Crônicas do Bairro Velho 93 - A gerente do restaurante — Parte 1

O restaurante de Rosana e Alberto, apesar dos percalços nas primeiras semanas se tornou mais um empreendimento bem-sucedido do casal. Boa comida e bom atendimento e um espaço diferenciado foram alguns dos ingredientes que fizeram dele um dos favoritos dos moradores do Bairro Velho. Outra parte da responsabilidade pelo sucesso naturalmente passa pela boa administração. Aos olhos de quem está de fora, pode parecer que o que faz o restaurante funcionar é o jeito bruto de Alberto lidar com os funcionários, que precisam estar sempre na linha para agradar o chefe exigente. Outros olham para Rosana e veem nela como a inteligência por trás do empreendimento. A grande verdade é que o casal tem tantos negócios que não conseguiriam administrar um restaurante que abre diariamente. Eles nem podem estar sempre presentes. Há semanas que eles nem aparecem. Quem toca o restaurante no dia a dia é Thais. Aos 39 anos ganhou a oportunidade de outro de gerenciar o restaurante que viria a ser um dos principais da região. Nas entrevistas com os donos já havia demonstrado sua inteligência que acompanhava seu currículo promissor. Ganhou mais conceito ainda ao não se intimidar com o jeito de Alberto.

Grosseiro e falastrão, Alberto costuma assustar as pessoas, muitas vezes dificultando a vida de quem trabalha com ele. Como Rosana não pode demitir o marido e sócio, ela busca pessoas com sangue-frio o bastante para ouvir a truculência verbais como se fosse a música de fundo do seu trabalho, prestando atenção apenas no que é importante e relevando o resto. Thais era ótima nisso e Alberto gostava dela por isso, o que o deixava até mais calmo perto dela. Thais tinha a pele branca, os cabelos pretos e lisos eram curtos terminando antes da altura dos ombros. Suas bochechas fartas criavam covinhas charmosas em seu belo sorriso.

Tinha uma boa capacidade de liderança com a equipe do restaurante e conseguia administrar muito bem os problemas de um restaurante lotado. Lidar com o intenso Alberto não era problema, ela entendia bem como ele pensa e procurava dar a resposta mais objetiva possível para o problema em questão. Ela conseguia até ter uma relação tranquila com o chefe. Ela tinha mesmo receios com a Rosana. Alberto explodia furioso com os problemas, mas isso era tão rápido quando a forma com que ele voltava a se acalmar ao ver tudo voltar a funcionar normalmente. Com a Rosana não era mais simples, ela olhava a origem do problema e não desistia até que essa origem fosse encontrada e resolvida. Nem que a origem fosse uma funcionária que não cumprisse bem sua função. Apesar da boa atuação frente a gerência do restaurante, Thais tinha seus receios com a chefe. Em parte, isso se dava por esse perfeccionismo, mas havia algo a mais. Thais via Rosana com outros olhos. Sua chefe era linda, mas era mais que isso. A elegância com que ela se vestia, da forma como ela deixava o cabelo todo cair pela frente do corpo em um dos lados, de como ela falava ou fazia qualquer coisa. Rosana tinha uma presença que dominava aquele espaço sem fazer o menor esforço. Falava suavemente, doce, mas isso não a impedia de ser uma chefe exigente. Às vezes ela a olhava nos olhos e não passava outra coisa na sua cabeça a não ser a vontade de obedecer e agradar aquela mulher com qualquer coisa que ela pedir. Ela nunca subia o tom de voz, com ninguém. O próprio Alberto abaixa o próprio tom quando ela se aproxima. Parece que ela torna o mundo mais civilizado onde ela passa.

Thais nutria muita admiração por Rosana, uma admiração natural por uma mulher onde ela se espelha e que ficava aos poucos, perigosa. Thais aprendera a reconhecer a chefe pelo som de seus sapatos. Conhecia perfeitamente o ritmo do caminhar de Rosana e isso fazia seu coração acelerar. Thais se esforçava em dobro para deixar tudo funcionando perfeitamente nos dias em que Rosana aparecia. Cada frase elogiosa ouvida lhe provocava sorrisos que ela mal conseguia controlar. Era uma felicidade imensa, mas nem sempre absoluta.

Uma vez Rosana apareceu de surpresa. Thais identificava o som dos passos mesmo com o restaurante cheio. Seu coração dispara como normalmente acontece, e Thais controla seu sorriso ao ver sua admirada chefe se aproximar. Apesar da surpresa, a gerente tinha tudo sobre controle. Era o que ela pensava. Naquele dia, faltaram alguns insumos para alguns pratos, alguns cortes de carnes e até algumas bebidas. Thais gerenciou a pequena crise conversando diretamente com os clientes procurando contornar todas as situações. Ela conseguiu que nenhum cliente saísse indignado, mas Rosana colheu reclamações pessoalmente de todos eles.

