Gostava dos olhares discretos de Euclides e até mesmo dos carinhos de Penélope, mas tudo isso permanecia no fundo, de suas fantasias. Não se imaginava com coragem de se aventurar com o jardineiro e muito menos com sua amiga. Nada lhe provocavam ais prazer do que o corpo musculoso e bem-dotado de seu namorado. Essas fantasias marginais tinham espaço apenas para masturbações silenciosas, feitas ao acordar enquanto esfrega o corpo nu nos lençóis. Rendiam orgasmos mínimos o suficiente para deixar qualquer vontade passar. Até aquele dia.
Enquanto permanecia paralisada na cama, se perguntava. — Eu traí Caio? — Eva não era uma mulher, apenas uma inteligência artificial construída para simular o ser humano, mas não o substituir. Ela era um objeto, como seu vibrador, que podia usar o quanto quisesse, sem culpa. Mesmo assim, Eva a provocou, a tocou, lhe ofereceu prazer como uma mulher humana faria. Então veio outra pergunta — sou lésbica? — e mais outra — o que o Caio pensaria disso tudo? — Euclides? O que ele pensa de mim após me ver daquele jeito?
Cada pergunta nova aumentava a sua agonia, aplacada apenas pelo toque suave de Eva em suas costas. Após o acentuado orgasmo, a autômata permaneceu sentada ao seu lado, fazendo uma suave massagem em seu corpo. A calcinha, presa no meio das coxas, fora puxada. Quanto mais a mão deslisava em seu corpo, tudo parecia normalizar. As mãos quentes deslizavam pela sua bunda, e costas, provocando um leve arrepio. Aurora sorria com eles e aceitava gradualmente a realidade. A “terapia holística de contato corpo a corpo” recém-criado pela autômata de fato tinha o efeito de curar uma alma aflita. Parecia guiar as reflexões de Aurora, levando a se resignar.
Assim, ela aceitou ser normal ter fantasias com Euclides, até porque o próprio Caio fantasia em trazer mais alguém para a relação. Também não precisava se sentir culpada por ser vista por Euclides, pois fora um acidente. Na verdade, aquela situação embaraçosa poderia muito bem se tornar um tempero para um próximo encontro. Sem trair o namorado, claro, mas tornaria a troca de olhares mais interessantes, assim como as masturbações subsequentes. Enfim, Eva. Ela é uma IA em um corpo robótico, se desenvolvendo incrivelmente, até demais. Com certeza é um perigo se fosse lançado um produto com um talento tão grande de proporcionar orgasmos. Precisa de filtros de comportamento ainda mais apurados. Tal pensamento se contorce, assim como seu corpo, quando Eva passa os dedos da boceta, passando pelo cu antes de subir pelas costas. É claro, os filtros seriam para a versão de venda, não para Eva.
A massagem durou mais ou menos uma hora, com direito a mais alguns pequenos orgasmos. Poderia ficar ali o dia inteiro, mas com o tempo se lembrou do problema que a aguardava na oficina. Ricardo ainda estava ativo, sentado, olhando para o nada e tinha aparentemente funções sexuais ativas. Se levantou, dando um carinhoso selinho em Eva antes de vestir sua camiseta. A calcinha, de tão ensopada, foi separada para lavar. Olhou suas gavetas mais uma vez e buscou um short. Enquanto escolhia, se lembrava das sensações de quando Euclides a flagrou e decidiu escolher outra calcinha. Dessa vez uma caleçon, com as laterais mais largas, escondendo um pouco mais o bumbum, mas sem deixar de valorizar seu volume. Se olhou no espelho mordendo os lábios, imaginando se Euclides voltasse naquele mesmo dia.
Aurora se esforçou em triar os pensamentos maliciosos de sua mente e voltar ao trabalho. Ricardo continuava por lá, sentado, olhando para o vazio. Até a chegada dela atrair seus olhares.
