No final de semana seguinte, seria a vez do Lucas vir para a capital. No entanto, ele disse que havia surgido algo relacionado ao trabalho e não poderia ir. Perguntou se eu poderia ir para o Alto, mas respondi que não, pois tinha estágio. Aos poucos, o Lucas foi diminuindo suas vindas para a capital. O que antes era um compromisso semanal passou a acontecer a cada quinze dias, às vezes até vinte. Obviamente, estranhei um pouco, mas preferi não brigar ou tentar entender o motivo, já que estava totalmente focado na reta final do curso.
Durante esse período, houve um dia em que o Luke postou uma foto de sunga na praia. Eu, claro, fiquei babando. Ele tinha um corpo escultural, totalmente natural. Ativei meu modo "cabida" e comentei:
— Gatooo.
Ele respondeu rapidamente:
— Gostou!?
— Sim. Bonita sua sunga. De onde é?
— Água de Coco. Se quiser, te dou. Acho que cabe em você.
— Eu teria que provar pra ver se fica bom.
— Vem aqui em casa, tô sozinho.
— Cadê o Lucas?
— Viajou. E o seu Lucas?
— Tá no Alto, não vem esse fim de semana.
— Então vem provar a sunga. ?? (emoji do diabinho)
Suspirei fundo. A tentação era grande. O Luke era gostoso, e eu estava muito afim de ficar com ele. Lucas não viria, ele estava sozinho... Por que não? Mas eu amava o Lucas. Apesar de tudo, aquele desejo pelo Luke ainda estava ali desde o nosso beijo. Um dilema se instalou em mim.
Depois de alguns minutos lutando contra a vontade, resolvi não ir. Mandei uma mensagem:
— Porra, queria muito ir, mas não me sinto bem indo sem o Lucas saber.
— Ele não precisa saber. Nem o seu Lucas, nem o meu.
Logo em seguida, ele me enviou uma foto de visualização única, era seu pau duro marcando a sunga, já havia visto o Maio chupando ele, e ele tinha um pau enorme, e claro que fiquei com água na boca, então sem pensar muito digitei:.
— Manda sua localização.
Resolvi ir. Estava com vontade, seria algo no sigilo, então não via problema. Eu queria ficar com o Luke, e ele também queria. Melhor matar logo essa vontade e depois seguir em frente como se nada tivesse acontecido. Afinal, éramos gays e safados.
Ele me mandou o endereço. Tomei um banho, me arrumei, peguei o carro e fui até o apartamento dele. Não era muito longe do meu. Quando cheguei, ele abriu a porta com um sorriso no rosto. Estava sem camisa e vestia apenas um short de academia.
— E então, cadê sua sunga? — perguntei, piscando o olho.
— Tá aqui. Estava esperando você chegar.
Ele tirou o short, mantendo o olhar fixo em mim. Em seguida, se aproximou e me puxou para um beijo. E lá estava eu, nos braços de outro homem, traindo meu namorado, o beijo com o Luke encaixou perfeitamente, suas mãos ia despindo as minhas roupas, e minha mão ia apalpando seu pau, que já estava duro, caímos no sofá da sua sala aos beijos, ele então tirou toda sua roupa, e eu a minha, o Luke era perfeito, tinha um corpo escultural, branquinho, completamente sem pelos, e seu rosto era lindo, durante o beijo ele fala:
– Porra que beijo da porra você tem Rafa!
– Digo o mesmo, seu beijo, sua boca, é uma delícia.
– Depois daquele beijo na cachoeira, tava louco para te beijar de novo, mas não sabia se você ia querer.
– Desde que vi o Maia te chupando que eu tive inveja dele, e quis fazer o mesmo.
