Destemidos: 1º temporada/Capitulo I – No primeiro

8 de Março, o dia está ameno, com sol entre algumas nuvens. Guilherme acordou com seu despertador apitando 07:00 da manhã. Ao olhar pela janela, ele viu uma rua tranquila com poucas pessoas e uma linda praça ao fundo. Apesar de ter vivido a vida inteira em uma das capitais mais verdes do país, ele sorriu pensando na ironia que era olhar pela janela e ver apenas prédios. Agora ele vivia em uma bairro bem bucólico onde os moradores, em sua maioria era de crianças e idosos.
Guilherme levantou-se se arrumou e apressadamente recolheu sua mochila para seu primeiro dia de aula na nova universidade. Ele havia abandonado o curso de Engenharia que havia começado em Curitiba, após ter que se mudar com os pais para Vitória. Mudança essa, promovida pelo pai que fora transferido de filial.
Com isso, ele conseguiu uma ótima desculpa para abandonar seu curso (que ele detestava) e cursar o curso dos sonhos. História, desde pequeno sempre foi fascinado por antiguidade e civilizações passadas. Enquanto seu pai que é engenheiro, só apreciava o modelo de construções do antigo Egito, Guilherme se preocupava em entender todo o resto.
Guilherme tinha 22 anos, 1,78m de altura 70 kg, branco, cabelos negros e lisos herdado da mãe, olhos claros herdado do pai, corpo de estatura normal. É um garoto na dele, estudioso. Ao chegar para tomar seu café, Guilherme só viu a mãe de costas lavando um copo.
— Mãe, o papai já foi?
— Sim, meu bem. Ele precisou ir cedo, mas antes te desejou boa sorte no primeiro dia de aula. Você acredita que na rua aqui atrás passa o ônibus para a empresa dele?
— É? Que bom pra ele. Quero ver uma rua onde passa um ônibus para eu chegar à faculdade.
— Ah, eu falei com a vizinha e ela me recomendou o 123. Ele passa a duas ruas daqui e te deixa em frente a faculdade. Ou você pode ir andando até o fina da nossa rua e atravessar a avenida Simão Nader e pegar o 121, 161 ou 241, ela disse que é mis rápido enquanto você não consegue o horário.
— Beleza! Deixa eu ir que tô atrasado. – disse Guilherme após dar uma mordida em uma pão.
— Tá Guime, boa sorte!
— Valeu!
Depois de caminhar e chegar ao ponto Guilherme se deparou com algumas pessoas que esperavam o ônibus. De imediato, um cara moreno alto e forte que aparentava ter uns 25 anos e vestia uma camisa verde com estampa CKJ 78, o encarou e não parava de tirar os olhos dele. “Será que ele curte?”, pensou Guilherme. Ele decidiu esquecer e entrou no ônibus a caminho da universidade.
Depois de duas aulas, Guilherme já estava bem familiarizado com a faculdade. No intervalo havia ido ao banheiro e encontrou uns olhares masculinos e femininos, incluindo um sorriso de canto de boca de um cara que ele achou gatinho, mas no banheiro da faculdade não poderia rolar nada, afinal era seu primeiro dia de aula.
Em Curitiba, Guilherme era na sua e não tinha tanto assédio como estava tendo em Vitória. “É claro, em Curitiba todos eram como eu, brancos, descendentes de alemães”, pensou. Já aqui, a maioria das pessoas eram bronzeadas, provavelmente devido ao sol escaldante que fazia na capital capixaba na maior parte do tempo.
Guime estava adorando esse assédio, afinal todos gostam de se sentir desejados e esses olhares viam de homens e mulheres, para a alegria de Guime, mais homens que mulheres, homens de todos os tipos incluindo barbudos, negros e com “barriguinha de Chopp”, os seus tipos preferidos.
Ao voltar para o terceiro tempo, Guilherme se sentou próximo à duas meninas que não paravam de falar sobre a universidade.
— Não acredito que entremos na federal. É claro que seria melhor se a Pati estivesse conosco – disse a loira.
— Verdade, mas você não pode reclamar Rafa, seu boy estuda aqui, só não faz história – completou a mais alta.
