Eu não conseguia desviar meus olhos daquele quadro sensual.
O homem moreno deitado na cama chupando, sugando com sua boca, o membro ereto do loiro, ele apertava as nádegas do homem loiro de pele cor de marfim. A mulher negra, subia e descia, empalada no pau ereto do homem moreno.
Eu apertava minhas coxas, contraindo o meu cuzinho e minha vagina, a temperatura do meu corpo quente.
Sem perceber, com os olhos vidrados na imagem daqueles corpos, mordisquei meu lábio inferior.
A loira se aproximou e beijou a mulher morena que estava sobre a cama, cujos seios pareciam dois montes gêmeos.
As duas mulheres se acariciaram mutuamente; os seios, suas línguas lambendo os bicos eretos e mordiscando, dando prazer uma a outra. Os cabelos de ambas se mesclavam em tons escuros e claros. Juntos , os cinco, eram uma massa de corpos, que estremeciam e moviam-se sem parar.
Meu coração pulava como se querendo sair pela boca. Nunca havia imaginado que uma noite num Clube daqueles, faria o papel de voyeur e ainda me sentiria tão excitada a ponto de ter um orgasmo só de observar.
- Você gosta de vê-los, Ayeska?
Eu mal podia falar ou até mesmo respirar. Fiz um gesto o afirmativo com a cabeça. Eu gostava muito do que via.
-Bom... Tinha certeza de que você gostaria. Agora, vamos para a segunda parte do percurso.
Olhei em sua direção e agora seus olhos estavam quentes como a cor de aço fundido. Prateados, brilhantes sob a luz tênue do aposento.
Ele levantou-se do assento e se dirigiu para trás do divã, onde eu não podia vê-lo.
Fiquei nervosa e não consegui olhar para poder estudar abertamente seus movimentos.
De repente, me surpreendi ao ver que ele tinha ido atrás de mim procurar uma cadeira macia.
Ele a colocou diretamente na minha frente. Sentou-se e estirou suas pernas longas, até enredá-las com as minhas.
-Está pronta, Ayeska?
Engoli a saliva, minha boca estava seca como um deserto após uma longa seca.
– Pronta para que?
- Eu disse que a lição desta noite seria te ensinar a olhar e desfrutar do que vê. Você disse que desfrutou olhar os amantes através do espelho. Agora deve descobrir a verdadeira diferença entre ter a barreira dessa janela entre você e o que vê e não tê-la absolutamente.
- Hum...não acho uma boa idéia essa , podemos pular?
Ele inclinou-se para frente e aproximou a face da minha, tão perto que quase podia sentir o gosto doce da respiração dele na boca.
- Não... Só deve olhar, observar.
Ele elevou o corpo para trás e suspirou brandamente. Seu suspiro foi altamente estimulante.
Saint-Laurent, moveu as mãos e se acariciou, começando pelo peito musculoso, seguindo pelo abdômen chato, até chegar ao botão da calça.
Foi então que me dei conta de suas intenções.
Nada me desviaria a visão dos dedos longos abrindo o botão e baixando o zíper.
-O espelho a protege, Ayeska. Mais de voce mesma que dos outros amantes. Com o espelho como barreira, você não precisa temer mostrar suas reações ou sua excitação. Mas sem esse espelho se sentirá nua, exposta.
Ele estava com a calça desabotoada. Com uma mão, levantou a camiseta, deixando ver uma extensão da lisa carne firme e musculosa.
- Mostrarei a voce que jamais precisará esconder suas reações, sua excitação, seu gozo, haja um espelho ou não. Nunca se esconda atrás de uma parede, Ayeska, seja ela real ou metafórica. Abra-se para o mundo. Abra-se a seus amantes.
Ele pegou em sua ereção com toda a mão e a elevou. Minha respiração cortou por um segundo. Ele abriu sua calça e revelou seu membro ereto, em frente ao meu olhar faminto agora.
Era liso, grosso e longo ; que eu soube que nunca seria capaz de envolvê-lo com a minha mão, se tentasse.
Veias azuis, finas apareciam por baixo da pele de veludo. Estava tão pesado e duro que não dobrava para a direita sobre o estômago, sob a mão que ainda lhe sustentava a base. A glande não tão grande, tinha uma protuberância arredondada que descia.Uma pequena gota de líquido claro e brilhante saiu do orifício e caiu lentamente sobre a cabeça inchada.
Meus olhos pareciam hipnotizados..
- Me olhe, Ayeska. Não seja tímida, amada. Nunca seja tímida comigo. Enquanto você me olha, eu te olharei. Mostre-me seu desejo. Mostre-me sua necessidade e eu te mostrarei a minha.
Eu observei, fascinada, enquanto a mão segurava a carne pesada com mais firmeza, à medida que começava a mover para cima e para baixo. A coroa chorou suas lágrimas brilhantes e as mãos dele as capturaram e as levaram pela haste, para usá-las como lubrificante.
