- Ai que saudade! - falou me apertando.
- Também senti muita falta sua, Rê. - falei retribuindo o abraço. - Como foram suas férias?
- Chatas e as suas?
- Conheci um produtor musical amigo do meu avô no Rio.
- Sério? Finalmente se convenceu que canta muito bem e nasceu para isso?
- Me convenci sim, mas ele me disse para esperar. Com outras palavras, me falou que sou muito novo para cantar o tipo de música que pretendo.
- Isso é bom?
- Acho que é.
- Humm. Vamos entrar?
- Vamos. O casal vinte já chegou?
- Não, ainda não. - respondeu rindo.
Fomos para a sala e logo os dois chegaram juntos. Felipe me olhou, deu um sorriso espontâneo, mas logo fechou a cara se policiando. Ele não me falava nada, mas eu sabia que ele estava com raiva de mim porque tirei nossa correntinha no dia que brigamos.
Paciência.
Ele foi para seu lugar, bem afastado de mim, porém como nem toda felicidade é completa, Beatriz veio me cumprimentar:
- Oi, Bê. - me deu um beijo na bochecha que fez meu rosto queimar. - Como foram suas férias?
- Boas. - falei meio seco tentando encerrar aquela conversa.
- Ele até conheceu um produtor musical! - se intrometeu Renata recebendo um olhar de repreensão meu.
- Sério?! Que chique! Em breve você será famoso.
- Não, Beatriz, se isso acontecer vai ser só daqui a alguns anos.
- Ah, mesmo assim, um dia vou poder me orgulhar de ter estudado com o grande Bernardo Costa.
Eu ainda não tinha conseguido distinguir se seu tom era verdadeiro ou irônico. Aquela conversa já estava me deixando desconfortável.
- Que isso, Beatriz, não é para tanto.
- Por que você não me chama de Bia?
- Porque nós não temos intimidade o bastante.
- Porque você nunca quis isso.
- E agora é tarde demais. Inclusive o meu nome é Bernardo, tá?
- Se você diz... - falou e saiu com um sorriso estranho no rosto.
Como já disse, ela era doida. Nunca entendi e nunca entenderei aquele mistério chamado Beatriz.
- Sou fã dela. - suspirou Renata.
- O quê?
- Ora, ela é o que toda garota sonha em ser: linda, rica, inteligente, conquista a todos sem nem abrir a boca e tem uma força incrível.
- Bom, ela é o tipo de garota de quem eu quero distância.
- Ela não pensa assim...
- Como assim?
- Você ainda não percebeu?
- Percebi o quê?
- Meu Deus, como os homens são lentos! - falou suspirando alto.
- Então me explique.
- Depois de tudo o que você me contou sobre suas conversas com ela, não desconfia de nada?
- Desconfiar do quê? - já estava começando a ficar nervoso.
- Bê, ela gosta de provocar, esse é o charme dela. Acho que não faz por maldade, faz porque sempre foi assim e acha divertido. Na minha opinião, sabe por que ela aceitou namorar Felipe?
- Não, por quê?
- Para te provocar.
- Ah, Renata, você está viajando!
- Não, não estou. Se você se lembrar bem, ela só deu espaço para o Felipe depois que começou a desconfiar de alguma coisa entre vocês dois.
Será? Ela seria capaz disso? Se bem que se formos lembrar a nossa conversa no dia que nos conhecemos...
“- Não sei se é uma coisa legal de falar, mas é bom ter um rival.
- C-como assim? - gaguejei.
- É que eu sempre costumo ser o centro das atenções, mas hoje, enquanto você cantava, ninguém notou minha presença. Por alguns minutos fiquei invisível.
- Ah... - fiquei sem saber o que dizer.
- Boa sorte.”
- Não sei, Renata... - falei ainda meio cético.
- Vai por mim, para ela isso é uma competição.
- E Felipe é o prêmio?
- Não. Bom, não ele...
- Quem então? - falei já meio descrente.
