar dívidas...
Foi descendo com sua língua pelas minhas costas enquanto suavemente me empurrou e me encostou na parede fria de azulejos. Foi descendo sem pressa, passeando com suas mãos fortes e sua língua ágil por cada parte do meu corpo. Abriu minhas pernas e mergulhou a língua no meu buraco, chupando gostoso... Abaixou-se mais e engoliu minhas bolas, me virando de frente para ele. Brincou um tempo com meu cacete já duro, até engoli-lo sem cerimônias, enquanto uma mão explorava meu mamilo direito e a outra oferecia seus dedos para que eu chupasse.
- Porra, tava com saudade disso também, Bruno...
- Eu também!
- É ?
Ele subiu e jogou seu corpo sobre o meu, deixando que eu sentisse todo seu peso. Me beijou com força, segurou minha cabeça e começou a forçá-la levando-a até seu peito eriçado. Chupei gostosamente seu peitinho duro, enquanto com a mão acariciava seu volume rijo ainda preso em sua cueca encharcada.
Fui descendo devagar até chegar ao seu caralho. Desci a cueca justa e molhada por suas coxas e caí de boca, numa gulosa bem caprichada e faminta. Ele gemia e se contorcia, soltando grunhidos baixinhos.
- Continua...
Ele se virou repentinamente e abriu as pernas, mostrando o que queria. Sem muita demora, caí de boca em seu cuzinho molhado, lambuzei-o com minha saliva e sem demora, me colocando de pé encaixei meu cacete ali e forcei a invasão, segurando sua cintura e beijando suas costas e nuca. Ele empinou a bunda gostosamente, segurou e abriu sua carne, me puxando para dentro...
- Me come gostoso, vai!
- Goza prá mim...
- Me fode!
- Toma...
Bombei forte, e o tesão era tanto que gozamos logo, cansados.
Estava de saída para o trampo, devia ser por volta das oito.
- Você vem prá cá de noite Bruno ?
- Daniel, vai depender. Tenho zilhões de coisas prá fazer, se sair no horário te ligo e a gente se vê, caso contrário deixamos prá amanhã, Ok?
- Tá bom. Se preferir e quiser me dá um toque e vou pro seu AP.
- Tá legal... Deixa eu ir. Se cuida, lindo!
- Pode deixar.
Ele me puxou e me abraçou forte.
- Valeu por ter vindo e ficado comigo viu? Tava precisando...
- Que isso! Foi um prazer... rs
- Ah... Se eu tiver novidades te ligo.
- Por favor! Vou torcer muito! Vai dar certo, fica tranqüilo!
- Beijo, meu gato! Muito obrigado mesmo!
Saí feliz por tê-lo confortado de certa forma, mas frustrado por não ter conseguido adiantar nada do que queria. Na verdade, saía mais envolvido e mais enrolado do que chegara... Foda!
Trabalhei bastante, e o trampo sempre me ajudava a espairecer um pouco e desanuviar os pensamentos. Doce ilusão e uma forma tranqüila de ir empurrando com a barriga. Mas já sabia o que eu precisava fazer. Era só fazer...
Estava em casa, banho recém tomado e me preparando para comer alguma coisa quando tocou o interfone. Era o porteiro dizendo que ele estava lá embaixo.
Luz amarela! Agora aparecia assim, sem nem dar um alô.
- Pode deixar subir, por favor.
Abri a porta e lá estava ele, sorridente, bonito, bem mais disposto!
- Porra, que aconteceu contigo... Seu celular não atende!
- Sério...?
- Tentei ligar várias vezes. Só Caixa postal, fiquei preocupado!
- Podia ter ligado aqui.
Ele ficou sério...
- Ei, não liguei aqui porque estou falando de duas horas atrás. Você quer que eu vá embora? É só falar, não quero incomodar.
- Ei, ei, ei... Calma! Só estranhei porque você sempre avisa!
- Tentei avisar.
- Tá bom, desculpa... Foi mal.
- Poxa, só queria te dar uma notícia boa! – Ele estava chateado.
- Te chamaram?
- Hãhã...
- Poxa Daniel! Parabéns cara! Tô muito feliz!
Eu o abracei com sinceridade. Ele retribuiu friamente.
- Bom, notícia dada... Vou saindo. A gente se fala.
- Cara... Pera aí!
- Me liga amanhã, ok?
E foi...
Fiquei morrendo de raiva de mim mesmo.
Merda de celular... Isso era hora de descarregar e eu nem notar?
E que droga de defesa era essa na qual estava me escondendo, que me deixava tão chato em relação a esse lance de "invasão de espaço". Em outros casos, tudo o que eu queria era ser surpreendido com uma visita inesperada, carinhos sem data marcada. Que frescurice era essa?
Peguei o telefone e liguei no celular dele.


