### Berlin Boy conta a história de William Silberman, um ator argentino, que alcançou fama internacional interpretando papéis de galã e bom moço em comédias românticas e de machão em filmes de ação. Porém Wiliam é um gay não assumido. Assumir-se como gay seria simplesmente o fim de sua carreira. Para sobreviver ao isolamento e à solidão, ele entrega-se a uma vida paralela e obscura de orgia e sexo anônimo. Ele consegue manter um equilíbrio precário de sua dupla personalidade. Mas é justamente um jovem problemático, com quem ele acaba se envolvendo, que pode lhe trazer a felicidade ou a sua completa destruição. ###
CAPÍTULO QUINZE
Encontrei Vera num café em Leidsestraat. Eu estava com os tamancos holandeses na mão e pretendia presenteá-la com eles. Após um rápido bate-papo ela tornou a me convidar para ir até o hotel onde ela estava hospedada com o garoto romeno. Ela tornou a brincar com a hipótese de que, em vez de estar estudando violino, Ion poderia estar chupando o pinto do gerente do hotel.
Subimos até o apartamento em que Vera estava hospedada. Ion estava mesmo estudando violino. Ela deu um selinho na boca do rapaz e depois nos apresentou um ao outro. Vera tinha toda a razão. Ion realmente era muito bonito. Talvez fosse mesmo o garoto mais bonito e gostoso de Bucareste. Ele tinha pele clara e olhos verdes. Era possível perceber ligeiros traços ciganos no seu rosto. Seus cabelos pretos estavam curtos e revelavam um crânio de belo formato. Seu sorriso era lindo. Dentes branquíssimos e lábios vermelhos.
Senti-me instantaneamente atraído por sua beleza e sexualmente excitado. Meu pau começou a pulsar e queria ficar duro. Meu pau começou a se sentir muito apertado dentro do meu jeans. Tentei controlar minha ereção, sentando na primeira poltrona que avistei e procurando olhar apenas para o rosto de Ion. Eu evitava olhar para o seu corpo. Mas o filho da puta não se sentava. Ele continuava de pé na minha frente, segurando o violino com sua mão esquerda.
E este filho da puta estava vestindo apenas uma cuequiha branca. Na cuequinha do filho da puta havia um belo pacote. O corpo do filho da puta era lindo. O corpo do filho da puta era naturalmente sem pelos. Apenas uma carreira fina e rala de pelos negros subia do coz da sua cuequinha até o seu umbigo. O filho da puta era alto e magro, mas possuía músculos bem definidos. O peitoral do filho da puta era delicioso. O filho da puta tinha umas tetinhas marrons, bicudas e tesudas.
— Você deseja beber alguma coisa?
— Um suco ou chá gelado, se houver. Nada de álcool por enquanto.
— Chá gelado. Também estou com vontade de beber um chá gelado.
Vera serviu chá gelado para três e começou a contar como conheceu Ion numa louca rave em Mikonos. O filho da puta sentou-se finalmente. Sentou-se bem de frente para mim. Ele permanecia calado, olhando fixamente bem dentro dos meus olhos e mantendo um leve e sensual sorriso no seu rosto imberbe. Seria este o seu jeito natural de agir? Ele estava tentando me seduzir? Ele estava me enfeitiçando? Estaria ele zombando comigo? Ele já devia ter percebido que eu me sentia atraído por ele e que eu estava com um baita tesão. E, por isso, talvez ele achasse divertido ver um homem, que completaria 37 anos dentro de alguns dias, completamente encantado, ou melhor, dominado por ele, que era um rapaz de apenas 21.
Em menos de cinco minutos, Ion conseguira total domínio sobre mim. Isto deveria ser mesmo um feitiço cigano. Por respeito a Vera, eu jamais tomaria qualquer iniciativa para levá-lo para a cama, apesar de todo o meu tesão. E eu sabia que seria uma grande tortura permanecer ao lado deste garoto romeno. Neste momento, eu queria ir embora para poder ficar longe dele, para poder fugir desse deste lindo demônio. Meu desejo era permanecer mais alguns meses em Amsterdam. Portanto, eu iria gostar que Vera fosse o mais breve possível de volta para Mikonos, Capri, Ibiza ou para puta que pariu, levando embora este diabo de garoto atraente, sensual, gostoso, delicioso, tesudo...
Eu não imaginava que a deliciosa rola de Ion já estava pronta para a ação. O que ele possuía entre as pernas era uma poderosa arma de destruição de pregas do cu.
(continua)