Saint-Laurent me beijou em ambas as faces, apertou minhas mãos antes de ir para suas dependências privada.
Observei enquanto ele saia, com uma dor inesperada no coração.
- E então, Saint-Laurent, como foi com ela?
- Era tudo o que eu esperava e muito mais. Creio que voltará. Mais cedo ou mais tarde, pode apostar.
- Mas, você ainda está pálido. Gasto...desculpe-me não devia ter dito isso.
- Não. Não há nada que desculpar. Estou exatamente como diz.
- Talvez, amanhã à noite...
- Só abriremos no próximo sábado, sem exceção.
- Mas, um dos homens compartilharia com agrado com você...
- Não. Esperarei que ela volte. Penso que sábado que vem. Não creio que seja esperar muito.
Suavizando a expressão ele se viu quase nostálgico sob a luz tênue do corredor que conduzia aos quartos de quem vivia ali.
- Ela estava triste, mas é encantadora.
- Sim, ela é...
Ele não disse uma palavra mais até que chegou à porta que o levava ao seu aposento.
–Você me avisará quando ela retornar?
- Claro.. – Lilith prometeu imediatamente.
- Bem... Quero-a. É minha, só minha . Assegure-te de que os outros saibam.
- Fique tranqüilo, já sabem.
Após a saída de Saint-Laurent, Lilith mudou a feição de tranqüila para preocupada.
“A Srtª Ayeska não sabe que quando Saint-Laurente colocava algo na cabeça, nada importava. E era impossível dissuadi-lo. Absolutamente impossível.
A semana passou rapidamente e quando percebi já era sábado.
- Agrada-me vê-la outra vez, Ayeska. - Lilith tomou minhas mãos entre as dela e deu-me um beijo em cada face.
- Obrigada pelo convite. Eu não esperava. Sei que uma noite aqui no Clube dos Prazeres Proibidos, custa muito.
- Saint-Laurent, falou muito bem de você. E ele não é um homem fácil de agradar ou impressionar. E não se surpreenda se esta noite ele vir até você outra vez.
- Recorda as regras, Ayeska?
Apesar de não ter pensado nelas até o momento, as recordava. Claramente.
- Sim.
- Bem, pode entrar. – Ela se dirigiu até a porta que a levaria a um salão comum do clube. - Creio que pode encontrar o caminho sem minha ajuda.
- Obrigada.
Entrei em um salão com aproximadamente 10 pessoas e acompanhantes.
O salão era grande e quase circular, decorado com tecidos e cores luxuosas. Havia várias portas, algumas estavam abertas e outras fechadas. Um par de portas de carvalho conduzia a um belo jardim e entrava uma brisa noturna agradável e fresca.
Percorri o salão com o olhar e peguei uma taça de champagne com um dos bartenders. Ansiosa, estava com a garganta seca. A bebida era revigorante e refrescante, resfriada à perfeição…
- Vejo que voltou.
Voltei-me e encontrei Saint-Laurent parado inquietantemente perto, embora sequer o ouvira se aproximar. Havia me esquecido quão alto ele era. Seu cabelo longo e escuro era grosso e resplandecia sobre os ombros.
- Sim, voltei. – respondi com a voz rouca.
- Estou vendo. - O sorriso em seus lábios , parte zombeteiro e parte divertido eram pura sensualidade.
- Posso te fazer companhia, Ama?
Suspirei e controlei-me um pouco antes de responder.
- Pensei que havíamos passado disso, de Ama. Ou… Não recorda meu nome? Seu sorriso o deixava eternamente jovem. Podia ter de vinte e cinco ou trinta anos… Podia estar mais perto dos quarenta, embora eu duvidasse. Eram seus olhos, mais que tudo, o que fazia com que se parecesse muito mais velho. Pareciam de homem mais velho.
- Lembro-me de tudo, Ayeska.- estendeu sua mão para mim.- Virá comigo ou não? Tenho muito para mostrar a você esta noite, se ficar comigo.
A voz rouca e aveludada enterneceu meu coração e deixei a prudência de lado.