CAPÍTULO 13

- Oi.
- Daniel... Desculpa. Volta aqui, deixa eu falar contigo.
- Falar o que, Bruno? Parece que você quer ficar de boa.
- Ah, Dani... Pára. Nada disso. Só fiquei surpreso. Não quero que fique bravo.
- Não tô bravo, Bruno. Tô chateado... Coisa de bicha.
- Bobo!
- Seguinte cara... Eu só volto aí se você desembuchar tudo o que quer falar comigo, e fica se esquivando!
- ...
- E aí?
- Vem... Vamos conversar.
- Beleza, mas não aí. Quero dar uma volta. Nada de ficar preso aí.
- Onde?
- Deixa comigo.
Medo.
Em cinco minutos ele estava ali de volta. Cara de moleque triste, carente e magoado. Dava vontade de ao invés de sair prá falar sério, colocá-lo no colo como na noite anterior. Me deu um abraço leve.
- Porra, cara... Se não quiser ter surpresas assim, deixa essa porra do celular carregado e disponível ou me dá um toque e fala que não está a fim de falar nem de me ver. Vou respeitar. Já te mostrei isso.
- De novo, desculpa.
- Tá bom.
- Mesmo?
- Sim... Deixa eu te contar antes que fique chateado de novo. Me chamaram, sim! Graças a Deus! Começo em dez dias! Antes, tenho um treinamento no Rio semana que vem. Eu tava todo feliz querendo te chamar prá ir comigo.
- Quando?
- De Terça a Quinta. A gente podia emendar o finde lá. Que tu acha ?
- Rio ? Fim de semana ? Tentador.
- Imagina que delícia, pegar uma praia, feijoada na Mangueira... Vamos?
- A gente pode pensar nisso Daniel, mas depois do nosso papo de hoje.
- Sei... desconfiava dessa resposta. E acho bom também!
- É importante. Você que vai decidir se quer que eu vá ou não.
- Ok. Pode começar.
- Não queria sair?
- Queria. Mas não quero mais. Acho que isso é mais importante.
Comecei a falar logo, antes que desistisse de novo.
- Daniel, é o seguinte. Tô bolado, cara. A gente se conheceu há menos de duas semanas. Rolou uma química muito boa. Fomos e temos sido honestos um com o outro desde então. Absurdamente transparentes...
- Até demais, né?
- Não, como tem que ser. Tenho que te confessar que tem sido muito bom ficar contigo. Você é bom papo, bom de cama, sedutor, companheiro, parceiro...
- Nossa, tá bom... Eu caso!
- Posso continuar?
- Sorry !
- Você deve ter notado que tenho uma vida resolvida, cara. Sou tranqüilo em relação à minha orientação sexual, decidido e desencanado. Já tive alguns relacionamentos muito estáveis, outros nem tanto. Já amei, sofri, esperei, retribuí, me desencantei. Tudo normal. Tudo cereja do bolo. Não me iludo com felicidade plena.
- Tá...? Já notei sim Bruno. E isso que me atrai em você.
- Mas e você, Dani ? Qual é a sua, afinal? Você também parece extremamente resolvido, desencanado e decidido, às vezes bem mais que eu, mas vem de um lance com uma namorada de mais de um ano e vez ou outra quer e precisa provocar a mulherada para se satisfazer. Isso tá me deixando encanado.
- Daniel, você não tem nenhum fetiche? Nenhuma tara?
- Sei lá!
- Olha só... Eu venho de um caso de um ano sim. Gostava da Dany, mas isso não significa que não dava minhas escapadas. Sempre curti homens, Bruno. E sempre fui tranqüilo em relação a isso. Mas os carinhas com os quais me relacionei em Ribeirão eram só aventura. Carne, sacou? Foda e tesão. Só isso.
- E...?
- Não é assim contigo! Com você é foda, é tesão, mas é vontade de ficar junto, de dividir as coisas, de conquistar aos pouquinhos. Não preciso de mais ninguém, Bruno. Pelo menos é o que sinto agora.
- Você...
- Não, desencana! Mentira se eu te disser que te amo! Eu diria que estou aberto a te amar, sim! Que acho que se você deixar, me apaixono rapidinho. Eu estou me segurando e controlando porque percebo que tu ainda não está seguro quanto a isso.
- Não é questão de segurança...
