Mais que bons amigos -17-

_ Ai é que esta a jogada maninho, papai pode ser um grande homem de negócios, mas nem ele pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Ele vai te mandar para o exterior, mas não estará lá vigiando seus passos e se você se comportar bem por agora e ganhar a confiança dele podera fazer o que quiser por pelo menos cinco anos!
_ Hum agora sim estou compreendendo.
_ Alem disso se você for esperto, podera ir ajuntando de sua mesada e arrumar, sei la um emprego la e o toni também e quando menos esperar sera independente e quando nosso pai perceber não tera mais nenhum poder sobre você.
_ Maninha eu te amo!
Diz Henrique segurando o rosto de Clarisse e beijando sua testa.
_ So tem um probleminha…
_ Qual?
Pergunta Henrique entusiasmado com a ideia.
Para meu plano dar certo você vai ter que se transformar nesses próximos um ano no filho de ouro do nosso pai, o filho primogênito ideal, perfeito e para isso tera que ser e fazer o que ele quer e o que ele mais quer agora é?
_ Que eu fique longe do Toni.
Responde Henrique.
_ Bom, quase isso, na verdade nosso pai quer isso aqui.
Clarisse pega a nota que saiu no jornal da cidade que o pai tinha deixado no criado mudo de Henrique e ele o tinha embolado e amassado. Clarisse desamassa e mostra ao irmão dizendo:
_ Nosso pai quer que você seja esse garanhão que a nota diz que você é, que namore a Lorena ou qualquer outra garota bonita, que esteja a frente da empresa, que seja um funcionario e filho modelo.
_ Mas se eu fizer isso Clarisse eu perco o Toni.
_ È por isso que você tera que ser bem convincente quando for falar com ele ou pode esquecer os cinco anos de felicidade com muita chance de ser prorrogado indefinidamente. Pense bem maninho!
Clarisse sai do quarto e deixa o irmão pensando em como convencer o seu namorado a deixa lo namorar uma garota para enganar o pai.
Henrique aparece na escola com um ar pensativo. Conseguimos entre uma aula e outra fugir para o banheiro perto da quadra, mas Henrique parecia não estar ali.
_ O que foi? Esta cansado? Não esta se sentindo bem?
Pergunto apos alguns beijos mornos e um pau que não subiu. Henrique veste sua camisa, abotoa sua calça e diz com um ar sério.
_ Precisamos conversar.
Ao ouvir aquilo meu sangue congelou. Eu não sabia o que fazer, para mim Henrique tinha enjoado de mim e queria terminar.
_ O que foi? Aconteceu algo? Foi meu pai ou o seu.
_ Bom os dois estão me ameaçando na verdade. Ontem seu pai quase faz com que eu bata em seu caminhão parando em minha frente, mas não era isso que eu queria dizer.
_ Não? O que é então, estou ficando preocupado.
_ Precisamos que nossos pais acreditem que o que temos é só amizade e para isso temos que ser vistos namorando outras pessoas ou melhor mulheres.
_ Não estou gostando dessa conversa. Quer terminar comigo é? Esta sentindo algo por aquela garota?
_ Não meu amor eu te amo! Mais que tudo, cada dia mais.
Diz Henrique colocando uma mão em cada lado do meu rosto e me beijando.
_ Então...
Acontece que precisamos ser independentes e para isso precisamos de tempo, precisamos que eles não fiquem tanto em nosso pé assim conseguiremos ficar juntos ate eu ir para a faculdade e quando eu chegar la te mando dinheiro para você ir se encontrar comigo. E é assim que vamos ficar juntos por cinco anos juntando dinheiro e depois estaremos livres para fazermos o que quisermos, mas para isso nesse momento eu terei que aos olhos deles namorar a Lorena e você...
_ Nada disso Henrique! Como acha que vou me sentir vendo você beijando aquela garota? Só de vê la te agarrando e sempre atrás de você ja fico com ódio.
_ Eu sei, eu sei que não será fácil. Acha que vou me sentir bem vendo você com outra pessoa? Podendo andar de mãos dadas pela rua, tomando sorvete na pracinha coisas que nunca poderemos fazer?
_ Não sei Henri, não sei.
_ Pensa que vai ser só por um ano e depois te recompensarei com cinco anos de lua de mel. Imagina nós dois na europa (Henrique me beija de um lado do pescoço) dormindo e acordando juntos, (Henrique me beija do outro lado do pescoço) Você cozinhando para mim (Henrique me beija meu queixo) Eu lavando a louça, nos dois arrumando a casa (Henrique levanta minha camisa e me beija o peito) Andando pelas ruas de mãos dadas, tomando sorvete juntos e ninguém, NINGUEM para nos impedir ou julgar.
_ Não existem homofóbicos na europa?
Pergunto a Henrique que me responde:
_ Menos do que aqui e de toda forma, ao menos não são nossos pais.