Dei-lhe minha mão e senti uma força calma e energética.
- O que me mostrará?
- Tudo, se me permitir.
Um calor me percorreu o corpo. Um sinal primitivo soou no fundo do meu coração. Ele aproximou-se ao meu lado, sentiu abertamente meu aroma e fechou os olhos, como cheio de felicidade. – Você é mais embriagadora que o vinho, sabia?
Dei uma risada suave e nervosa.
- Me embebedarei de ti se não tomar cuidado, - brincou ele. - E já sei que uma degustação de você não é suficiente para um glutão como eu.
- Não é necessário que fale assim todo o tempo, querendo me seduzir.
- Oh, mas ainda falta conhecer todo o prazer de minha língua, Ama. - O brilho de seus olhos era perverso e intenso, de uma só vez. -Talvez, antes que termine a noite, se sentirá diferente sobre isto.
- O que tem planejado para esta noite? .
Ele sorriu e seu perfume alterou meus sentidos. Canela, amêndoa e seu próprio perfume; era delicioso. Uma combinação pecaminosa.
- Prazer, minha doce Ayeska.
Ele segurou minha mão com mais força e me levou pelo salão, rumo a uma das portas.
- Aqui no Clube dos Prazeres Proibidos, nossos clientes nos dizem o que querem e nós tornamos realidade seus desejos. Para isso estamos aqui. Mas você é arredia, é mais reservada. Na realidade, não creio que saiba o que quer, além de felicidade, esse estado do ser intangível, mas incrivelmente poderoso. Temos muitos aposentos neste lugar, como já deve ter imaginado pelo tamanho. E dentro de cada um haverá um mundo diferente de agradar e descobrir. Para você tomei a liberdade de escolher ambientes que, acho, são os mais adequados para fazer surgir seu ser sensual mais profundo.Para voce, eu escolho os aspectos mais suaves, mais femininos daqui, porque você é completamente suave e feminina. Mas, se você desejar, a levarei por um caminho diferente. Posso lhe mostrar fetiches de látex, fetiches médicos e fetiches de sangue… Tudo o que possa imaginar. Se me perguntasse agora, a levaria a um local que se satisfaz só quem está interessado em cenários de submissão com cordas. Posso te levar a um local em que a dor é o mais velho catalisador para o prazer. Ou a um em que o sexo anal é o mais procurado, forte ou suave. Enfim, aqui no Clube existe mil possibilidades.
- O que... – engoli seco. - Que fetiche escolheu para mim esta noite?
O sorriso dele foi tão amplo, que mostrou seus dentes muito brancos. - Não é tanto um fetiche. Eu gostaria de desperta-la deste lugar tão profundo dentro de voce. Eu gostaria de vê-la florescer, quero vê-la carnuda, aberta e ébria pelo seu próprio poder como mulher.
Fiquei séria e pensativa.
- Não sentiu uma mudança dentro de voce depois de passar somente uma noite comigo aqui?
Era verdade. Mas, como ele podia saber? Havia sido tão óbvio assim?
–Sim. - admiti.
Ele me levou até uma porta azul, com a mão calma e forte ao meu redor.
- Agora, me deixe te guiar. Deixe-me te levar. Deixe-me te mostrar a mulher que é.
A porta azul se abriu e o aposento estava decorado em vários tons de azul e turquesa. Era verdadeiramente encantador.
Havia uma cama no centro do aposentado, elevada sobre três degraus de mármore, de maneira que era a principal atração do aposento. Ricos tecidos caiam das colunas imensas da cama, em vários tons de azul, pratae branco. Vários tapetes de pele no piso, sendo cada um decadente e pecaminoso de luxo e gosto refinado.
Não havia janelas
- Não há espelhos de duas faces desta vez? – perguntei brincando.
- Queria ter toda sua atenção esta noite, então não. Temo que não há espelhos de duas faces desta vez.
E ele levou-me diretamente à cama.
- Esta noite continuaremos a viagem: exploraremos o sentido do tato. A necessidade e o desejo de tocar, dar e receber.
