Crônicas do Bairro Velho - A volta do admirador anônimo

Depois que Simone se entregou ao seu admirador anônimo, ficou a impressão de já ter ouvido a sua voz em algum lugar. Na maior parte do tempo o homem falava disfarçadamente, mas no final daquela transa ele não conseguiu mais esconder. Simone não teve mais outro encontro como aquele e mesmo as conversas com aquele desconhecido se tornaram mais raras, pois era inviável para ela conversar em todas as madrugadas e trabalhar no dia seguinte. O marido já estranhava como ela sempre aparentava dormir mal e as conversas entre os dois se resumiu a mensagens espaçadas durante o dia, mas quanto mais os dois conversavam, mais Simone sentia desejo de repetir e seu fogo crescia. Não apenas queria transar, isso ela fazia com o marido. Ela queria se entregar inteiramente como fez da outra vez, se envolver em uma situação sem saber como sair de lá, confiando em alguém totalmente desconhecido. Talvez não tão desconhecido assim.

Quando a relação entre os dois já se esfriara, o estranho manda uma mensagem diferente da habitual: “Há uma cena de um filme sendo rodada no palacete da floresta. Vá lá trabalhar, estão esperando você. Estarei vigiando, se for obediente, terá o que quer.”

Lá estava ela, subindo a longa escada que derivava das trilhas, indo em direção ao um palacete em ruínas, cercado pela floresta. Um lugar muito utilizado para filmagens tanto pela paisagem quanto pela vista. Era uma fonte de trabalhos para maquiadores como Simone, assim como artistas da região. Entretanto, tudo era estranho, lhe foi pedida para chegar no fim da tarde, como se fosse maquiar apenas para uma cena noturna e não fazia ideia do que fazer ao chegar lá. Não tinha contratante, não sabia nem a quem ia maquiar, pois, tudo o que ela tinha eram as ordens do seu senhor, que escolheu inclusive suas roupas. Foi usando o short mais curto, aonde parte da bunda aparecia e uma blusinha. Não a deixou usar sutiã e ainda a fez carregar o plug anal dentro de si. O conjunto não era uma roupa nada profissional, mas movida pelo desejo, ela apenas foi esperando as coisas se acertarem ao chegar lá.

Tinha razão, com seu nome na lista, os seguranças a deixaram entrar, não sem antes a olhares dos pés a cabeça. Andou entre contêineres e tendas, olhada com desejo por todos com quem cruzava. Se sentira perdida sem saber apara aonde ir enquanto umedecia entre as pernas ao imaginar que um daqueles que olhavam para ela, poderia ser o seu dono. Ela retribuía todos os olhares, escolhendo qual deles o seu admirador poderia ser.

Um rapaz loiro, com os cabelos curtos apareceu correndo desajeitado, carregando elementos do cenário, indo em direção a ela. Vestia uma calça e camisa tão largos e fora do seu tamanho a ponto de ocultar o tamanho do seu corpo. Era Daniel, o contrarregra que está presente em quase todas as filmagens feitas no Bairro Velho era um velho conhecido de outros trabalhos. Quase sem olhar nos seus olhos ele apenas apontou para um dos contêineres dizendo que o Otávio estaria por lá.

Simone não disfarçou o sorriso ao ouvir esse nome. Um ator promissor na região que ganhava papéis cada vez mais importantes. Simone já o maquiou outras vezes e era sempre um prazer cuidar daquele rosto. Foi correndo até ele entrar, viu que ele estava de cueca. Simone já se derretia ao maquiar o moderno de queixo largo, cabelo curto e barba por fazer, mas nunca imaginou ter a oportunidade de vê-lo seminu. Já vira em filmes e novelas, mas nunca pessoalmente. Por um momento, pensou que não deveria ter entrado sem bater, mas o sorriso simpático daquele homem a fez se derreter de vez.

Sentado em sua cadeira, Otávio permaneceu imóvel enquanto sua maquiadora trabalhava. Simone gostava de se imaginar sendo a única mulher do mundo a saber que a pele daquele homem não era perfeita. Fez um trabalho lento e minucioso, escondendo todas as marcas daquele rosto deixando-o perfeito, como ele sempre é visto nas telas. Boa parte dessa lentidão se devia as várias vezes perdendo a concentração, olhando o corpo daquele homem, sem se preocupar em disfarçar. Sabia que ela fora chamada para lá por bem mais do que seu trabalho de maquiadora. Os olhares percorriam os músculos expostos, voltavam a área maquiada para depois se perderem nos olhos do galã.