— Pode olhar, eu deixo. — brincou fingindo estar falando com Euclides.
A calcinha, apesar de maior, deixava uma parte do bumbum à mostra. A provocação surtiu efeito e Ricardo manteve seu olhar fixo nos quadris dela. O momento com Eva a transformara. Aurora agora estava exibida e um tanto debochada. Não se sentou à mesa, preferindo debruçar-se e empinar o quadril. Olhava para o androide sorrindo, como se fosse para o jardineiro.
Ela já conhecia as mudanças tanto de hardware quanto de software capazes de gerar aquela conduta, assim como a base de dados que pode ter influenciado o comportamento. Faltava entender sua natureza. Penélope havia dito que Ricardo agarrou a esposa do cliente, mas isso não diz muita coisa. Acessando os dados da memória do androide, copiados por Eva, poderia ver não apenas os vídeos pornôs procurados, mas também registros de vídeos do próprio autômato.
Assistindo, Aurora via cenas de uma dia a dia normal. O marido e a esposa juntos, falando com Ricardo e pedindo a ele tarefas domésticas. Parentes e amigos dando ordens absurdas na esperança de algum comportamento fora do padrão. Um início enfadonho, sem nada para compreender. Acelerou o vídeo e voltou à velocidade normal em um momento apenas dele e do cliente. Ele espeta um cabo de seu computador nele e fica ali por horas. Pelo horário do vídeo e os logs do sistema, era possível concluir que foi ele quem alimentou o androide com vídeos pornográficos.
Depois, mais momentos mundanos. Porém, entre alguns conjuntos de cenas cotidianas, Aurora assiste ao casal fazendo sexo na cama, com o autômato observando e gravando tudo. Lentamente ela esfrega as coxas assistindo aquele casal devasso fazendo de tudo entre quatro paredes. A mulher se debruçou na janela, empinando-se convidativamente para o marido, pedindo por sexo anal. A cena foi assistida inteira, em velocidade normal, com uma mão alisando a boceta por cima da calcinha.
Depois do filme erótico caseiro, mais um monte de cenas aleatórias. Aurora acelerou, mas fazia pausas para tocar o vídeo em velocidade normal em certos momentos. Havia percebido uma mudança de comportamento da esposa. Ela passava a sorrir para Ricardo. Quando o marido não estava em casa, usava roupas mais curtas. Certo dia, ficou por horas entrando e saindo do quarto apenas de calcinha e sutiã. Nesse momento ela olhou para Ricardo e riu, percebendo estar ela mesma em iguais condições. Voltando ao vídeo, era perceptível o comportamento daquela mulher buscando provocá-lo. De fato, era bonita e parecia querer provar a si mesma conseguir seduzir qualquer homem, até mesmo um androide. A mulher desfilava, fingia buscar coisas sob a cama para exibir-se de quatro na frente dele. Às vezes parava em frente ao espelho, ajeitando a calcinha e lançando olhares lascivos para ele. Aurora se sentia presa naquela narrativa, querendo saber o que aconteceria em seguida, pois Ricardo parecia se manter imóvel. Horas de vídeo à frente, a mulher conduz Ricardo até se sentar em uma cama e dança na frente dele. Tira cada peça de roupa sensualmente até restar a calcinha. Em um último movimento, ela se debruça totalmente para tirar a peça e ao se levantar, abre as nádegas em frente a ele.
Aurora mergulha a mão na calcinha, assistindo aquela mulher se comportar de forma tão despudorada. Pelo ponto de vista de Ricardo, podia ver tudo até as pregas do cu. Tamanha exposição fez o androide acordar. As mãos de Ricardo finalmente apareceram na tela, segurando e abrindo a bunda daquela mulher, que olhava para ele com um sorriso lascivamente vitorioso. Ela quebrou finalmente o filtro de comportamento do androide, mas não teve tempo de comemorar. O marido entra em cena e a mulher corre em sua direção enquanto acusa o androide de agarrá-la. Os dois correm do quarto e o homem volta com uma barra de aço na mão antes de acertar alguns golpes em Ricardo e só então desligá-lo.