-Você gosta do que vê? - Sua voz era um sussurro rouco e suave.
-Sim...muito... – respondi da mesma maneira e era a verdade. Estava cativa e meu corpo gemia e vibrava pela excitação, que não oferecia descanso. Minhas coxas tremiam e os sucos do meu sexo em pranto me empaparam através do tecido da calcinha.
Agora os olhos de Saint-Laurent estavam sombreados e com os tons em constante mudança. Os cílios eram longos e tão negros como a noite mais escura e fechada. Ocultavam-lhe os olhos e roçavam as maçãs do rosto.
- Você se tocaria como eu? – perguntou-me com voz rouca.
- Não. Não poderia.- molhei meus lábios secos e os lambi. Os olhos dele viam tudo e brilhavam.
Ele levantou as pálpebras e seu olhar era penetrante.
-Sim, você pode.
- Por favor não me peça isso.
- Então não lhe peço. Ordeno-lhe. Toque-se como eu faço. Não sinta vergonha, Ayeska. Não seja tímida. Quero vê-la. Preciso... vê-la.
Minhas forças estavam indo por terra, se eu desviasse o olhar, veria por trás dele, os cinco amantes além do espelho.
- Muito bem, então. Agora, olhe. E entenda que não há vergonha no desejo, na necessidade ou em compartilhar alguma destas duas coisas.
Ele elevou a cabeça para trás, sobre a cadeira. A linha do queixo e da garganta era uma expansão de músculos formosos e marcados.
No fundo eu esperava ansiosa que ele tirasse toda a camiseta. Queria a visão da sua pele nua de uma vez, seria uma visão que apareceria em meus sonhos pelo resto dos meus dias. Vê-lo nu seria algo pecaminoso. Eu o desejava e como o desejava, mas não queria mostrar o que eu achava ser uma fraqueza.
Respirei fundo e decidi olhar para baixo, além da garganta, ombros e tórax dele.
Então meus olhos fixararem-se no que eu mais ansiava ver e tocar. O pênis magnífico que desaparecia e voltava a aparecer dentro do punho que o acariciava. Uma e outra vez, em um ritmo maravilhoso.
No qual meu coração logo ecoou no mesmo ritmo. Ele sacudiu os quadris. Uma, duas vezes. O pênis mais duro. A cabeça tomou uma cor vermelha muito intensa. Eu queria beijá-lo, me doíam os lábios pela intensidade do meu desejo. Passei a língua pelos meus lábios.
- Fará isso depois, Ayeska... – pareceu-me ter lido a minha mente. - Por ora, só olhe.
E eu olhei...Ah como olhei.
Nossas respirações sincronizadas.
Ele aumentava a velocidade dos movimentos da mão e dos quadris. Seus testículos rígidos e tensos sob o grande membro. Seus movimentos rápidos, pra cima e pra baixo.
Sua mandíbula se sobressaía à medida que ele apertava os dentes. Os cílios dele vibravam e seus olhos me fitaram por um momento e logo se desviaram rapidamente, como se fosse um animal enfurecido. Arqueou as costas na cadeira, sacudiu-se e levantou os quadris. Faltava pouco para ele gozar e me senti como se também estivesse na mesma situação. Pequenas pulsações me banhavam os seios e o ventre. Meu clitóris inchado vibrava no topo do sexo, que estava tão molhado. Eu nunca havia estado tão molhada, tão excitada. Jamais! Não desta forma. E sequer sem me tocar… Era incrível.
- Olhe-me, Amada. – Ele gemeu com um sussurro tenso. – Observe-me, mulher. Observe como me acabo, para seu prazer.
Ele se levantou vigorosamente da cadeira e o membro meneava enquanto ele movia a mão rapidamente para cima e para baixo por toda sua longitude. Os testículos tremiam. E em seguida aconteceu...
Ele emitiu um gemido profundo e tortuoso, apertou os lábios e lançou outro gemido. Estremeceu-lhe o corpo e inchou-lhe mais o membro. Pulsava. Ele deixou de mover a mão, enquanto se segurava com força. Uma espessa erupção líquida, branca e cremosa saiu a jorros sobre sua mão, para seu ventre.
Eu gemi. Ele deu outro gemido e liberou outra erupção. Começou a mover novamente a mão, enquanto sacudia os quadris contra a incontrolável força que o fazia explodir de êxtase. Devido aos movimentos, ele estava com a calça à altura dos joelhos, para poder separar mais as pernas e mover com mais força a mão.
Vi as sombras negras que se formavam sob seus testículos, enquanto ele se movia.
Ofuscava meus olhos. Tão intensa a intimidade.
Outro jorro de orgasmo voou para o ventre e depois acalmou. Ele ainda movia a mão, mas, agora lentamente,sobre o membro vermelho e brilhante. Seu aroma cheirava a canela, amêndoa, almíscar e a homem, afogando-me. E eu me perguntava se o sabor seria tão bom como seu aroma e senti uma vontade enorme provocada por esse pensamento.
