O primeiro nome de sua lista era o da proprietária de um restaurante onde a entrevista fora marcada. Não a conhecia pessoalmente e o nome veio de suas pesquisas, porém, havia algo de estranho. O endereço do restaurante lhe era familiar, apesar de não lembrar do estado por lá. Se tratava de um velho imóvel reformado, com uma decoração moderna, ainda que exibisse as memórias da construção original. Perturbada pelo estranhamento, a jornalista se apresentou à gerente do estabelecimento, que a conduziu até o escritório, nos fundos do imóvel. Ao chegar à porta e dar de cara com Alberto, Jéssica então percebeu conhecer a história daquele lugar.
Suas memórias lhe levaram ao momento em que entrevistou Alberto e no envolvimento que teve com ele e Berenice, sua amiga. Suas pernas amolecerem só de olhar aquele homem bruto, e lembrar de como ela não resistiu ao jeito rústico daquele homem e de como ele a dominou, com Berenice na cama.
O homem com traços rígidos, mas de vestimenta com caimento impecável a recebeu com um sorriso a olhando de cima a baixo. Jéssica vestia uma camisa folgada rosa, com uma leve transparência e uma calça cinza, justa em seu quadril. Apesar do olhar malicioso, ele não disse nada de mais, apenas a convidando para entrar, dizendo que a esposa a esperava. O gesto educado a deixou mais confusa, pois nada disso batia com o homem que conhecera naquela ocasião. Não parecia aquele homem grosso e um tanto rude que entrevistou naquela vez. Sem falar que na época estava se separando e falava tão mal da esposa que parecia odiá-la. Se perguntava se tinham reatado ou se ele já tinha se casado de novo. Seja lá qual fosse a situação, aquela mulher parecia deixar ele mais civilizado.
Vestindo uma saia vermelha e uma camisa social listrada, a mulher levantou de sua cadeira para lhe receber. Tinha o cabelo longo, com alguns cachos jogados para o lado, caindo pela frente, por cima do ombro. O primeiro contato deixou uma impressão surpreendente. Ao contrário da fala em tom exageradamente alto e das expressões duras, Rosana, a esposa de Alberto, falava delicadamente e se mostrava amável e receptiva. Jéssica se perguntava como uma pessoa tão tranquila conseguia conviver com outra tão tensa.
O escritório tinha uma mesa de trabalho, com computadores e um sofá, onde as duas se sentaram, com Rosana se sentando junto à jornalista. A entrevista seguiu com a empresária contando toda a sua trajetória, desde seus primeiros negócios até sua sociedade com o marido. Tudo seguiu na mais perfeita tranquilidade até Jéssica perguntar sobre o motivo dela ter escolhido o Bairro Velho para investir.
Quando Rosana disse “você sabe bem o motivo”, Jéssica congelou. De repente se perguntou se aquela mulher sabia de tudo o que aconteceu entre ela e Alberto, mas quando a entrevistada lembrou a entrevista anterior com o seu marido, aonde essa parte da história foi contada, a jornalista relaxou. Rosana continuou explicando que estavam decididos a se separarem, mas que desistiram e que mesmo a escolha de Alberto por este restaurante seria motivo de conflito, mas que no fim todos se acertaram. Rosana sorria maliciosa ao dizer que aquela foi a melhor decisão das vidas deles. Jéssica que até então se limitava a fazer suas perguntas, se sentiu à vontade para brincar e dizer que foi bom para eles voltarem e recebeu de volta um olhar insinuante.
— Eu sei o que vocês fizeram.
— Como?
— Eu sei o que aconteceu na entrevista. Você, Alberto e a advogada.
Jéssica ficou sem reação. A mulher realmente sabia o que aconteceu. A jornalista esboçou alguma fala, gaguejando sem conseguir construir uma única frase, com medo daquela mulher mudar de comportamento de uma hora para a outra e ficar agressiva. Para a sua surpresa, recebeu um toque carinhoso em sua coxa e a voz aveludada de Rosana dizendo estar tudo bem.
