Amando um Roqueiro - XVIII

Era domingo de manhã apos ter passado a noite no apartamento de George me levanto e vou fazer minha higiene matinal e após eu o encontro na cozinha lindo sentado a mesa usando apenas uma cueca azul samba canção deixando a mostra seu peitoral adornado por pelos claros.
_ Nossa você sempre acorda com esse bom humor todo exibindo esse belo sorriso?
Pergunto me aproximando vestindo ainda apenas a camisa que George havia me dado na noite anterior e dando um selinho em sua boca.
_ Não sempre, só quando acordo ao lado do namorado mais lindo do mundo!
Responde George fazendo um movimento que me faz sentar em seu colo.
_ Seu louco quase que caio!
_ Nunca deixaria você cair, estou sempre aqui para te pegar nos meus braços!
Fico um pouco envergonhado com tanto carinho acaricio seu rosto, sua barba aparada, contemplo seu olhar tão carinhoso, seu sorriso.
Olho para mesa e digo:
_ Caprichou hem?
_ Ainda não sei bem seu gosto matinal resolvi trazer um pouco de cada.
_ Estou vendo presunto, mussarela, queijo fresco, pão de forma, francês, bolacha, biscoito, roscas, pão de queijo, suco, leite, café...
_ Aqui tem chá tambem caso prefira.
_ Não precisava disso tudo.
_ Então vou guardar para eu comer depois kkk
_ Guloso!
_ Tenho que manter essa máquina funcionando.
Diz George passando a mão em seu corpo. Sento em outra cadeira e tomamos café da manhã conversando, confiro minhas mensagens, redes sociais, mando mensagem para Katia.
Deitados no sofa George em baixo e eu entre suas pernas deitado em seu peito enquanto ele acaricia meus braços diz.
_ Tão bom ficar assim com você.
_ Digo o mesmo.
_ Mais tranquilo agora?
_ Sim porque?
_ Seu pesadelo, estou preocupado.
_ Não é nada.
_ Sabe... Eu sei como é ter um relacionamento conturbado com o pai.
_ Você e seu pai não se dão bem?
_ Agora sim, mas não foi sempre assim... Meu pai é do ramo de musica sempre incentivou meu irmão e eu a tocar, montamos uma banda ele patrocinava, levava a gente para os eventos era muito massa. Esse meio sempre tem uma vibe bem liberal e eu curtia garotas, mas uma vez em um evento de roque tinha um carinha que se aproximou de mim cabelos longos loiros boca rosada, magrinho...
_ Quer me deixar com ciumes é?
_ Hummm gosto disso kkk
_ Bobo! Continua.
_ Bom esse carinha veio como que não queria nada conversar e tal pensei que queria so amizade, no fim ja mais animados com a bebida que tinhamos tomado ele me beijou, assim do nada eu fiquei sem reação sabe? Mas era susto por nunca ter feito nada com caras, mas ele interpretou como aceitação de minha parte e me beijou novamente, mas desta vez mais intenso. Não sei se foi a bebida, mas acabei cedendo e curti. Depois disso ficamos mais algumas vezes mas so nos beijos e algumas "mão boba" por parte dele, mas confesso que eu gostava.
_ safadinho!
_ Ele era de outra cidade quando voltei perdemos contato pensei que nunca mais isso rolaria, mas foi apenas o inicio passei a ficar com caras após os shows sempre escondido o medo de ser pego, o sentimento de proibido gerava uma adrenalina que era muito bom e sempre pegava uma garota meio que para disfarçar, mas cada vez mais eu procurava por garotos e menos por garotas ate que um dia fui pego por meu pai beijando um cara. Nossa meu coração quase saiu pela boca, eu queria que o chão se abrisse para eu pular no buraco.
_ Sei bem esse sentimento, é horrível.
_ Enfim, mas meu pai passou por mim como se nada tivesse acontecido.
_ Serio?
_ Tambem não intendi, no outro dia muito envergonhado fui falar com ele, na verdade ja cheguei me justificando, mas ele me acalmou dizendo que aquilo era normal, era curiosidade, que ele também tinha passado por aquela faze de descobertas quando jovem so me advertiu para tomar cuidado e ser cuidadoso com a saúde e locais onde eu ia.
Para mim aquilo foi libertador, mas tudo mudou quando conheci meu primeiro namorado sério. Parei de ficar com garotas eu estava apaixonado depois de três meses juntos eu fui apresentar ele ao meu pai. Eu não acreditei em sua reação ele brigou comigo e eu buguei perguntei se ele estava ficando louco ja que ele mesmo disse que aquilo era normal.
Meu pai então disse que normal era eu ter curiosidade, uma ficada numa festa, mas nada sério que o certo era eu namorar e me casar com uma mulher e não com um homem que eu estava misturando as coisas e me ordenou terminar aquele "absurdo".
Não dei ouvidos a ele ficamos brigados e chateados um com o outro, mas não terminei com meu namorado. Quando meu pai descobriu nova briga e ameaçou me expulsar de casa, mas naquela época eu era mais passional que hoje eu mesmo juntei minhas coisas e sai de casa a intenção era morar com meu namorado, mas ele não quis ele não era assumido se assustou com a situação e terminou comigo fiquei muito mal com tudo aquilo, mas não quis voltar para casa do meu pai. Na época meu irmão tinha iniciado a faculdade e vindo morar aqui isso e mais meu desentendimento com meu pai acabou com a banda por um tempo.
_ Que situação difícil George, mas como que vocês se reconciliaram.
Pergunto a George.
_ Tudo isso afetou meu pai e seu trabalho o que o fez procurar ajuda profissional, sua terapeuta me chamou e começamos a fazer um trabalho em família, meu pai tinha suas seções eu tinha as minhas e as vezes fazíamos juntos inclusive com meu irmão que sempre me apoiou. Já pensou em fazer terapia?
_ Sim, mas talvez não adiante mais com relação a meu pai afinal ele já morreu.
_ Você pode não conseguir melhorar seu relacionamento com ele, mas pode te ajudar a se entender melhor se aceitar mais e isso pode ajudar ate em seus relacionamentos futuros, no nosso relacionamento por exemplo.
_ Você pode ter razão, prometo que vou pensar nisso.
_ Por fim meu pai acabou aceitando, mas eu preferi não voltar para casa com ele, o Paulo veio morar com a gente depois meu irmão foi morar com uma namorada e fiquei morando com o meu primo ate ele ir morar com a Carina.
_ E agora você esta morando sozinho.
_ Isso, mas espero que não seja por muito tempo.
_ kkk calma, vamos com calma.
_ Você não quer? Não gostou de dormir aqui comigo? Não quer dormir e acordar todos os dias assim comigo?

Continua...

Autor: Mrpr2