Henrique abaixa meu short com a cueca junto abocanha meu pau sorrindo, me chupa majestosamente, lambe meu saco, minha virilha e vem subindo pelo meu peito e me beija a boca com meu sabor los labios me abaixo e faço o mesmo com ele. Infelizmente não podemos nos demorar muito ali e voltamos para a sala de aula, com um pouco de nossos desejos saciados, mas com muito mais tesão para ser abaixado.
E foi assim que Henrique me convenceu de participar desse plano estúpido. Henrique anunciou o namoro com Lorena no dia do seu aniversário ate então foi o pior dia da minha vida principalmente no momento do beijo que deram e eu ainda tive que aplaudir aquilo sorrindo.
Confesso que naquele momento eu estava odiando o mundo, Henrique, Lorena, os meus e os pais dele e eu.
Ao ver meu namorado ser quase engolido por aquela cobra naja naquele palco saio furioso dali, meu desejo era de sair quebrando tudo que estava em meu caminho, mas eu não podia fazer. Quando estava perto da porta sinto alguem segurar firme meu braço.
_ Para onde você pensa que vai?
_ Vou embora, não fico mais um minuto aqui.
_ Não vai mesmo! Antes temos que cumprimentar os pombinhos e tirar uma foto com eles.
_ Mas de jeito nenhum eu vou fazer isso.
_ Não era esse o plano? Ou você mudou de ideia? Me fez me produzir toda, estou aqui feito uma barbie para nada?
Olho então para Priscila, a abraço e digo:
_ Me desculpe, você está certa e linda! Mais que linda você está maravilhosa, deveria se vestir mais assim.
_ kkkk Não se acostuma não, que não vou fazer isso todo dia mesmo! kkkk
Exatamente, não era apenas Henrique que precisava mostrar ao mundo que estava namorando, eu também tinha para nosso plano dar certo. E para isso eu contava com a ajuda de Priscila a prima do Bruno.
Priscila era uma bela garota que era lesbica, na verdade bi e ja tinha feito isso antes para ter mais oportunidades com sua verdadeira namorada, infelizmente os sentimentos da outra não eram tão limitados a ela ou seja ela foi traída e acabaram terminando e Priscila se mudou para nossa bela e charmosa cidade de Farol.
Priscila era uma garota muito legal e eu me divertia muito com ela, antes desse acordo eu não a conhecia bem apenas de vista, mas aos poucos fomos descobrindo muita coisa em comum. Minha mãe eu não sabia ao certo se gostava ou não da minha “namorada”, porque apesar dela gostar de me ver namorando com uma garota implicava por ela não a ajudar nos deveres domésticos, sim para minha mãe a minha namorada deveria após o almoço de domingo ir lavar os pratos de preferência se oferecer para ajuda la a fazer o almoço, mas além de não saber fazer nada de afazeres domésticos Priscila também não tinha o mínimo dom na cozinha. Ja meu pai gostava muito dela apesar dele achar um pouco estranho ela intender tanto de caminhões e suas peças mesmo o pai dela sendo o dono da maior auto peças de caminhão da região.
Eu já sabia um pouco, afinal meu pai sempre me chamava para consertar seu caminhão, mas Priscila dava aula. Sabia o nome de todas as peças, dava dicas de como instalá las, manutenção e melhor rendimento. Os pais de Priscila não me curtirão de início, mas me engoliram principalmente por conta de saberem dos gostos peculiares da filha. Sim eles sabiam que ela curtia “colar um velcro”, mas preferiram fingir que não e pensar que tudo aquilo tinha ficado em sua velha cidade enterrado no passado.
Apesar de ter gostado de fazer uma nova amiga, ver Henrique ser agarrado e beijado daquela maneira por Lorena e ainda ver a felicidade dos seus pais por aquele “romance” estar acontecendo me enojava.
Era meu aniversário e diferente do que acontecia quando Henrique aniversariava minha comemoração era em volta de uma mesa simples com um bolo feito por minha mãe, refrigerantes e uns salgadinhos feitos pela mulher do seu Ze dono do bar que eu trabalhava que eu tinha comprado a metade e ganhado a outra metade do meu patrão. Seu Ze e a esposa, meu pai e minha mãe, meus primos e tios, alguns amigos mais íntimos e claro Priscila estavam la bem na hora dos parabéns quem chega batendo palmas? Isso mesmo Henrique. Eu tinha dito para ele não vir, meu pai não gostava dele e minha mãe… bom minha mãe não me queria mais perto dele então era melhor assim, mas o cabeçudo não me ouviu.