— Olha, me desculpe. Eu não sei o que aconteceu comigo…
— Não tem do que se desculpar. Eu sei muito bem o que aconteceu. Aquele jeito bruto dele mexe conosco, não é?
— Sim…
— Não fique com vergonha, não te contei isso para te constranger. Eu só queria conversar. Ele me contou como foi, mas eu queria saber o seu lado da história.
— Eu não acredito que ele te contou tudo.
— Ele não quis contar, eu que pedi com jeitinho.
A expressão de estranhamento de Jéssica fez Rosana se aproximar de seu ouvido.
— Foi enquanto transávamos. Fiquei de quatro para ele, porque é a posição preferida dele e enquanto ele me comia eu pedia para ele me contar o que vocês fizeram. Ele disse que te comeu na mesma posição que eu estava e fez a Berenice ficar olhando. Eu pedi para ele me comer igual fez com você. O Alberto então comeu o meu cu batendo na minha bunda.
Jéssica ouvia a voz doce e tranquila de Rosana descrevendo sua transa com Alberto enquanto as mãos dela apertavam mais a sua coxa. Ela controlava o desejo de espremer as coxas entre si enquanto sentia o formigamento entre as pernas. Quando terminou a narração, um leve sopro a fez se arrepiar. Jéssica sentia Rosana a dominar, sem a menor agressividade.
— Se ele já te contou tudo, então eu não preciso contar mais nada.
— Ele não contou tudo, apenas superficialmente.
— Por que quer saber esses detalhes?
— Porque eu sei o quanto ele estava irritado na época e quanto mais irritado ele fica, mais gostoso ele é. Ele tem outra pegada… você sabe que estou falando.
Jéssica deu um tímido sorriso.
— Às vezes ele me come assim, como se eu fosse uma puta. Adoro isso! É tão selvagem, tão libertador. Tenho a impressão que ele extrapolou os limites com vocês duas.
Jéssica sentiu o desejo nos olhos de Rosana e se abriu. Contou como ficou hipnotizada pelo jeito bruto daquele homem, de como ela permitiu ser possuída e usada. Detalhou como Berenice participou daquela transa, sempre sendo deixada de lado, morrendo de desejo de ser comida junto a ela. Se abriu ao dizer que aquele homem fora bruto com ela do jeito que ela gostava e ser comida na frente de Berenice a deixava ainda mais excitada.
Rosana ouviu tudo esfregando as coxas com discrição. Não se contentou e perguntou mais, pois sentia Jéssica cada vez mais aberta. Perguntou mais sobre Berenice e de como elas tinham se conhecido. Jéssica falou de quando a conheceu com uma amiga na cachoeira e como se deixou levar pelas duas até ser devorada por elas sob a queda d’água. Rosana agradecia pelas histórias e pedia mais, queria saber se isso costumava acontecer no trabalho. Jéssica contou quando entrevistou a treinadora de uma academia de lutas e se envolveu com ela e um aluno.
Jéssica se entregou a Rosana contando todas as suas histórias, mas sentiu vergonha depois. Com tantos relatos era normal esperar ser julgada, principalmente pelas histórias em sua atividade profissional, mas Rosana respondeu que ela mesma já havia feito coisas parecidas no restaurante, e não só com o marido. “Se você é puta, não é mais que eu”, disse.
Rosana se aproximou e deu um beijo em Jéssica. Chupou os lábios grossos da mulata e invadiu lhe a boca. As duas mãos buscavam se apossar do corpo daquela mulher cujos gemidos eram abafados pelo beijo. Rosana subiu a sua saia e montou no colo de Jéssica, sem que descolassem os lábios. Jéssica tinha a boca invadida por aquela língua, que lhe explorava por dentro. Seu desejo acendeu e quando suas mãos foram puxadas para as coxas de Rosava, passou a apartear aquela mulher, puxando-a contra si. Pelas pernas as mãos subiram até se esconderem na saia e apertarem, com toda a força, carnes mais macias.
