Crônicas do Bairro Velho - Confissões

Estava quase tudo pronto. Já havia uma sala para elas trabalharem, computadores novos, material de escritório. Alguns móveis estavam sendo aguardados e as primeiras reuniões da empresa ainda eram feitas na casa de Débora. Ela recebia Daniela e Lorena para discutir possíveis novos trabalhos. Vestia um blazer e uma calça social branca sobre uma blusa bege, numa elegância contrastante com a simplicidade de Daniela com sua calça social e jaqueta característicos. Lorena usava um vestido longo até os pés. As três se sentaram no sofá em "L" da grande sala de Débora.

— Então, já podemos começar? — perguntou Lorena.

— Espera mais um pouquinho, falta chegar a Luana.

— Quem é Luana? — perguntou Daniela.

— Minha estagiária. Vou trazê-la para trabalhar conosco.

— Débora, sem querer ofender, mas tem certeza de que a Luana não é muito crua para trabalhar? Ela está começando na faculdade agora.

— Fica tranquila que a Luana aprende as coisas rápido. Ela realmente tem me ajudado muito, principalmente enquanto eu cuidava de montar o escritório, coisa que fiz sozinha, né. — provocou Débora. — Sou bem exigente com ela, com horários e tarefas. Quando a mãe me pediu para dar um trabalho para ela, a menina só queria saber de putaria…

As sócias riam enquanto Luana enrubescia.

— … Agora ela só quer saber de trabalho… além da putaria.

Daniela e Lorena gargalhavam enquanto Luana permanecia sem resposta.

— Vocês duas não eram diferentes, não se esqueçam.

— Isso é mentira, Lorena.

— Não? Você vivia falando dos meninos da engenharia. Toda semana era um nome diferente. A Daniela no início parecia estar só na dela. Depois toda a hora aparecia com uma namorada diferente. Às vezes nem as clientes escapavam.

— Está explicado por que não me ajudava com o escritório usando como desculpa a obra daquela academia de luta.

Daniela ficou vermelha enquanto tentava desmentir sua colega.

— Você fala delas, mas você era assim também? — perguntou Luana.

— Eu era comportada. Sempre fui.

— Não sei disso não, Dona Lorena. — protestou Daniela.

— Talvez só como estagiária. — completou Débora.

— Como assim, me conta. — pediu Luana.

— Você não sabe de nada. — Daniela se antecipou a falar — Quando a Lorena descobriu que eu era sapatão, ficou diferente comigo. Já era quietinha, né, mas daí ficou mais. Eu pensava que isso era preconceito dela até o dia em que ela veio conversar comigo. Não estava ninguém no escritório na época, só nós duas. Pensei que ela ia querer me mandar embora da empresa, mas não veio com um papo de "curiosidade".

Lorena escondida o rosto de vergonha enquanto Luana e Débora riam.

— Ela queria um beijo meu, vocês acreditam? Queria saber como era um beijo de mulher, essas coisas né. Vez ou outra aparece uma amiga hétero curiosa e eu não deixo minhas amigas na mão.

— Lógico que você não acharia ruim, né? — brincou Débora.

— Sim, claro, mas também fui super respeitosa. Disse para ela me beijar do jeito que ela quisesse. Ficamos paradas um tempão esperando a medrosa tomar coragem de me beijar. Gente, quando os lábios dela tocaram os meus a Lorena virou outra mulher. Vocês não vão acreditar, mas essa coisinha tímida aí me agarrou de um jeito. Parecia que ia me comer no escritório.

— Para, Daniela! — Lorena pedia em vão, enquanto as demais colegas incentivavam a continuação do relato.

— Sério gente! Ela chupava a minha língua como se ela fosse me engolir inteira. Eu estava indo devagar e ela me devorando toda. As mãos dela me apertavam de tudo quanto era jeito.

— Ela passou a mão em você? — perguntou Luana.

— Mais do que isso! Ela subiu meu vestido até a cintura me deixando pelada. As mãozinhas apertaram a minha bunda toda. Às vezes ela puxava a minha calcinha, parecia querer rasgar ela, mas só enfiava ela mais na minha bunda. Tudo isso enfiando a língua na minha boca. A minha boceta¡ já estava ensopada, mas quando comecei a me soltar com ela, ouvimos os passos e ela saiu correndo para a mesa dela. Tive que me virar para ajeitar o vestido, sozinha antes que o pessoal entrasse.

— Lorena, eu não esperava isso de você. — disse Luana, surpresa.

Lorena nada conseguia falar, apenas esconder o rosto de vergonha.

— Gente, vocês não viram nada do que ela é capaz… — diz Débora antes de ser interrompida

— Débora, não se atreva! — diz Lorena, ainda mais vermelha.

— Você que começou isso, amiga. — fez uma pausa até Lorena se acalmar. — eu fiz estágio em obra uma vez, e a Lorena era minha chefe. Eu descobri ter um peão que levava sempre alguma moça para comer ela atrás do almoxarifado e lá dentro tinha uma janela mais alta de onde se podia ver tudo. Era sempre a noite. Quando eu soube disso eu pegava a chave do almoxarifado na administração, pois o almoxarife já tinha ido embora e ia lá ficar olhando…

— Caramba! Débora, você não tem vergonha de ficar olhando a transa dos outros não? — interrompeu Daniela.