– Então aproveita
Chupei o Luke, como nunca havia chupando um pau, era grande, chuto ter uns 23cm, lembrava muito o pau do meu tio Alysson, e era retinho e extremamente maio, era uma delicia de chupar, eu passava a minha língua na cabeça da sua pica que já saia a baba, lambia as bolas, e ele me chamava de puto, de safado, pegava suas mãos e segurava minha cabeça enquanto empurrava seu pau na minha boca, eu estava entregue a ele, então ele me puxou novamente para um beijo, e a gente se beijou por muito tempo, ele falava que estava viciado nos meus beijos, mas eu queria o que tinha ido atrás, queria seu pau atolado no meu rabo, então ele finalmente me virou de costas, eu empinei minha bunda, e ele caiu nela, chupando, passando a língua, apertando, me dando tapas, até que finalmente ele disse:
– Posso meter nesse rabo? Seu puto safado
– Mete logo, eu vim aqui para isso
– Veio foi sua puta, não tem vergonha de trair seu namorado, com o namorado do amigo dele não?
– Não, porque o namorado do amigo dele é tão safado quanto eu – Ele então deu um tapa na minha bunda
– Pois se prepare, que vou meter, puta como você só meto sem capa.
– Pode meter, como você quiser, desde que enfia logo esse pauzão no meu rabo.
– Safado
O Luke então deu um tapa e apertou a minha bunda, cuspiu no seu pau e finalmente foi me penetrando, eu gemi, mas eu estava com muito tesão, apesar do pau do Luke ser grande era muito macio, e ele sabia usar o seu pau de uma forma que não machucava, assim que seu pau entrou todo e ele começou a meter, já fui rebolando na sua pica, ele gemia e metia, eu estava de quatro no sofá, vez ou outra ele me puxava e me beijava com o seu pau atolando no meu rabo, e eu rebolava, feito uma puta safada, ficamos nessa por quase 10 minutos até que ele goza dentro de mim, e eu gozo sem tocar no meu pau melando todo o seu sofá, a gente ficou abraçado e ele me puxou para um beijo quente então ficamos conversando:
— Porra, isso foi quente. Adorei! — disse o Luke, ofegante após o beijo.
— Eu amei. Seu beijo é muito bom!
— O seu também, Rafa. Quero mais.
— Temos a noite toda para isso.
— Então quero aproveitar cada segundo — ele disse, me puxando novamente para outro beijo.
Entre um beijo e outro, eu perguntei:
— Você costuma trair o Maia?
— Não... quer dizer, às vezes sim. Já tivemos muitas brigas por ciúmes, até alguns flagras. Nossas brigas sempre foram épicas. Mas hoje estamos mais tranquilos. Eu tento não ser tão ciumento como era antes.
— O Lucas comentou que você era bem ciumento.
— Ele conhece a história dele, mas não sabe o meu lado. — Ele piscou o olho para mim.
— Toda história tem dois lados.
Ele me olhou por um momento, sério.
— E você? Trai o seu Lucas com frequência?
— Pode não parecer, mas essa é a primeira vez. Eu estava com muito desejo por você.
— Estou lisonjeado, mas acho que podemos aproveitar o resto da noite de outra forma que não seja falando dos nossos namorados. Que tal?
— Com certeza — respondi, puxando-o para mais um beijo.
Passamos a noite em uma verdadeira maratona sexual de beijos e amasso, o Luke me comeu mais quatro vezes, eu ainda comi ele, ficamos até de manhã fudendo como se não houvesse o amanhã, eu estava aproveitando ao máximo, sem saber se teria coragem de repetir aquilo. Afinal, não estava nos meus planos dar continuidade a essa traição — eu queria acreditar que era um novo homem que não fosse trair novamente.
Pela manhã, voltei para casa com um leve peso na consciência. Tentei não pensar muito sobre o que tinha acontecido. Afinal, eu não podia me culpar tanto. Tentei encarar aquilo como algo passageiro, normal. Mas, no fundo, eu sabia: se o Lucas fizesse o mesmo, eu não lidaria bem com isso.
No final de semana seguinte, Lucas veio para a capital. Saímos juntos com Maia e Luke. Foi ótimo. Luke parecia o mesmo de sempre, e agíamos como se nada tivesse acontecido. Eles eram apaixonados juntos, assim como eu e o Lucas éramos.