— Me desculpa lhe receber assim, mas estava muito calor e não queria ficar suado antes de entrar em cena.

— Tudo bem, está calor mesmo.

— Percebo que você também está com calor.

Quando os olhares de Otávio percorreram seu corpo todo, Simone sentiu o calor entre as pernas com a certeza de que estava vestindo exatamente do jeito que ele queria. Não demorou muito tempo para ele a beijar. O jeito faminto com o qual ele chupava a sua língua a deixava totalmente entregue. Finalmente conhecia aquele homem que a dominou totalmente naquela vez e poderia se entregar a ele de novo. Otávio a puxou para cima dele e a segurou pela bunda. Com o beijo intenso as mãos dele passeavam pelo corpo dela. Ao deslizar por entre as nádegas, sentiu o objeto introduzido por ali. Otávio sorriu, malicioso e Simone retribuiu, com a certeza de que seria recompensada por fazer tudo o que ele pediu.

Simone alisava o pau de Otávio por cima de sua calça quando a porta fora golpeada com violência.

O susto fez Simone pular de cima de Otávio. Uma voz grossa ordenava que Simone terminasse logo para ir ao outro camarim.

— Quem é esse?

— É o diretor, ou o carinha que fica imitando ele pelas costas.

— Mas o que ele quer comigo?

— Ele te contratou, não foi? Deve estar querendo que você faça a maquiagem de alguém.

Simone arrumou suas coisas, apressada, deixando Otávio com o pau duro em sua cadeira. Seguiu em passos apressados em direção ao camarim que lhe fora pedido. Se sentia confusa. Tinha certeza de Otávio era o seu admirador e que ele dera um jeito de ela ir trabalhar por lá e então descobriu que fora contratada pelo tal diretor. Pensou que a voz era bem parecida com a que ouvira naquela noite e nos áudios que recebia e seu coração acelerou. Seus passos se apressaram até chegar ao outro camarim.

Um homem com uma blusa preta e calça jeans andava de um lado para o outro. Os cabelos grisalhos indicavam uma certa idade, assim como as marcas no seu rosto. Era Sandro, o diretor. A expressão séria se desmanchou em um sorriso malicioso ao ver Simone entrar, principalmente pela forma como estava vestida. A maquiadora entendeu o sorriso como uma aprovação.

— O que posso fazer pelo senhor? — perguntou Simone com seu tom de voz mais manhoso.

— Arruma essa piranha! — respondeu o diretor, apontando para a mulher sentada em uma cadeira em frente aos espelhos.

A voz trovejante daquele homem a fez reagir às pressas para maquiar a mulher cuja presença ela nem notara até então. O jeito firme de falar e de chame a mulher de “piranha” a fez se arrepiar enquanto corria para desfazer o estrago na maquiagem daquela mulher. A moça era uma atriz, com os cabelos castanhos, como os olhos. Tinha a maquiagem do rosto borrada, principalmente o batom, dando a impressão de ter esfregado os lábios em algo. A atriz atendida por Simone exibia uma expressão de satisfação, mesmo depois do diretor a chamar daquela forma.

O calor entre as pernas da maquiadora voltou. Sandro tinha uma presença significativa naquela sala, mesmo quando em silêncio e quando se manifestava, sua voz exalava autoridade. Aquela atriz com a maquiagem borrada e uma cara de quem acabara de gozar com certeza era uma piranha dele. Mais uma. Simone entendia ser normal que um homem daqueles não dominaria uma mulher apenas. Provavelmente faria parte de um harém de mulheres que lhe serviam. Quanto mais longe ia sua imaginação, mais excitada ficava.

Simone se esforçava em corrigir a maquiagem da atriz enquanto ela olhava para o seu corpo com desejo. A mulher olhava-lhe e depois para Sandro com um sorriso malicioso nos lábios. Ao espiar no espelho, notava o diretor com os olhos fixos na sua bunda, parcialmente exposta por aquele short ridiculamente curto. Ao voltar os olhos para a atriz, empinou mais a bunda em direção a Sandro e recebeu de volta uma mordida nos lábios. Simone terminou seu trabalho em meio a um clima provocante de trocas de olhares entre os três. Se sentia úmida e pronta para o que aqueles dois fariam com ela, mas assim que o trabalho terminou, Sandro mandou a “piranha” se vestir logo ir para filmar a última cena, pois estavam atrasados. A maquiadora foi deixada sozinha, recebendo apenas um tapa na bunda do diretor e o pedido para ela ir em sua sala receber seu pagamento.