- É sim... Só que justamente por isso fiz questão de me revelar da forma que sou sem máscaras e sem rodeios desde o início. Tenho minhas taras sim. Tenho meus fetiches. Gosto disso e sou assim. Preciso disso sempre? Não! Vou querer isso às vezes? Sim! E você precisa saber, pois se eu quero você ao meu lado, é contigo que vou querer fazer tudo isso.
- Cara, eu...
- Vou te ser honesto Bruno! Eu JÁ estou envolvido contigo. Gosto da sua companhia. Tenho tesão em você. Passo o dia querendo dividir coisas que vi, que aprendi, que descobri. Mas me controlo, para não te assustar.
- Não precisa disso.
- Como não? Viu agorinha a pouco o que aconteceu? Pelo fato de não ter te ligado avisando; aliás, não ter conseguido ligar, você praticamente deixou de lado qualquer outra razão para se sentir invadido.
- Dani... É medo.
- Mas tu mesmo não falou que isso é cereja do bolo, cara? Como pode ficar se podando, não se permitindo, se blindando?
- Ah, cara...Falar é fácil! Acho que no fundo sou um puta de um careta, morrendo de medo de me apaixonar por um cara que é mais resolvido do que eu me julgava ser, e sem entender direito como lidar com isso.
- Eu concordo.
- Eu sei que concorda...
Ele me segurou pelo ombro de leve, pela primeira vez quebrando a distância que tínhamos nos imposto durante a conversa.
- Escuta aqui rapaz. A gente no fundo quer a mesma coisa. Tu tá feliz comigo, eu tô feliz contigo... Tu tem suas neuras, eu tenho as minhas. Elas são diferentes, mas são neuras. Porque não relaxa um pouco? Sabendo disso tudo, que pode dar certo ou não, que a gente pode se fazer feliz ou se machucar, que estamos no mesmo barco, vamos ver onde isso vai dar... Juntos... Sendo honestos como estamos sendo.
- Cara, e se a gente começar a se anular ou se contrariar para agradar ao outro?
- Aí, mais uma vez a gente vai jogar limpo, conversar, ver se algo pode ser feito, tentar consertar, e escolher o melhor.
O convite era maduro. E honesto... Eu queria tentar...
- Beleza então, rapaz... Eu estou mais tranqüilo em ter aberto tudo prá você. Tava bolado, assustado, confuso prá caralho! Com medo sim de me envolver e você a qualquer hora dar a meia volta e se mandar atrás de suas taras loucas.
- Hahahaha... Não vou te deixar assim. Minhas taras loucas só tem sentido com um cara como você por perto, sendo parte delas.
- Seu puto.
- Sou mesmo...
- Ah!
- Cara, falando sério... Relax. Confia em mim. A gente tá junto nessa, jogando aberto e somos adultos. Chega de melindres e vamos cuidar de nós, vai dar tudo certo.
- Ok. Essa sua maturidade às vezes me atordoa.
Ele sorriu, virando os olhos.
- Eu já vi que eu tô fodido contigo. Minha maturidade te atordoa, minhas taras e fetiches também. Tu vive atordoado comigo, então?
- É mais ou menos por aí.
- Hahhahaha... Olha só, eu também fico atordoado contigo cara. De um outro jeito, mas fico.
- Tá!
- Bruno, é sério. Nesses últimos seis anos ao menos, você é o cara que mais me completa. Eu me vejo junto de ti prá viver uma vida, sabe? Não quero que isso te assuste, mas é só prá que tu saiba que não estou brincando tanto assim.
- Tô atordoado!
- Vem cá.
Mais uma vez aquele puxão, aquele abraço envolvente, aquele cafuné no cabelo, aquele beijo quente e verdadeiro.
- Confia em mim ?
- Confio...
- Vamos tentar ?
- Vamos.
- Sem neuras ?
- Vou fazer o possível, prometo.
- Vem comigo pro Rio ?
- Calma...
- Calma não, quero saber... Vai me dar esse voto de confiança?
- ...
Ele beijou minha orelha, sua língua brincando enquanto sussurrava.
- Vamos comigo, vai... Quero passear contigo na beira da praia, pular onda, ver o nascer e o pôr do sol, deitar contigo na areia, te fazer dormir. Deixa, vai!
- Você vai na Terça?
- Isso.
- Eu te encontro lá na Sexta Feira então.
- Uhuhuhu !!!
E nos abraçamos mais uma vez, indo juntos em direção ao quarto.
Começava assim minha aventura maior.
Eu não estava a fim de fugir mais.
E precisaria pagar para ter a certeza de tudo que ele tinha me dito.
O Rio de Janeiro ia me mostrar...