No dia seguinte, Lucas preparou um jantar romântico para mim — vinho, violão e suas músicas favoritas tocando. Ele cantava, e eu o observava. Nunca me cansava de ouvi-lo. Era uma das minhas coisas favoritas no mundo. Naquele momento, tudo parecia perfeito. Não existiam problemas, apenas nós dois, a voz dele e o sorriso que sempre acalmava meus pensamentos.
Lucas era, sem dúvida, o grande amor da minha vida. E sempre será.
Um amor assim a gente nunca esquece. A pessoa que acalma a mente no meio do turbilhão, que nos faz rir com vontade, daquelas risadas que parecem aquecer o coração. Talvez ele tivesse seus defeitos, assim como eu tinha os meus. Mas nossa história foi linda.
Às vezes, me pergunto: se tivéssemos sido 100% sinceros um com o outro, teríamos nosso final feliz?
Depois de tanto tempo, encontrei a resposta: não. Acho que a felicidade plena, o amor perfeito e eterno, não existem. Todo o encanto e intensidade do que vivemos faziam parte de um mundo de fantasia, um conto de fadas.
Foi um amor grande, mas não o suficiente para quebrar todas as barreiras. Hoje, ao olhar para trás, sinto que dei o meu melhor — e recebi o melhor também. Com todos os defeitos e imperfeições, nos amamos. E sempre iremos nos amar.
Dezembro chegou, e eu finalmente estava livre da faculdade. Estava de “férias”. Hoje, olhando para trás, vejo o quanto a vida foi generosa comigo. Um caminho certo me levou para algo que eu jamais poderia imaginar: uma vida que nunca sonhei em ter, mas que agora era minha. Eu tinha uma família. Tinha um namorado, tios, primos, pai, irmãs, um filho. O ano de 2014 marcou o nascimento de um novo Rafael. Um Rafael que se descobriu, que se conectou com sua história e deu um novo rumo à própria vida. Nunca vou esquecer da sensação que tive naquele ônibus, numa viagem de três dias rumo ao Alto. Aquela intuição forte de que algo grande estava por vir, e a intuição que sempre foi meu maior aliado, estava certa.
Durante esse período, comecei a notar Lucas um pouco mais distante. Ele dizia que era o trabalho, mas eu sentia que algo maior estava prestes a acontecer. Como se uma tempestade estivesse se formando no horizonte. E então, finalmente, aconteceu.
Não sei se Lucas estava esperando eu terminar a faculdade, mas foi em dezembro que ele veio para a capital. E tivemos aquela conversa. A conversa que mudaria todos os nossos planos para o futuro.
Ele chegou ao meu apartamento com uma expressão séria. Não me beijou. Na hora, meu coração gelou e minhas pernas estremeceram. Eu sabia que vinha bomba pela frente.
– Rafa, precisamos conversar.
Engoli em seco.
– O que foi, Lucas?
– Não sei nem por onde começar... mas precisamos terminar. Essa não é bem a maneira que eu queria fazer isso, mas... não tenho mais tempo.
Senti um nó na garganta.
– Como assim, Lucas? Do nada? – Minha cabeça rodava, tentando entender suas palavras.
Ele suspirou, evitando meu olhar.
– No Alto, conheci uma mulher. Estava no bar com alguns amigos, rolou uma paquera... Eu tinha bebido. Fazia tempo que eu não ficava com uma mulher e, naquele momento, tive vontade. Na minha cabeça, não foi traição, porque para mim traição seria se eu ficasse com um homem.
Minha respiração ficou presa.
– Mas... acabou acontecendo. Foi bom.
Cada palavra dele era como uma bala perfurando meu peito.
– Ela era nova na cidade. A gente trocou telefone e começou a sair. E então... eu me envolvi.
Lucas desviou o olhar, a voz mais baixa agora.
– Eu te amo, Rafa. Eu juro que te amo. Mas eu não sabia ao certo o que estava sentindo... E agora ela está grávida.
O chão pareceu sumir sob meus pés.
– Eu vou ser pai, Rafa. E eu não posso mais continuar com essa vida dupla.