As bocas não desgrudavam enquanto Rosana desabotoava a blusa e tirava o sutiã da jornalista. Apertou aqueles seios medianos com as mãos antes de chupá-los, arrancando um sorriso de arrepio seguido de gemido da mulata embaixo dela. Enquanto se deliciava com aqueles seios, Rosana tirou sua blusa e sutiã e voltou a explorar o corpo daquela mulher. Dois seios subiu para o pescoço aos beijos e, com sua língua, fez um risco lento até a orelha, forçando Jéssica a se contorcer.
As duas se levantaram. Rosana tirou o resto de suas roupas e ajudou Jéssica com as suas últimas peças. Um forte tapa explodiu contra os quadris da jornalista — Bem que ele me falou da sua bunda. Ela é deliciosa — disse Rosana. Jéssica sorriu, apesar da ardência em sua pele, se sentia desejada e saber que o marido compartilhou o mesmo desejo a deixou mais excitada. Ela continuou sendo tocada, apertada e estapeada. Nitidamente aquela mulher serena lentamente se perdia no próprio desejo e se aproveitando disso, Jéssica se pôs de quatro no sofá. Impressionada com o corpo da mulata naquela pose, Rosana deu ainda mais tapas, atendendo os pedidos manhosos de Jéssica, que exibia o seu rabo, sabendo que aquela mulher perdia o controle por ele.
A ardência dos tapas deu lugar ao toque macio e úmido da língua, lhe separando os lábios. Jéssica gemeu se empinando mais, oferecendo um ângulo melhor. Rosana sabia chupar uma boceta explorando sua intimidade deliciosamente com a língua ou simplesmente chupando os seus lábios como se fossem uma fruta. A língua dela percorreu um pouco mais até alcançar outro lugar mais sensível.
— Meu marido comeu aqui?
— Sim, ele meteu muito no meu cu.
Rosana passeou por aquelas pregas, arrancando gemidos de Jéssica. Para acompanhar o carinho anal, dois dedos lhe penetravam a boceta. A jornalista ainda usou uma de suas mãos para uma massagem lenta no clítoris procurando se estimular o máximo possível. Com tantos estímulos, o seu corpo tremeu incontrolavelmente, enquanto segurava a mão de Rosana para mantê-la dentro de si. Rosana ainda brincava com a língua em suas pregas durante o longo orgasmo para depois distribuir beijos pelo seu corpo até encontrar a sua boca.
As duas se abraçaram em um longo beijo e Rosana foi gradualmente conduzida a se deitar no sofá. Jéssica mergulhou entre suas pernas antes que a língua lhe arrancasse o primeiro gemido. Com as pernas abertas, Rosana se entregou, contorcendo seu corpo quando os lábios grossos da mulata lhe engoliram. Seus gemidos doces eram manipulados por aquela mulata maliciosa, que não satisfeita em possuí-la com sua boca, usou dois dedos para pinçar seu grelo, deixando-o à mercê daquela língua úmida. Rosana revirou os olhos. Enquanto seu clitóris era acariciado, dois dedos lhe invadiram a boceta encharcada. Jéssica a fodeu, com movimentos bem rápidos. Quando os movimentos cessaram, Rosana ameaçou protestar, pedindo para que não parasse, quando sentiu o dedo deslizar em outro lugar.
As pregas de Rosana abriram facilmente o espaço para aquele dedo melado pela boceta. Sendo comida ali, no cu, enquanto tinha a boceta chupada, ela se contorcia e gemia mais, arranhando o estofado do sofá até que seus gemidos chegaram ao ápice. Em um contorcionismo incontrolável, Rosana elevou seu quadril, mas segurou Jéssica junto pelo cabelo, mantendo-a entre suas pernas. A jornalista apertou suas coxas com firmeza durante o último e forte gemido de Rosana.
Quando o corpo repousou sobre o sofá, Jéssica explorou o resto do corpo até reencontrar os lábios de Rosana. As duas permaneceram deitadas naquele sofá por algum tempo, até finalmente terminarem a entrevista.
Parabéns ao autor por esse conto onde o sexo é apenas sexo,sem falsidade ou hipocrisia.