Romance e Sedução (7)



Mas a vida continua...

Foi um fim de semana maravilhoso e de muita sacanagem, mas que acabou. Quando acordei na segunda feira ela havia posto à mesa para o café da manhã e deixara o seguinte bilhete:
“Amor (terceira vez que me chamava assim), preciso ir trabalhar. Não te acordei porque você dormia tão lindo, que não quis perturbar teu sono. Fiz o café e algumas coisinhas que estão no forno. Mais tarde ligo para você. Beijos da sua... mulherzinha.”
Talvez eu devesse ficar preocupado, mas fiquei contente com aquele bilhete, quase encabulado. Resolvi tomar o café e trabalhar. Havia um logotipo de um produto para terminar. Tranquei-me no estúdio, de olho e ouvido no telefone.
Quando dei por mim eram 8 horas da noite e o jingle estava pronto. Não era novidade passar tantas horas trabalhando, mas ela não ligara. Não podia ligar para ela porque a essa hora estaria em casa e lá não tem telefone.
Passou pela minha cabeça que ela não ligaria, mas e o bilhete? Seria só para me enrolar?
Preparei algo para comer, abri uma lata de cerveja e fui assistir a um show de Ron Carter. Era melhor esquecer tudo. Mas como esquece-la? Meu bom-companheiro, principalmente ele, não deixava. Dormi no sofá da sala e acordei pela manhã com o telefone.
- É Cláudia! Te acordei? - ainda estava com sono e mal respondi - Não consegui ligar para você ontem, está tudo bem?
- Claro - respondi.
- Estou com saudades - disse iniciando um diálogo meio romântico - posso passar a noite aí?
- Sem problemas! - respondi.
- Então estarei chegando lá pelas nove. - e desligou.
Por volta de oito e meia, estava na varanda, de onde poderia vê-la chegar.
Distraí-me olhando as estrelas e quando reparei, já estacionava o carro. Fui até o estacionamento. Assim que me viu, pulou no meu pescoço e me deu um beijo demorado.
- Estava morrendo de saudades! - falou.
- Eu também. - disse.
Subimos a ladeira para minha casa, abraçados. Quando chegamos à porta, não coloquei a chave na fechadura para abri-la. Ela olhou curiosa para mim. Meus olhos grudaram nos dela.
- O que é? - me pergunta sorrindo.
Faço um pouco de silêncio antes de responder.
- Tira a roupa!
- Aqui?
- Aqui. - respondo com as piores das intenções.
- Se você não se importa que me vejam pelada na porta da tua casa, eu também não me importo. - disse me entregando o casaco. E foi tirando a roupa, me entregando todas as peças, uma a uma, até ficar completamente nua. - Assim está bom? - perguntou mostrando seu corpo nu.
- Maravilhosa! - respondi me abaixando para beija-la entre as pernas. Ela apoiou-se na maçaneta.
- E se alguém nos vir? - perguntou.
- Homem ou mulher? - perguntei sacanamente.
Ela não respondeu. Não sei se sem querer ou de propósito, ela abriu a porta, que eu não trancara, e passamos para o hall. Era uma delícia chupa-la. Fiz ela gozar ali mesmo, apoiada só em uma perna com a outra sobre meu ombro. Ainda de pé, respirando ofegante, ela disse:
- Que ótima recepção!
E me empurrando para dentro enquanto tirava minha roupa ameaçou:
- Agora eu vou te comer!
Me fez deitar no chão da sala, com as pernas para baixo nos degraus do hall, ficando em cima de mim.
- Olha como eu te engulo! - e engoliu meu bom-companheiro com seu sexo a gulosa.