Foi um gesto abusado, mas não era o tapa que ela gostaria de receber. Ficou na expectativa de voltar a encontrá-lo depois da gravação da última cena e descobrir qual o jogo que ele teria preparado para ela.

Simone foi ao pátio do velho palacete assistir às gravações. Por trás das câmeras e de todo o equipamento da filmagem ela dividia as atenções com os atores contracenando devido as suas roupas. Por mais fogosa que fosse, Simone nunca foi fã de se exibir, se obrigando a controlar seus altos gemidos constantemente ao fazer sexo com o marido em casa. Agora estava no local de trabalho com roupas que só usaria na privacidade do lar. O short curto e a blusinha atraiam olhares discretos e indiscretos de todos, a ponto de a maquiadora sentir o desejo no olhar de cada um. Pensava que provavelmente era esse o jogo que seu admirador tivesse preparado para ela. Exibi-la na frente de todos, inclusive na frente de alguns conhecidos e fazê-la se sentir desejada por vários homens ao mesmo tempo. Aquilo era um tanto constrangedor, mas aos pouco se tornara prazeroso ser o centro das atenções. O fato de aquilo tudo ser obra daquele homem plantou nela o desejo de permanecer ali. Queria ficar e obedecer ao seu homem e se exibir para todos ali, pois cumprindo o seu desafio, teria sua recompensar. Pensar em tal recompensa a excitava mais do que os olhares desejosos em sua volta.

Já era tarde da noite quando todas as filmagens terminaram. Muitos se foram restando apenas os atores que ainda filmavam e os contrarregras que precisariam guardar os equipamentos. Além de Sandro, o diretor. Simone ficou à distância, o observando enquanto ele conversava com membros de sua equipe. Uma ansiedade a consumia tanto o quanto o frio vento da noite que envolvia seu corpo descoberto. Observou Sandro terminar sua conversa e ir até seu contêiner. Nos seus primeiros passos em sua direção, seu telefone vibrou. Havia uma mensagem: “você se comportou muito bem, parabéns! Agora quero que cruze o pátio do palacete e vá até o salão do outro lado. Lá, há uma sala menor à direita da sua entrada e dentro dela, uma caixa. Tire tudo, menos o plug, vista o que está lá e volte para o pátio.

Simone seguiu as instruções, imaginando que Sandro a esperaria no pátio. Enquanto cruzava o pátio vazio, iluminado apenas pela lua antes de voltar a escuridão dos salões do palacete. Achou a sala e a caixa sob a luz da lua vinda pela janela. Ao abrir a caixa, não acreditou no que estavam lhe pedindo para fazer.

As botas de couro com salto alto marcaram pelo som o ritmo dos seus passos. O cano longo ia além do seu joelho, cobrindo boa parte das suas coxas. Ao adentrar o pátio a luz da lua revelou o resto do que a cobria, ou não cobria. Um conjunto de tidas de couro envolviam o seu corpo, mais exibindo do que ocultando. Tinha a bunda e a boceta, totalmente expostos, assim como os seios. Os bicos dos seios endureciam pelo frio que arrepiava a sua pele nua naquela noite enluarada. No pescoço, havia uma coleira com a palavra “CADELA” bordada.

Descendo as escadas para o pátio, ouviu uma ordem para parar. A voz grave e trovejante mexeu com ela mais uma vez e Simone obedeceu imediatamente. Das sombras, surgiu um homem, vestindo um smoking e uma balaclava cobrindo o rosto. Simone finalmente o vira, apesar de ainda não observar o seu rosto. Achou engraçado Sandro esconder o rosto para ela, já sabendo da identidade do seu admirador, mas se manteve no jogo. O silêncio naquele pátio era complementado pelos sons dos pequenos insetos que da mata próxima, mas fora quebrado por outros sons. Galhos quebrados e mato amassado denunciavam a presença de alguns ali. O coração de Simone disparou ao pensar estar sendo observada por pessoas sem nem saber quem seriam. Tinha como esperança a luz da lua não ser o suficiente para a identificarem. Enquanto tentava processar o fato de estar vestindo apenas tiras de couro com pessoas a espiando, era observada pelo seu admirador, dando voltas em torno dela, deslizando os dedos pelo seu corpo. Ao chegarem no seu quadril, o primeiro tapa.