- Você.
- Eu? - comecei a rir - Está doida, Renata?!
- Longe disso, meu bem, sou tão esperta que capto as coisas antes de você.
- Isso é loucura.
- Não é não. Você foi o único que não ficou caído de quatro por ela e ela não vai descansar até conseguir isso.
- Não delira, Rê. - falei ainda rindo.
- Vai rindo; daqui a algum tempo quando ela agir, você vem me contar se era loucura ou não.
- Pode deixar que te conto.
Que delírio. Até parece que ela se daria esse trabalho todo só para me conquistar. Era demais, até mesmo para alguém como ela.
Mas como sempre, em se tratando do sexo oposto, eu estava errado. Mulheres sempre foram um mistério para mim, Beatriz então nem se fala.
Já passava da metade de setembro e estávamos na aula de educação física. Era vôlei, então as equipes eram mistas. Sempre foi meu esporte favorito e, modéstia a parte, eu era bom naquilo.
Na minha equipe tinha Beatriz e Pedro, além de outras três meninas. Num lance muito bonito, levantei a bola e Beatriz deu uma cortada, marcando um lindo match point sem chance de defesa para o outro time. Ganhamos o jogo. Ela ficou eufórica e veio pulando em cima de mim.
-Somos uma super dupla! Não tem pra ninguém! - gritou alto ainda no meu colo.
Fiquei sem ação com ela ali e acabei a abraçando levado pela alegria da vitória. De longe vi o olhar de raiva de Felipe. Só não entendi se era ciúme de mim ou de Beatriz.
Soltei ela rápido mais para não provocar fofocas do que por medo da reação de Felipe.
Olhei para Renata que ria e sibilava: “Não te falei?!” Apenas ri e balancei a cabeça negativamente demonstrando que não acreditava muito naquela hipótese.
Com calor e todo suado, tirei a camisa para me refrescar e fui andando em direção ao vestiário. Pedro me acompanhou.
- Poxa, e pensar que eu já provei isso aí... - falou baixinho perto de mim.
- Bobo. - ri divertido. Ainda éramos amigos. - Nem estou tudo isso, você que é um escândalo.
- Sou é? Na hora que você quiser...
- Pedro! - cortei.
- Ok, ok, chato, amizade em preto e branco, entendi.
Fiquei rindo e fomos juntos para o vestiário. Como tinha suado bastante, resolvi tomar uma ducha. Os boxes eram todos separados por divisórias, mas não tinham portas.
Tenho que confessar que era preciso me controlar pelo que eu via por lá. Imaginem só um lugar cheio de garotos de dezesseis e dezessete nus fazendo brincadeiras uns com os outros...
Pedro, sempre safado, era o precursor dessas brincadeiras.
Eu me contentava em rir e não participar, ou alguém poderia acabar notando minha “animação” excessiva.
Enfim, lá estava eu tomando banho tranquilamente quando ouço a gritaria. Nem liguei muito porque fazia parte das brincadeiras dos meninos gritarem.
- Precisamos conversar, Bernardo.
Quase morri do coração quando Beatriz me falou isso. O que diabos ela estava fazendo no vestiário masculino? Me enrolei na toalha o mais rápido que pude e desliguei a água. Os outros garotos fizeram o mesmo com o susto.
- Você é doida?!
- Nem um pouco, mas precisamos conversar.
- Agora? Não podia esperar eu sair do banho?
- Não, não gosto de deixar nada para resolver depois.
- Seu namorado sabe que você está dentro do banheiro masculino?
- Não, ele já foi. Mesmo se soubesse, se nem meu pai consegue, está para nascer o homem que vai me proibir de fazer alguma coisa. Aliás, o assunto é o Felipe.
- Beatriz, agora não! - falei entre os dentes.
- Agora sim. - falou se sentando no banco à minha frente.
Os outros meninos foram se vestindo e saindo ao ver que ela não pretendia arredar o pé dali tão cedo. Sem outra opção, acabei indo me vestir também, mas sempre cuidando para não mostrar nada indevido.