Senti um formigamento em minhas mãos, uma vontade e necessidade enormes de tocá-lo..
- Ok, estou preparada para o sentido do tato.- murmurei.
- Me dispa doce Ayeska. – Ele me ordenou com um sussurro que acariciou minha pele como o toque de lábios invisíveis.
Minhas mãos tremiam eu as levava para sua camiseta negra e apertada. Ele levantou os braços complacentemente por sobre a cabeça, para que eu lhe levantasse a camiseta, permitindo que os músculos do estômago e o peito ficassem descoberto. A gola da camiseta se liberou da cabeça, mas eu era muito baixa para tirar-lhe pelos braços, então ele terminou de tirar.
Eu o absorvei totalmente pelo meu olhar.
Minha fome era imensa.
Estendi meu braço para deslizar minhas mãos por todo o seu peito e dei um gritinho assustado quando ele me segurou firmemente pelas suas mãos.
- Não.Ainda não. - Não poderia suportar agora. Não tão já.
– Agora me tire à roupa antes de irmos mais longe. Dispa-me. – Ele deu um suspiro antes de soltar-me devagar.
Levei minhas mãos para baixo, até a fivela do cinto, com cuidado, sem sequer roçar em sua pele .
“ Mas, ai...Eu estava com tanta vontade de tocá-lo. Ansiava desesperadamente por tocá-lo. Só pensava nisso, o tempo todo desde que ele aparecera. Toca-lo. Senti-lo."
Nossos olhares se encontraram e senti que me queimava a alma. Havia uma promessa em seu olhar, um conhecimento secreto em suas profundezas, que somente um amante podia ter.
Queria-o como amante. Se ele me quisesse essa noite, eu não o recusaria.
A fivela do cinto era de prata pesada. Minhas mãos trêmulas e ansiosas conseguiram desabotoá-la. Depois, foi a vez do zíper e botões da calça de couro negro. Ele se inclinou para trás sobre os cotovelos, querendo me ajudar. Sua excitação era grande, dura e quente, à medida que eu a roçava com os dedos, em minha tentativa em lhe desajustar a calça.
Meu coração soava como o trovão. Meu sexo ansiava, enchia-se e se alagava de excitação. Eu respirava com suaves ofegos que saíam com força dos meus lábios, para a pele dele.
Ele não usava cueca. Seu membro inchado se liberou do confinamento, pesado e grosso em minhas mãos, à medida que eu desabotoava o último dos botões.
Minhas mãos afrouxaram e eu contive a respiração. Olhei para cima em sua direção e encontrei seus olhos.
- Termine, doçura. – Ele pediu com suavidade.
- Logo me tocará, prometo. Tudo o que deseja e muito mais.
Tirei o cinto frouxo da calça. Ele levantou os quadris e empurrou a coluna lisa de seu sexo para o meu rosto, enquanto eu me inclinava para frente. O perfume, o cheiro dele mais concentrado ali, no centro de sua masculinidade, encheu-me de água a boca.
Trêmula, mas decidida, deslizei da cama, tirei-lhe as botas de couro e depois lhe desci a calça até os tornozelos, ajoelhada no piso entre as pernas dele, enquanto me movia para cumprir a tarefa. Uma vez que lhe tirei a calça, o fitei e fiquei quieta.
Meu rosto estava à altura do seu membro.
- Tem alguma dúvida do quanto te desejo agora, Ayeska?
Eu engoli seco e sacudi minha cabeça, enquanto meus olhos se moviam por vontade própria, abaixada entre suas coxas.
- Me deseja, Saint-Laurent?
- E você Ayeska, me deseja?
Assenti com a cabeça, não adiantava mentir.
Era claro como cristal o quanto eu o desejava.
- Então não se arrependa. Por nada. Agora. Toque-me. Por favor, me toque.
Eu levei minhas mãos para cima e as coloquei sobre os seus joelhos. Meus olhos o tocavam da cabeça ao peito, do ventre até o sexo, as pernas e, ai!
Que lindos, os pés. rsrs
-Toque-me todo, - ele disse com a voz rouca.