Simone conteve o grito, sem muito sucesso. Aquele era o tapa que ela conhecia, capaz de fazer sua pele arder e sua boceta melar ao mesmo tempo. O homem continuou a dar a volta e deslizou seus dedos por entre as penas de Simone, aninhando-os entre os lábios da boceta, impondo à maquiadora seus primeiros gemidos. O grelo rapidamente endurecido virou alvo de dois dedos dispostos a não o deixarem em paz e Simone precisou gemer mais alto. Aquele homem a beijou de surpresa, enquanto bolinava a sua boceta. Foi quando Simone se soltou mais, se aproveitando do beijo para abafar os gemidos.

O homem de smoking apontou para um banco de concreto no outro lado do pátio, mas antes que ela desse seu primeiro passo, lhe mostrou uma corrente.

— Você é minha cadela. Ande como tal.

Simone se ajoelhou e teve a corrente enganchada em sua coleira. Ao ser puxada para frente, Simone engatinhou e sua bunda exibiu o plug enterrado em seu cu para que todos escondidos ali pudessem ver. Ela engatinhou, sendo exibida como uma cadela, até o fim do pátio, se apoiando com os cotovelos no banco de concreto. As pernas abertas exibiam o plug para quem quisesse ver. Simone já não se importava, de tão mergulhada que estava naquele jogo. Apenas queria fazer o que seu dono quisesse.

O homem abriu a calça e pôs seu membro para fora, já endurecido.

— Minha cadela quer?

Simone fez sinal afirmativo.

— Então me mostra. Balança esse rabo.

Simone obedeceu, mexeu o quadril para os lados enquanto olhava aquele homem nos olhos. Com o membro lhe sendo oferecido, Simone se esticou para abocanhá-lo para pelo menos chupar a cabeça. Sua boca abraçava a glande com seus lábios indo e voltando na curta distância que era possível. Foi inesperado quando aquela rola dura lhe foi totalmente enterrada na boca. Segura pela cabeça, o homem fodeu seus lábios para depois esfregar o pau melado em sua cara. Deu-lhe um tapa no rosto e enfiou o pau a fodendo mais uma vez. Repetiu isso mais vezes até se casar.

— Minha cadela está feliz?

Simone balançava a bunda mais rápido. O homem deu a volta, se ajoelhando atrás dela. As mãos tomaram as suas costas, sua bunda e coxas. O calor desejava o trajeto na pele de Simone até que a ardência dos tapas explodisse em sua pele. Sendo segura pela coleira, ela estava imóvel quando aquele caralho abriu espaço entre seus lábios. Entrava e saía devagar e lentamente aumentava a velocidade. Simone foi comida como uma puta, apanhado várias vezes na bunda enquanto aquele caralho duro era socado dentro dela.

— Me diz, o que você é?

— Sou sua puta!

— Fala mais alto!

— Sou sua puta.

— Mais alto!

Simone gritou ser uma puta, iluminada pela lua no palacete enquanto fora observada por aqueles estranhos. Seu grito se assumindo puta desencadeou o grito seguinte, sem sentido, incompreensível, mas longo como se seu fôlego fosse infinito, assim, como a força do seu corpo em tremer sem parar. O admirador anônimo não resistiu em observar aquela mulher se desmanchar e gozou juntos, enchendo-a de porra.

Os dois permaneceram abraçados e trocaram um longo beijo. O homem vestiu a sua calça e se encaminhou para a mata, onde já não tinha mais ninguém. Simone voltou às pressas para a sala onde ficaram suas roupas e se vestiu. A maquiadora foi até o contêiner do diretor sendo recebida com espanto por Sandro. O diretor já acreditava não, a ver mais naquela noite, mas já tinha seu pagamento separado. Simone sorriu, acreditando fazer parte do jogo o diretor fingir que não a conhecia, mas antes de sair fez questão de dizer que se ele a quisesse de novo, era só ligar mais uma vez.

Sandro disse que ela fora indicada por outro para substituir outra maquiadora e que ele não a chamara diretamente. A expressão de confusão de Simone fez Sandro respirar fundo antes de sair de seu contêiner gritando, procurando por Daniel, dizendo que o contrarregra não devia mais ligar para os funcionários imitando ele. Enquanto isso, Otávio corria entre os contêineres reclamando que seu smoking teria sido roubado.


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Comentários


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barnei Comentou em 13/05/2022

Muito bom.




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Ficha do conto

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turinturambar

Nome do conto:
Crônicas do Bairro Velho - A volta do admirador anônimo

Codigo do conto:
200686

Categoria:
Fetiches

Data da Publicação:
09/05/2022

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1

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