No conjugado dela

No dia seguinte a levei ao trabalho. Tinha um monte de coisas para resolver no centro da cidade e combinamos nos encontrar depois em um barzinho.
Eu estava no segundo chope quando ela chegou:
- Vamos passar lá em casa? - convidou.
Fomos para o apartamento dela, em um prédio “típico” de Copacabana.
- Nada de travessuras! - disse quando entramos no elevador - O prédio aqui tem muita gente.
Aproximei-me e a imprensei contra a parede do elevador e a beijei. O elevador parou e uma velhinha com ar de puritana entrou olhando feio para nós. Ao sairmos do elevador, teria me perdido se não estivesse com ela, tal a quantidade de apartamentos. O dela era o último. Entramos.
- É aqui! – disse abrindo a porta – Pequeno, mas um lar.
O apartamento era minúsculo, mas bem transado. Ao invés da cama tinha um confortável sofá. Ela me ofereceu uma torta, que recusei, e pediu licença, pois tinha que lavar algumas coisas. Foi para o banheiro com uma bacia de roupas me deixando com uma TV pequenina. Além do sofá havia um armário, uma pequena mesa à direita e uma porta dupla que imaginei ser a cozinha, não aonde era a cozinha, mas a própria. Depois de um tempo, veio até a sala e me deu um beijo:
- Espere um pouquinho, que eu vou tomar um banho e já volto. - E foi.
Acendi outro cigarro e fiquei assistindo “micro” TV. Ela saiu enrolada em um roupão.
- Você gostaria de ver uma coisa? - perguntou um tanto misteriosa.
- Depende, o que é?
- Promete que não vai me achar ridícula?
- Posso até prometer, mas o que é? - em vias de ficar chateado se perguntasse de novo.
- Fique aqui que eu já volto!
Como se eu pudesse ir a mais algum lugar. Pegou algumas coisas no armário, tomando o cuidado para que eu não visse o que era e voltou ao banheiro. Passados intermináveis minutos, ela abriu um pouco a porta.
- Pode acender esse abajur ao lado do sofá e apagar a luz do teto?
Fiz o que pediu. À meia luz a surpresa prometia ser boa, mas não tinha a menor ideia do que era.
Assim que sentei ela saiu do banheiro. Meu coração disparou. Meu bom-companheiro se assanhou.
- Gosta? - perguntou do meio da sala.
Ela estava de lingerie. Não uma lingerie qualquer, era daquelas de sonho erótico ou filme pornô. Scarpin preto alto, meias pretas, ligas, um espartilho divino e até luvas pretas. Como não gostar?
Ela ligou um três em um e começou a desfilar pela sala.
- Sou tarada por lingerie! - disse se alisando. - Parece coisa de homem, mas eu adoro usar as mais eróticas.
Minha Cláudia, você é a garota dos meus sonhos! Pensei, mas não falei nada apenas a olhava. Ela começou a dançar e eu reparei no famoso espelho ao meu lado.
- Diz se eu fico bonita! - pediu
- Você fica linda! - nem sabia o que fazer, afinal era fantasia dela.
- Alguma mulher já desfilou assim para você?
Muitas, mas preferi mentir.
- Tão assim não!
- Alguém já desfilou só de lingerie para você?
- Nunca assim tão sensual! - e isso era verdade. Ela segurou seus seios e se debruçou para mim.
- Você quer que eu faça um strip-tease completo só para você? - disse com a voz sensual.
Apenas balancei a cabeça. Ela aumentou o som.
- Música de strip! - anunciou começando a rebolar.
Ela era demais. Tudo o que eu sempre quis em uma mulher. Já havia encontrado pedaços dela em outras, mas tudo em uma só era o máximo. Ela tirou as luvas. Havia um imenso prazer em cada gesto. Estava muito erótica. Puxou a única cadeira do apartamento e se sentou para tirar os sapatos. Havia tanta experiência em seus gestos que pensei se já não teria feito isso em uma boate, mas havia também um prazer não característico das piranhas. Tirou as meias e calçou novamente os sapatos, como manda o livro. Trouxe uma meia para mim e colocou-a em volta do meu pescoço. Dançou e foi tirando o corpete. Nua, apenas de scarpin, merecia aplausos e aplaudi. Ela curvou-se agradecendo e:
- Sabe que estou molhadinha?
Eu imaginava isso.
- Alguma mulher já se masturbou para você?
Gelei. Não, nunca isso tinha acontecido antes. Não precisei responder.
- Pois essa aqui vai fazer isso na tua frente! - disse alisando seu sexo - Mas vou querer ver seu pau!
Abri minha calça e trêmulo, coloquei-o para fora. Ela sentou de pernas abertas na cadeira e chupou os dedos antes de se tocar. Meu Deus, essa mulher é completamente louca! Que delícia. Ela massageava seu sexo com sofreguidão. Vez por outra enfiava um dedo dentro dela e delirava. Como delirava de prazer. Não havia como resistir e me toquei. Ela sorriu. Ela alternava velocidade, ora lenta, ora rápida. Estava realmente fazendo amor com ela mesma. Jogou os sapatos longe e enroscou as pernas na cadeira, segurando o acento com uma mão enquanto a outra, bem, a outra massageava seu clitóris.
