Michael percebeu suas dúvidas e suavizou gentilmente a pressão da boca. Beijou-lhe docemente as bochechas e o queixo, e sussurrou:
— Não temos que fazer nada que não deseje, anjo. — O pênis saltou em veemente protesto contra as nádegas femininas. Ignorou-o.
Aparentemente, Nikita o notou, porque deu um significativo olhar ao seu colo.
— Só porque esteja duro como um ouriço não quer dizer que tenhamos que fazer algo a respeito.
— Não quero que vá — falei com voz tremula.
Olhou-a de frente. O olhar cauteloso e precavido que sempre tinha visto nela tinha desaparecido. Seu temor à rejeição era patente e claramente visível.
Fechou a garganta e durante vários segundos não pôde falar.
— Não irei a nenhum lado, pequena. Ficarei toda a noite e conversaremos, ou podemos ver televisão. — Envolveu-a entre seus braços e a apertou contra o peito. — Só quero estar contigo — Disse, e descobriu que era sincero.
Fiquei tensa em seus braços.
Emoções estranhamente ternas encheram meu peito enquanto o muro que tinha erguido para proteger meus sentimentos se rachava. Uma sensação cálida percorreu todo o meu corpo. Durante anos me neguei a possibilidade de aproximar-me de um homem. Tinha evitado a vulnerabilidade e a perda de controle que poderia vir a ter se me apaixonasse de verdade.
Meu temor desapareceu justo aí, com seu corpo forte e quente me envolvendo. Apertou-me com força e me beijou a cabeça.
— Sabe o que desejo?
— Hummm —
Ele suspirou com satisfação pela suave pressão dos meus lábios.
— Desejaria não ter sido totalmente alheio ao que acontecia a meu redor.
Eu ri entre dentes e deslizei a mão suavemente dentro da camisa.
— Somos dois — Lambi sua garganta.
Ele deslizou uma mão pelas minhas nádegas e a apertou em advertência.
— Está sendo dificil que me comporte bem.
— Sinto-o — Disse, abaixando a camisa para mordiscar sua clavícula. — Faz muito tempo que não tenho a oportunidade de estar assim com um homem.
Michael se esticou e afastou o pensamento dela com outro homem. A única coisa que podia fazer a respeito era prometer que, a partir desse momento, ele seria o único homem em sua vida.
Uma determinação que deveria tê-lo assustado, mas não foi assim.
— Está tentando provar meu limite? — Perguntou, deslizando sua mão pelas costas sob a blusa. A pele feminina era suave como seda sob sua palma calosa.
— Não — Percebi que ele sorria contra minha pele e inclinou o pescoço para que pudesse alcançar o lóbulo da minha orelha — Só desfruto da acumulação de tensão — Ele sentiu as bolas tensas pela mordiscada e se moveu inquieto.
— Sabe, passou muito tempo dede a época em que podia desfrutar de jogos amorosos, preliminares ao sexo, e desejo desfrutá-lo.
Ele grunhiu e deu um beijo úmido.
— Tem todo o tempo do Mundo, pequena.
Sorri e respondi ao seu beijo com a mesma intensidade enquanto me acomodava escarranchada no seu colo.
— Quero-te tanto,...não faz idéia do quanto... — Suspirei tremente. — É o único homem que me faz sentir isto — Acariciei a camisa, tremendo, como se lutasse contra o impulso de desabotoa-la — Assusta-me terrivelmente...
— Sei... A mim também — Confessou ele.
Isso animou-me e devorei sua boca.
O sabor feminino o enlouqueceu.
Sua mão escorregou e agarrou um seio, apertou o mamilo através do tecido suave.
Gemi entregue e me retorci sobre seu colo. Senti o calor úmido deslizar no meio das pernas atravessando a barreira da roupa. Seu pênis pulsou em protesto contra o confinamento das calças.
Michael ansiava estar dentro dela mais que respirar, mas esperou.