- Já vi que você não vai desistir; o que quer falar?
- É que está muito ruim essa sua situação com Felipe, vocês têm que se acertar. Acredita que ele brigou comigo quando te abracei durante o jogo? Falou que não deveríamos ser amigos. Não sei aonde ele viu algo errado naquilo.
- Menos Beatriz, bem menos. - falei enquanto me vestia.
- Ciúme? Não acredito. Afinal de contas, ele sabe muito bem qual é a sua.
Agradeci muito por não ter mais ninguém no banheiro àquela altura. Isso era coisa que se falasse num lugar como aquele.
- Bom, você também não era muito a dele e aí está. - rebati.
- É diferente, ele nunca teve muita certeza, você por outro lado sempre foi muito seguro do que quer. Admiro isso. - falou olhando nos meus olhos.
Confesso que minhas pernas ficaram bambas naquele momento. De repente ficou bem claro as intenções dela: mexer com minha cabeça, como previu Renata.
Nunca duvidei da minha sexualidade depois que me descobri, até porque nunca nenhuma menina tinha me atraído antes, mas Beatriz era diferente. Ela não era uma menina comum, ela era um sonho de consumo para qualquer mortal, hétero ou homossexual.
- Obrigado. - falei sem jeito me dirigindo ao espelho para pentear o cabelo.
- E você, me admira?
- Hã?
- Perguntei se você me admira.
- Ah, claro, claro. - falei sem entender o que ela queria com aquilo, além do óbvio. - Você é uma pessoa forte, sempre admirei isso. Aliás, é por isso que eu e Felipe não estamos mais juntos.
- Sério? - perguntou interessada.
- É, ele ainda é um menino... tem muito o que crescer.
- Também acho.
- Então porque está com ele? - a provoquei entrando no seu jogo.
- Não sei.
- Não o ama?
- Não.
Ela respondeu aquilo como se fosse uma pergunta qualquer, sem nenhuma hesitação em dizer que não amava o garoto que namorava.
Ela era uma verdadeira atriz, controlava seus sentimentos e os dos outros com uma habilidade incrível.
- Você é um mistério para mim, Beatriz. - falei cansado dos seus jogos mentais.
- Temos isso em comum, você também é um mistério para mim.
- Ora, eu?
- Sim. Ainda não se deu conta disso, mas nós somos iguais.
- Como?
- Nós seduzimos as pessoas, Bernardo. Cada um à sua maneira, deixamos os outros reféns de nossos desejos para que assim possamos controlar seus sentimentos. - falou se levantando e vindo até mim.
- Isso é mentira, eu não sou assim. - falei revoltado. - Você, eu concordo em gênero, número e grau, mas eu não sou.
- É. Mais ainda, você quer ser assim. Aliás, é o que todo cantor quer, não? Cantar de tal maneira que emocione e seduza seu público deixando-os reféns de si.
Aquilo era o que mais me incomodava em Beatriz. Ela sabia falar o necessário para jogar por terra todos as suas convicções, te fazer duvidar sobre o que era certo e o que era errado.
Eu era assim mesmo? Cantar com emoção era nada mais do que brincar com os sentimentos da plateia?
Na minha cabeça isso é algo horrível de fazer, mas agora ela vem e me apresenta isso como uma peça chave daquilo que mais me dá prazer no mundo.
E isso levava a uma questão totalmente nova para mim até então e que me tiraria o sono muitas vezes: até onde eu estava disposto a ir para me tornar um cantor?
Aparentemente, a primeira coisa a passar por cima era meu conceito de certo e errado.
Lá estava, Beatriz conseguiu mexer com minha cabeça.
- Eu não sou assim... - falei quase sem nenhuma convicção.
- Não se preocupe, - ela riu vendo o efeito que tinha provocado em mim - isso não é uma coisa tão ruim quanto parece. É necessário. A maioria das pessoas faz isso todo dia sem ver ao fazer chantagem emocional ou contar uma mentira.