- Tire sua calça. - me pediu.
Tirei meus sapatos e sem me levantar tirei-as.
- Bata uma punhetinha por mim, para mim. - disse acariciando seus seios com a mão livre.
Ela sentara na pontinha do assento e seus gemidos foram ficando mais fortes até que começou a gozar.
- Não goze! - gritou quando viu que eu não aguentava mais e depois de mais um espasmo, pulou na minha direção e abocanhou meu pau. Gozei na cara dela.
Ficamos na mesma posição um bom tempo. Eu acariciando seus cabelos. Não dissemos uma palavra, até ela quebrar o silêncio:
- Vamos dormir aqui?!
Puxei-a e a beijei. Seu corpo estava mole, completamente relaxado. Deitamos no sofá e deitado mesmo me despi. Dormimos abraçados. Acordei no meio da noite quando ela levantou e foi ao banheiro. Quando deitou de novo ao meu lado perguntou:
- Você gosta de mim? - era a pergunta que eu mais temia, mas teve outra - Me acha muito louca?
Como dizer que se gosta da loucura? Como gostar da loucura? Aonde essa loucura toda iria nos levar?
- Gosto muito de toda nossa loucura!
Ela me abraçou se aninhou e dormimos o resto da noite.
No dia seguinte, ela preparou um café simples para nós. Por incrível que possa parecer era a primeira vez que me sentia íntimo dela, não apenas um cara que encontrou por aí.
- Foi a primeira vez que não fiz aquilo de ontem sozinha! - disse um pouco tímida.
Eu podia compreendê-la melhor do que ela imaginava também fora minha primeira vez.
- Gostei muito! - falei com sinceridade - Sua lingerie era digna da mais doida fantasia sexual.
- Adoro isso! - concordou com um sorriso - Gosto de lingerie sexy, de calcinhas minúsculas, mas também de não usar nada. Vou te surpreender muito!
- Tomara!
Ela tinha que trabalhar e como estava sem o carro, fomos cada um para um lado. Fiz o trajeto meio torpe, ainda estava um pouco como que de pileque. Ela não me saía da cabeça.
Só nos falamos no dia seguinte, quando me ligou da loja.
- Com saudades? - perguntou.
- Muita! - respondi entregando um ouro que não queria.
- Vou passar aí depois que sair da loja, tá?
Eu queria vê-la. Estava ficando obcecado pela sua imagem. Não resisti e fui até a loja na hora do almoço, quando há mais movimento. Entrei e ela não me viu. Estava apetitosa com um vestido curto de alcinhas. Atendia um garotão. Quando me viu, já estava ao seu lado me passando por um freguês. Perguntei por um cantor qualquer e ela me levou até um balcão. Enquanto procurava, falei para que só ela escutasse:
- Estou com vontade de levantar essa sua saia e te comer agora, com você debruçada no balcão!
Ela sorriu discretamente, mexeu os quadris e desafiou:
- Come! - e deu de costas pra mim.
Outro vendedor da loja talvez tenha percebido a manobra, pois se aproximou, mas imaginara que eu a estava importunando, como depois ela me contou. O cara não deve ter entendido nada, pois ela oferecia seu decote para que eu visse seus peitinhos, dava umas “estranhas” roçadas e por aí. Foi o sarro menos sarro que já tirei. Acabei comprando um CD do Bill que acabara de chegar e voltei pra casa.
À noite, depois de colocar suas coisas no meu quarto, ela veio pra sala e quis saber por que não a comi lá na loja.
- Já imaginou que cena? - falei.
- Já, por isso estou cobrando. - respondeu a sacana
- Você seria demitida!
- Ou aplaudiriam nosso show! - eu deveria ter imaginado.
Ela estava encostada no balcão que dá pra cozinha. Aproximei-me e agarrei-a pela cintura.
- Seria assim! - e virei-a de costas e encostei meu bom-companheiro na sua bundinha.
- Qual CD o senhor quer? - perguntou.
- Aquele do fundo! - falei.
Ela se debruçou sobre o balcão enquanto eu levantava sua saia. Surpresa! Nada de calcinha.
- Que linda! - exclamei.
- Todinha para você - ofereceu com um rebolado - se quiser procurar no fundo...
Transamos ali em pé, vestidos, por trás, ela se agarrando no balcão e foi ótimo. Isso é que era incrível. Cláudia sabe aproveitar situações do dia-a-dia. Coloca sexo em tudo.


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Comentários


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pdsan06 Comentou em 04/05/2020

lendo a série e, até aqui, gostando bastante....muito boa mesmo....parabéns




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Romance e Sedução (7)

Codigo do conto:
155672

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
03/05/2020

Quant.de Votos:
7

Quant.de Fotos:
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