Era ela que marcava os tempos, e estava decidido a agradá-la em tudo.
Nessa posição, pressionou-lhe o pênis rígido como ferro, levantou-a e o esfregou agarrando-a pelos quadris em uma cadência que rapidamente a deixou ofegante e coberta de ardente rubor.
— Quero sentir como goza — Sussurrou lambendo minha orelha — Deve ser tão sexy quando se entrega ao prazer.
— Não — respondi com o corpo rígido sobre seu colo. Ele ficou paralisado. —Quero-te dentro de mim a primeira vez...quero-o forte...fundo...dentro de mim!
Ele ficou de pé e me levou nos braços até o quarto.
Me despi, olhando-o nos olhos, me estendi nua sobre a cama enquanto o observava tirar a roupa.
— É tão bonito... — Disse enquanto passeava o olhar por seu peito, pelo ventre, coxas e pernas.
Durante um momento, simplesmente se admiraram, saboreando a expectativa do prazer.
Depois, ele tirou rapidamente a camisa, baixou as calças e a cueca. Lançou uma expressão de alívio quando deixou de sentir o pênis apertado.
Exposto ao meu olhar de admiração, sua ereção aumentou ainda mais.
Seu membro ereto, ansiava por entrar nela quando se ajoelhou entre suas coxas.
— E você é gostosa... — A beijou tão profundamente que quase perdeu o controle de si mesmo. — É a mulher mais excitante que conheci... — Sussurrou.
Envolvi suas coxas com as pernas e elevei meus quadris para que seu pênis deslizasse sobre as dobras úmidas do meu sexo. Gemi contorcendo-me contra seu pênis, umedecendo-o e arrancando um gemido.
— Espera...pequena... — Grunhiu.
Estava morrendo, com o pênis tão duro que quase explodia a pele. Queria que fosse bom para ela, agradá-la em tudo o que queria, mas a sensação de seu sexo quente e suave contra ele era mais do que qualquer mortal poderia suportar — Devagar, pequena, ou não poderei me conter...
— Não quero ir devagar... quero forte...fundo...quero tudo! — minha voz soou rouca pelo desejo, cravei os calcanhares em suas nádegas, apressando-o para senti-lo mais perto.
Pegou o pênis e esfregou a bulbosa cabeça contra o clitóris. Uma gotinha de transpiração cobriu minha pele, e, com a respiração entrecortada e olhando-o fixamente nos olhos, disse:
— Quero-te dentro de mim, agora... Não me faça implorar....aaaaaaaaaa
Ele grunhiu e fechou os olhos.
— Se não parar, terei que me desculpar por gozar a dois segundos antes de te penetrar. — As gotas de suor marcavam sua testa quando introduziu seu pênis na cavidade ardente. Teve que empregar toda sua força para resistir o ardente calor do corpo feminino sem deixar-se gozar muito rápido dentro dela.
— Quero que seja diferente.... — Ofegou, tremiam-lhe os braços. —Quero que seja perfeito para você... — Era macia, perfumada, doce sob seu corpo. A pele branca , os bicos dos seios rígidos. Os cabelos lisos , vermelhos e úmidos pela transpiração excitação. Não podia resistir mais ; penetrou-a umas polegadas mais, com respiração ofegante pela forma em que ela o envolvia.
Seu interior era quente, úmido e apertado. Sentia-se tão bem que quase explodiu a cabeça.
— OH, merda.... — Disse, e se afastou.
— O que?
— Camisinha!
— Está tudo bem. Tomo pílula — respondi, e o guiei quase bruscamente outra vez dentro mim.
— Aaaaaaaa pequena .... sinto-te tão bem... — Murmurou ele, provocando-me com investidas pouco profundas. Olhou para baixo, onde nossos corpos se uniam.
Michael, quase se perdeu completamente. O púbis liso e as dobras avermelhadas da vulva brilhavam abrasando o pênis. O clitóris brilhante e úmido se entrevia entre as dobras, implorando por uma carícia. Deslizou o polegar no púbis inchado e sentiu as pulsações frenéticas do pênis enquanto ela o segurava como um punho.