Se antes o coração de Thais batia mais rápido na presença de Rosana, naquele final de expediente ela sentia ele apertado. Rosana falava suave, mas proferia frases duras sobre a gerenciamento do estoque do restaurante. O controle do estoque era algo vital no restaurante, não podia faltar comida para os clientes em hipótese alguma. Rosana ordenou que no dia seguinte Thais assumisse um controle mais rigoroso do estoque e que na noite seguinte ela estaria lá para ver como tudo estava.

Thais sempre quis ter momentos a sós com a chefe, mas nunca momentos dedicados a analisar seus fracassos. Com certeza seria uma tortura. No dia seguinte Thais fez um levantamento de tudo que faltava e renovou o estoque. Foi trabalhoso correr atrás do tempo e deixar tudo funcionando até o almoço, mas Thais conseguiu. Deu tudo certo durante o dia e a noite. Depois do expediente Thais voltou a olhar os estoques para medir o que fora consumido de lá e ter uma melhor noção de como controla-lo. Rosana ainda não havia chegado e Thais quis se adiantar. Pegou uma prancheta e caminhou olhando tudo que estava estocado. Ao voltar, se sentou à frente do computador. Ainda estava de uniforme, uma saia uma preta até os joelhos e uma blusa preta com detalhes laranja. Naquela hora da noite aquilo lhe incomodava. Abriu uma série de botões procurando relaxar mais antes, puxou um pouco a saia para cima descobrindo um pouco as coxas para se sentar mais à vontade em frente ao computador. Começou a tabelar os itens levantados e aos poucos foi sentindo o peso da pálpebra aumentar sobre seus olhos. Thais piscou incontáveis vezes tentando se manter acordada até que se sentiu vencida e seus olhos quase fecharam. Quase porque o bater daqueles sapatos no piso estava mais forte do que nunca. Thais despertou imediatamente como se tivesse acabado de tomar uma grande quantidade de café. Thais encheu o pulmão de ar tentando controlar as batidas do seu coração, o que não deu muito certo. Rosana também vestia uma saia que lhe cobria as penas até o joelho e uma camisa social além do seu scarpin nos pés, a fonte dos sons que mexiam com o seu coração.

Rosana a olhava estranhamente. Não a olhava nos olhos como normalmente fazia. Ao perceber que os olhos percorriam seu corpo, se dê conta da postura desleixada que estava assumindo naquela cadeira. Se levantou prontamente para pedir desculpas.

— Me desculpa Rosana. O expediente já acabou e estou tão cansada que relaxei demais.

— Não se preocupe, querida.

Thais percebeu os olhares de Rosana irem direto aos botões abertos de sua blusa. Thais ameaçou fechar, mas Rosana a impediu. Thais observou Rosana ainda abrir mais dois botões. Depois mais um, deixando um decote bem generoso expondo boa parte dos seus seios.

— Não havia reparado no quanto eram bonitos.

Thais não conseguia responder, só observar Rosana ajeitar a sua blusa e deslizar a parte externa dos dedos pelos seus seios. Surpresa, Thais não esboça reação. Rosana pede para olhar os estoques e Thais a conduz. As duas olham todos os freezers Thais agora demonstra segurança e conhecimento de tudo que fora consumido, apensar de gaguejar um pouco. Thais tinha medo de levar mais um puxão de orelhas em função do erro da noite anterior e era muito cuidadosa com tudo o que falava, mas eventualmente percebia os olhos de Rosana mais voltados para o seu corpo fique para os cortes de carne nos freezers. Muitas vezes Rosana colava o corpo ao seu, se apoiando segurando na sua cintura às vezes. Seu corpo se dividia entre o frio do freezer e o calor de Rosana. Seu coração disparava sem ela entender se aquilo era por aquela mulher admirável estar tão próxima dela ou pelo risco de ser duramente criticada a qualquer momento. Para sua sorte, Rosana observou tudo sem fazer nenhuma crítica. Depois da conferência nos estoques as duas voltaram ao escritório.

— Acho que engordei, mas saia está apertando tanto.

Para a surpresa de Thais, Rosana abriu os botões da própria saia e a abaixou. Com a calcinha. De fato, só havia as duas mulheres ali, sem risco de uma terceira pessoa aparece, mas nunca se imaginou em um momento tão íntimo com a sua empregadora. A sensação se surpresa se misturava ao sentimento de admiração. Thais agora olhava a bunda de Rosana. Como se não bastassem as carnes fartas e desejáveis daquele rabo, o salto alto do scarpin deixava aquela visão ainda mais gostosa.

— Você não se incomoda, né?

— Não, imagina. É o seu escritório.

— Ainda bem, porque essa saia está me apertando o dia inteiro. Devo estar muito gorda.

— Não diz isso, você está ótima.

— Estou nada. A minha bunda deve estar enorme.

Thais ficou observando Rosana apalpar a própria bunda como se estivesse medindo o quão farta ela era. Thais sentiu um desejo repentino de apalpar aquelas carnes e dizer para a chefe que ia precisar apertar um pouco mais. Rosana se dirigiu a Thais, com as mãos nos botões da sua saia.