Acariciei-lhe os pelos das pernas, dos joelhos até as panturrilhas e depois, novamente para cima, até as coxas. Nenhuma vez tirei minhas mãos de sua pele e nenhuma vez deixei de fitá-lo.
Meu corpo tremia, minha respiração ofegava e eu sabia que ele podia ouvir.
Minhas mãos acariciavam suas coxas.
- Toque-me todo. Sinta-me... - ele se inclinou para trás com um suspiro profundo e instável.
- Sim...vou toca-lo todo..vou senti-lo...-respondi com um gemido.
Levantei-me lentamente, evitando seu membro, apesar de que desejava com desespero tocá-lo.Fiquei parcialmente inclinada, apoiada sobre ele, enquanto deslizava minha mão pelo corpo dele. Levantei minhas mãos até chegar em seus ombros. Ele tinha a pele fresca. Seda sobre aço, já que seus músculos eram ainda mais duros. Eu toquei seus músculos, os apertei com firmeza, assim como eu desejava fazer em outras partes. Depois, percorri seu peito com as mãos. Quando o puxei levemente, ele gemeu e inflou seu peito sob minhas mãos.
Sentei-me ao seu lado ao sentir que minha respiração escapava. Ele imediatamente tomou minhas mãos e as levou novamente ao seu peito. - -Faça-o outra vez...
Repeti o gesto e meus olhos se impressionaram ao ver a mesma resposta excitada do seu membro.
Mais atrevida que nunca, inclinei-me para a frente e lambi seu mamilo; ele gemeu e enredou uma mão no meu cabelo. Eu repeti a carícia, desta vez sugando e lambendo seu mamilo. Ele mexeu os quadris e fechou o punho em minha cabeleira.
O meu cabelo cobriu minha face como se fosse uma cortina brilhante. Sem resistir, subi os lábios e pressionei-os contra o pescoço dele, lambendo e mordiscando. Sua respiração explodiu no meu ouvido.
- Morda-me... - ele disse com uma voz trêmula.- por favor...
Sem pensar duas vezes, eu o mordi. A principio com suavidade, mas quando ele empurrou minha boca contra a sua garganta com a mão em punho ainda enredada em meu cabelo, eu o mordisquei mais forte. Ele gemeu, cheio de excitação, fome e paixão.
- Mais forte. – Ele pediu-me, enquanto me apertava o corpo contra o seu, deitando-me junto a ele na cama.
Eu mordi mais forte, levando a pele à boca, consciente de que deixaria uma marca nele e deleitando-me em saber disso.
A estrutura forte do seu corpo estremeceu sob o meu, enquanto seu membro inchado empurrava meu estômago de maneira exigente.
- Mais forte, por favor. Morda-me mais forte, Ayeska!
Então me afastei, pois se o mordesse mais forte o faria sangrar. Levantei-me sobre seu corpo, de maneira que o meu cabelo vermelho-escuro caísse e se enredasse com o cabelo negro dele. Nossos olhos se encontraram. Poderia jurar que os dele tinham um matiz vermelho, tão forte era sua necessidade nesse momento.
Quase tanto como minha.
-Toque-me todo, Ayeska. Necessito-te...
Me sentei sobre ele, algo havia mudado entre nós.
Eu também o desejava. E minha intenção era tê-lo.
Mas por enquanto, iria tocá-lo...
Deslizei minhas mãos pelo seu peito e estômago. Os músculos do seu ventre se apertaram como se tivesse cócegas e e eu repeti a carícia com um sorriso.
Havia algo precioso no tato. Uma preciosidade simples, que era inocente, apesar da natureza puramente sexual de sua situação. Era macio e áspero de uma vez, duro e suave, da maneira em que só um homem verdadeiramente masculino ao nível de seu apogeu sexual podia ser. O membro quente agora entre minhas pernas queimou-me. Eu me acomodei sobre ele instintivamente.
Saint-Laurent emitiu um gemido gutural em resposta ao movimento.
- Não posso suportar muito mais isto, Ayeska.
Ele sorriu...e continuei...
Continua...
Ayesk@
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