A última frase foi o tiro fatal.
Eu não queria acreditar. Não podia acreditar.
Era mentira. Tinha que ser.
Mas era real.
Lá estava eu, tendo meu coração partido por Lucas mais uma vez.
As lágrimas vieram antes mesmo que eu pudesse segurá-las. E, pouco depois, Lucas chorava também.
– Rafa, eu te amo.
Ri, sem humor. Enxuguei uma lágrima que teimava em cair e encarei Lucas.
– Me ama? Se você me amasse, não teria engravidado outra pessoa. Nem se apaixonado por essa vagabunda.
A expressão dele desabou.
– Rafa, simplesmente aconteceu. Essa é a pior conversa da minha vida, mas eu precisava ser sincero com você.
Cruzei os braços, tentando segurar a dor que ameaçava me engolir.
– Ela sabe que você é gay?
Lucas suspirou fundo, desviando o olhar.
– Sabe. Eu contei a ela que namorava um menino, mas que eu era bi.
Soltei uma risada amarga.
– Bi? … Bicha, né? Você é tão gay quanto eu, Lucas. Por que você fez isso? – As lágrimas vieram, mas minha voz continuou firme. – Eu acreditei em você.
– Aconteceu. Do mesmo jeito que me apaixonei por você, me apaixonei por ela. Eu fui me envolvendo...
Ele passou a mão pelos cabelos, nervoso.
– Me desculpa por ser um canalha. Desculpa por não ser o seu príncipe encantado. Eu te amo, Rafa, e sempre vou te amar. Mas é doloroso te ver assim. É doloroso saber que sou o culpado.
Então, da forma mais fria que poderia existir, Lucas saiu do meu apartamento, sem um abraço, sem um último toque, NADA. E ali ficou o eco da maior decepção da minha vida.
Não era o fato de ele ter tido um caso. Nem de ter engravidado outra pessoa. Era a frieza. Ele simplesmente chegou, jogou a bomba e foi embora, como se não tivesse nenhuma responsabilidade emocional pelo que eu sentia.
Será que todo o amor, todas as cartas, todas as canções que ele cantou para mim foram mentira?
Será que um dia ele realmente me amou?
Essas perguntas ecoavam enquanto eu me jogava em um poço profundo. Um poço que eu conhecia bem. Afinal, não era a primeira vez que eu caía. Nem a segunda, era a terceira vez que eu caia, mas ali, no meio da escuridão, eu percebi algo, eu conhecia o caminho e sabia como sair dele, chorei… Chorei cada lágrima que meu corpo conseguiu derramar.
Mas me permiti chorar apenas naquele dia, porque eu não era mais o mesmo Rafael que chorou na primeira vez muito menos o mesmo Rafael que chorou na segunda.
E eu definitivamente não seria o Rafael que choraria uma terceira vez. Eu estava mais maduro, mais forte, mais decidido.
Lembrei do que meu psicólogo me disse uma vez:
– Rafa, tem uma história mais ou menos assim:
Quando um homem entra no rio pela primeira vez, ele sente a água tocando sua pele, uma sensação nova, inesquecível.
Um ano depois, esse homem volta ao mesmo rio, esperando sentir o que sentiu antes. Mas a sensação nunca é a mesma.
Sabe por quê?
Porque ele já sentiu aquilo. A água não é mais a mesma, e ele também não.
Essa é a vida. Nada será como a primeira vez. Nada é para sempre. As coisas mudam. As sensações mudam.
E ali, entre lágrimas secas e um coração em pedaços, eu compreendi, eu não deixaria essa decepção me destruir, eu sabia que aquele era o fim. Mas eu também sabia que precisava de um ponto final. Precisava encerrar aquele ciclo, talvez dizer mais algumas verdades.
De certa forma, o término foi um alívio, o peso havia saído dos meus ombros. O futuro? Incerto, mas agora era só meu, e eu estava pronto.
Muito bom! Foda, que, com certeza, o tio dele sabia e não falou nada! Acho que o Lucas não amou o Rafael.