CAPÍTULO 14

As coisas ficaram bem mais tranqüilas então. Fiquei tocado e bem impressionado com a maturidade dele, e desencanei um pouco. Decidi investir, levar como desse e quem sabe ou eu me acostumava com o jeito dele de ser - que me atraía e me assustava ao mesmo tempo - ou ele sossegava comigo, o que eu, de certa forma, duvidava.
Passamos a noite de Sábado prá Domingo juntos, literalmente namorando. Passeamos prá comprar algumas coisas que ele precisava prá viagem, comemos fora, voltamos prá casa e preparamos o jantar juntos, assistimos vídeo comendo pipoca e terminamos num 69 delicioso no sofá.
Era quase dez da noite, estava preparando para levá-lo prá casa - ele queria assim - quando veio o convite.
- Bruno... Queria ir contigo em um lugar.
- Onde? Agora?
- Topa?
- Poxa, você bem que podia ter chamado mais cedo, né?
- Mas só dava prá ir à noite.
- Lá vem...
- Vamos? Desde que te conheci tenho vontade de ir lá contigo.
- Onde é?
- Surpresa... Eu te levo.
- Olha lá, Dani!
Pela primeira vez desde que nos conhecemos, ele assumiu a direção. Pegamos o corredor Norte-Sul e ele colocou uma música light, Marisa Monte preenchia a noite agradável. Tava bom. Pensei por um momento que ele ia prá Paulista ou região dos Jardins. Tentava não passar minha ansiedade, mas tava curioso prá caralho. Na altura do Ibirapuera ele contornou, margeou o parque e então entramos no autorama. O vai-vem de carros era o sinal do movimento.
Eu já tinha ouvido falar do autorama, tradicional ponto de pegação paulistano no estacionamento externo do Ibirapuera, mas nunca tinha ido lá. Ele passou devagar por vários carros estacionados e foi se dirigindo para um canto mais no fundo. Eu via de tudo. Alguns grupos de homens bebendo e conversando do lado de fora dos carros, alguns com a porta aberta e som ligado. Vários circulavam entre os carros, literalmente caçando. Passávamos também por alguns carros com casais dentro, namorando, conversando, indo além...
- Daniel, não é perigoso?
- Não devemos nada e não vamos fazer nada. Só conversar entre iguais... rs
- Cara, sei lá...
- Relaxa. Às vezes tem uma ronda aqui, mas nada de mais.
- Você vem sempre aqui?
- Sempre que vinha à Sampa eu passava por aqui sim. Gosto do ambiente.
Eu não sabia se gostava...
Ele estacionou em uma vaga, num lugar longe do barulho, mas com vários carros ao lado, não era afastado nem escuro. Fiquei mais tranqüilo. Desligou o motor, abriu o vidro do motorista e saiu.
- Vem!
Saí, e ele me esperava encostado na porta do vidro aberto. Me abraçou por trás e me puxou junto ao seu corpo. Virou meu rosto e me buscou em um beijo. Era estranho e ao mesmo tempo muito bom ficar assim com ele, às claras, publicamente, sem receio e necessidade de ficar controlando gestos, olhares e palavras para não incomodar e se sentir incomodado... Naquele momento eu entendi o recado dele.
- Como é bom ficar assim!
- É!
- É foda, né cara! É foda a gente que se gosta não poder demonstrar nosso sentimento onde quer que seja. Isso me revolta. Ainda bem que há alguns poucos lugares assim, ao menos.
- Daniel, mas é ilusão né cara? Não deixa de ser um gueto.
- Eu sei. Mas a gente pode ter a sensação que está na rua, com gente em volta, e que não está fazendo nada que todo o mundo não faz por aí.
