Banheiro da Escola - Part. 10



Corri em direção aos jardins da escola, com uma vontade de sair daquele meu corpo nojento.

Eu estava atravessando a aldeia das rosas quando senti alguém me segurar forte pelo braço. Olhei para trás, esperançoso de ser Gabriel que iria me falar que não se importava com o meu passado, que o amor dele por mim era maior que isso tudo, mas tomei um susto, não era ele que tinha me segurado pelo braço.

Era Gabriel, mas não o Gabriel meu príncipe, era o Gabriel do segundo ano, aquele primeiro com o qual eu tinha transado no banheiro da escola e perdido a virgindade.

Seguei meus olhos com as mãos.

- O que foi?

- Tá tudo bem? – Ele perguntou. Me desvencilhei da mão dele que estava segurando com força o meu braço.

- Sim. – Respondi me recompondo.

- Pô, é que eu tõ num tesão do caralho, cara. – Ele falou. – Tô precisando foder alguém.

Nesse momento um milhão de coisas se passaram pela minha cabeça. O que eu era?

Eu era apenas uma reserva para os homens, para quando eles não conseguissem foder vaginas, eles teriam o meu buraquinho, que era pior que as vagias, mas que quebrava o galho deles quando era necessário.

Eu tinha sido um tolo de achar que eu poderia ser feliz com o Gabriel, só se eu nascesse de novo. Eu não queria pensar em mais nada, estava me sentindo muito mal e deprimido.

- Então vamos. – Foi o que eu acabei respondendo para ele.

- Beleza. Eu moro aqui perto, o apartamento está vazio, a gente vai ter mais privacidade lá.

Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo
E não foi semeado...

Foi meu amor
Que me disse assim
Que a flor do campo é o alecrim...

O computador estava ligava, o WMP aberto, tocando uma música com uma batida eletrônica. Eu estava deitado de bruços na cama do Gabriel do segundo ano, com a bunda virada pra cima e empinada. Ele estava por cima de mim, me fodendo, metendo o seu pau na minha bunda no mesmo ritmo que a música.

Aquele corpo grande, musculoso e pesado me esmagando contra o lençol. O rangido da cama se misturava com a respiração ofegante de Gabriel no meu ouvido e, ao fundo, com a batida da música

O quarto tinha um cheiro agradável de alecrim da manhã, mas aquele cheiro era insuportável para mim, o quarto era pra ter cheiro de putaria, e não de alecrim. O cheiro ficava me lembrando aquela cantiga popular de criança, Alecrim Dourado.

As pernas de Gabriel se roçavam nas minhas e seus pés se emaranhavam com os meus. O tênis dele estava largado num canto do quarto, as meias em outro, a cueca ele tinha jogado de qualquer jeito em cima da cadeira, a camisa e a bermuda em cima do monitor do computador. Já o meu tênis estava num cantinho atrás da porta, as meias dentro dele e minha roupa estava por cima, cuidadosamente dobrada.

Gabriel do segundo ano me penetrava com vontade, provavelmente ele estava de fato há muito tempo na seca com as mulheres, o que era algo surpreendente porque ele era bem gostoso.

Sem aviso, escuto ele dar um grito mais alto e se contorcer, segurando-se com fora na cama. Ele havia ejaculado dentro de mim. Não sinto nada, ele estava de camisinha. O corpo suado dele desaba sobre o meu e eu sinto o suor dele melecar a minha pele, fico com vontade de sair dali desesperadamente.

Caminhando de volta para casa, perdido em pensamentos alheios, vejo os carros passarem, os cachorros fazerem xixi nos postes, as pessoas caminharem com suas vidas individuais.

E o cheiro de alecrim? O cheiro de alecrim eu queria sentir ao lado de Gabriel, o meu príncipe. Por que eu estava desperdiçando ele afinal?

No dia seguinte ia ter festa junina no colégio. Cachorro-quente, milho na espiga, canjica e tudo mais. Procurei ávido por Gabriel, queria falar com ele loucamente, dizer que queria fazer ele feliz.

Encontrei ele em um grupinho de amigos, uma xereta estava dando em cima dele. Fiquei por ali, como quem não quer nada, como se eu estivesse ali por acaso, mas fazendo de tudo para que ele me visse.

Finalmente ele me avistou, deu um sorriso para mim e eu o retribui, só então ele veio na minha direção. Eu queria pedir desculpas para ele.

Ele chegou perto de mim, dei um abraço forte nele, não foi preciso dizer nada, o silencio falava por nós.

- Vamos dar uma volta por aí. – Eu sugeri.

Gabriel assentiu feliz. Voltou para o seu grupinho de amigos e disse que precisava resolver algumas coisas e em seguida se despediu deles.

Caminhamos pelo pátio, os dois sorrindo à toa. Parei numa barraquinha e pedi dois cachorros-quentes, um para mim e um para o Biel. Sentamos num banquinho ali perto e ficamos comendo e nos contemplando um ao outro.

Uma turma do segundo período primário estava no centro do pátio, sendo a atração da vez, dançavam quadrilha. Olha a chuva, pessoal, falava a professora e mais outras frases típicas de dança da quadrilha.

Terminado o cachorro-quente, Gabriel olhou meio sem graça pra mim.

- Que foi? – Eu perguntei. Ele olhou para o chão sem jeito. – É que eu estou com a chave do banheiro privativo do diretor. – Ele disse tímido.

O diretor da escola tinha um banheiro que era de uso exclusivo dele, que ficava do lado de seu escritório e que era trancado com chave. Por alguma mutreta escolar, Gabriel conseguira adquirir a tal chave que trancava o banheiro e agora pensamentos indecentes rodeavam nossas mentes.

Fomos caminhando discretamente em direção ao escritório do diretor. As luzes dos lampiões que enfeitavam o pátio irradiavam meus olhos. O meu cabelo se bagunçava com o vento e o meu cérebro se embananava com a explosão de ansiedade que eu estava sentindo.

Entramos no corredor, o lugar estava vazio. Gabriel falou baixinho perto do meu ouvido: - Eu nunca fiz nada tá? Eu sou virgem. – Disse encabulado.

Eu dei um sorriso para ele e fiz um cafuné meio maldado na cabeça dele e em seguida dei um beliscão na sua bunda, de forma bem atrevida.

- Não precisa acontecer nada que você não queira que aconteça, ok? – Eu falei olhando para o rosto dele.

- Ok. – Ele respondeu.

Chegamos à porta do tal banheiro. Gabriel enfiou a chave e virou o trinco, a porta se abriu revelando um banheiro limpinho e arrumado no colégio.


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Comentários


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srninguem Comentou em 11/10/2017

Own... que fofinho! Adoro ler esses contos amorzinho, que infelizmente nunca acontecem de fato... kk Quero as continuações!

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garotosonhador Comentou em 09/10/2017

Nossa muito bom continua.

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lordricharlen Comentou em 09/10/2017

Olha que fofo vai tirar a virgindade dele.

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ahsla Comentou em 09/10/2017

Já quero a Part. 11,12,13... sz




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Banheiro da Escola - Part. 10

Codigo do conto:
107289

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
09/10/2017

Quant.de Votos:
18

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