Todos batendo palmas, muitos cumprimentos e minha mãe começa a partir o bolo. O primeiro pedaço claro que eu dei para Priscila e minha mãe distribuiu os demais. Eu ja recebia os ultimos abraços de parabéns quando Henrique se aproxima e claro que percebi o olhar de jagunço que meu pai fez ao vê- lo ali. Estendo a mão para Henrique que me puxa para um abraço apertado me desejando felicidades em meu ouvido.
_ Seu idiota o que faz aqui? Não combinamos que você não viria?
Sussurro em seu ouvido
_ Acreditou mesmo que eu não viria? Nada no mundo poderia me impedir de vir hoje aqui, te abraçar, sentir você assim pertinho.
Responde Henrique.
_ Que bom que veio Henrique! A Lorena, sua namorada não veio com você?
Pergunta Priscila separando o abraço de Henrique em mim e o abraçando.
_ O que pensa que esta fazendo aqui.
Priscila sussurra no ouvido de Henrique.
_ Desejando felicidades ao meu namorado.
Sussurra de volta Henrique e alto responde:
_ Infelizmente a Lorena não estava se sentindo muito bem, mas não é nada grave, parece que foi algo que ela comeu.
_ Ja esta enjoando? Talvez seja algo que outra pessoa tenha comido.
Diz meu pai.
Henrique apenas lança um olhar em direção ao meu pai e então me entrega um pacote.
_ Espero que goste do meu presente.
Abro e é um celular modelo ultima geração.
_ Henrique! Não posso aceitar esse presente é… é muito caro.
_ Se não aceitar nunca mais olho na tua cara. Alem disso ja tem um tempo, na verdade muito tempo que você esta sem celular que misteriosamente desapareceu, mas não se preocupe este ja vem um rastreador, posso te encontrar ou melhor encontrar ele em qualquer lugar que se esconda.
_ Talvez seja melhor se der ele para sua namorada então, não acha?
Pergunta meu pai.
_ Não se preocupe seu Carlos, ela ja possui um.
O Clima entre Meu pai e Henrique parecia ficar mais tenso a cada minuto então Priscila passa entre eles e me puxa pela mão dizendo que iria me entregar meu presente.
Mais tarde enquanto todos estavam distraídos, Henrique e eu saímos e vamos para trás de minha casa.
_ Não gostou da surpresa?
_ Achei desnecessário, ja tinhamos combinado que…
Henrique me beija na boca.
_ Esta louco? E se alguém nos pega fazendo isso?
_ Percebeu agora que estou louco? Sempre fui, mas agora estou cada dia mais louco por você!
E mais beijos e cheiros em meu pescoço, alem de me agarrar bem forte junto a seu corpo.
_ Gostou do meu presente?
_ Amei, mas achei realmente muito caro.
_ O valor não é importante, o importante é que mandei a real para teu pai e so de ver a cara dele ja me dou por satisfeito.
_ Então o presente não era para mim, era para humilhar meu pai?
_ Não, não humilhar era para mandar um recado de que não importa o que ele faça eu sempre vou te encontrar aonde quer que você esteja. Porque você é meu.
_ Otima ideia para quem esta fingindo namorar uma garota. Ou não esta fingindo?
_ O que você quer dizer?
_ Não gosto de como aquela garota age com você, não gosto de te ver aos beijos com ela, sempre agarrados em fotos, entrevistas, eventos.
_ Amor… sabe que é so atuação, de verdade é so com você!
_ Mas eu tenho ciumes! E não sei se vou aguentar isso por muito mais tempo.
_ Não vai precisar logo eu faço dezoito anos também. Por falar nisso quero você la.
_ Não sei se terei estômago para isso novamente, não basta o que aconteceu ano passado? Você se declarando para ela e beijando so de lembrar me da ancia de vomito!
_ Hummm sera que é isso ou eu te engravidei hem??
_ Ha ha ha engraçadinho, mas por falar nisso… você e a Lorena…
_ Claro que não, nunca passamos dos beijos consegui ate agora e ainda bem que logo nos formamos e vou fazer o mais rápido possível a viagem para o exterior, assim que eu me acomodar te mando as passagens e ai meu amor serão cinco anos de lua de mel, mal posso esperar!
_ Eu acho que não!
Alguem diz se aproximando de nós vindo da escuridão.

Continua...
Autor: Mrpr2

                                

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Comentários


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wiltord12 Comentou em 05/06/2021

Caramba, sera que é o pai dele, que tenso, fim de planos.

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galiza Comentou em 04/06/2021

A car! Se não fizer esses dois ficarem juntos eu vou ficar na bad! Pelo amor Deus! Eu sinto oq o protagonista passa! Não fode pf!




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Mais que bons amigos -17-

Codigo do conto:
179882

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
02/06/2021

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