Tive que rir com sua filosofia...
Ele me virou de frente e nos beijamos gostosamente, nossas mãos explorando nossos corpos, sua língua envolvendo a minha, seu corpo rijo chamando o meu. Não sei se o ambiente, o local, o barulho em volta, mas meu pau cresceu na hora e instintivamente fui buscar o dele, pulsando. Ele me puxou de volta prá dentro do carro, reclinou os bancos, tirou minha camisa enquanto também se livrava da dele e, ao invés de fechar o vidro meio aberto do lado do motorista, abriu até a metade o do lado do carona. E caiu sobre mim, descendo com sua boca pelos meus mamilos, minha barriga, até abocanhar meu cacete duro e babando.
Me chupava enquanto com as mãos, explorava minhas coxas...
Eu relaxei, o momento e o local me fizeram relaxar, e me deixei levar. Acariciava seus cabelos curtinhos e sua nuca, passava a mão por suas costas desnudas, massageava seu peito e sentia sua língua me explorando e devorando deliciosamente. Ele me provocava com suas mãos firmes, me olhando com aquele olhar faminto, me deixando mais doido ainda...
Era inevitável que o movimento nada sutil dos nossos corpos se refletissem no carro. Dava prá sentir que ele balançava um pouquinho, o que é claro, atraiu espectadores. Em um dos momentos que abri meus olhos, vi dois rapazes bonitos, sem camisa, encostados no carro ao lado e nos observando com gula. Eles alternavam seus olhares entre nossa brincadeira e entre eles mesmos, alisando os cacetes presos em suas calças justas.
O que inicialmente me assustou, logo passou a me excitar. Não estava provocando ninguém, brincando com o sentimento de ninguém, simplesmente curtindo e "provocando" outras curtições. Os rapazes foram se aproximando, e sem deixar de nos observar, em minutos estavam um ao lado do outro, se tocando, as bocas se buscando, dando início a uma outra brincadeira. Acho que Daniel notou. Levantou-se do banco e veio buscar minha boca também...
- Minha hora de assistir um pouco...
Ele se deitou em seu banco, e levou minha cabeça ao seu pau. Abriu ainda mais o vidro e ao mesmo tempo em que acariciava minha cabeça, comia o lance dos carinhas com os olhos.
- Fala sério cara, não é um tesão...?
- Hã hã, gemi com minha boca cheia e ocupada.
- Engole tudo vai...
Eu engolia, mas estava louco de vontade de voltar a ver o que rolava lá fora... Para não desapontá-lo, substituí minha boca pela minha mão molhada, e subi encostando meu rosto no dele. Continuei a tocar uma punheta gostosa prá ele, e ele começou a retribuir. Nessa altura, éramos nós dois olhando pros caras, e eles se beijando, batendo uma também olhando prá gente.
Daniel começou a gemer alto e a se contorcer no banco, como que querendo mostrar que estava prestes a gozar... Surtiu efeito...
Os carinhas aceleraram o movimento com suas mãos, um desceu com a língua pelo peito do outro, e o primeiro jato de porra foi lançado ao ar. Como que o sinal tivesse sido dado, todos nós gozamos simultaneamente, nos gemendo e nos contorcendo até acabar. Os rapazes sorriram e se abraçaram do lado de fora, como que agradecendo. Retribuímos o sorriso e deitamos no banco, repousando um no peito do outro. Ele deu uma piscadela simpática para os rapazes, se inclinou e fechou o vidro.
- E aí? Foi bom prá ti?
