Svetla

- AFONSO

Aquele bar era diferente de todos.

Espécies diferentes a dos humanos freqüentavam "BloodLust".

Eric e Anthony conversavam sentados numa mesa em um canto.

- Como estão as coisas entre você e a humana Aline, Anton? – Eric perguntou curioso.

- Ah, não poderia estar melhor! Contei tudo a Aline...

- Ficou maluco? E aí o que ela fez? Gritou, saiu correndo, chamou a polícia? – Eric olhou espantado com o tom de voz calmo de Anthony.

- Lógico que não! Saiba que antes de contar o que sou, fui ver se ela era realmente minha Svetla...

- Svetla?

- Sim amigo. Entre os da minha espécie "Svetla" significa presente. Presente do Destino. E Aline é a minha Svetla. Ela é o meu par pela Eternidade.

- Sério? Quer dizer que da mesma forma que os da minha espécie tem sua companheira, sua fêmea, para sermos Alfa e Beta, vocês também tem uma companheira e pode ser humana?

- Sim pode. Muitos conhecidos meus encontraram suas Svetlas em humanas.

- Pena que Ayeska não seja a minha Svetla...

- Tem certeza disso?

- Sou um lupino, um lycan e por mais que o cheiro dela me atrai, descobri que não é ela...

- Lamento, Eric...Percebi o quanto ela te peturbou.

De repente um vulto chegou de repente e sentou-se em uma cadeira da mesa deles.

Era Aphonso...ou Afonso.

- Que bom que estão aqui. Quero falar com os dois.

- Nossa Afonso, por onde andava?

- Armand precisou de minha ajuda e não pude deixar de ir.

Afonso era alto, magro, tez branca, olhos azuis, cabelos castanhos quase que no tom de mogno, nariz reto e vestia-se todo de preto.

O casaco longo, por cima da blusa de gola alta preta, calças pretas e botas.

- O que quer conosco? – Eric não gostava de Afonso. O achava reservado e enigmático demais para o seu gosto. Um solitário.

Afonso olhou para Eric e com a voz calma disse:
- Vi você com a minha Svetla...

Anthony que bebia uma taça de um líquido vermelho engasgou-se.

- Voce viu o Eric com quem???

- Isso que ouviu...eu o vi com a minha Svetla...uma garota de cabelos ruivos até os ombros... Eu a segui, ela encontrou-se com sua Svetla , Anthony.

- Ayeska é sua Svetla? – perguntou Eric cabisbaixo. Sabia que agora não tinha mais jeito e nem poderia se quissesse tornar Ayeska sua companheira.

- Sim ela é...Afaste-se dela, Eric. Não quero que nossas espécies comecem uma guerra.

- Sim ,claro... mas ela já sabe?

- Não...ainda não, mas logo saberá. – olhando para Anthony. – Qual foi a reação da sua Svetla, a amiga de Ayeska?

- Aline aceitou bem...primeiro arregalou os olhos e custou a acreditar em quem eu era, mas depois de algumas explicações, simplesmente me disse:

- Eu amo você Anthony e não me importa quem você é ou deixa de ser. Dizem que sua espécie, é perigosa, que são monstros, que são impiedosos , mas você nunca mostrou ou sequer passou isso para mim. Pelo contrário, me sinto segura com você.

- Quem diria...

- Pois é e vocês não sabem da maior.

- O que? – perguntaram em uníssono Eric e Afonso.

- Ela quer que eu a transforme.

- Está brincando? – disse Eric.

- Não estou não... – respondeu com um sorriso distante Anthony.

- Bom cavalheiros, a conversa está interessante, mas preciso fazer uma visita a minha Svetla. Boa-noite, depois nos falamos.

- Boa-noite.

Afonso levantou-se e desapareceu num piscar de olhos.

Sua Svetla... Seu cheiro, seu sangue circulando em seu corpo o afetavam mais que ele esperava. O deixava como que embriagado. Ele a olhava da janela, seus pés acima do chão.

Era madrugada.

Dizem que Vampiros só podem entrar em sua casa se você convidá-los.

Mas ele tinha outros meios de fazer com que ela o sentisse perto. Sentir seu toque.

AYESKA

Acordei lentamente e percebi algo diferente ao meu redor.

Uma névoa preenchia o meu quarto, envolvendo-me em suavidade e calor.

Ouvi uma música, um som suave, que parecia vir de dentro de mim, uma batida como se fosse a minha pulsação.

Eu estivera esperando por ELE.

E ele estava aqui.

Tocou-me, senti o calor da respiração dele contra minha pele.

Havia algo sensual na forma como ele apreciava meu sabor, meu aroma.

Os dedos que me tocavam estavam quentes e me seduziam.

Meu corpo se arrepiava, doía, ardia.

- Voce está aqui...- sussurrei.

“ Eu tinha que vir”

- Eu o convidei?

“ Não. Mas voce pensou em mim...e não pude resistir mais.”

- Estou a sua espera?

“Voce está?”

- Sim...acho que sim...sonhei com você...

Senti o roçar dos seus dedos em meu rosto.

“ Não diga mais nada...Só sinta.”

Senti-lhe o peso, o corpo masculino, a força discreta do seu peito, seus beijos...

Seus beijos me incendiavam. Os batimentos do coração dele. Não, os batimentos do meu próprio coração.

Eu não conseguia respirar, nem pensar. O desejo pulsava, ondulava,avassalador naquele mar de sensações.

“Apenas sinta”

Seu corpo magro, mas rígido, o rosto branco com olhos azuis, cílios pretos em contraste com seus cabelos da cor do mogno e as pestanas finas. Um nariz aristocrático, enfim não era meu tipo de Homem, mas eu sabia que ele significava algo que eu procurava há muito tempo.