A outra mão, se levantava e esfregava o creme maravilhoso sobre o ventre e para cima, enquanto erguia a camiseta com o movimento. Ainda gotejavam pequenas quantidades de sêmen brilhante do membro enquanto ele seguia acariciando-o delicadamente, mas parecia não lhe importar. Estava coberto com o brilho de seu sexo, do peito até o membro, o qual parecia desfrutar completamente.
Eu queria tanto tocá-lo, lamber sua seiva, que até doía.
Ele colocou os dedos sobre as últimas gotas que restavam na cabeça do seu pênis e levou-as a boca. Sugou os dedos brandamente com a língua.
Abriu os olhos e fitou os meus, prendendo-me.
-A próxima vez se unirá a mim, não Ayeska?
Eu estremeci e a necessidade, o desejo, a urgência era tão forte em mim, que me calei.
Inesperadamente, Saint-Laurent se abaixou na minha frente e separou minhas pernas com suas mãos fortes e decididas. Com a calça à altura dos joelhos,o aroma de seu sexo me embriagava, me seduzia, me atraía. Um delicioso perfume de almíscar masculino, deu-me água na boca.
Ele desceu seu rosto
- O que pensa que vai fazer? – perguntei trêmula enquanto lhe segurava as mãos.
- Não posso resistir à urgência da paixão e do desejo que vejo em seus olhos.
Ignorando os meus protestos, moveu as mãos e acariciou brandamente a parte interna das minhas coxas, levando-me a loucura.
-Não...por favor...não o faça...
- Posso cheirar que me deseja. Quase posso saborear no ar. Você nega que me deseja?
-Não... Claro que te desejo. Deus! Que mulher de sangue quente não o desejaria depois de um espetáculo tão íntimo?
Seus olhos ardiam sobre os meus. Havia zanga em suas profundezas multicoloridas? Primeiro seu olhar foi duro, depois suave e depois duro novamente. Como se estivesse combatendo contra si mesmo.
– Posso fazer sim. – protestou, grunhindo.
Desviei meu olhar em direção ao espelho e meu corpo sentiu uma excitação interminável, enquanto via o orgasmo do homem loiro, que fluía como leite na boca e no rosto do homem moreno.
- Me permita ter isto de você. Sua paixão. Seu desejo. Sua excitação. Necessito-os, tanto quanto você. Deixe-me dizer o que desejo.
Ele moveu um pouco mais as mãos e as pontas de seus dedos tocaram-me o sexo suavemente.
-Desejo que recoste as costas nesse divã. Desejo abrir bem suas pernas e pôr a língua dentro do seu úmido centro. Desejo apoiar a cabeça em seus seios e saborear os frutos de seus mamilos e que você me deixe marcas nas costas com as unhas enquanto eu faço isso. Desejo esfregar meu membro contra seu sexo úmido e te montar até te penetrar bem fundo, ter seus tornozelos à altura de meu pescoço e te cravar os dedos em seu suave e agradável traseiro. Isso é o que desejo. Isso é o que quero. E nenhuma de suas dúvidas sobre Fetiche ou o que é certo ou errado no clube farão com que isso mude.
Ele pegou-me com uma das mãos e instintivamente mais que defensivamente, apertei as pernas contra a mão dele. Ele desenredou minhas pernas e usou as mãos para segurar minha face quente. Suas mãos estavam suaves e úmidas e eu gemi com a carícia.
– Você é bonita, Ayeska. Se não estiver pronta talvez até possa esperar. Mas não posso esperar muito. Não me peça isso. Não te peça isso. Nós dois merecemos sua paixão. Merecemos seu prazer. Estamos famintos dele, como se morrêssemos de fome.
Eu senti o sabor das lágrimas na minha boca e me dei conta, surpresa, que estava chorando.
- Lamento que esteja triste. Mas, não pode se esquecer disso por uma noite? Uma noite comigo?
Eu queria com tanto desespero voltar atrás e deixá-lo fazer todas as coisas que disse que queria fazer.
- Não esta noite... – respondi baixinho - Esta noite apenas conversaremos, de acordo? Você disse que estou triste, então antes de tudo, creio que o prazer que procuro esta noite é o da sua companhia. De sua voz e de suas palavras. Isso é tudo. Seja meu amigo esta noite e não um acompanhante ganho num convite.
O sorriso que ele me dirigiu foi, talvez, da mais genuína atenção, apesar de que parecia matizado com uma pequena desilusão.
-Muito bem, então. Talvez logo esteja pronta para algo mais. Mas esta noite, seremos como amigos, porque assim você deseja.
2ª Parte da Série Fetiche no Clube dos Prazeres Proibidos!
Continua...
Ayesk@
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