- Olha, mentira se eu disser que não. Excitante prá porra!
- Muito bom né? Eles curtiram também...
- Claro!
- Vai Bruno, se recompõe e vamos lá fora tomar alguma coisa! Puta calor...
Nós nos ajeitamos e saímos do carro, sem camisa. Fechamos o mesmo dessa vez e fomos andando, de mãos dadas, até uma barraca que vendia bebida. Era uma sensação boa. Como numa balada GLS, mas outdoors e com uma sensação maior de liberdade, reforçada pela presença de algumas poucas mulheres simpatizantes ou sei lá o quê.
Pedimos duas cocas e sentamos no meio fio, juntinhos, abraçados, curtindo o momento.
- Queria ter vindo antes contigo, mas tinha medo de você sair correndo.
- Você acha que eu sou um puta caretão mesmo, né?
- Mais ou menos... aliás, eu acho, sim!
- Eu sei. Talvez se fosse antes, eu teria saído correndo mesmo.
- Pois vai se preparando. Têm outros locais assim que quero ir contigo.
- Sério? Então você é um profundo conhecedor de roteiros GLS?
- Profundo conhecedor não. Conheço alguns. Já ouvi falar de outros. Mas não tinha sentido ir sozinho. Meu lance não é caçar, é aproveitar essa sensação... É dividir...
- É se mostrar né?
- Não ME mostrar... TE mostrar talvez...
- Isso não me assusta tanto mais. Aonde mais você quer ir?
- Ah... Vamos deixar na surpresa. É mais legal!
- Me adianta um, vai!
- Bom, posso te dizer que o próximo será no Rio... Nesse nunca fui, mas já ouvi falar e sempre quis ir.
- Eu sabia! Você não dá tiro no escuro! Você planejou tudo né?
- Ah, Bruno... Menos né? Claro que não. Como eu podia planejar o treinamento, velho? Que viagem! Só aproveitei a oportunidade do lance e a chance de ter você comigo prá eliminar um dos meus pontos a ser visitados, oras... Que há de mais nisso?
- Se eu não fosse... Se não fosse comigo... Você iria lá mesmo assim?
Silêncio.
- Responde Daniel.
- Você quer a verdade?
- Sim. Por favor.
- Acho que sim.
Foi impossível não ficar vermelho. Fechei a cara.
- Você pediu a verdade.
- Eu sei. Tenho que largar a mão de ser besta. Às vezes esse é o pior pedido.
- Hum... Ciúme agora?
- Claro, porra! Queria que eu desse risada e fingisse que tudo bem?
- Porra Daniel. Fui ao Rio uma vez na minha vida, quando tinha dezesseis anos de idade. Como te disse, sempre quis ir nesse local. Eu vou ter uma chance agora. Você me perguntou se eu iria. Sim, iria! Eu ia pegar alguém? Ficar com alguém? Provavelmente não. Como te disse meu lance não é caçar...
- Ah, Daniel. Corta essa, velho. Eu sou da raça também, sei como é isso.
- Pense o que quiser então, porra. Eu provavelmente iria lá prá conhecer o terreno sim, prá ver o que rolava e prá planejar algo contigo. Se eu NÃO estivesse contigo, aí seriam outros quinhentos.
- Sei...
- Ei, olha prá mim!
Ele puxou meu rosto e me olhou fundo nos olhos.
- Bota uma coisa nessa sua cabecinha dura. Eu estou contigo. Eu gosto de você. Eu quero ficar contigo e estou jogando mais que aberto. Não estou escondendo nada de ti. É demais te pedir prá confiar em mim um pouquinho mais?
- Daniel... Olha prá você cara. Você é um puta homem bonito, másculo, macho, sedutor, com um olhar que me dá raiva, seguro, resolvido... Não é prá ficar com o pé atrás?
Ele deu uma risadinha, virou os olhos daquele jeito.
- É. Tem razão. Você tem motivo prá se preocupar sim!