Fiquei em silêncio parado em pé de frente para ela. Eu estava confuso demais com tudo. Não tinha nada para falar.
- Você é igual a mim, Bernardo, mas em menor escala, devo dizer. Somos raros, por isso você me encanta tanto.
Ela veio até mim calmamente e me deu um beijo sereno na boca sem usar a língua, apenas apertando meus lábios entre os seus.
Depois daquela conversa não tive forças para reagir.
Quando ela se afastou caí em mim. O que era aquilo tudo? O que eu estava fazendo? Ela era namorada do Felipe, o garoto que eu amava. Aquilo era errado em tantos níveis.
Pela primeira vez olhei para ela com ódio e ela percebeu.
- Não me odeie, Bernardo. - falou sem perder o sorriso no rosto. - Eu não sou uma vilã de novela das oito. Não te quero a qualquer custo e usei Felipe para isso como você deve estar pensando.
Eu quero apenas te mostrar que você me deseja acima de qualquer coisa carnal, pois seres humanos como nós estão acima da limitação do sexo. Meu namoro com Felipe foi apenas para demonstrar que não era para vocês ficarem juntos, que não era real. Acredite em mim, se eu sentisse em algum momento que vocês dois são fortes o bastante para serem felizes juntos, eu mesma tinha ajudado vocês dois a fazerem as pazes.
- Você está errada. - falei com uma força vinda do ódio que eu sentia naquele momento. - Você não me quer. A única coisa que você quer é a certeza de que todos caem por você.
Seu sorriso murchou e eu vi pela primeira vez alguma palavra a afetando. Ela fechou os olhos por alguns segundos e voltou abri-los com um novo sorriso.
- Olha só quem está mostrando as garras.
- Eu aprendo rápido. Com licença. - falei saindo do banheiro em direção ao portão da escola.
Eu ainda tentava digerir tudo o que me aconteceu nos últimos dez minutos. Que garota era aquela que bagunçava com minha cabeça e me fazia duvidar de tudo o que eu havia aprendido como parte de uma doutrina moral a se seguir?
Que garota era aquela que falava com tanto propriedade a respeito de mim mesmo sem termos tido qualquer conversa mais profunda anteriormente? Que garota era aquela que mexia com meus desejos a ponto de me fazer sentir atração por ela ao mesmo tempo que me fazia sentir ódio?
Depois de muito tempo fui entendê-la.
Ela realmente não era uma vilã, não posso nem mesmo dizer que ela era uma pessoa má.
Ela era simplesmente venenosa, e seu veneno era a dúvida.
- Diz alguma coisa, Zeca!
- Eu não sei o que te dizer... - falou vencido.
- Viu? Até você acha que ela está certa!
Eu tinha acabado de contar a ele toda a minha conversa com Beatriz no vestiário com a esperança dele me dizer alguma coisa boa vinda dali. Esperei em vão.
Nem ele, sempre capaz de ver o lado positivo das coisas estava conseguindo tirar algo bom do discurso dela.
- Talvez ela tenha razão, Bernardo.
- Hã?
- Quanto a cantar, não quanto a você e Felipe. Eu realmente acho que não há grandes problemas em manipular, como ela diz, aquelas pessoas durante os três, quatro minutos em que estão te ouvindo cantar.
- Será?
- Bernardo, não deixe ela ficar enchendo sua cabeça de dúvidas, te faz mal.
- Vou tentar.
As dúvidas sobre a “ética” da profissão que eu queria seguir continuaram a rondar a minha cabeça por muito tempo. Aliás, nunca me deixaram a partir do dia que conversei com Beatriz.
Na escola a situação ficou difícil. Eu me sentia na obrigação de contar a Felipe que Beatriz só estava brincando com ele, mas Renata me tirou de ideia:
- Por que não posso contar?