Após iniciar a aula o professor decidiu montar grupos de três pessoas para discutir a razão de se estudar história. A garota loira então virou-se para Guime e perguntou:
— Ei, você quer fazer com a gente?
— Claro! – respondeu Guime.
— Como você se chama?
— Guilherme, mas pode me chamar de Guime ou Gui.
— Prazer Guime, eu sou a Rafa e essa é a Gabi.
— Prazer Gabi.
— Prazer – respondeu a garota morena e em seguida completou com uma pergunta:
— Escuta, você não é daqui, é?
“Essa não!”, pensou Guime.
— Não! Sou de Curitiba.
— Legal, e você veio só para estudar aqui? Questionou Gabi.
— Não, não! O meu pai foi transferido pra cá e minha família se mudou, então uni o útil ao agradável e quando soube dessa transferência há alguns meses atrás, decidi me matricular no vestibular da federal daqui.
— Não liga para Gabi não Guime, ela é curiosa assim mesmo – respondeu Rafa, ao ver que Guilherme ficou sem graça com a pergunta.
No final da aula os três já haviam respondido a pergunta que o professor fez e estavam falando de amenidades. Gabriela resolveu perguntar mais sobre Guilherme.
— Poxa, deve ter sido difícil pra você abandonar Curitiba e vir pra cá, afinal aqui é tão diferente, onde você tá morando?
Não foi tão difícil. Eu poderia ter continuado lá morando com meus avós, mas sou muito apegado aos meus pais e como sou filho único, eles também são bastante apegados a mim. Estou morando no bairro República.
— Nuss! Você já mora em uma cidade pequena, se formos comparar à Curitiba, e ainda vai morar num bairro da terceira idade como o bairro República?!
— É, mas tem seu lado bom, dá pra dormir até mais tarde e meu pai trampa numa mineradora ali perto, então...
— Pois é, a Rafa e eu moramos em Jardim Camburi. Fica ao lado!
— Meu pai pesquisou sobre o bairro, mas lá só tem apartamentos e como moramos a vida inteira em um apê em Curitiba, meu quis comprar uma casa pra dar mais espaço pra minha mãe, como uma compensação sabe – respondeu Guilherme.
— Verdade – confirmou Rafaela. Mas lá tem muita gente bonita.
— Sim, só que lá todo mundo é igual. Branco, com olhos e cabelos claros, já aqui não. Vitória parece ser a cidade mais miscigenada desse país, com certeza tem gente mais bonita.
— Então Gui, eu e a Gabi vamos ao shopping encontrar nossa turminha de amigos. Você tá afim? Perguntou Rafa.
— Vamos cara, vai ser bom pra você, conhecer gente nova. Sem contar que lá tá cheio de gatinha. Lá é melhor lugar pra ver gente bonita – completou Gabi.
— Bom, na verdade eu me interesso pelos gatinhos, mas tô querendo conhecer um shopping mesmo – respondeu Guilherme.
— Ha ha, melhor ainda – disse Gabi. Tem muitas bees lá no shopping fervendo.
“De que planeta ela saiu”, Guilherme pensou.
— Então vamos – disse Rafa. Só preciso pegar o Marcelo.
No caminho até o estacionamento, os três encontraram com um rapaz alto com uns 1,75 m de altura, com aproximadamente 27 anos e 75 kg, branco, cabelos negros e encaracolados, olhos verdes, corpo atlético.
— Mô – falou Rafa. Esse é o Gui, nosso amigo. Ele vai com a gente pro shopping.
— E aê Gui, beleza velho!
— Beleza cara e você?
— Tudo ótimo! Melhor agora que tô com a minha gata – completou Marcelo beijando Rafaela.
“A garota tá comendo bem, que gato”, pensou Guilherme, entrando no carro e ao mesmo tempo olhando para os dois se beijando.
Essa história é fictícia e os personagens também são.

Pessoal, estou pensando em desenvolver essa história, mas preciso da ajuda de vocês. Deem sua opinião, sugestão e crítica, para escrever uma boa história e enriquecer cada vez mais esse site maravilhoso. Entrem em contato se quiserem.