— Se mete na sua vida, Daniela! Deixa-me continuar.

Daniela ria e Luana ria ainda mais percebendo que o gosto de sua chefe pelo voyeurismo já era antigo.

— O menino era gostoso. Eu sempre via ele na obra, sempre quietinho na dele. Vocês sabem como esses quietinhos me chamam a atenção, né? Um dia percebi ele andando com uma moça para trás do almoxarifado e fui olhar de dentro. Era gostoso de olhar eles transando. Percebi que de tempos em tempos ele sempre a levava lá, então eu sempre ia olhar. Até que um dia ele estava agarrando ela e virou ela contra o muro e se agachou para chupar a boceta dela.

— Uau! Na obra? — Perguntou Luana.

— Sim, mas já era noite. Tem uma luz do poste iluminando então dava para ver alguma coisa. Tinha um banco de madeira comprido que eu puxava para a janela para olhar. Era uma delícia de ver. Estava tão gostoso ver aquela mulher empinando a bunda no rosto dele que enfiei a mão na calça para tocar uma.

— Meu Deus, Débora! — Exclamou, Daniela.

— Daniela, até você ia querer bater uma se visse aquilo. A mulher rebolava na cara dele. Aquele homem devia chupar muito!

— Tá, mas o que a Lorena tem a ver com isso? — perguntou Luana.

— Tem a ver que quando eu estava toda tranquila tocando uma siririca assistindo aquilo tudo me vem aquela vozinha baixinha me perguntando o que eu estava fazendo.

Luana e Daniela riram.

— Nunca imaginei que você se masturbava no trabalho. — provocou Luana.

— Já era depois do horário, querida, e qual o problema? É melhor aliviar logo do que ficar passando vontade e não trabalhar direito.

— Continua, Débora! — incentivou, Daniela.

— Está bem… eu não consegui falar nada, estava congelada de medo da Lorena que ficou me olhando com a mão na boceta. Aí ela subiu no banco e olhou na janela e quando viu os dois trepando ela me olhou com um sorriso que nunca vira antes nela.

— Eu acho que sei que sorriso é esse… — provocou Daniela.

— Deve ter sido esse mesmo. Ela mordeu os lábios, mas não me falou mais nada. Voltou a olhar pela janela e eu não sabia mais se olhava pela janela também ou se olhava para ela. Olho para a janela e vejo o cara comendo a moça por trás. Gente, ele estava metendo muito nela e ela se empinava toda para ele. Voltei a me tocar, mas quando olho para o lado eu estou vendo a Lorena com a calça e a calcinha, arriados se tocando também.

— Caralho! — reagiu Luana, enquanto olhava incrédula, para Lorena, que ainda escondia o rosto de vergonha.

— Juro, gente! Eu e Lorena estávamos batendo uma siririca juntas enquanto víamos aquele casal gostoso fodendo. De repente ela vira de costas, parecia querer mostrar a bunda para mim. E vocês já repararam que a Lorena tem um rabão de respeito né?

— Que isso, Débora!

— Que isso nada! Ficou rebolando esse bundão para mim enquanto se tocava. A Daniela deve saber como é.

— Sei de nada, filha! Fui devagar para não assustar ela. A Lorena que veio cheia de mãos para cima de mim. Me arrependi de não ter apertado ela toda.

Luana se divertia com a conversa das duas enquanto Lorena também ria, mas constrangida.

— Deixa eu continuar! O cara estava lá, comendo a moça. Gente, que delícia, ele metia nela com vontade, puxando pelo cabelo e tudo. Dava para ouvir os dois gemendo e ainda tinha a Lorena rebolando no meu lado. Ela gozou, gente. O gemido dela é uma delícia de ouvi e acabei gozando junto dela.

— Quem te viu, quem te vê, hein Dona Lorena! — provocou Daniela.

— Gente, eu estou morrendo de vergonha. — disse Lorena.

— Adorei a história, Lorena. Você não tem nada que se reprimir. — disse Luana.

— Ainda não acabou — interrompeu Débora — como se não bastasse ela se masturbar se insinuando para mim ela ainda tira os dedos melados da boceta e os esfrega na minha boca.

— Então foi assim que você aprendeu a passar o dedo melado na minha boca? — perguntou Luana.

— Como assim, o dedo melado na boca da estagiária? — perguntou Daniela.

Débora enrubesceu percebendo que falou demais.

— Luana conta essa história para a gente! — provocou Lorena, vingativa.

Após muita insistência das sócias, a conversa prosseguiu, com Luana contando como ela e Débora seduziram o homem contratado para fazer a marca da empresa, sob os rios de Daniela e, principalmente, de Lorena.


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Comentários


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barnei Comentou em 23/02/2022

Excelente conto adorei dá pra imaginar essas mulheres conversando




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Ficha do conto

Foto Perfil turinturambar
turinturambar

Nome do conto:
Crônicas do Bairro Velho - Confissões

Codigo do conto:
196083

Categoria:
Fetiches

Data da Publicação:
21/02/2022

Quant.de Votos:
2

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