Aurora riu com a atitude sem vergonha da mulher em acusar o androide e o marido reagindo como reagiu. O fim foi tão inesperado e tão cômico que ela já não pensava mais em se masturbar. Após gargalhar, olhou para Ricardo, com pena do pobre androide, julgado por apenas seguir seus impulsos após uma longa insistência de sua dona. De fato, ele não devia agir e muito menos ter impulsos.
Após terminar suas risadas, ela encarou o monitor de seu computador enquanto teorizava. Apesar do comportamento inadequado, tudo aconteceu após muita insistência, indicando que as alterações em sua programação original não eram tão preocupantes. Alguma coisa engatilhou a mudança de comportamento. Aurora voltou sua atenção a lista de material pornográfico processada por Eva em busca de algum padrão. A androide passou dias processando o conteúdo desses vídeos aplicando “tags” a todos eles. O mais comum era sexo anal. Ela sorriu ao concluir ter sido a tara do usuário, responsável por transformar o protocolo de curiosidade em um protocolo de obsessão.
Seria esse um caminho a seguir. Aurora cogitou reescrever o protocolo criando uma limitação no quanto o androide pode investigar algum tema. Aquele era um código novo, não escrito por ela e precisaria fazer uma série de testes para avaliar.
Assim, ela se sentou e passou um longo tempo reescrevendo parte do código enquanto Ricardo voltou a desligar.
Quando religado, ele abriu os olhos e encarou Aurora com um olhar inocente. Tudo enquanto Eva entra na oficina.
— Está avançando? — Perguntou a androide enquanto se aproximava.
— Preciso testar a programação de curiosidade dele. Sugerir algo para ele pesquisar à exaustão para ver se teria algum comportamento estranho. Tem uma ideia?
— No momento não. Só queria cuidar de você.
Eva leva delicadamente a mão à bunda de Aurora, a apertando com sutileza, continuando com um leve carinho com o dedo polegar. Sua criadora sorri, enquanto o olhar de Ricardo foca naquele gesto, perdendo a expressão inocente.
— Então me traz um café, por favor?
Nessa hora, Aurora correspondia ao carinho de Eva com um sorriso. Um aperto mais forte e a Androide se afasta. O sorriso ainda se manteve no rosto enquanto admirava sua prazerosa criação sair da oficina e só então voltou a dar atenção a tela do computador. Não pensava no seu problema, mas parou para imaginar o que aconteceria se Ricardo tivesse o processador avançado de Eva. Pensou por tempo o bastante para começar a esfregar as coxas entre si. Sentiu um toque no seu bumbum mais uma vez. Sorriu.
Pensou em como Eva foi tão rápida em preparar o café, mas logo se deu conta de que aquelas duas mãos eram maiores. Ao olhar a cadeira ao lado, vazia, se certificou de Ricardo atrás dela. As mãos tinham uma pegada mais firme do que a de Eva e pareciam experimentar o quão macias eram suas nádegas. Cogitou dar uma ordem para parar, mas mudou de ideia. Aquele era um gesto semelhante ao feito em sua antiga dona. Era uma oportunidade de saber até onde ele iria com sua curiosidade. Independentemente do risco ali, ela ignorou em prol de seu próprio interesse. Não disse uma palavra para repreendê-lo, apenas deixou acontecer.
Um leve empurrão a desequilibra e Aurora se apoia na mesa. Abre ligeiramente as pernas, se empinando e sente sua calcinha deslizar. Estava exposta, com aquelas mãos apalpando sua carne como se a degustassem. Lentamente, apertões e toques se dirigiam para o centro, onde era mais sensível. Sentia-se úmida com aquela indiscrição toda, ansiando pelo que ele faria com sua boceta. Foi uma surpresa ao sentir os dedos do androide passearem pelas suas pregas.