— Thais você pode ficar mais à vontade comigo.

Sua saia foi puxada para baixo, ficando nua como Rosana, ou quase. Ainda mantinha a calcinha. Thais simplesmente deixava aquilo acontecer por falta de ação. Tinha medo da reação da chefe caso a impedisse, mas, ao mesmo tempo, tinha vergonha de ficar nua na frente dela. Seu coração acelerou. Acelerou mais ainda quando sentiu o toque breve e delicado daquelas mãos na sua bunda.

Rosana pegou a prancheta de Thais e se sentou no sofá. Nua da cintura para baixo e com as pernas cruzadas, Rosana ostentava sua elegância habitual. Nem parecia não estar vestida. Thais ficou de pé, sem saber o que fazer. Olhou aquelas coxas grossas cruzadas que pareciam ganhar ainda mais volume. Rosana olhava a prancheta sem perceber ser observada com desejo por Thais, mas quando pensou em comentar as anotações, percebeu sua funcionária distraída.

— Thais, tudo bem com você?

— Sim, me desculpa. Eu estava distraída com o seu sapato. Achei ele lindo.

— Ahh, meu scarpin. Ele é lindo mesmo. Nem dá vontade de tirar ele.

Thais caminhou até bem próximo a Rosana e se ajoelhou. Olhou um dos pés de sua chefe acomodado no Scarpin bege por um tempo. O pé se moveu para o lado e Thais observou Rosana olhando séria para ela, com as pernas abertas. Não foram necessárias palavras ali. Sob o olhar imperioso de Rosana, Thais pegou um dos pés e o beijou. Beijou mais uma vez. Seguiu com uma sequência de beijos que subia dos pés pela canela até o joelho. Voltou ao outro pé. Repetiu o ritual sem pressa. Seguiu pelas coxas grossas de Rosana. Aquelas carnes fartas e musculosas mereciam mais do que beijos. Thais a mordiscava em vários lugares e à medida que avançava ela precisou da língua para exprimir o seu desejo. Thais beijou, mordeu e lambeu a parte interna da coxa de Rosana enquanto apertava aquelas carnes com as mãos. Ameaçou beijar a boceta, mas continuou subindo, beijando e desabotoando a camisa social de baixo para cima até chegar ao sutiã, que brevemente foi retirado. Thais lambeu o bico do seio esquerdo de Rosana arrancando-lhe o primeiro gemido. O segundo veio quando sua boca engoliu aquele seio o máximo que conseguia. Rosana acariciava a cabeça da funcionária que mamava nos seus seios enquanto admirava o corpo nu dela, debruçada sobre o seu com a bunda empinada e exposta protegida apenas por aquela calcinha vermelha enfiada no seu rabo. Thais subiu mais, lambendo e beijando seu pescoço lhe causando arrepios e gemidos mais intensos. Thais finalmente achou os lábios de Rosana e os invadiu com sua língua, explorando o interior da boca de Rosana até encontrar a língua dela. As línguas dançavam no ritmo dos gemidos abafados. O Corpo de Thais não parava, seu quadril mexia quase que sozinho procurando as carnes fartas das coxas de Rosana para roçar o seu clitóris. Aquele par de mãos delicados voltou a sua bunda, apertando-a com bem menos delicadeza do que antes.

Thais abandonou a boca de Rosana e desceu os seus beijos. Rosana projetou seu quadril um pouco para frente e abriu mais as pernas. Thais voltou a ficar de joelhos em frente ao sofá, envolveu aquelas coxas enormes com os braços e enterrou o rosto no meio delas.

Rosana se contorceu quando sentiu aquela boca tocar os lábios da vagina. Ela podia sentir o desejo de Thais pela forma intensa com que sua boceta era chupada. Aquela língua a explorava toda. Rosana não possuía mais o controle dos seus movimentos. Quem dizia para que lado ela iria se contorcer, era a ponta da língua de Thais, que explorava a sua intimidade com cada vez mais competência. Thais sentiu os dedos de Rosana acariciarem a sua cabeça e dedicou os esforços da sua língua naquele grelo endurecido. Rosana deixou de gemer e gritou, Thais tinha dificuldade em segurar o corpo de Rosana, que enlouquecia pelo grelo chupado. Thais sentiu o gozo de Rosana pelas coxas pressionando forte a sua cabeça.

Quando aquelas coxas a libertaram, Thais voltou a buscar a boca de Rosana em um beijo apaixonado. Seu coração voltou a acelerar com batimentos que cada vez mais pareciam os scarpins de Rosana caminhando sobre o piso. Cada vez mais altos. Até que a voz dela podia também ser ouvida.

— Thais, acorda!


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Crônicas do Bairro Velho 93 - A gerente do restaurante — Parte 1

Codigo do conto:
185671

Categoria:
Lésbicas

Data da Publicação:
06/09/2021

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