- Porque ele tem que descobrir sozinho, criatura, só assim ele vai aprender. Não é o que você quer? Que ele cresça?
- É.
- Então deixa ele fazer isso sozinho ou vocês nunca sairão do mesmo lugar.
Era triste para mim ver ele tão encantado por ela, em vão. Eu não sentia ciúme porque eles não se amavam de verdade, mas a relação dos dois me causava pena.
Procurei me manter distante, mas era difícil permanecer indiferente com Beatriz me lançando olhares provocadores.
Nesta estranha situação se passaram duas semanas e já estávamos em outubro, mês do meu aniversário.
- E a festa vai ser aonde, Bê? - perguntou Renata.
- Que festa? Não vai ter nada, no máximo um jantar em família.
- Por quê?
- Porque eu não estou no clima para festas.
- Mas Bernardo, você vai fazer dezessete! Isso é uma vez só.
- Eu sei, mas não tenho motivos para comemorar.
- Ah, tem sim. Tem um futuro promissor, ótima saúde e a melhor amiga do mundo.
- Convencida!
- Sou mesmo. - falou rindo e acompanhei ela.
- Sério, Rê, não quero nada.
- Bom, pena que você não manda...
- E o que você tá pensando em fazer? - perguntei desconfiado.
- Nada, nada... - desconversou.
Fiquei com uma pulga atrás da orelha, mas sabia que vinha coisa por aí e que eu não iria gostar.
E eu estava certo.
Percebi minha mãe e minha tia cochichando pelos cantos e se calavam repentinamente quando eu chegava. Na mesma hora caiu a minha ficha que as duas estavam me armando uma festa surpresa com a ajuda de Renata.
- Tia, não acredito que vocês estão fazendo uma festa surpresa para mim. Eu disse que não quero nada! - falei enquanto estávamos a sós.
- Como você descobriu?
- Vocês são muito ruins escondendo segredos.
- Chato.
- Sério, tia. Não quero festa, não estou no clima para isso.
- Meu bem, sua amiga deu a ideia e sua mãe adorou. Ela está se dedicando muito a isso e está muito feliz em te dar essa festa. Não acabe com essa alegria, se não for por ti, faça por ela.
- Ok, ok... - me dei por vencido. Não tinha como argumentar contra isso.
- Ah, e Bernardo? - ela falou enquanto eu voltava para meu quarto.
- Oi?
- Faça cara de surpresa! - falou debochada.
- Pode deixar. - respondi rindo.
Meu aniversário cairia no domingo, então no sábado, minha mãe e minha tia me levaram para “jantar fora”. Disseram que eu tinha que me arrumar bem porque era um restaurante caro. Titia piscou para mim, mas nem precisava, estava bem claro para mim para onde eu estava sendo levado.
Depois de alguns minutos de carro, chegamos a um casarão de um bairro nobre que eu sabia que era usado como salão de festas, mas fiquei calado.
- É aqui o restaurante?
- Sim! - responderam as duas juntas. Mamãe estava incrivelmente animada.
- Vamos entrar então.
- Deixa eu ir na frente pegar uma mesa. - falou minha mãe entrando.
- Cara de surpresa, viu? - advertiu titia.
- Treinei a semana toda, estou fera na minha cara de surpresa!
- Acho bom mesmo. Já deve ter dado tempo, vamos.
Quando entramos todos pularam gritando “surpresa!”.
Com sucesso, fiz cara de surpresa.
Em seguida fui recebendo parabéns de todos e ia agradecendo cada um. Para minha real surpresa o lugar estava cheio. Nossos vizinhos, meus avós, meus colegas de natação, das aulas de canto e das aulas de idiomas estavam lá.
Todo o pessoal da escola também, inclusive Beatriz e Felipe.
Eu já esperava que eles fossem, Renata nunca perderia essa oportunidade de nos juntar, então me preparei psicologicamente para encontrá-los.
Eu só não estava preparado para o que os dois me aprontariam até o fim daquela noite.