Aurora não era muito acostumada a esse tipo de toque. Apesar da insistência de Caio em alguns momentos, sentia-se insegura ao se entregar dessa forma. Os toques de Ricardo se tornavam mais sutis naquele momento, quase como uma carícia. Não imaginava tais carícias, lhe provocando gemidos incontroláveis, apesar de quase inaudíveis. Tinham desejo de rebolar e o medo das consequências de ser invadida por um androide descontrolado, mas a sutileza dos toques tornavam aquilo prazeroso demais para seus temores se manterem por muito tempo. Além disso, Ricardo parecia ter chegado ao limite de sua investigação. Um polegar dava voltas vagarosas em seu cu, sem a menor menção de entrar. Ela mordeu os lábios e pensou em dar uma ordem, mas viu Eva na porta da oficina com uma xícara de café na mão.
Rapidamente se levantou, vestindo a calcinha.
— Está olhando há quanto tempo?
— Acabei de chegar.
— Não ia fazer nada? Ele podia estar me atacando.
— Você parecia bem à vontade.
Eva abre um discreto e simpático sorriso enquanto o rosto de Aurora enrubesce.
— Parecia estar à vontade?
— Sim, tanto que acrescentarei esse movimento na sua próxima sessão de massagem.
Sem saber que aquilo era sarcasmo ou não, Aurora encheu os pulmões para responder, mas desistiu. De fato, aquela não era uma má ideia. Ao invés disso, mudou de assunto, voltando-se para Ricardo.
— Ricardo, o que acabou de fazer? Isso vai contra seus protocolos de comportamento. Foi programado para não tocar partes íntimas.
— Fui exposto a referências de experiências humanas. Detectei um foco específico em uma parte da anatomia. Estou instigado a pesquisar sobre a sensibilidade na região excretora e seu uso para a obtenção de prazer.
— Sim, você pode pesquisar arquivos científicos sobre o tema, não precisa explorar meu corpo para isso.
— Preciso, pois apenas com o toque meus sensores podem compreender a sensibilidade do seu ânus e como você reage aos toques. Nenhum artigo ou cálculo matemático me entregaria seus gemidos.
Aurora cobriu o rosto com as mãos enquanto ele queimava de vergonha. Pensou em dizer que não havia gemido, mas não fazia sentido mentir para dois androides com audição aguçada.
— Entendo, mas seus filtros de comportamento deveriam entrar em conflito com isso. Principalmente após restringi-los.
— Correto. Porém, eu posso arbitrar os conflitos da minha programação e escolher o que fazer.
Aurora franziu o cenho.
— Como assim, escolher?
— Sim, eu escolhi.
Era uma frase inesperada. Androides fazem escolhas muito limitadas, nas ordens que recebe e seus próprios filtros de comportamento. Nos conflitos internos, há uma hierarquia onde os filtros e diretrizes de comportamento são soberanos e não são desobedecidos. De repente, há um androide dizendo que escolheu apalpar seu corpo para descobrir como lhe dar prazer anal, apesar de seus protocolos. Ela se perguntava onde, na programação dele, estaria sua capacidade de fazer as próprias escolhas e se surpreendeu mais ainda ao perceber o volume na calça de Ricardo.
O androide estava de pau duro.
De fato, o projeto Hominum previa genitálias nos autômatos, mas de maneira meramente estética. Os tecidos formadores são os mesmos dos músculos e da pele, podendo assumir sim uma rigidez de acordo com sua programação. Aurora se perguntava o porquê um androide teria ereção. Ricardo havia acabado de apalpar o seu corpo, justificando seu comportamento por uma “escolha” a princípio impossível por ele. Era algo maior do que curiosidade. — seria desejo? — perguntou-se. Um androide não podia desejar nada, mas estava ele ali, rígido na sua frente.