- Seu viado!
- Hahahahahaha!
Ele riu gostoso e me puxou, beijando minha boca.
- Relaxa seu bobo. Sou seu, enquanto você me quiser. Vou te provar.
Era o que eu mais queria
Nós ficamos no autorama até por volta das três da madrugada. Vi de tudo um pouco lá... Caras simplesmente bebendo e batendo papo em grupos, que pareciam somente buscar aquela liberdade ou sensação de liberdade da qual falei, solitários provavelmente não assumidos andando de um lado pro outro, que às vezes entravam em um carro ou encostavam em um canto e saiam fora, nóias em busca de droga, casais que chegavam de carro, encostavam, nem saiam do carro, faziam dali um drive-in e depois do sexo se mandavam, garotos muito novinhos, coroas... Era quase um “Queer as folk” sem glamour e na vida real. Prá quem curte sacanagem é um prato cheio, prá quem curte filosofia e antropologia, também...
Confesso que curti não o ambiente em si, mas a sensação de estar ali. Antes de ir embora ficamos de pé ao lado do carro por um bom tempo nos beijando, falando bobeira um no ouvido do outro, falando alto, coisas que só podíamos falar trancados em casa, expressando nosso carinho em público sem restrições. Foi interessante notar que ele chamava a atenção, mas eu também. Quando passava alguém de carro e parava encarando - alguns casais vão em busca de aventura a três - ele me abraçava e dava uma piscadinha como quem dissesse "tamo de boa", e quase cheguei a notar uma pitada de ciúme em um coroa bonito que me cantou na cara dura com certa insistência.
- Vamos embora cara? A semana vai ser dura.
- Vamos sim. Você me deixa em casa?
- Claro.
Eu o deixei com a promessa de passar a noite lá e deixá-lo no aeroporto na Terça de manhã. Iríamos nos encontrar no Rio quinta feira à noite e ficar até domingo ao menos. Ele não me contou onde queria ir comigo. Fiquei tentando imaginar, mas eu não era tão por dentro de locais de pegação nem em Sampa, imagina no Rio... Já tinha ouvido falar no aterro do flamengo, cinemões e trilhas, mas tudo me parecia mais perigoso ainda. Sem preconceito. Mas se meter onde não se conhece numa cidade que não é a sua... sei lá.
Na verdade, o Rio sempre me pareceu um convite ao prazer.
Era hora de experimentar.


Continua...

                                


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Comentários


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victor1607 Comentou em 22/05/2014

Cadê a continuação cara?

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educastelo Comentou em 20/05/2014

Cara, continue escrevendo... Ta ficando interessante a história... MAis interessante digo... Hehehehe... Pau duro aqui....

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narcizo07 Comentou em 19/05/2014

Cara muito bom seu conto, continue assim.

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passivo goiânia Comentou em 19/05/2014

nossssssa, ninguém vai ler... aqui é para apenas bater umazinha... mas ficar lendo livros... com tantas fantasias.... encurta...




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O Rapaz da guarita (Parte 3)

Codigo do conto:
47149

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
16/05/2014

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