“ Venha...siga-me...”

Respondi a sua chamada em uma estado semi-hipnótico.

Levantei-me e caminhei cegamente pelo quarto e sai.

Fui ao jardim, a paisagem parecia banhada pela luz da Lua.

As flores brancas brilhavam ligeiramente. Eu o vi diante de mim e meus pés descalços se moviam silenciosamente pelo caminho. Parei diante dele, queria que ele fizesse o primeiro movimento. Ele subiu a mão até tocar a base do meu pescoço, sem deixar de olhar-me nos olhos foi me despindo lentamente, deixando-me nua à luz da lua.

“ Eu prefiro a escuridão, as sombras, na segurança e o calor da noite.”

- A Lua é suficientemente brilhante para mim. – respondi com calma.

E apertei meu corpo junto ao seu, sua boca procurou a minha e entreabri meus lábios disposta a aceitar o que ele queria me dar.

Ele beijou meu pescoço, pegou-me em seus braços e me levou de volta ao meu quarto, onde colocou-me deitada na cama.

Ele não era mais que uma sombra na escuridão, uma silhueta vestida de negro e eu queria vê-lo, tocá-lo, conhece-lo. Mas algo me disse que teria naquela noite que aceitar suas condições, sendo assim me recostei contra o travesseiro, com olhos meios fechados e esperei. Ouvi ruídos de roupa e soube que ele estava se despindo.

Segundos depois, ele estava na cama comigo, agarrando-me pelos ombros e estreitanto-me contra o seu corpo.

- Qual o seu nome....

“ Afonso...”

Ele me beijou, mordiscando meus lábios, enfiando a língua e explorando toda a minha boca. Não era possível ter um orgasmo só com um beijo, entretanto estava perto disso.

Ele moveu as mãos para cima e notei que as aproximava pouco a pouco aos meus seios.

Ele se apartou um instante e me deixou tombada sobre o colchão. Levantei meus braços para atrai-lo para mim, mas ele pegou meus pulsos e os colocou ao lado do corpo.

O contato dos seus lábios em meus seios me provocou uma sensação tão intensa que chegava a doer. Tentei soltar-me, mas ele segurou meus pulsos de novo e lambeu suavemente um seio antes de morde-lo ligeiramente, depois concentrou sua atenção no outro.

Suas mãos soltaram os meus pulsos por um momento e rodearam meus seios, acariciando os mamilos com os dedos. Em seguida desceu a boca até o meu ventre, até a curva das minhas coxas, beijou minha pele lisinha sem pelos e abaixou mais a sua boca. Me debati um momento e segurei sua cabeça agora com as minhas mãos para tentar aparta-lo, mas ele segurou-me pelos quadris e me manteve imóvel. Segundos depois eu já não tentava afasta-lo, mas sim meus dedos deslizavam pelos seus cabelos, meu corpo arqueando-se sob as sensações que sua boca e língua produziam na minha carne. Sua língua, seus lábios e suas mãos me excitavam de forma intensa, fazendo com que fisgadas explodissem em meu ventre, dentro do meu corpo.
Meu corpo vibrava sem parar contra sua boca. Me sentia flutuando que nem tomei consciência em que momento ele me soltou e se estendeu sobre meu corpo febril.

Apesar das contrações que percorriam meu ventre, minha xoxota, ele já não me tocava. Rodeei-lhe o pescoço com os meus braços e enterrei meu rosto em seus ombros.

Ele levantou o meu rosto e pegou-o entre suas mãos. Beijou minha bochecha e minha boca procurou a dele. Me movi sob ele, separando minhas pernas e coxas.

Então ele me penetrou com lentidão e naquela hora eu soube pela dor que senti a principio que seu membro, sua masculinidade rígida, era muito superior a qualquer outra que eu havia conhecido. Quando ele estava enterrado profundamente dentro da minha buceta, colocou minhas pernas em torno de seus quadris, penetrando-me mais fundo ; não pude evitar um ligeiro gemido de dor.

“ Machuquei-a?”

O beijei para silenciar sua pergunta e apertei minhas pernas em torno do seu corpo com mais força, para que ele me penetrasse mais fundo. O senti estremecer e a perder o controle que havia mantido, separando-se de mim lentamente para voltar a me preencher com bombadas rítmicas segundos depois.

Não sei dizer, mas quando desapareceu o rastro de dor e meu corpo o recebeu apertando seu membro dentro de mim, o abracei e me apertei contra ele, soluçando, gemendo e chorando.

Ele era forte, poderoso, que todo o meu corpo se sentia invadido. Arqueei meu corpo contra o dele e senti suas estocadas fortes, profundas enquanto minha carne macia, melada o apertava sem dó e com um grito cheguei ao clímax.

Gozei e gozei, sentindo meu gozo em volta do seu membro.

Senti um roçar dos seus dentes no meu pescoço, enquanto perdia meus sentidos lentamente e a única palavra que ouvi antes de perder a consciência foi:

- Minha Svetla...

#Direitos autorais reservados. Proibidas sua reprodução, total ou parcial,bem como sua cessão a terceiros, exceto com autorização formal do autor.Lei 5988 de 1973#

- Acredito que muitos estranharão o desenrolar desse conto, aqueles que me conhecem sabe que sou intensamente apaixonada por esses seres sobrenaturais...

Bjs doces!

Ayesk@


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Comentários


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Comentou em 17/03/2013

seus contos sempre velem voto!

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Comentou em 09/11/2012

Parabéns, mereceu meu voto Leia e comente meus contos, vote se gostar




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Ficha do conto

Foto Perfil ayeska
ayeskaruivinha

Nome do conto:
Svetla

Codigo do conto:
10250

Categoria:
Fantasias

Data da Publicação:
28/08/2010

Quant.de Votos:
2

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