Me retorci debaixo dele e cravei as unhas nas suas costas, sentindo o corpo dele tremer.
— Aaaaaaaaaaaaaaaa....maissss.....Mais fundo..... — Exigi. — Quero que me foda mais fundo....mais forte...quero sentir você fundo dentro de mim.
Minha vagina contraia-se ao redor do pau ereto que bombava forte e fundo dentro de mim. Gemiamos, enquanto olhávamos um para o outro, dançando o ritual mais antigo do Mundo.
Um homem e uma mulher se descobrindo.
Michael apertou a mandíbula e fechou os olhos diante a imagem insuportavelmente erótica que Nikita oferecia.
— Quero que dure mais... quero lhe dar tudo... Não quero perder o controle — Disse, enquanto estocava mais forte, afundando profundamente nela.
— Quero que perca o controle...aaaaaaaaaaaaa....aaaaaaaaaaa.... — Disse ferozmente. — Não quero perdê-lo eu sozinha....
Michael olhou seu rosto e viu em seus olhos castanhos um desejo selvagem que mal podia ocultar outra emoção: temor.
E de repente, compreendeu aliviado. Ela não desejava longos jogos preliminares. Queria que ele perdesse o controle, ela precisava saber que produzia o mesmo efeito que ele produzia a ela.
Com um grunhido agradecido se introduziu completamente nela; o som de gozo que escapou da garganta feminina produziu um calafrio de prazer.
Inclinou-se para beijá-la, gemeu ao sentir sua língua e o toque dos seus seios contra seu peito. Abaixou a cabeça e mordiscou um mamilo, fazendo-a gritar.
Em seguida fechou a boca e sugou o bico.
Os quadris masculinos investiam num ritmo firme e regular; eu emitia sons guturais e agudos enquanto minha pélvis descia contra ele, recebendo investidas mais fortes, mais rápidas, mais profundas.
— Ohhh, Deus, anjo... — Ele gemeu ao sentir como endureciam os testículos quentes. Eu ardia sob seu corpo, tensa, esforçando-se desesperadamente para alcançar o clímax.
— Relaxe, anjo... Está tudo bem, estou contigo...aaaaa tesuda....voce é tesuda, quente demaissssssssssss..... — Segurou meus pulsos sobre a cama e entrelaçou seus dedos com os meus. Arqueei as costas enquanto arrancava até a última gota, contraindo tudo dentro do meu corpo enquanto lutava por controlar-me. De repente, arqueei-me convulsivamente e apertei tanto as mãos que senti dor.
Gritei seu nome com voz débil e brotaram lágrimas em meus olhos ao alcançar o orgasmo que estremeceu e sacudiu todo o meu corpo.
Investindo implacavelmente diante do seu próprio orgasmo, ele tremeu em cima dela, cravando os dedos nos quadris enquanto gozava a fervuras tão dentro dela como foi possível. Gozando bem no fundo do seu corpo.
Eu o abraçei quando ele desabou em cima de mim e afundou o nariz em meu pescoço. Ele cheirava maravilhosamente, uma mistura de sal e sexo. Queria poder conservar essa essência para cobrir-me dela depois e recordar quão incrivelmente perfeito tinha sido. Entrelaçei os dedos no cabelo da nuca dele e estremeci ao sentir os lábios masculinos no meu ombro.
Nossos corações pulsavam em uníssono, respirações ofegantes, corpos entrelaçados. Desejava mantê-lo em minha cama para sempre.
A realidade foi se abatendo sobre mim à medida que eu sentia uma claridade em meu rosto. E abria os olhos lentamente e me encontrava nua, com o corpo amolecido, suado , a vagina melada, sozinha em minha cama.
Mais um dia de trabalho.
E mais uma noite no Limbo: entre o Céu e o Inferno.
Maravilhoso! Betto