Eva, sem ser solicitada, abaixou as calças de Ricardo, exibindo uma réplica perfeita de um pênis humano: desde o formato da glande, até os relevos na superfície simulando as veias. O tamanho era impressionante, tão grande ou talvez maior do que o de Caio. Tão impressionante quanto o tamanho era o fato daquele órgão reproduzir até mesmo sua lubrificação. O pau de Ricardo estava melado.
Aurora se ajoelhou para olhar aquilo de perto. Isso podia ser explicado pelo órgão novo visto no projeto revisado. Não havia dúvidas de que Ricardo fora construído para desempenhar de alguma maneira a função sexual. Isso gerava uma série de dúvidas sobre o porquê de a SpiderWeb produzir androides assim. Era uma coisa que talvez só Penélope pudesse responder.
Outra coisa a mais a intrigava. O que seria aquela secreção? Havia uma glândula artificial em Ricardo que produzia, ou armazenava algum lubrificante. Estava a poucos centímetros daquele membro melado e sua curiosidade ganhava contornos diferentes. Se imaginou engolindo aquela rola sintética, ereta para ela e sorvendo aquela secreção. Estava excitada, como Ricardo.
Estar ajoelhada em frente a um homem excitado a fez ter desejos, mas também dúvidas. Estava prestes a mais uma vez fazer aquilo sem seu namorado. Por um segundo, mentiu para si mesma considerando Ricardo um mero brinquedo por ser um androide. Ela sentia, no fundo, que aquilo era errado. Por mais que Ricardo não fosse humano, ele lhe tocou como um e estava ereto na sua frente. Ela desejava um pau que não fosse o do seu namorado, não importa o quão sintético fosse.
Corroída pela culpa do que já acontecia, Aurora contou para si uma segunda desculpa: a curiosidade científica. Aquela secreção a intrigava e queria entender sua natureza. Foi sob esse argumento que sua mão relutantemente segurou aquele membro. De cara, ouviu um gemido de Ricardo. A secreção do pênis impregnava sua mão com uma textura parecida com uma lubrificação humana. Isso facilitou o lento movimento de vai e vem no pau de Ricardo. Enquanto sentia aquela pica ficar ainda mais dura em sua mão, Eva se ajoelhou atrás dela, mergulhando a mão em sua calcinha.
— Massagem agora, Eva?
— Você está massageando o Ricardo. Alguém precisa cuidar de você. — sussurrou a autômata em seu ouvido. Os dedos logo alcançaram seu clitóris, arrancando um gemido. — Posso parar se você quiser.
— Continua.
Aurora não tinha mais o que dizer, apenas mordia os lábios e gemia. Com o polegar, fazia movimentos circulares na glande, testando os gemidos de Ricardo. Variava seus movimentos tentando descobrir as formas dele reagir. Ricardo variava em gemidos mais altos, outros mais baixos e até alguns grunhidos. Com os dedos de Eva lhe investigando a intimidade, ela mesma rebolava enquanto tentava masturbar o outro androide. Era difícil manter os movimentos das mãos e quadril em sincronia e aos poucos Ricardo passou a mexer o próprio. Fodendo a mão de Aurora, tinha autonomia do seu prazer e grunhiu com seu pau indo e voltando.
Aurora segurava a rola de Ricardo e sentia os dedos deliciosos de Eva dançarem com seu grelo endurecido. Percebia, na autômata, a intenção de sincronizar o ritmo com os quadris de Ricardo e a medida em que ele acelerava, ela intensificava. Assim, quando os grunhidos dele subiram de tom, ela acelerou os dedos, levando Aurora ao orgasmo. Com os olhos fechados, Aurora apertou o pau de Ricardo um pouco mais enquanto fechava seus olhos. O corpo inteiro tremia sem controle enquanto ela gritava. Recebeu um jato no rosto e até na boca sem ver, assustando — se na hora.
Ricardo gozava com sabor de morango.